209 - A saudade, o desejo e a dor

Em Veneza, o primeiro raio de sol começava a romper o horizonte, enquanto Hunter estava apoiado no parapeito da sacada, uma xícara de café quente entre as mãos, observando o amanhecer com olhos distantes. A cidade parecia acordar lentamente, mas dentro dele, a inquietude não dava trégua. Não importava o quanto se mantivesse ocupado durante o dia, era nas noites e nas manhãs silenciosas que a ausência de Hazel o esmagava com mais força.

Esses momentos de quietude, em que o mundo ao redor desacelerava, eram os mais cruéis. Eram as horas em que ele mais sentia falta dela, quando o vazio parecia consumir tudo ao seu redor. Era sempre nesse intervalo, entre a escuridão e a luz, que ele fraquejava, a vontade de pegar o telefone e ouvir a voz dela se tornando quase insuportável. Mas ele se segurava, lutando contra o impulso, sabendo que ouvir Hazel o faria afundar ainda mais naquela saudade que o devorava a cada dia.

O telefone de Hunter vibra na mesa, quebrando o silêncio e o arrastando de
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