Ouço passos atrás de mim e, ao me virar, arregalo os olhos ao ver vários homens. Alguns carregam caixas grandes, outros limpam armas, todos com expressões severas e implacáveis.

— Quem é essa, Cezar? — Um homem pergunta, seus olhos analisando cada detalhe do meu rosto.

— É a Francisca. Ela foi até a casa do nosso senhor e agiu como se fosse superior. Teve a ousadia de chamá-lo pelo nome. — Ele espeta as palavras friamente, sua voz carregada de desprezo.

Todos os homens no local param ao ouvir Cezar. O silêncio no galpão torna-se quase palpável, e sinto o peso dos olhares sobre mim.

— E ainda diz que está grávida do nosso senhor. — Outro homem responde, soltando uma risada cruel.

— Como se nosso senhor fosse tolo o suficiente para acreditar nisso. — Cezar ri, misturando diversão com desdém.