NICOLAYBriana saiu do escritório e fiquei a respirar fundo, tentando voltar a calma, ela me deixou em brasa, nem quando era adolescente ficava assim apenas com um abraço.Preciso controlar-me, ela é encrenca, falando nisso, irei investigar a vida dela.Logo Lúcio e Paulo chegaram no escritório.— Você está bem patrão. — Paulo olhou-me estranho, mas quem perguntou foi Lúcio.— Estou bem. Chamei vocês aqui para falar sobre a festa que teremos hoje. Conversem com a mulherada para lavarem o barracão, vou pedir bebida na cidade. Também alguns seguranças. Matem uma novilha, alguns carneiro e porcos. Fartura para o nosso povo.— Estamos a comemorar o que mesmo? O seu noivado? — Paulo falou com um sorriso que conheço bem.Mas, a fala dele fez-me engasgar com a minha própria saliva, noivado. Os dois na minha frente riam como bobos, de onde saiu isso.— Está louco Paulo, de onde tirou isso?— Da quantidade de Santo António que tem na fazenda, com o seu nome e o nome da moça amarrado.-Moça? Qu
BRIANAOntem conheci o neto protegido de vovó Tatiana.Vou confessar, que homem é esse? Chamem os bombeiros, porque nunca senti algo assim, apenas com um olhar, nunca nem um homem me chamou atenção.Cresci rodeada de peões, homens de todos os tipos, sei todas as cantadas deles, todas as jogadas para levar uma mulher para cama.Mas, ontem, aquele olhar firme, sério, predador para o meu lado, deu um frio na espinha, que desconheço.Hoje de manhã, percebi de longe o seu olhar reprovando por estar em cima do Precioso, com toda a certeza, pensou que era a Preciosa, que é idêntica ao meu cavalo, quase idêntica.Ele estava mais alinhado hoje, ainda com a barba horrível, mas cheiroso, e como estava cheiroso, precisei de todo o meu profissionalismo para falar do projeto, sem perder a atenção, olhando-lhe.Quando tocou no assunto do meu padrasto e os amigos dele querendo controlar-me, fui sincera, não tenho nada para esconder, sempre fui sincera, não devo nada a ninguém.Porém, a atitude dele,
NIKOLAYA chuva estava forte, não ia voltar hoje para a fazenda, mas ganhar o último “rodeio” deixou-me animado, quero mostrar o meu troféu, a minha noiva, o meu prémio será o meu presente de casamento para ela.Sim, senhores, sou peão de “rodeio”, e um homem comprometido.Cresci ouvindo os meus pais falarem que o homem tem que ter honra, fazer a sua palavra valer.Por esse motivo estou noivo, fui irresponsável, sei disso, mas ela não tem culpa, e prometi que iria casar-me com ela depois daquela noite, que nem me lembro direito.Era noite de festa na fazenda, havíamos chegado de uma viagem, mandei matar um boi, e cerveja rolou solta.Lembro de ter dançado com todas as moças da festa, nunca havia levado ninguém para dentro de casa, respeito a minha avó, que mora comigo.Quando acordei de manhã, estava nú na minha cama, e Cecília está ali, nua assim como eu, foi fácil somar dois mais dois, porém quando vi o lençol sujo de sangue, entrei em desespero, ela era virgem, eu havia tirado a pu
NIKOLAYAs cenas na minha frente eram nojentas, ela era o pior tipo de put@, aceitava ele fazer coisas bizarras com ela, mas ele também era outro depravado, a noite deles estava programada para ser longa.Voltei, saindo da casa em silêncio, fui até a casa do tio dela, que já dormia, falei tudo que havia visto.— Senhor Nikolay eu disse que tinha algo de errado, com aquela menina, mas eu estou com o senhor para colocar essa v@gabuda para fora da fazenda.— Vamos precisar de ajuda porque quero aquele traíra fora daqui nessa chuva também.Chamamos alguns homens, fui até a casa onde Rubens morava, mandei colocar fogo em tudo ali, faço outra casa, não faz m@l, mas daqui ele não leva nada.Seguimos em seis homens para a casa, lá dentro eles estavam numa loucura tão grande que nem ouviram nada, mas foi vergonhoso ouvir o que diziam lá dentro.— Isso, Ceci, me f*** com esse brinquedão.— Isso que vou fazer, e você vai a imaginar que seja o p** do seu amiguinho Nikolay entrando no seu r***.A
NICOLAYTer-me livrado daquele casamento foi um alívio.O desafio agora era outra, arrumar outro veterinárioPor dois meses fui a levar tudo bem, com a ajuda de conhecidos.Até que recebi a visita de um amigo, que trabalha num órgão de fiscalização do governo, sabia que vinha bomba ali.Chamei ele para conversar no escritório da minha casa.— Carlos bom recebê-lo por aqui, mas como hoje não tem festa, nem futebol na fazenda, acredito que tenha vindo a trabalho, pode falar.-Direto como sempre Niko. Mas, não é trabalho.— Então diga-me.— Vim como amigo, alertar você, antes de vir como fiscal. O seu antigo veterinário está envolvido com um esquema de falsificação de medicamentos, você tem duas semanas para contratar um veterinário bom para verificar todo o seu estoque, e fazer nova apresentação.— Está difícil achar alguém, ninguém quer vir para lidar com gado no meio do mato, quer só ar condicionado.— Se quiser posso ver alguém, quais as suas preferências?— Tenho como exigir nada nã
BRIANAOlho para a mulher na minha frente, não pode ser, ela não é minha mãe, ela é mãe desse b@b@ca do enteado dela, pois aqui só quer saber em defender esse moleque, que irei quebrar outro dente.Tento manter a calma, enquanto escuto o advogado.— Senhorita Briana, as suas últimas atitudes, vem apenas reforçar o que a sua mãe pedi. Ter agredido o senhor Paul, não demonstra maturidade para assumir a herança deixada por seu pai.Vou resumir a tragédia aqui.O meu pai conheceu a minha mãe num rodeio, se encantou com a loira de apenas dezoito anos, ele na época vinte e quatro, que até hoje é muito linda, ela ficou gravida, ele louco para ter filhos, já queria levar ela para fazenda. Ela não quis, deu à luz e deixou-me com ele. Foi um favor, mas mantinha contato, eu sabia que tinha uma mãe, não me fazia falta, tinha um pai maravilhoso, e tia Ana e tio Damião ajudaram papai na minha criação.Papai era lindo, mas nunca se casou, eu tentava arrumar namoradas para ele, passava o seu número p
BRIANADeixei a minha mãe no portão do sítio gritando e entrem na minha casa.Foi quando recebi a ligação de um amigo de faculdade.-Boa tarde Bri!-Boa tarde Theu!— Ouvi dizer que você procurou encrenca com gente grande.— Gente grande, a minha mãe.— Olha, a sua situação não está fácil, mas tenho uma dica de um trabalho.— Se for aqui no estado, a pessoa nem vai responder-me.— Fica tranquila, e do outro lado do país, na fazenda onde o "vaquinha" estava.-Vixe, mas lá acho que o fazendeiro não vai querer uma veterinária mulher, já que sabemos como o "vaquinha" conseguiu o trabalho.Falei gargalhando.— Menina, tudo conversa, a coisa ficou feia com ele, o fazendeiro nunca soube quem ele era, apenas quando pegou ele e a noiva juntos, mandou os dois embora pelados de madrugada.— Mais uma para a coleção do "vaquinha".— Olha, eles dão bom salário, moradia, e tudo mais que precisar. Contratação imediata, eles precisam de um veterinário em menos de duas semanas lá.— Eu chego em uma, pa
BRIANAEstá já incomodada com aquele povo olhando para o cavalo, e para mim também, então escutei.— Lúcio, porque Preciosa está aqui fora, Niko, não havia levado ela.— Senhora Tatiana, ele levou, esse é o Precioso, da menina Briana, a nova veterinária.A mulher lançou um sorriso cativante na minha direção. Depois começou a gargalhar.Qual a graça? Eu perguntei na minha cabeça. Enquanto ela caminhava na minha direção.-Bem vinda Briana. Mas, todos aqui esperávamos um tal senhor Shistens. A mulherada até especulava se seria novo velho, bonito, solteiro, casado. Então aparece uma menina linda, que ainda traz um cavalo que é a cópia da égua de estimação do meu neto Nikolay, e para ficar mais divertido, o nome é do seu cavalo é Precioso, a égua é Preciosa. Eu sou Tatiana, mas pode chamar-me vovó Tati.— Obrigada por esclarecer vovó Tati, Shistens, é o meu sobrenome, acho que acabei atrapalhando você chegando antes.— De forma nem uma, agora vamos colocar o Precioso, onde possa descansar