Vicenzo arregala os olhos enquanto pensa em algo. Dante o encarava com o semblante fechado enquanto seu coração doía. - Claro que não! Jamais me perdoaria por ter te causado tamanha dor e sofrimento. - Acha mesmo que devo acreditar nisso? Você sempre a odiou ao ponto de obrigar a gente a nos casarmos escondido. Dante o rebate enquanto o encara sem piscar. Ele sabia que seu pai era ardiloso, então não deixaria ser enrolado por ele. - Eu sei que errei em me opor ao seu relacionamento, mas existe limite para tudo e ordenar um atentado contra a minha nora grávida... Eu sei que não sou nenhum santo e que fiz coisas horríveis na minha vida, mas isso? Jamais sonharia em fazer tamanha monstruosidade. Vicenzo estava completamente indignado com o questionamento do filho. Era verdade que ele era culpado, mas jamais admitiria e agora precisava fazer Dante engolir a sua "inocência" para poder reverter o jogo a seu favor. - Pai, alguém me ligou dizendo que você sabe muito bem sobre a mo
Vicenzo havia aproveitado que Dante estava fora para poder ligar para Giuseppe. Ele conhecia muito bem o seu filho e sabia que ele estaria mais determinado do que nunca para poder descobrir a verdade sobre a morte de Giulia. Se isso acontecesse, certamente perderia seu filho e Valentina para sempre e isso o velho Capo se recusava a aceitar. "- Maldito Rossi. Vou te matar da pior forma possível." Ele resmunga enquanto aguarda Giuseppe atender. Demora um pouco até que o Consiglier atenda a ligação. "- Capo?" "- Até que enfim, porra! Preciso falar com você." Vicenzo caminhava de um lado para outro enquanto sua cabeça estava a mil. Ele olha Valentina dormir, devido ao efeito do remédio que a menina havia tomado, e depois abre um pouco a porta para ter certeza de que ninguém estava por perto. "- Desculpe a demora em te atender, pois estamos muito ocupados em caçar o Rossi. O filho da puta é esperto e está plantando pistas falsas." "- Filho da puta!" Vicenzo esbraveja enq
Já havia caído a noite na fazenda e Dante estava na varanda olhando as estrelas, especificamente a constelação de escorpião. Ele estava refletindo sobre a sua vida como Escorpião e em como isso poderia afetar as pessoas que amava. Neste momento, a lembrança de sua secretária vem em sua mente. Ele sorri ao se lembrar dos momentos íntimos que haviam passado juntos. O seu telefone começa a tocar e isso o faz despertar. Ele pega o aparelho e não reconhece o número. "Deve ser o mesmo filho da puta de antes." Ele pensa enquanto atende. - Alô? - Vejo que o assassino atendeu rápido. Era a mesma voz eletrônica e isso já faz o sangue de Dante ferver. - O que você quer? Dante fala entre os dentes enquanto ouve uma risada do outro lado da linha. - Só quero te lembrar dos seus crimes. Cada morte sobre seus ombros será descontado em sua filha. - Nunca lamentei pelos meus atos e só sei que ninguém lamentará a sua, pois quando eu te encontrar, pode ter certeza de que garantirei
No dia seguinte, Dante recebe finalmente o documento que o autorizava ter acesso a sua fazenda recém-comprada. Ele toma o café da manhã com Edward e sua família antes de partir para a fazenda. Vicenzo brincava o tempo todo com Valentina durante a viagem, pois a fazenda ficava a uma certa distância da fazenda de Edward. Dante olha pelo retrovisor e nota que o carro com os seguranças de seu pai estava se aproximando. Então Vicenzo aproveita que Dante estava calmo para poder puxar conversa com ele. - Filho, por que você comprou esta fazenda? - Para poder cultivar meus próprios produtos e assim economizar dinheiro com o aluguel de terras. Também será o refúgio para ela, caso dê alguma merda. - Então será um esconderijo? - Para ela, sim. Já a máfia, não. Dante responde completamente sério, pois ainda não havia engolido as justificativas de seu pai e Vicenzo percebe isso. - Você ainda acha que tenho alguma participação na morte da mãe da menina? - Não quero discutir isso e
Passadas duas semanas, Dante ainda permanecia em sua fazenda. Ele ainda estava inquieto devido à ligação que Tiffany havia lhe dito sobre a aproximação de sua secretária com Jay ao ponto de isso tirar o seu sono. Neste momento, ele estava com Valentina no colo enquanto caminhava pelo jardim. A menina interagia bem com as flores enquanto Dante estava com a cabeça longe. "Ela não pode ter me esquecido assim tão rápido." Ele suspira enquanto pega o seu telefone. ----------------- Samantha estava no escritório comendo um sanduíche que Jay havia lhe dado. Ela havia se aproximado dele devido à investigação, mas até agora não havia descoberto nada. Da mesma forma que ela o investigava, Jay fazia o mesmo com a detetive. Ele ainda tinha esperança em conseguir algum tipo de informação para poder recuperar a empresa que era de seu pai. O pai de Jay era viciado em jogos de azar. Ele havia perdido tudo, inclusive a empresa que Dante havia comprado. O mafioso não fazia ideia do parent
Samantha pega o seu telefone e abre o aplicativo que poderia controlar o servidor. "Espero que essa porra esteja funcionando." Ela pensa enquanto mexe no aplicativo. O funcionário se aproxima ainda mais até que ele ouve o barulho de um servidor que começava a apitar sem parar. - Merda! Você tem que ver isso. O outro funcionário grita enquanto olha para o servidor que estava superaquecido. O funcionário que estava indo atrás de Samantha desiste de sua busca assim que percebe a gravidade da situação. Samantha mexe mais uma vez em seu telefone e outros servidores começam a apitar descontroladamente. A detetive aproveita a distração dos dois e retira os seus sapatos para poder sair sem fazer nenhum barulho. Ela consegue sair da sala e corre na direção das escadas. "Essa foi por pouco." Samantha pensa aliviada enquanto desce as escadas. Ela aproveita que o lugar não havia câmeras para poder dar uma olhada na queimadura em sua coxa direita. - Merda! Ela resmunga assim
No dia seguinte, Samantha estava se arrumando para poder ir trabalhar. Ela estava satisfeita por seu vírus estar funcionando perfeitamente e acreditava que ele abriria uma porta para que ela invadisse o sistema da casa de Dante. "Dante." Ela suspira enquanto pensa no mafioso. Fazia tempo que ela não o via, mas a maneira feia que ele a tratou pelo telefone reforçava ainda mais o que Miranda vivia dizendo sobre ele. - Isso nunca daria certo. Ela lamenta enquanto olha para o curativo em sua perna. Neste momento, Miranda abre um pouco a porta do quarto e entra dizendo: - Bom dia! Como está o seu ferimento? - Está doendo muito, mas logo passa. A detetive ajeita a sua saia. Miranda senta na cama dela a olhando. - Tem algo te incomodando? - O de sempre. Acho que vou pedir demissão da Savoia's Inc. e, antes que você fale alguma coisa, farei isso quando tiver acesso ao servidor na casa do Dante. Miranda levanta e vai até ela. - Eu não deveria ter te envolvido
Samantha o empurra e acerta duas bofetadas violentas nele. - Seu animal, filho da puta, miserável! Como ousa me beijar assim? Dante volta a se aproximar dela, mas acaba levando outra bofetada. - Não ouse se aproximar! Samantha o adverte se colocando em posição de combate. Dante parece se dar conta de que havia passado dos limites, então ele levanta as mãos em rendição. - Tudo bem... me desculpe? Eu perdi a cabeça. - Perdeu a cabeça... você passou de todos os limites! Está achando que pode me usar? - Te usar? É você quem está me usando. Dante abaixa a sua mão e fecha a cara. - Transamos outro dia, agora você está dando para outro. Agora vem me dizer que eu estou te usando? - Seu filho da puta, me respeite! Samantha parte para cima dele desferindo alguns golpes e a detetive consegue acertar um soco no rosto dele. Dante tenta deter a fúria da detetive. Ele começa a bloquear os golpes dela e acaba segurando o braço da detetive e a puxa para perto. Dante aperta o s