André tinha tido aulas de defesa pessoal e na infância havia praticado Karatê por muito anos. Mas jamais havia tido uma experiência grande com espadas. Porém, os movimentos dele eram dignos de uma exibição. Era como se ele tivesse sido um grande samurai. Fatiava cada um que vinha em sua direção e utilizava técnicas que para ele era como se tivesse uma memória muscular. Sabia exatamente o que fazer e como fazer. Sua velocidade também era absolutamente incrível. A quantidade de oponentes era insana e quem visse antes jamais poderia apostar nele. Quem olhasse agora de forma alguma apostaria em sua derrota.
Pegando uma segunda espada, de tamanho um pouco menor que a primeira Katana que havia pego, continuava intocável.
Cada golpe que ele desferia começou a lhe despertar memórias. Ele via noite escura e chuva, via muito sangue, muito mais do que ele estava causando. As cabeças cortadas derramava sangue e logo os corpos desapareciam. Mas em sua visão, a água que
Eva despertou. Não conseguia enxergar nada, não havia nenhuma luz. Ele estava presa, na vertical. Estava com os braços abertos, tentou puxar as mãos e sentiu uma forte dor. Suas mãos estavam pregadas em algo. Seus pés também estavam, não como na crucificação que lembrava do cristianismo, seus pés não estavam um sobre o outro, mas um pouco afastados um do outro. Seus cotovelos estavam amarrados, assim como seu quadril. Ela começou a sentir um grande desespero e sentiu como se o dragão dentro dela fosse sair. Cuspiu fogo pela boca, luz que permitiu que ela visse que estava num grande espaço aberto e que havia alguém ao seu lado na mesma situação. Quando começou a se transformar um jato de água ultra gelada a atingiu bruscamente e em seguida outros raios de gelo congelaram seus pulsos e pescoço. Ela começou a tremer de frio e sentir u
André despertou e já percebeu que acontecia uma espécie de discussão. Não sabia bem se era isso mesmo, tendo em vista que eram dois homens caídos, sentados ao chão, com aparência de que haviam apanhado, diante de um outro, imponente, que poderia ser considerado, à primeira vista, a autoridade ali, cercado pelo que pareciam ser seus soldados.De repente, uma espécie de furacão formou-se acima deles, como uma tempestade de areia que se transformaram em pequenas facas que foram lançadas na direção do líder. Esse por sua vez evitou o ataque, sem nenhum esforço. As facas sequer se aproximaram dele era como se tivesse criado um escudo invisível. Porém, aparentemente a intenção não era realmente atacá-lo. Os dois homens foram atingidos por duas dessas facas, de forma fatal em suas têmporas, desaparecendo. André entendeu que, ao que tudo indicava, tratavam-se de prisioneiros importantes que conseguiram de alguma forma criar uma estratégia suicida para conseguirem sair daquela situa
Hermes e Cronos olharam para André e todos ficaram ali, parados por alguns instantes. A situação parecia tensa. Ao que tudo indicava para André, apesar de competirem com Zeon, os interesses deles convergiam em apoio a tal deusa que cultuavam.Hermes também ponderou que tentar capturar André poderia parecer uma boa forma de sair-se bem da história, mas era um movimento ousado contra um dragão, ainda mais um que venceu Zeon e botou Afrodite para correr, mesmo que para isso tivesse tido ajuda de Carl. Aquela altura, apesar de ter acolhido o rapaz, não podia imaginar quanta lealdade podia ter em jogo. Plano muito melhor seria tentar fazer dele um aliado.Começou a aplaudi-lo, primeiro lentamente, depois efusivamente. Cronos percebeu a iniciativa e acompanhou os aplausos e em pouco tempo começou a surgir gente de todo canto para aplaudir junto.André aproximou-se dos dois. - Nã
Pequenas gotas de orvalho caiam em sua testa e Eva despertou. Estava num lugar paradisíaco. A natureza à sua volta parecia ter sido construída com perfeição em cada detalhe e tudo realçava seus sentidos de forma a lhe deixar impressionada. Tinha acabado de levantar de uma pilha de folhas que tinha exatamente seu tamanho e eram macias como algodão. Seu corpo parecia completamente renovado. A sua volta haviam árvores de folhas que partiam do verde para o azul e flores em tons de azul para o roxo. Eram todas parecidas, mas diferentes. Havia também uma correnteza de água cujo som era calmante e o cheiro, misturado com todo o conjunto do lugar, completava a sensação calmante. Ela lembrava-se de tudo que tinha acontecido, mas por algum motivo não conseguia desesperar-se, não conseguia sair correndo dali e descobrir o que poderia estar fazendo naquele local. Sua única reaçã
- Não consigo entender! Eu me esforcei ao máximo! Fui o mais justo possível com as pessoas! Não consegue perceber o quanto esse planeta melhorou depois que eu cheguei? - Merlin estava no chão, derrotado, com a lâmina da Excalibur encostando em seu pescoço, pronta para arrancar sua cabeça e com Arthur pisando em seu peito.- Ter sido melhor não significa que foi bom e justo. A única coisa que você fez foi criar uma sociedade preservando os interesses dos que já tinham poder e fazendo os mais pobres acreditarem que tinham que trabalhar mais e mais para o lucro deles, passando necessidade e sentindo fome. O fato de ter havido um governo de terror antes só permitiu a você poder ludibriar melhor o povo e dominá-los, fazendo-os acreditar ainda que era menos pior agora e isso já bastava. Seu poder permitia mais, bem mais! Dei a chance de você tentar, mandei avisos do que
- Os reis estão no Grande Arco e vão fazer um anúncio! - gritou alguém dentro da taverna e todos saíram desesperadamente como se fosse um evento do qual ninguém pudesse perder.- Eles não fazem isso, deve ser algo realmente importante - disse Hertho.- Pois vamos descobrir o que é! - Levantou Arthur. - Imagino que mesmo a espada estando em minha posse vocês possam garantir que ninguém a tire de mim, além de vocês, certo? - André achava a lógica de Arthur bastante diferente, mas já admirava o rapaz.- Continue com ela, Arthur, apenas fique perto da gente o quanto conseguir - disse Agah.- Ótimo! - Ele prosseguiu, mas em passos mais lentos, esperando o grupo segui-lo mais de perto. Levando a recomendação ao pé da letra.- Esse rapaz é engraçado - comentou Hertho para André, rindo.Foram todos seguindo o fl
O rapaz com a Excalibur deu um salto do arco, fazendo acrobacia e caindo num pouso perfeito, firmando um dos pés no solo com o corpo dobrado, como se estivesse se ajoelhado também. Quando se ergueu, todos acompanharam o movimento. Foi caminhando no meio daquela quantidade imensa de pessoas, na direção onde estava o grupo de André. Arthur foi o único que se manteve ajoelhado.- Esta espada é sua, Arthur? - Ele perguntou, já sabendo seu nome e nesse momento, finalmente, o rapaz ergueu o rosto e olhou em seus olhos.- Não, meu senhor, essa espada agora é sua! - Arthur, humildemente, respondeu.- A humildade em um rei é uma das qualidades mais vibrantes e admiráveis. Você não entendeu, Rei Arthur, eu afirmei: Essa espada é sua! - Ele falou num tom bem mais alto, agora.- Não entendi o que quis dizer com isso. - Arthur acabou confuso.- Levante-se! - Ele assim o fez. - A Excalibur é e sempre será de quem for digno de empunhá-la e chamar por ela de volta quando precisar. Um
André estava sentado ao trono e ao seu lado uma linda mulher de cabelos escuros, longos, rosto bem fino e triangular, magra, mas o corpo curvilíneo e a pele muito clara, quase transparente. Ela usava um vestido vermelho, decotado, todo colado ao corpo e uma bota preta de salto. Em pé pareceria mais alta que André, com toda a certeza. Já ele estava todo de preto, com uma calça e uma blusa que pareciam uma segunda pele, toda colocada no corpo e presa na nuca, uma capa, também preta. Ambos tinham em suas cabeças coroas discretas, iguais, mas lindíssimas em ouro, cravejada de pequenas pedras brilhantes.- Majestade, o Conde Orlok está aqui para vê-lo - disse Xergog, líder da comunidade de Borguenhood a capital do planeta e guardião do Castelo do Rei. O rapaz, de cabelos compridos, tinha uma roupa parecida com a de André, mas com mais detalhes e símbolos. Sua capa tinha um tom de