André saiu do Castelo voando pelo alto da torre. Primeiro, ele aproveitava o vento contra seu corpo, na temperatura agradável das nuvens do planeta Kimmer. Depois, indo mais alto, perto do limite da atmosfera, liberava o Dragão Jawzahr e voavam juntos. As baforadas de fogo aqueciam a pele de André que tinha se tornado naturalmente gelada, depois de ter se tornado vampiro. As mordidas que sugaram quase todo seu sangue também afetaram o Dragão. Aquele passeio permitia que ele acalmasse uma fúria que começou a consumi-lo, desde que adquiriu algumas características de morcego. Toda vez que um vampiro morde uma pessoa, o morcego que o habita deixa dentro da vítima um herdeiro, que se tornará uma simbiose. Mas no caso de André, Jawzahr não permitiu isso acontecer e o morcego que se criava penetrou no seu DNA, mas foram poucas as mudanças. O efeito contrário foi muito mais devastador. O
De repente surgiu no céu um objeto voador. André já sabia que era a nave espacial. Ela entrou na órbita, atravessou a atmosfera e os propulsores passaram a agir contra a gravidade para reduzir sua velocidade de impacto.André lembrou que havia sido ele próprio que tinha dado a ideia de criar uma nave espacial. Eles tinham tanta tecnologia, afinal, mas nunca tinham pensado em nada parecido. Parece um pouco difícil para um povo que consegue voar e que passa de planeta em planeta a cada morte, pensar em criar algo como uma nave. Talvez em suas primeiras vidas pudessem ter pensado um dia, mas lá, ao contrário, ainda não tinham tanta tecnologia ou mesmo tantas ambições.André como os outros correram para o local onde parecia que a nave pousaria. Tentaram voar, mas todos que tentavam, caiam. A pressão do ar estava instável e manter-se voando não parecia fácil. E
André além de ficar surpreso com tudo que Krakor contava, ria muito de suas piadas, da forma como ele se expressava e das caras que fazia com o que André contava também. Parece que tinham encontrado, um no outro, amigos que sempre procuraram e nunca tiveram. Athos parecia um pouco preocupado e André reparou que os vampiros estavam se aglomerando cada vez mais no estabelecimento. - André, não quero parecer estraga prazer, mas alguns dos vampiros parecem muito interessados em nós e não parece que seja de uma forma boa. - Athos interrompeu Krakor, que contava como eles tinham ficado presos naquele universo, sem poderes e sem teletransporte. André percebeu rapidamente o que acontecia.- O que pretendem, Maxi? - Perguntou para o vampiro que era o líder do Movimento Modernista. - Temos regras, André! Não é justo que alguém permaneça no planeta sem se transformar - ele respondeu, evidenciando o motivo que já parecia claro mesmo para André.- Mas a regra não se aplica, poi
Foram para o esconderijo subterrâneo e quando chegaram todos, a pequena comunidade dali já ficou assustada. André nunca tinha trazido outras pessoas antes.- Fiquem tranquilos, Rerniesk! Eles são forasteiros, vieram de outro planeta e nós ajudaram a derrotar os invasores. Nós vencemos! - André deu as boas novas e houve uma grande comemoração.- Quer dizer que deu tudo certo? Foi como o planejado? Lucia trouxe o antigo rei? - Trix chegou e perguntou para André.- Sim, meu amor, foi tudo como previsto. Até além. - Antes dele continuar ela saltou em seus braços e o beijou intensamente.- Fiquei com muito medo disso tudo aqui explodir ou de você nunca mais voltar. Quando ouvimos que algo estava acontecendo, pensamos em sair, mas de qualquer forma, não tínhamos muito como ajudar. - Ela terminou de se explicar e voltou a atenção aos visitantes.
Athos foi em direção de Sussurro, que estava ainda desacordada. Ao que tudo num indicava, ele já sabia de tudo. Não só o que tinha acabado de acontecer, mas tudo que ele quisesse saber, que estivesse nas memórias de cada um ali. Sussurro acordou, olhou em seus olhos e sentiu-se parte dele, como todos naquele momento estavam sentindo de alguma forma, mas ela conseguiu agir nele. Aos poucos conseguiu acalmar seu coração e sua mente e ele foi retornando ao que era seu estado anterior, contido novamente em seu próprio corpo. Levantou-se com Sussurro no colo e abriu um portal. - Traga seu grupo André, quem quiser vir com você, e venha, por favor! Pelos próximos que chegarão nesse planeta, Carmilla, que poderá ter finalmente a companhia de Lúcia sendo Rainhas, construirá uma comunidade isolada, segura e próspera para os que não quiserem ser Vampiro
- Eva, Eva é você mesmo? - Hagar e Afrodite acertaram exatamente o local onde Eva estava: no espaço acima da estratosfera de um planeta azul, parecido com a Terra. - O que você está fazendo? - André continuou sua fala, perguntando o que significava aquela energia que saia de seus braços e buscava envolver todo o planeta. - André? Eu poderia dizer que não imagino como tenha me encontrado... - ela fez uma pausa, pois aparentemente requeria muita força, aquele processo, ela movimentava os braços como se arremessasse uma rede e puxasse de volta, constantemente. - Mas, depois de tudo que já vi acontecer no Universo, o fato de você se teletransportar com alguém, me encontrando, não me deixa surpresa. - Imaginei que você fosse prisioneira de Elaryan. Minha expectativa era resgatá-la - disse André. - Minha fase de prisioneira, já passou. Agora se
- Existe um ditado que ouvi a muito tempo atrás que dizia: "O mundo dá voltas!" No mesmo planeta que ouvi esse havia um outro que falava: "Que mundo pequeno!" Na época eu achava engraçado porque realmente o planeta era muito ínfimo se comparado com todo o Universo. Pensando nesse contexto, era fácil reencontrar alguém e essa pessoa estar numa situação diferente. Ainda mais quando técnicas e tecnologias começavam a tornar as distâncias ainda menores. "Quero ver isso acontecer Universo afora." Eu pensava isso, inconsciente da minha falta de poder, do quanto eu ainda poderia evoluir, crente que eu estava no meu auge. Agora, o destino me traz Afrodite de volta, ao lado de André e Hagar. - Zéon ou Zeus, como se auto-proclamou, parecia reluzente. Ele carregava uma foice em sua mão direita e duas correntes transpassadas por cada um dos ombros para direções opostas, cruzadas
André logo percebeu que não poderia vencer. Mas naquele momento não havia muita alternativa a respeito do que fazer. Conseguia ainda enxergar Eva no céu. O que ela estivesse fazendo, com certeza tinha uma importante finalidade e se ele pelo menos conseguisse ganhar tempo para ela terminar o que quer que fosse, talvez fosse o suficiente, o necessário.- Será mesmo que o profetizado que morreu e renasceu num planeta de nível 6, teria como destino apenas fazer um Deus perder tempo? - Zeus perguntou para André, provocando-o. Mas era evidente que seus pensamentos, buscando lógicas do Universo, tentando entender o plano de Elaryan, tudo isso, o deixava confuso e alerta. Por mais que estivesse confiante e até mesmo soberbo, demonstrava que no fundo ainda tinha dúvidas do que aconteceria. Afinal, Elaryan sabia de tudo, do princípio ao fim do Universo, como ela mesma dizia.Ele, portanto, decidiu n&
André renasceu no mesmo planeta. Conseguiu reconhecer, pelo céu, pelo clima, pela gravidade, mas principalmente pela redoma criada por Eva, no céu. Tudo indicava que ela terminou sua missão exatamente no momento em que morreu. Foi tempo dela ativar aquela estrutura, que agora era brilhante no espaço. Não estava perto de onde enfrentou Zeus, mas também não estava em outro hemisfério. Podia perceber pela posição do Sol. A não ser que tivesse ficado algum tempo no limbo, entre sua morte e seu renascimento. Não achava que era o caso. De qualquer forma, parecia uma boa ideia se esconder de alguma forma.Tentou usar as armas como ferramenta de teletransporte e conseguiu. Mas não podia sair além daquele campo de força. Seu teletransporte era possível apenas naquele mundo, portanto. Ficar no céu, não parecia, também, muito inteligente.