André despertou e já percebeu que acontecia uma espécie de discussão. Não sabia bem se era isso mesmo, tendo em vista que eram dois homens caídos, sentados ao chão, com aparência de que haviam apanhado, diante de um outro, imponente, que poderia ser considerado, à primeira vista, a autoridade ali, cercado pelo que pareciam ser seus soldados.
De repente, uma espécie de furacão formou-se acima deles, como uma tempestade de areia que se transformaram em pequenas facas que foram lançadas na direção do líder. Esse por sua vez evitou o ataque, sem nenhum esforço. As facas sequer se aproximaram dele era como se tivesse criado um escudo invisível. Porém, aparentemente a intenção não era realmente atacá-lo. Os dois homens foram atingidos por duas dessas facas, de forma fatal em suas têmporas, desaparecendo. André entendeu que, ao que tudo indicava, tratavam-se de prisioneiros importantes que conseguiram de alguma forma criar uma estratégia suicida para conseguirem sair daquela situaHermes e Cronos olharam para André e todos ficaram ali, parados por alguns instantes. A situação parecia tensa. Ao que tudo indicava para André, apesar de competirem com Zeon, os interesses deles convergiam em apoio a tal deusa que cultuavam.Hermes também ponderou que tentar capturar André poderia parecer uma boa forma de sair-se bem da história, mas era um movimento ousado contra um dragão, ainda mais um que venceu Zeon e botou Afrodite para correr, mesmo que para isso tivesse tido ajuda de Carl. Aquela altura, apesar de ter acolhido o rapaz, não podia imaginar quanta lealdade podia ter em jogo. Plano muito melhor seria tentar fazer dele um aliado.Começou a aplaudi-lo, primeiro lentamente, depois efusivamente. Cronos percebeu a iniciativa e acompanhou os aplausos e em pouco tempo começou a surgir gente de todo canto para aplaudir junto.André aproximou-se dos dois. - Nã
Pequenas gotas de orvalho caiam em sua testa e Eva despertou. Estava num lugar paradisíaco. A natureza à sua volta parecia ter sido construída com perfeição em cada detalhe e tudo realçava seus sentidos de forma a lhe deixar impressionada. Tinha acabado de levantar de uma pilha de folhas que tinha exatamente seu tamanho e eram macias como algodão. Seu corpo parecia completamente renovado. A sua volta haviam árvores de folhas que partiam do verde para o azul e flores em tons de azul para o roxo. Eram todas parecidas, mas diferentes. Havia também uma correnteza de água cujo som era calmante e o cheiro, misturado com todo o conjunto do lugar, completava a sensação calmante. Ela lembrava-se de tudo que tinha acontecido, mas por algum motivo não conseguia desesperar-se, não conseguia sair correndo dali e descobrir o que poderia estar fazendo naquele local. Sua única reaçã
- Não consigo entender! Eu me esforcei ao máximo! Fui o mais justo possível com as pessoas! Não consegue perceber o quanto esse planeta melhorou depois que eu cheguei? - Merlin estava no chão, derrotado, com a lâmina da Excalibur encostando em seu pescoço, pronta para arrancar sua cabeça e com Arthur pisando em seu peito.- Ter sido melhor não significa que foi bom e justo. A única coisa que você fez foi criar uma sociedade preservando os interesses dos que já tinham poder e fazendo os mais pobres acreditarem que tinham que trabalhar mais e mais para o lucro deles, passando necessidade e sentindo fome. O fato de ter havido um governo de terror antes só permitiu a você poder ludibriar melhor o povo e dominá-los, fazendo-os acreditar ainda que era menos pior agora e isso já bastava. Seu poder permitia mais, bem mais! Dei a chance de você tentar, mandei avisos do que
- Os reis estão no Grande Arco e vão fazer um anúncio! - gritou alguém dentro da taverna e todos saíram desesperadamente como se fosse um evento do qual ninguém pudesse perder.- Eles não fazem isso, deve ser algo realmente importante - disse Hertho.- Pois vamos descobrir o que é! - Levantou Arthur. - Imagino que mesmo a espada estando em minha posse vocês possam garantir que ninguém a tire de mim, além de vocês, certo? - André achava a lógica de Arthur bastante diferente, mas já admirava o rapaz.- Continue com ela, Arthur, apenas fique perto da gente o quanto conseguir - disse Agah.- Ótimo! - Ele prosseguiu, mas em passos mais lentos, esperando o grupo segui-lo mais de perto. Levando a recomendação ao pé da letra.- Esse rapaz é engraçado - comentou Hertho para André, rindo.Foram todos seguindo o fl
O rapaz com a Excalibur deu um salto do arco, fazendo acrobacia e caindo num pouso perfeito, firmando um dos pés no solo com o corpo dobrado, como se estivesse se ajoelhado também. Quando se ergueu, todos acompanharam o movimento. Foi caminhando no meio daquela quantidade imensa de pessoas, na direção onde estava o grupo de André. Arthur foi o único que se manteve ajoelhado.- Esta espada é sua, Arthur? - Ele perguntou, já sabendo seu nome e nesse momento, finalmente, o rapaz ergueu o rosto e olhou em seus olhos.- Não, meu senhor, essa espada agora é sua! - Arthur, humildemente, respondeu.- A humildade em um rei é uma das qualidades mais vibrantes e admiráveis. Você não entendeu, Rei Arthur, eu afirmei: Essa espada é sua! - Ele falou num tom bem mais alto, agora.- Não entendi o que quis dizer com isso. - Arthur acabou confuso.- Levante-se! - Ele assim o fez. - A Excalibur é e sempre será de quem for digno de empunhá-la e chamar por ela de volta quando precisar. Um
André estava sentado ao trono e ao seu lado uma linda mulher de cabelos escuros, longos, rosto bem fino e triangular, magra, mas o corpo curvilíneo e a pele muito clara, quase transparente. Ela usava um vestido vermelho, decotado, todo colado ao corpo e uma bota preta de salto. Em pé pareceria mais alta que André, com toda a certeza. Já ele estava todo de preto, com uma calça e uma blusa que pareciam uma segunda pele, toda colocada no corpo e presa na nuca, uma capa, também preta. Ambos tinham em suas cabeças coroas discretas, iguais, mas lindíssimas em ouro, cravejada de pequenas pedras brilhantes.- Majestade, o Conde Orlok está aqui para vê-lo - disse Xergog, líder da comunidade de Borguenhood a capital do planeta e guardião do Castelo do Rei. O rapaz, de cabelos compridos, tinha uma roupa parecida com a de André, mas com mais detalhes e símbolos. Sua capa tinha um tom de
André saiu do Castelo voando pelo alto da torre. Primeiro, ele aproveitava o vento contra seu corpo, na temperatura agradável das nuvens do planeta Kimmer. Depois, indo mais alto, perto do limite da atmosfera, liberava o Dragão Jawzahr e voavam juntos. As baforadas de fogo aqueciam a pele de André que tinha se tornado naturalmente gelada, depois de ter se tornado vampiro. As mordidas que sugaram quase todo seu sangue também afetaram o Dragão. Aquele passeio permitia que ele acalmasse uma fúria que começou a consumi-lo, desde que adquiriu algumas características de morcego. Toda vez que um vampiro morde uma pessoa, o morcego que o habita deixa dentro da vítima um herdeiro, que se tornará uma simbiose. Mas no caso de André, Jawzahr não permitiu isso acontecer e o morcego que se criava penetrou no seu DNA, mas foram poucas as mudanças. O efeito contrário foi muito mais devastador. O
De repente surgiu no céu um objeto voador. André já sabia que era a nave espacial. Ela entrou na órbita, atravessou a atmosfera e os propulsores passaram a agir contra a gravidade para reduzir sua velocidade de impacto.André lembrou que havia sido ele próprio que tinha dado a ideia de criar uma nave espacial. Eles tinham tanta tecnologia, afinal, mas nunca tinham pensado em nada parecido. Parece um pouco difícil para um povo que consegue voar e que passa de planeta em planeta a cada morte, pensar em criar algo como uma nave. Talvez em suas primeiras vidas pudessem ter pensado um dia, mas lá, ao contrário, ainda não tinham tanta tecnologia ou mesmo tantas ambições.André como os outros correram para o local onde parecia que a nave pousaria. Tentaram voar, mas todos que tentavam, caiam. A pressão do ar estava instável e manter-se voando não parecia fácil. E