O plano seguiu como Zeon imaginou. Dafa realmente sugeriu ir com Móretar para o planeta Key. Zeon fechou o portal antes dela voltar, quando percebeu o que aconteceu, Vaes ia atacar Zeon, mas foi imobilizado por Arquemis. Zeon utilizou o cajado mais uma vez e mandou Vaes para outro planeta. Nada mais restava, agora e com o sucesso garantido, Zeon e Arquemis retornariam para o planeta Atlas, levando André. Eles adentraram a moradia temporária onde André estava, mas não contavam que o garoto estaria preparado com um plano. Ele havia reparado que Zeon levou o cajado do portal preso em suas costas e que ele tinha na parte de cima, metais pontiagudos sobressaltados. Ele sabia que se tentasse tirar o cajado, a sua chance de conseguir tal feito era pequena. Resolveu algo mais drástico. Pulou nas costas de Zeon, se pendurando sobre ele e colocou seu pescoço colado nessas pontas do cajado.
- Não se mexa, caso contrário eu me mato aqui e agora, fEra impressionante o momento em que milhares de pessoas em uma arena ficavam eletrizadas, observando o que ia acontecer, atônitas, tensas, na expectativa dos próximos segundos. E aquele rapaz era quem normalmente, em poucos movimentos, transformava o silêncio em uma explosão de alegria, com gritos e lágrimas.Quando o objeto esférico cruzou o gramado em direção a ele, aquele momento aconteceu. O silêncio vigorava, fosse dos que admiravam e torciam a favor, fosse dos que invejavam (sem deixar de admirar também) e torciam contra (apesar de no fundo, no fundo torcerem para serem testemunhas de alguma jogada inacreditável).Não se tratava de qualquer partida esportiva, simplesmente. Aquele momento específico carregava muitos significados implícitos.O garoto, alto, magro, negro, que muitas vezes lembrava seu maior ídolo, um dos
André ainda estava nos céus, flutuava no ar, nas alturas. Parecia em transe. Seus olhos brilhavam, com se saísse luz deles. O confronto entre os exércitos dos magos que havia tido uma trégua, já tinha recomeçado, com uma ofensiva inesperada dos pargos, liderados por Ambrósio. Os fariseus não conseguiam segurar a investida e Myrddin já tinha fugido com Angra, levando Moisés e Eva. O aparecimento de André nos céus, com uma enorme rajada de energia, que misturava calor, eletricidade e correntes de vento, parou novamente o embate. Os dois lados passaram a tentar, primeiro descobrir o que era e depois derrubar com ataques, totalmente inúteis, a pessoa nos céus. Nada sequer chegava perto dele. Era como se existisse um campo de força.Eva e Moisés estavam sendo levados, amarrados. Eles viram alguém no céu brilhando, mal conseguiam enxergar que se tratava de alguém ali. Parecia uma estrela. Myrddin ouviu ela comentando com Moisés, perguntando
Diante daquele cenário, o que não se poderia prever era que o céu ficaria iluminado de fogo. Não por alguém criando tal cenário de guerra, mas por um fenômeno espacial. Uma chuva de meteoros começou a cair em Vulcano. Explosões para todos os lados. O planeta estava sendo atingido há uma distância considerável de onde eles estavam, porém os impactos criaram terremotos, explosões de lava para os céus, fumaça negra no ar se espalhando. Tudo caminhava para um desfecho de destruição do planeta. Os magos tentavam proteger seu povo, assim como Moisés, Eva e André, que conseguiam de alguma forma manipular um pouco os elementos, mas não era o suficiente.- Agora! - Gritava, Myrddin. - Tem que ser agora! - Myrddin segurou a mão de Ambrósio e os dois fecharam os olhos.André, Moisés e Eva fizeram o mesmo e os dragões saíram de seus corpos e cuspiram uma rajada de fogo conjunta nos dois, que desapareceram no ar.Poucos segundos depois surgiu nos céus o que parecia ser a uni
Moisés procurava por Eva na Terra de Gelo. Voava baixo, por dentro da neblina e soltava fogo com as mãos para conseguir visibilidade. Ia vagarosamente cobrindo área por área. Disseram para ele que seria inútil, que não teria como ele conseguir encontrá-la, isso se ela estivesse lá mesmo. A maioria dos que morreram apareceu ali, naquele planeta e muitos caíram na parte mais gélida, onde o Sol ficava mais afastado. Mas todos estavam muito próximos uns dos outros e foram resgatados. A chance de ainda ter alguém por ali era muito pequena, ainda mais alguém que fosse um dragão. Mas algo dizia para Moisés que ela estava ali. Ele já tinha coberto todos os locais onde os renascidos apareceram. Só restava ali. Ele estava cada vez mais adaptado a condição de dragão. Era como se sua alma tivesse encaixado na alma daquele outro ser incrível.
Tiveram um excelente banquete, como a muito tempo Zeon não provava, muitos dos pratos não podiam ser replicados apenas com criação de elementos, mesmo alguém muito poderoso não conseguiria. Alguns elementos têm propriedades praticamente impossíveis de se criar com base nos átomos básicos. Poseidon indicou o caminho para a ante-sala que levava aos quartos. Disse que podiam escolher qualquer um deles, mas o primeiro era o maior e mais completo. Depois de algumas horas, a provocativa Afrodite foi até o quarto onde Arquemis e Zeon foram repousar. Tinha certeza que teriam escolhido o que Poseidon havia indicado. Ela trajava um vestido lindíssimo, diferente da roupa que estava quando viu os dois pela primeira vez. Ela ficava totalmente colada ao corpo, parecendo uma segunda pele. Valorizava ainda mais as suas curvas generosas e lembrava uma espécie de escama brilhante, num tom verde. Ela simplesmente
André recebeu uma missão de Somas, uma única missão. Por essa ótica, poderia parecer simples, mas não chegava nem perto disso. Somas tentou dar mais detalhes, mas André, olhando bem, ainda não tinha assimilado direito nem o fato da sua primeira morte. Aconteceu tanta coisa fantástica e impossível até ali que, se parar pra pensar em tudo, não dava pra seguir. Moisés havia assumido a forma de dragão e estava destruindo o planeta, controlado por uma espécie de monstro mítico. Uma bomba teria destruído tudo, mas o comando central usou como último recurso de esperança o fato de André também ser um dragão e dele ter um elo com Moisés, podendo assim ter alguma chance de tirá-lo daquela situação.Ele ouvia Somas. As palavras dele que pareciam como as de um técnico esportivo, fez ele lembrar o quanto
Merlin despertou e já estava sendo atacado. Rodeado por pessoas encapuzadas, vestindo sobretudo e apontando espécies de varinhas contra ele, que disparavam os mais variados tipos de raio, que cortavam, queimavam ou eletrocutavam seu corpo, a semelhança com qualquer história clássica de bruxos não era mera coincidência. Não poderia ser, mas o encontro de histórias acontecendo agora, que já haviam sido contadas no passado em outros mundos ainda não era algo que podia ser explicado. E para Merlim esse era o primeiro contato que tinha com esses trajes e essa forma de canalizar energia.Quando tomou consciência do que estava acontecendo, explodiu energia que se transformou em fogo e queimou todos a sua volta, derrubando-os.Levantou-se, apenas flutuando, o que, mesmo para os mais poderosos dali, não era comum. Alguns correram, outros não conseguiram se mover. Merlin percebeu o quanto intimidou os que o atacavam, o que inflamou ainda mais seu eg
André acordou em uma cama redonda enorme. Sentou-se nela e percebeu que estava numa sala gigantesca. As paredes muito distantes, o teto muito alto, feito de vidro, permitindo a iluminação natural do Sol. A construção parecia triangular.Quando foi perto da beirada da cama, assustou. Ele estava muito acima do chão e em volta da cama, centenas, talvez milhares de pessoas, olhavam para cima e começaram a gritar de emoção ao perceber que o rapaz tinha acordado.André voltou para o centro da cama, atordoado. Ouvia um imenso murmurinho, cada vez aumentando mais de volume. Aparentemente ele estava sendo adorado, como se fosse um Deus.Ele levantou-se novamente e achou uma escada larga de madeira em espiral nos pés da cama. Quando decidiu descer por ela, todos se calaram. Ele estava sendo admirado, talvez até temido por alguns. Para um povo tão acostumado com regras, com protocolos, com igualdade, com uma sociedade estável, tudo aquilo que havia acontecido era muito fora de q