Hunter desvia o olhar, encostando a cabeça no apoio do banco, seu olhar perdido na paisagem à frente enquanto pensa sobre a pergunta de Hazel. Como responder algo que nem ele mesmo sabe? O que está acontecendo entre os dois é uma confusão de sentimentos que ele não consegue decifrar. Ele suspira profundamente, sentindo o peso da incerteza em seu peito, e então volta o olhar para ela. Hazel o observa, seus olhos implorando por uma resposta.— Estamos nos conhecendo. — Responde finalmente, tentando esconder a confusão em sua voz. Ele vê Hazel dar um leve sorriso, mas percebe o desconforto escondido por trás dele. — Estou errado? — Pergunta, observando-a balançar a cabeça lentamente.— Não! — Responde Hazel, sua voz falhando, enquanto uma vontade crescente de contar a verdade toma conta dela. Ela sente seu coração bater mais rápido, a urgência de se abrir, de revelar os segredos que a sufocam. — Não está errado, Hunter. Mas… — Hesita, sua voz tremendo com a intensidade do momento. — Não
Liam dá um soco brutal na porta, seus olhos queimando de fúria por não conseguir manipular nem intimidar Hazel com suas ameaças. — Hazel, seja sensata. Minha proposta é a melhor para você! — Afirma, com a mão esquerda pressionada firmemente contra a porta. — Abra essa porta e vamos negociar! — Berra, batendo novamente na porta com uma força assustadora. Hazel ignora os protestos de Liam do lado de fora e segue apressada em direção ao quarto, onde se joga na cama. Com as mãos cobrindo o rosto, ela mergulha em um turbilhão de pensamentos, tentando desesperadamente escapar das questões que não quer enfrentar naquele momento. Percebendo que Hazel não cederá, Liam soca a porta mais uma vez, cada golpe reverberando pelo corredor, sua irritação crescendo a cada passo em direção aos elevadores. Sozinho no pequeno ambiente, ele suspira pesadamente, encarando seu reflexo no brilho do metal, seus olhos refletindo uma mistura de raiva e desespero que quase transborda em loucura.— Maldito Hunt
Audrey caminha lentamente pela sala, seus olhos examinando cada detalhe da postura de Hunter, fixando-se nos machucados em seu rosto.— O que aconteceu com você, meu amor? — Pergunta Audrey, parando em frente a ele e pousando suas mãos delicadamente em seus ombros.— Te fiz uma pergunta, Audrey. — Declara Hunter, afastando-se dela com uma rigidez controlada. — Por que não está em casa? — Questiona, enquanto sente os braços dela se entrelaçarem em seu quadril. — Audrey, pare com isso, por favor. — Pede, afastando-se novamente, a tensão evidente na sua voz.— Cansei de ficar trancada em um quarto, Hunter. Preciso de uma rotina novamente. Preciso me cuidar para o meu bebê ficar bem. — Afirma, com um sorriso radiante nos lábios, a determinação e a felicidade brilhando em seus olhos.Hunter arqueia a sobrancelha, irritado e exausto de ter que retomar aquele assunto com Audrey. Ele passa a mão pelos cabelos, os olhos fixos no sorriso de felicidade dela, que parece desafiador diante de sua f
Hunter afasta rapidamente Hazel, recebendo um olhar confuso dela. Seu olhar se fixa automaticamente para a porta do banheiro aberta, vendo Audrey caminhar com uma expressão de fúria na direção deles. Ele tenta proteger Hazel, mas Audrey a agarra pelo coque do cabelo e a puxa para trás.— Aiiii… — Grita Hazel, enquanto é puxada violentamente.— Ele é meu! — Berra Audrey, os olhos selvagens e cheios de desespero. Hunter se aproxima rapidamente, tentando conter Audrey. Com um empurrão firme, ele a faz soltar o cabelo de Hazel. Audrey observa, com o coração partido, enquanto ele puxa a mulher para seus braços, abraçando-a como se estivesse tentando protegê-la. A visão dessa cena intensifica ainda mais sua dor, transformando-a em ira descontrolada.— Me desculpa. — Sussurra Hunter, acariciando a cabeça de Hazel.— Você está se desculpando com essa vadia? — Explode, seus olhos faiscando enquanto ela caminha pela sala com passos frenéticos. — Como ousa me trair com essa mulherzinha? — Grita
Na recepção, Audrey caminha elegantemente em direção à saída, com o celular fixo na orelha. Seu coração bate acelerado, uma mistura de raiva e receio sobre o impacto que esse encontro desagradável com aquela mulher pode ter em sua vida.— Como você não me contou que sua ex-namorada está trabalhando com Hunter? — Reclama Audrey, assim que a ligação é atendida, a voz carregada de indignação e frustração.— Resolveu aparecer. — Rebate Liam, sua voz soando desinteressada, quase fria. — Onde você estava, num manicômio? — Pergunta, num tom provocativo, claramente irritado pelo sumiço dela.— Não é hora para piadas, Liam. — Dispara, a voz tremendo de tensão. — Eu estava lidando com uma situação inesperada. Como se atreveu a ocultar uma coisa dessas? Aquela vagabunda estava beijando o meu homem! — Vocifera, a fúria fervendo dentro dela apenas ao se lembrar da cena.— Você saberia, se tivesse me atendido. — Responde, escondendo seu incômodo, ciente de que precisa manipular Audrey para obter o
Hazel se levanta com um ímpeto furioso e avança até ficar frente a frente com Audrey. Seus olhos queimam de raiva quando levanta a mão e devolve o tapa com força.— Como você se atreve? — Pergunta Audrey, segurando a bochecha com a mão trêmula. — Sua vagab… — Suas palavras são brutalmente interrompidas por outro tapa ainda mais forte.— Não ouse encostar em mim de novo! — Vocifera Hazel, dando um passo para trás com os olhos faiscando. — E nem pense em me ofender, porque nós duas sabemos muito bem quem é a verdadeira vagabunda aqui. — Provoca, sua voz carregada de desprezo e fúria.Audrey se recompõe aos trancos, sentindo o rosto latejar com a dor dos tapas. Seus olhos percorrem o corpo de Hazel de cima a baixo, uma e outra vez, enquanto analisa cada centímetro da mulher que ousa enfrentá-la.— Olhe para você, toda segura de si. — Comenta, o olhar cravado nos seios de Hazel. — Essa gravidez está te transformando numa vaca-leiteira. — Provoca, o veneno escorrendo em cada palavra. — Mai
Hunter reveza seu olhar entre as duas mulheres que tentam se recompor, passando as mãos pelos cabelos e ajeitando as roupas. Ele fecha a porta com força enquanto caminha pela sala, assumindo seu lugar à mesa com uma postura imponente.— Sentem-se. — Ordena Hunter, encarando-as com intensidade.— Tenho muito trabalho a fazer. — Responde Hazel, caminhando em direção à porta.— Não me faça repetir. — Adverte Hunter, sua voz ainda mais intensa, reverberando pela sala, indicando que elas não têm escolha.Hazel cessa seus passos, seu rosto assumindo uma expressão tensa, antes de voltar e sentar-se lentamente. Audrey, ainda respirando pesadamente, também se senta, seus olhos fixos em Hunter, cheios de raiva e dor.— Não quero nem saber o motivo da briga de vocês. — Declara, a voz transbordando uma fúria contida. — Ainda mais se estiverem brigando por mim. — Acrescenta, os olhos ardendo como brasas ao encontrar os de Hazel, que rapidamente desvia o olhar, sentindo-se queimada pelo julgamento
Hunter caminha até a mesa e se senta pesadamente, deixando a cabeça cair sobre a superfície fria. A exaustão dos últimos acontecimentos pesa sobre seus ombros, cada problema acumulado o arrastando para uma espiral de cansaço mental.— Nem pensar. — Resmunga para si, levantando-se abruptamente. Recusando-se a ser consumido pelos mesmos pensamentos angustiantes.Com determinação renovada, ele se dirige até a porta e sai, encontrando Owen no corredor. Owen se aproxima, o olhar visivelmente preocupado.— Quer conversar sobre o que aconteceu? — Pergunta Owen, a voz suave, mas a expressão evidenciando sua curiosidade.— Não. — Responde prontamente, caminhando decidido até a mesa da secretária, com Owen seguindo de perto. — Senhorita Clarke, por favor, solicite que alguém arrume a bagunça na sala de reunião e a deixe preparada para receber os executivos. — Ordena, arqueando o olhar para Owen, ciente de que ele não irá desistir.— Sim, senhor Hill. — Responde Georgina, pegando o telefone com