Seul, Coreia do Sul. Bloco 109, 19-12-2018.
— Então? — Min Sun questionou à Kwan Shin, com os braços cruzados, ante ao homem deitado numa maca na enfermaria. — Apenas apareceu? Brotou da terra?
— Brotou não, posso fazer muitas coisas, mas ainda não tenho essa habilidade — resmungou Jo Han, forçando para se sentar e sendo parado por uma carranca irritada de Min Ju. — Nos vemos depois de dois anos e você me olha assim?
— Dois anos é a merda, nem me lembrava mais de sua cara — Min Ju resmungou, puxando as vestes em frangalhos e revelando alguns ferimentos, então olhou para sua cabeça, onde sangue escorria um pouco do que parecia ser uma batida e, em seus braço
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 20-12-2018. Trovejava. Uma enorme tempestade despencava por Seul, raivosa e intensa. Os noticiários avisavam sobre o perigo de sair de casa, e, como o esperado, Min Sun estava perto de ir à loucura. Odiava trovões, odiava o sentimento de grandeza que a natureza impunha, a deixava imponente, algo que já estava sentindo demasiadamente nos últimos dias. Pouco antes da neve cair, quando o dia raiou, Kwan Shin levou alguns livros que Jo Han havia pedido e, após Min Sun requisitar milhares de vezes, os relatórios sobre o que aconteceria com CheonSung. Por mais que Ji Sung houvesse tomado a liderança do bloco proviso
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 21-12-2018. — Isso é a voz do Hyun, ou estou delirando? — indagou Min Sun, realmente confusa. — Sai de perto de mim! — a voz gritou mais uma vez, ainda mais alto, ainda mais ameaçador, fazendo terem a confirmação de que era realmente ele. — Mas o que diabos! — Ji Sung e Min Sun imediatamente pularam para fora do quarto e correram pelo corredor, até que, onde deveria ser o quarto de Hyun, estava com a porta aberta, e uma comoção parecia ter se formado. Quando finalmente puderam ter o vislumbre do rapaz de cabelos negros e olhos azuis, não puderam deixar de se surpreenderem. E
Localização desconhecida. Data desconhecida. Estava no escuro. Não sentia nada. Não ouvia nada. Não havia nada ao seu redor, sentia-se submerso na água. Até que, num momento, sentiu seu corpo pesar e abriu os olhos. Era apenas o infinito e vasto vazio. “Então isso é estar morto?” indagou, olhando ao redor, analisando suas roupas brancas enquanto sua voz retumbava em sua mente. Era como se tudo que pensasse ecoasse pelo espaço. In Su caminhava em um chão inexistente, andando pelo que pareciam ser horas, dias, semanas. Não sabia mais há quanto tempo estava caminhando. Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 23-12-2018. Quando finalmente entreabriu os olhos, um flash forte invadiu suas retinas, forçando-o a fechá-los. Ouvia um som ensurdecedor de bips contínuos, tão alto que ecoava em sua cabeça, fazendo-a pulsar forte. Conseguia identificar alguns resmungos ao seu lado, mas esses, por sua vez, pareciam um pouco distantes, abafados. Estava completamente dormente, todo o seu corpo parecia flutuar, mesmo se sentindo um pouco incômodo enquanto seus sentidos retornavam. "Quanto tempo dormi?", se perguntou devido ao estranho sentimento de uma lacuna se abrindo, vCapítulo 24 - Parte 1
Seul, Coreia do Sul. Suprema Corte Coreana, 24-12-2018. Young Soo estava sentado na cadeira do réu. Sua mão esquerda permanecia imobilizada e apoiada, enquanto a outra estava amarrada à mesa, com alguns fuzis apontados para si. Se tivessem, por mínimo que fosse, algum indício dele estar usando magia, seria morto sem nem o aval final do juiz. Na ocasião, tentavam convencer os humanos sobre a guerra e tudo que os rodeava, para salientar a importância do seu papel como guerreiro. Hyun Shik deu seu testemunho apenas ao que dizia respeito ao que viu sobre os sequestros, afirmando que assuntos celestiais não diziam respeito aos humanos, então poupou a s
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 25-12-2018. In Su rabiscava o caderno mais uma vez. Era uma paisagem cheia de árvores altas, uma grama curta cobrindo todo o chão, com nenhum caminho, nenhuma estrada. Um pouco mais cedo, ao tentar recordar o sonho que teve enquanto desacordado, notou estar fragmentado. Mas, poderia mesmo ser um sonho? Foi tão real. A voz da sua mãe gargalhando, as feições, a cor vibrante de seus cabelos, tudo tão real... Por mais fragmentado que estivesse, sabia que haviam conversado, sentados debaixo de uma daquelas árvores enquanto sentia o calor dela envolver seu corpo.
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 26-12-2018. In Su acordou relativamente cedo. Mais por não ter conseguido dormir pelas milhares de pessoas entrando no seu quarto e mexendo em seu corpo a cada hora. E, como se não fosse o bastante, se sentia estranho e desconfortável demais para manter-se dormindo. Quando Min Sun apareceu para lhe visitar, o médico acabava a avaliação física, determinando que poderia ir para um quarto na enfermaria normal e, felizmente, era no mesmo andar que Hyun estava internado. Finalmente instalado em seu novo ambiente, arqueou a sobrancelha encarando Min Sun movendo a cabeça para o lado, com um sorrisinho travesso.  
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 26-12-2018. Quando Min Sun chegou ao quarto de Hyun Shik, ouviu alguns resmungos, então, por achar que estava no horário do tratamento dele, olhou o relógio em seu celular, e já deveria ter começado há uns dez minutos. — Ah, pelos deuses, não posso pular por hoje? — ouviu a voz dele num tom sôfrego por trás da porta, como se implorasse. — Sabe que não, Hyun Shik, se pular um dia vai comprometer o andamento e o progresso, não complique as coisas e venha logo — soou a voz do médico responsável, um híbrido de humano infectado pela magia infernal e um celestial puro, Han Yu Ji