No conforto do apartamento, após um longo banho relaxante, Hunter está deitado no sofá com a cabeça no colo de Hazel, que acaricia seus cabelos com delicadeza, os dedos deslizando suavemente entre os fios, como se quisesse afastar qualquer vestígio de preocupação.— Qual o próximo passo agora? — Pergunta Hazel, em um tom suave, fazendo com que ele abra os olhos e a olhe com carinho.— Que tal passarmos o resto do dia na cama? — Sugere Hunter, com um sorriso sedutor e sugestivo, o olhar carregado de intenções.— Você é sempre tão pervertido. — Responde, com um sorriso terno, deslizando os dedos pelos lábios dele de maneira carinhosa. — Mas quero que você fale comigo. — Pede, os olhos cheios de ternura, querendo que ele se abra com ela.— Sinceramente, eu só quero ficar aqui com você. — Confessa, segurando o rosto dela com uma mão, os dedos acariciando a pele delicadamente. — Me deixa te mimar um pouquinho hoje, e amanhã a gente pensa em tudo. — Declara, com um sorriso doce, desejando a
Como sempre, Hunter instintivamente se coloca um passo à frente de Hazel, seu instinto protetor em alerta máximo. Ele observa Audrey, que sorri com uma normalidade desconcertante, ao lado do pai. Cada fibra do seu corpo se enrijece imediatamente, cada músculo respondendo ao desconforto que a presença de Audrey provoca.— Você está linda, Hazel. Queria estar assim também, com uma barriga bem redondinha. — Elogia Audrey, a voz suave, mas carregada de uma dor disfarçada. O comentário soa estranho, mas é sincero. Hunter sabe o quanto ela desejava estar na mesma condição, com o filho que perdeu.— O que você está fazendo aqui, Audrey? — Pergunta Hunter, tentando manter o tom controlado, mesmo que a simples presença dela o incomode profundamente.Audrey dá um passo à frente, como se quisesse se aproximar, mas Hunter recua imediatamente, o desconforto visível em cada movimento dele.— Podemos conversar? — Audrey tenta, a voz mais baixa agora, quase um apelo, mas Hunter mantém a postura firme
Alguns dias depois, Hazel caminha inquieta pela sala da casa da irmã. Os últimos dias têm sido desgastantes. Ela passou por um longo depoimento sobre Liam e ainda aguarda o resultado do exame de DNA, mesmo com Hunter insistindo que nada aconteceu entre eles naquela noite, a dúvida ainda a consome. E agora, está diante de Kristen, pronta para revelar o passado sombrio do homem com quem sua irmã foi casada por tantos anos.— Você está me deixando tonta, Hazel. — Adverte Kristen, impaciente, os olhos seguindo cada movimento da irmã pela sala.— Preciso te contar uma coisa. — Dispara Hazel, sentando-se na mesinha de centro, bem em frente à cadeira de rodas de Kristen. — Evan já era um canalha, um escroto, muito antes de tudo o que aconteceu nesses últimos meses. — Solta a revelação, observando atentamente a reação da irmã.Kristen permanece em silêncio, seu rosto sem expressão, mas o clima entre elas se torna mais pesado. Hazel sente a tensão crescer, como se suas palavras estivessem grad
No dia seguinte, Lucy se encara no espelho, vestida em sua melhor roupa, um conjunto social de uma das grifes mais famosas, presente de Evan. Durante os anos como amante dele, ela se acostumou a viver cercada pelas melhores coisas, mas seu verdadeiro desejo sempre foi ser a esposa rica e poderosa, ao lado de um empresário bem-sucedido. Agora, porém, ela tem plena consciência de que Evan nunca foi esse homem que ela imaginou.— Lucy, acho que isso não é uma boa ideia. — Adverte Evan, observando-a com inquietação. Ele claramente não gosta da ideia de sua amante ir até a casa de sua ex-esposa.— A idiota da sua ex-esposa não sabe de nada. — Rebate Lucy com um sorriso satisfeito no rosto. — Minha visita até a casa dela é só para descobrir o que elas realmente sabem sobre você. — Afirma com convicção, o sorriso dela agora refletido no rosto de Evan, que relaxa, encantado com a perspicácia dela.— Você é muito perspicaz. — Elogia, puxando-a para seus braços e a jogando na cama, subindo sobr
Na sala, Hunter e Liang permanecem em silêncio, atentos a cada palavra de Owen, que detalha a prisão da fisioterapeuta com precisão cirúrgica.— Ela pode alegar que não sabia que ele estava foragido. — Informa Owen, seus olhos afiados observando as reações dos dois homens à sua frente. As expressões deles refletem claramente o descontentamento com essa possibilidade. — Acredito que essa será a linha de defesa. No entanto, ela ainda será julgada pelo crime de falsa identidade. — Acrescenta, levando calmamente a xícara de café aos lábios, sua postura imperturbável.— Então existe a chance de ela não ser presa? — Questiona Liang, o incômodo evidente no tom da sua voz, quase imperceptível em seu comportamento usualmente controlado.— Sim, há uma grande chance de que ela tente barganhar. A localização do senhor Potter será sua moeda de troca para garantir a liberdade. — Responde, sem demonstrar preocupação, como se estivesse analisando uma jogada de xadrez. — O amor raramente sobrevive qua
No final da noite, após as despedidas, todos começam a ir embora, exceto Liang, que passará a noite na casa de Kristen, como já era comum entre eles. No apartamento de Hunter, ele observa Hazel mexer na pequena bolsa que sempre carrega com seus itens essenciais, pronta para mais uma noite ao lado dele.— Por que você não se muda para cá? — Pergunta Hunter de repente, fazendo-a parar e se virar para ele, surpresa.— O quê? — Questiona Hazel, visivelmente chocada.— Não acha que é uma boa ideia? — Indaga, aproximando-se e puxando-a suavemente para seus braços. Seus dedos acariciam o rosto dela, enquanto ele a beija com paixão.— Não estamos indo rápido demais? — Pergunta, ainda ofegante e tentando processar a proposta.— Você tem intenção de conhecer outras pessoas? — Questiona, se afastando só o suficiente para a olhar nos olhos, a expressão séria.— Claro que não. — Responde com convicção.— Então, por que esperar? Quero você aqui, comigo, todos os dias. — Murmura, sua voz suave, carr
Assim que chegam ao prédio do grupo NexGen, Hunter e Hazel assumem suas posturas habituais, profissionais e impecáveis. Mesmo após terem tornado público o relacionamento, o comportamento durante o expediente continua inabalavelmente formal. Cada interação é medida, cada palavra cuidadosamente escolhida, mantendo a separação clara entre o pessoal e o profissional.Na sala de Hunter, ele está imerso em pilhas de documentos, o foco absoluto em cada detalhe. No entanto, o toque repentino do telefone quebra sua concentração. Seu olhar pousa no aparelho e vê o ramal de sua secretária.— O que precisa, senhorita Clarke? — Pergunta Hunter, a voz calma e firme ao atender.— Senhor Hill, a senhorita De Luca está aqui. Ela deseja falar com o senhor. — Informa Georgina, mantendo a voz neutra, enquanto observa com cautela a mulher à sua frente, que tamborila os dedos na mesa, claramente impaciente.— Não há nada agendado com a senhorita De Luca. Peça para ela marcar um horário adequado. — Instrui,
No fim do expediente, enquanto se dirigem para casa, Hazel está mais calada do que o normal. O silêncio entre eles carrega um peso que reflete a tensão interna que ela sente. No dia seguinte, o resultado do exame de DNA finalmente terminará um dos ciclos mais desgastantes de sua vida. Ao olhar para trás, ela não consegue deixar de se recriminar por permitir que aquela mentira a consumisse de tantas formas. Ela se machucou, traiu quem amava e, ainda assim, agora, a solução parece assustadoramente simples. O perdão que recebeu, o carinho das pessoas que magoou, tudo parecia um alívio tão grande quanto inesperado.Ela respira fundo, perdida nos próprios pensamentos, até notar que o caminho que percorriam não era o de sempre.— Não vamos para o apartamento? — Pergunta Hazel, quebrando o silêncio, sua voz suave, mas carregada de curiosidade.— Tenho outros planos para esta noite. — Responde Hunter, sem tirar os olhos da estrada, o tom firme, mas com uma leveza que a faz se perguntar o que