O que peço é respeito pelo tempo e dedicação que coloco no desenvolvimento. Não posso jogar elementos de qualquer maneira na trama, pois prezo pela construção e coerência. Se o ritmo parecer lento para vocês, sugiro interromper a leitura, em vez de tentar impor mudanças. Isso não é uma crítica construtiva, mas uma falta de respeito, que vai além de simplesmente não gostar. Sempre procuro responder aos comentários, porque eles motivam, mas alguns são apenas ataques e não merecem atenção. Peço desculpas pelo desabafo, mas certos comentários têm ultrapassado os limites do aceitável. Atenciosamente, Tamires Coelho.
Hazel solta um suspiro pesado, suas mãos tremendo levemente ao repousarem ao lado do corpo. Ela sabe não haver saída para aquela situação e qualquer tentativa de argumentar será inútil. Ele não aceitará um “não”. Sem outra escolha, abre a porta do carro e entra em silêncio, o barulho seco do cinto sendo afivelado ecoando no pequeno espaço. Enquanto Hunter acelera, o vazio entre eles se expande, sufocante. A indiferença dele é cortante, penetrando fundo, fazendo com que ela se sinta nada mais do que uma sombra, invisível.— Para onde te levo? — A voz de Hunter irrompe o silêncio como uma rajada fria, sem emoção.— Para o meu apartamento. — Murmura Hazel, a garganta apertada. Hunter assente brevemente, sem sequer desviar o olhar da estrada. A cada quilômetro percorrido, o desconforto de Hazel se intensifica, como um peso crescente sobre seus ombros. Ele praticamente a obrigou a entrar no carro, e agora age como se ela fosse um fantasma. Nem mesmo um olhar furtivo, nem um segundo de hes
O beijo é uma tempestade de emoções, um choque de desejo e frustração reprimida por tempo demais. Cada segundo parece uma eternidade, cada toque, cada pressão dos lábios de Hunter contra os dela é um campo de batalha silencioso, onde ambos tentam se entregar, mas, ao mesmo tempo, lutam para não ceder completamente. Hazel segura o rosto dele com delicadeza, seus dedos trêmulos traçando linhas invisíveis enquanto o coração dela bate tão forte que quase dói. Quando ele enrosca a mão em seus cabelos e a puxa mais para perto, o gemido que escapa de seus lábios é involuntário, um reflexo puro da necessidade que ela tem por ele.Mas, tão abruptamente quanto começou, Hunter interrompe o beijo. Ele se afasta, respirando fundo, enquanto luta contra a vontade quase irresistível de mantê-la em seus braços. O conflito entre o desejo e a razão é evidente em cada movimento hesitante, seu corpo tenso, preso entre a necessidade de proximidade e a consciência de que talvez devesse recuar. Seus olhos en
Ao entrar no apartamento, Hazel mal consegue fechar a porta antes de ouvir o celular tocando na bolsa. Ela tenta ignorar o som insistente, como se o mundo lá fora não merecesse sua atenção naquele momento. Mas, quando ele volta a tocar quase imediatamente, a persistência do toque a vence. Resignada, Hazel se deixa cair no sofá, o corpo exausto, afundando-se nas almofadas como se pudesse se esconder do peso das últimas horas. Com um suspiro, ela enfia a mão na bolsa e, ao ver o nome da irmã piscando na tela, uma sensação incômoda se forma em seu peito.— Oi, irmã. — Murmura Hazel ao atender a ligação, sua voz quebrada pelo cansaço e pelas lágrimas que ela tenta enxugar apressadamente, sem sucesso. — Você está bem? — Pergunta Kristen, a voz soando controlada, mas o nervosismo por trás das palavras é evidente. — Liang me contou o que aconteceu ontem. — Dispara, a preocupação cada vez mais palpável, deixando claro que ela não veio para rodeios.— Estou bem, Kristen. Só preciso de um pouc
Hazel sente os passos de Liang logo atrás dela, uma presença impossível de ignorar, mas naquele momento, tudo o que ela deseja é desaparecer, evaporar em meio à multidão, longe do caos emocional que cresce dentro de si. Ela respira fundo, tentando ignorar o nó que se forma em seu peito, mas o trabalho chama, e ela sabe que não pode fugir. Com o coração pesado e a mente em turbilhão, Hazel se força a se juntar à equipe do grupo NexGen no estande, forçando um sorriso educado, embora frágil, para as pessoas ao redor. O time está concentrado, focado em vender as soluções inovadoras da empresa, mostrando o que há de melhor em seus produtos. Hazel se agarra a essa rotina como se fosse a última coisa capaz de mantê-la em pé.— Hazel, você está bem? — Pergunta Joshua, com o olhar preocupado enquanto nota o rosto pálido dela.— Estou be… — Bom dia, pessoal. — A voz de Hunter ecoa pelo estande, interrompendo a fala dela, com aquele tom seguro e controlado que Hazel sempre admirou, mas que agor
Na cidade de Tulsa, no renomado Centro de Fertilidade de Oklahoma, Hazel Lee repousa sobre a maca ginecológica, aguardando ansiosamente pelo médico. Seu coração pulsa descompassado, envolto em uma mistura de sentimentos. Enquanto uma parte dela anseia pelo sucesso do procedimento, outra enfrenta obstáculos para aceitar essa decisão.Enquanto aguarda, as memórias de três anos antes invadem os pensamentos dela. O trágico acidente envolvendo sua única irmã, Kristen Lee, passa diante de seus olhos como um filme sombrio e doloroso. Kristen sofreu um terrível acidente de carro, resultando em sua paraplegia e na perda do bebê que carregava em seu ventre com tanto amor. Os danos foram devastadores, causando graves lesões no útero e impossibilitando uma nova gravidez. Hazel foi testemunha da luta emocional de sua irmã, da profunda dor e desespero que se seguiram à perda do filho tão aguardado. Após todo esse tempo, em meio às lágrimas e às lembranças dolorosas, ela tomou a decisão corajosa de
Na manhã seguinte, Hazel se levanta em silêncio e se prepara para mais um dia de trabalho, consciente da agitada agenda que a espera. Após um banho rápido, veste-se e deixa o quarto em direção à cozinha. Ali, pega apenas uma fruta e sai de casa, dirigindo-se até a frente da residência, onde aguarda pelo táxi que solicitou. No trajeto até a empresa, Hazel revisa alguns arquivos para as reuniões do dia.Há dois anos, assumiu o cargo de gerente do setor de tecnologia na empresa. Hazel recorda com orgulho o fato de ter sido a funcionária mais jovem a alcançar essa posição. Agora, aos vinte e seis anos, seu talento e dedicação são ainda mais reconhecidos.— Bom dia, senhorita Lee. — Cumprimenta Jennifer Mark, a secretária do andar, com um sorriso acolhedor. — Deixei os contratos para as reuniões da manhã sobre a mesa.— Bom dia. — Responde Hazel, expressando gratidão ao pegar o copo de café que Jennifer lhe oferece. — Muito obrigada, Jennifer.— Senhorita Lee? — Chama, notando Hazel parar
Após uma manhã exaustiva, Hunter Hill entra em seu imponente escritório na sede do grupo NexGen. Ele retira o paletó e o joga com um gesto de frustração sobre o enorme sofá no centro da sala. Com passos pesados, ele se dirige à sua mesa e desaba em sua cadeira, deixando transparecer toda sua irritação.— Hunter, ainda não terminamos nossa conversa. — Assegura Audrey Stone ao adentrar a sala, batendo a porta com força.— Pelo bem do nosso relacionamento, é melhor você sair desta sala agora. — Vocifera Hunter, afrouxando a gravata com um gesto impaciente.— Querido, é hora de deixarmos os atritos do passado de lado. Uma parceria com a GreenWave Technologies seria extremamente vantajosa para os nossos negócios. — Foi o único pedido que solicitei para você evitar. Não desejo negociar com essa empresa, e não vejo necessidade de explicar meus motivos. — Afirma, enrolando as mangas da camisa com desenvoltura. — Você me confiou o cargo de diretora de desenvolvimento de negócios justamente p
Após revisar alguns relatórios adicionais, Hunter observa o relógio e decide deixar seu escritório, encaminhando-se então para a sala de Audrey. Ao entrar na sala e encontrá-la vazia, ele se dirige a sua secretária.— Senhorita Clarke, você sabe onde posso encontrar Audrey? — Indaga Hunter, buscando esclarecimentos.— Senhor Hill, ela saiu há aproximadamente vinte minutos. — Responde Georgina com prontidão.— Agradecido. — Expressa, dirigindo-se aos elevadores com passos firmes.Na garagem do edifício, ao entrar em seu carro, Hunter pega o celular e discando o número de Audrey.— O que quer, Hunter? — Pergunta Audrey, ao atender a chamada.— Apenas almoçar com você, como costumamos fazer. — Responde, ainda na garagem. — Onde você está? Vou me encontrar contigo.— Eu só preciso de um momento sozinha, Hunter. Para preservar nossa relação, já que não me respeita como funcionária. — Retruca, seu tom de voz soando ríspido.— Audrey, não distorça os fatos. Só não quero negociar com alguém q