Hazel se levanta com um ímpeto furioso e avança até ficar frente a frente com Audrey. Seus olhos queimam de raiva quando levanta a mão e devolve o tapa com força.— Como você se atreve? — Pergunta Audrey, segurando a bochecha com a mão trêmula. — Sua vagab… — Suas palavras são brutalmente interrompidas por outro tapa ainda mais forte.— Não ouse encostar em mim de novo! — Vocifera Hazel, dando um passo para trás com os olhos faiscando. — E nem pense em me ofender, porque nós duas sabemos muito bem quem é a verdadeira vagabunda aqui. — Provoca, sua voz carregada de desprezo e fúria.Audrey se recompõe aos trancos, sentindo o rosto latejar com a dor dos tapas. Seus olhos percorrem o corpo de Hazel de cima a baixo, uma e outra vez, enquanto analisa cada centímetro da mulher que ousa enfrentá-la.— Olhe para você, toda segura de si. — Comenta, o olhar cravado nos seios de Hazel. — Essa gravidez está te transformando numa vaca-leiteira. — Provoca, o veneno escorrendo em cada palavra. — Mai
Hunter reveza seu olhar entre as duas mulheres que tentam se recompor, passando as mãos pelos cabelos e ajeitando as roupas. Ele fecha a porta com força enquanto caminha pela sala, assumindo seu lugar à mesa com uma postura imponente.— Sentem-se. — Ordena Hunter, encarando-as com intensidade.— Tenho muito trabalho a fazer. — Responde Hazel, caminhando em direção à porta.— Não me faça repetir. — Adverte Hunter, sua voz ainda mais intensa, reverberando pela sala, indicando que elas não têm escolha.Hazel cessa seus passos, seu rosto assumindo uma expressão tensa, antes de voltar e sentar-se lentamente. Audrey, ainda respirando pesadamente, também se senta, seus olhos fixos em Hunter, cheios de raiva e dor.— Não quero nem saber o motivo da briga de vocês. — Declara, a voz transbordando uma fúria contida. — Ainda mais se estiverem brigando por mim. — Acrescenta, os olhos ardendo como brasas ao encontrar os de Hazel, que rapidamente desvia o olhar, sentindo-se queimada pelo julgamento
Hunter caminha até a mesa e se senta pesadamente, deixando a cabeça cair sobre a superfície fria. A exaustão dos últimos acontecimentos pesa sobre seus ombros, cada problema acumulado o arrastando para uma espiral de cansaço mental.— Nem pensar. — Resmunga para si, levantando-se abruptamente. Recusando-se a ser consumido pelos mesmos pensamentos angustiantes.Com determinação renovada, ele se dirige até a porta e sai, encontrando Owen no corredor. Owen se aproxima, o olhar visivelmente preocupado.— Quer conversar sobre o que aconteceu? — Pergunta Owen, a voz suave, mas a expressão evidenciando sua curiosidade.— Não. — Responde prontamente, caminhando decidido até a mesa da secretária, com Owen seguindo de perto. — Senhorita Clarke, por favor, solicite que alguém arrume a bagunça na sala de reunião e a deixe preparada para receber os executivos. — Ordena, arqueando o olhar para Owen, ciente de que ele não irá desistir.— Sim, senhor Hill. — Responde Georgina, pegando o telefone com
Hunter caminha com passos hesitantes e para em frente a Hazel, que já se recompôs. Ela o encara, percebendo a tensão pulsando em seu corpo.— Você está com o cheiro dela. — Comenta Hazel, sentindo o perfume diferente nele.— Então me deixe com o seu cheiro. — Ordena, puxando-a com firmeza pela cintura e colando seus corpos. Hazel solta uma risada involuntária. Ele desliza os lábios pelo pescoço dela, deixando um rastro de arrepios. — Você está bem? — Sussurra, a voz rouca de preocupação e desejo.— Estou bem! — Responde, afastando-se lentamente e encostando-se na mesa, os olhos fixos nele, cheios de intensidade. — Não quis brigar, estava apenas me defendendo dos ataq…— Eu sei. — Afirma, interrompendo-a, consciente de como Audrey pode ser agressiva quando perde o controle. — Me desculpa pelo ocorrido. — Pede, se aproximando e pousando as mãos na mesa, ao lado do corpo dela, mantendo-a presa entre seus braços.— Não foi sua culpa. — Declara, envolvendo os braços no pescoço dele. — Fui
Enquanto conduz a apresentação, Hazel desvia rapidamente o olhar na direção de Hunter, sentindo um desconforto crescente ao notar uma das executivas inclinando-se e sussurrando algo no ouvido dele com uma intimidade que a incomoda profundamente. Ela sacode a cabeça, tentando focar na apresentação, mas a cada gesto da mulher, sua irritação ferve. Durante toda a apresentação, Hazel não consegue evitar lançar olhares na direção dele, sentindo um ciúme avassalador, algo que nunca havia experimentado em relacionamentos anteriores.— Alguma pergunta? — Indaga Hazel ao concluir a apresentação, sua voz tensa.— Senhorita Lee, temos um problema bastante complexo com os helióstatos no Deserto de Mojave. Não acha a solução apresentada simples demais? — Questiona a executiva sentada ao lado de Hunter, o tom dela impregnado de superioridade.— Senhorita Allen, a solução é eficaz e é isso que precisamos entregar ao clie…— Como você tem tanta certeza? — Interrompe, seu tom desafiador e cortante.Ha
Hazel se afasta dos braços de Hunter, evitando encará-lo nos olhos. O peso da verdade que carrega a consome, e ela luta para encontrar uma maneira de revelar o que sabe sem destruir tudo. Com um movimento lento e hesitante, ela vira-se de costas para ele, acariciando a barriga com uma mistura de medo e desespero, desejando profundamente que aquele filho não seja deles, como se, de alguma forma, o peso da omissão pudesse ser perdoado um dia.— Hunter, no dia do evento beneficente, quando a Audrey esteve no grupo GreenWave, nós nos esbarramos na recepção e acabei derrubando café nela. — Começa Hazel, a voz trêmula. Lentamente, ela se vira para ele, seu coração batendo descontroladamente. — Liam me obrigou a sair para comprar uma camisa nova para ela e, quando retornei, encon… encontrei… — Sua voz vacila, o medo da reação dele e a ameaça de Audrey pairando sobre ela como uma sombra opressiva. — Eu os encontrei se beijando na sala de reunião.Hazel observa a expressão de Hunter mudar lent
Liam a segura firmemente, seus olhos queimando de luxúria enquanto deslizam pelo corpo dela, vestida apenas com uma lingerie branca. O cheiro forte do vinho misturado com o perfume adocicado dela cria uma atmosfera sufocante. Ele a observa, vendo a sombra da mulher que sempre desperta seus desejos mais profundos.— Fácil, do jeitinho que eu gosto. — Sussurra Liam, sua voz carregada de desejo, enquanto passa a língua pelo pescoço dela. Ele a puxa para dentro do apartamento, ignorando os cacos de vidro no chão, e fecha a porta com o pé, tomando os lábios dela em um beijo ardente.— Liam, para com isso. — Ordena Audrey, afastando-se dele com dificuldade. — Por que sempre me agarra quando me vê? — Pergunta, sua voz tremendo enquanto se apoia em um móvel para manter o equilíbrio.Liam a observa com um sorriso predatório, a intensidade de sua presença a envolvendo. Cada movimento seu é carregado de uma confiança e arrogância que ela não consegue combater.— Porque você quer que eu te foda t
Audrey rasteja pelo chão da sala, sentindo o frio gélido contrastar com o calor febril de sua pele. Seus movimentos são lentos e descoordenados enquanto estica o braço, puxando a bolsa pela alça. Tremendo, ela a abre e começa a procurar desesperadamente pelo celular. Ao encontrá-lo, liga para Hunter, seus olhos fixos no teto como se implorassem por uma resposta.— Vamos, meu amor, atenda. — Murmura, a voz embargada pelas lágrimas que escorrem livremente pelo rosto. — Por favor, Hunter, atende. — Sussurra, fechando os olhos em um misto de tristeza e desespero quando a ligação cai na caixa de mensagem.A angústia a consome, e Audrey continua a discar repetidamente, cada tentativa mais desesperada que a anterior. O peso em seu corpo é esmagador, como se a pressão de cada segundo de silêncio aumentasse a dor que sente. Sua garganta ainda arde pelo apertão violento de Liam, uma lembrança física do terror recente. Em todas as ligações, a resposta é a mesma, a mensagem de voz impessoal. A fr