A visão de Hazel, acomodada com um buquê de rosas nos braços e rindo em cumplicidade com Zhang, faz o desconforto de Hunter se transformar em um ciúme avassalador. A raiva lateja em suas têmporas, e cada fibra de seu corpo grita para avançar e arrancar aquele homem dali.— Senhor Hill, boa tarde. — Cumprimenta Hazel, a formalidade em sua voz agindo como sal em uma ferida aberta, agravando a fúria que já queimava dentro dele. — Obrigada por informá-lo onde me encon…— Não informei nada. — Interrompe Hunter, a voz ríspida cortando o ar enquanto ele avança para perto da cama, os olhos fixos no buquê que Hazel, em um gesto rápido, coloca ao lado. O simples movimento dela só aumenta a ira de Hunter, como se cada detalhe fosse uma afronta.— Foi o senhor Smith que me passou as informações. — Informa Zhang, sua voz calma, quase desdenhosa, que soa como um desafio para Hunter. — Se eu soubesse, teria vindo te visitar antes, Hazel. — Acrescenta, deixando de lado qualquer formalidade.— Vejo qu
Hazel balança a cabeça, tentando afastar os pensamentos que se enredam em sua mente, mas o comportamento de Hunter, tão irresistível e profundo, a faz perceber que ele está tão imerso nesses sentimentos quanto ela. A incerteza sobre o que realmente são, sobre o laço poderoso que os une, pesa sobre ela como uma tensão constante, uma força invisível que os atrai cada vez mais, como se o destino conspirasse para entrelaçar suas vidas de uma maneira que nenhum dos dois pode controlar.Soltando o celular ao lado, Hazel desvia o olhar para Kristen e Zhang, capturando o jogo silencioso de olhares entre os dois. O interesse no rosto de Zhang é inegável, seus olhos analisando cada detalhe de Kristen com uma intensidade que a faz corar. Kristen, por sua vez, responde a cada olhar com uma timidez que esconde uma curiosidade crescente, algo que Hazel percebe com uma leve inquietação.— Irmã, você pode pegar com o médico as prescrições para o meu tratamento? — Pede Hazel, sua voz suave, mas carreg
Hazel sente seu coração disparar, como se fosse escapar de seu peito. Ela fecha os olhos e encosta seus lábios nos dele, entregando-se ao ritmo do beijo que ele estabelece, gemendo suavemente contra sua boca, sentindo sua intimidade pulsar com um anseio urgente por suas carícias. Em um impulso incontrolável, ela sobe em cima dele, esquecendo completamente onde estão e ignorando a necessidade de repouso absoluto. Mas, no mesmo instante, Hunter interrompe o beijo, ofegante, seus olhos fixos nos dela enquanto vira-a na cama, seu corpo levemente pressionado sobre o dela, como se estivesse tentando controlar o desejo que ameaça consumi-los.— Isso é um sim? — Pergunta Hunter, sua voz rouca e ofegante, enquanto deposita uma série de beijos leves nos lábios dela, cada um mais intenso que o anterior, até que ambos ficam sem ar novamente.— Com certeza é um sim. — Sussurra Hazel, tentando recuperar o fôlego, seus olhos brilhando com a certeza do que quer.Empolgada, Hazel devolve o beijo com u
No quarto, as risadas continuam ecoando enquanto Hazel troca de roupa, finalmente se livrando da incômoda camisola hospitalar e deslizando um vestido simples sobre a pele. O alívio de se sentir novamente em roupas normais é evidente.— Hazel, vocês estavam realmente de sa… — Kristen começa a perguntar, mas para abruptamente, o rubor subindo pelo seu rosto ao perceber o que estava prestes a dizer.— Ora, é claro que estavam, menina. — Intervém Eva com um sorriso astuto, antecipando a resposta de Hazel. — Agora faz todo sentido porque ela precisa de tanto repouso. — Acrescenta, com um olhar malicioso que faz Kristen explodir em gargalhadas, enquanto Hazel apenas esboça um sorriso, ligeiramente embaraçada.— Você não presta, Eva. — Repreende Hazel, a voz carregada de falsa seriedade enquanto tenta ocultar o rubor nas bochechas, embora o sorriso travesso traia seu desconforto.— Só estou sendo sincera, querida. — Acrescenta, piscando para Kristen, que ri ainda mais, contagiando o ambiente
Hunter bate os dedos no volante, cada toque reverberando com a raiva contida que luta para escapar. Ele se esforça para manter o controle, o desejo de sair do carro e esmagar o rosto de Evan mais uma vez quase o dominando. O peso da situação se faz sentir intensamente, e Hazel, percebendo a fúria que pulsa através dele, aperta sua mão com força, tentando ancorá-lo naquele momento, enquanto seus olhos acompanham Eva ajudando Kristen a sair do carro.— Quer que eu cuide disso? — Pergunta Hunter, a voz baixa e carregada de ameaça, como se cada palavra fosse uma batalha para conter a tempestade dentro dele.— Não, vamos deixar que Kristen resolva isso. — Responde Hazel, com firmeza, mas o olhar preocupado fixo na irmã, que se aproxima da porta com determinação.— Como se atreve a mudar as fechaduras? — Pergunta Evan, sua voz carregada de raiva, assim que Kristen para diante dele.— O que você quer, Evan? — Pergunta Kristen, sua voz firme, sem permitir que ele a intimide.— Vim pegar as mi
Hunter absorve aquelas palavras, e, de repente, todas as peças começam a se encaixar. Desde a primeira vez que ouviu a voz de Evan, algo o incomodava, como se uma memória esquecida estivesse tentando emergir. Agora, com essa revelação, a lembrança daquele dia em que dormiu no apartamento de Hazel e ouviu a discussão dela com o pai do bebê ressurge com força. As perguntas começam a surgir em sua mente, por que Hazel sempre evitou esse assunto? Por que ela nunca lhe contou que não era a mãe do bebê?— Preciso ir. Boa noite, Kristen. — Despede-se Hunter, tentando disfarçar a confusão que o domina naquele momento.Kristen o observa caminhar em direção à saída, e enquanto se posiciona em sua cadeira para trancar a porta, uma dúvida incômoda começa a se formar em sua mente. Será que ela falou demais? Nunca passou pela sua cabeça que Hazel não discutia abertamente sobre a gravidez, especialmente depois de quase perder o bebê no ataque ocorrido na casa dele.— Droga, Kristen, você e sua boca
Nervosa, Hazel começa a deslizar o dedo pela borda da xícara, o gesto ansioso revelando a batalha interna que trava. Contar a verdade ou continuar escondendo? O peso dessa escolha a esmaga, mas é a tristeza nos olhos de Kristen, uma dor que parece nunca diminuir, que a faz fraquejar. Hazel deseja, com toda a força, que tudo isso seja apenas um pesadelo que o bebê, seja realmente de Kristen, sem qualquer sombra de dúvida.— Eu não sei, acho que o assunto nunca surgiu. — Responde Hazel, a voz hesitante, lutando para soar convincente. — A intensidade da nossa relação não combina com o pouco tempo que estamos juntos. Antes daquela noite terrível no apartamento dele, fazia, no máximo, oito ou nove dias que nos conhecíamos. Foi tudo tão rápido, tão intenso. — Confessa, como se cada palavra fosse uma tentativa desesperada de justificar o silêncio sobre o bebê.— Ele nunca perguntou sobre isso? — Insiste Kristen, o tom de sua voz carregado de incredulidade, tentando entender como algo tão cru
Eva entra correndo na sala de jantar, o caos à sua volta quase a sufocando. Tentando manter a calma, ela se ajoelha ao lado de Evan, caído perto da mesa. Com as mãos trêmulas, verifica os sinais vitais dele, soltando um suspiro de alívio ao perceber que ele está apenas desmaiado.— Hazel, pegue o kit de primeiros socorros! — Ordena Eva, o olhar fixo no ferimento na cabeça de Evan. — Agora, Hazel! — Repete, a voz firme e elevada, trazendo Hazel de volta à realidade com um choque.Hazel dispara para fora da sala de jantar, em busca do kit médico, enquanto Kristen permanece imóvel, como se estivesse em um transe sombrio. Com uma calma perturbadora, ela pega outra xícara e lentamente se serve de café, os olhos fixos no ponto exato onde Evan está caído.— Ele está vivo? — Pergunta Kristen, sua voz fria, sem desviar o olhar da cena diante dela.— Sim, ele está. — Responde Eva, o alívio misturado com um nervosismo crescente, enquanto processa o que quase aconteceu.— Que pena, seria melhor s