O helicóptero pousa em um heliporto em Springfield. Ele ainda teria que dirigir por trinta minutos até chegar à cidade de Greenview. " - Ainda não sei o que esse moleque veio fazer neste fim de mundo." Ele resmunga enquanto entra no carro que seria dirigido por um membro da máfia. Outro membro senta ao lado dele para poder fazer a segurança. " - Quero que vocês fiquem na cidade. Preciso de total privacidade para poder falar com o meu filho." "- Certo, Capo". O homem que estava ao lado dele responde enquanto os outros acenam levemente suas cabeças. Vicenzo olha pela janela e parece gostar de Springfield. Talvez, no futuro, ele instale a Famiglia naquela cidade, por estar perto de Chicago, que era dominada pela máfia irlandesa. Acabar com os irlandeses seria um tremendo golpe para o fortalecimento da Famiglia Cosa Fiera e o velho Capo não pretendia perder aquela oportunidade. "Ele lida com os irlandeses, enquanto acabou com o maldito Rossi." Vicenzo pensa enquanto planeja uma
Vicenzo arregala os olhos enquanto pensa em algo. Dante o encarava com o semblante fechado enquanto seu coração doía. - Claro que não! Jamais me perdoaria por ter te causado tamanha dor e sofrimento. - Acha mesmo que devo acreditar nisso? Você sempre a odiou ao ponto de obrigar a gente a nos casarmos escondido. Dante o rebate enquanto o encara sem piscar. Ele sabia que seu pai era ardiloso, então não deixaria ser enrolado por ele. - Eu sei que errei em me opor ao seu relacionamento, mas existe limite para tudo e ordenar um atentado contra a minha nora grávida... Eu sei que não sou nenhum santo e que fiz coisas horríveis na minha vida, mas isso? Jamais sonharia em fazer tamanha monstruosidade. Vicenzo estava completamente indignado com o questionamento do filho. Era verdade que ele era culpado, mas jamais admitiria e agora precisava fazer Dante engolir a sua "inocência" para poder reverter o jogo a seu favor. - Pai, alguém me ligou dizendo que você sabe muito bem sobre a mo
Vicenzo havia aproveitado que Dante estava fora para poder ligar para Giuseppe. Ele conhecia muito bem o seu filho e sabia que ele estaria mais determinado do que nunca para poder descobrir a verdade sobre a morte de Giulia. Se isso acontecesse, certamente perderia seu filho e Valentina para sempre e isso o velho Capo se recusava a aceitar. "- Maldito Rossi. Vou te matar da pior forma possível." Ele resmunga enquanto aguarda Giuseppe atender. Demora um pouco até que o Consiglier atenda a ligação. "- Capo?" "- Até que enfim, porra! Preciso falar com você." Vicenzo caminhava de um lado para outro enquanto sua cabeça estava a mil. Ele olha Valentina dormir, devido ao efeito do remédio que a menina havia tomado, e depois abre um pouco a porta para ter certeza de que ninguém estava por perto. "- Desculpe a demora em te atender, pois estamos muito ocupados em caçar o Rossi. O filho da puta é esperto e está plantando pistas falsas." "- Filho da puta!" Vicenzo esbraveja enq
Já havia caído a noite na fazenda e Dante estava na varanda olhando as estrelas, especificamente a constelação de escorpião. Ele estava refletindo sobre a sua vida como Escorpião e em como isso poderia afetar as pessoas que amava. Neste momento, a lembrança de sua secretária vem em sua mente. Ele sorri ao se lembrar dos momentos íntimos que haviam passado juntos. O seu telefone começa a tocar e isso o faz despertar. Ele pega o aparelho e não reconhece o número. "Deve ser o mesmo filho da puta de antes." Ele pensa enquanto atende. - Alô? - Vejo que o assassino atendeu rápido. Era a mesma voz eletrônica e isso já faz o sangue de Dante ferver. - O que você quer? Dante fala entre os dentes enquanto ouve uma risada do outro lado da linha. - Só quero te lembrar dos seus crimes. Cada morte sobre seus ombros será descontado em sua filha. - Nunca lamentei pelos meus atos e só sei que ninguém lamentará a sua, pois quando eu te encontrar, pode ter certeza de que garantirei
No dia seguinte, Dante recebe finalmente o documento que o autorizava ter acesso a sua fazenda recém-comprada. Ele toma o café da manhã com Edward e sua família antes de partir para a fazenda. Vicenzo brincava o tempo todo com Valentina durante a viagem, pois a fazenda ficava a uma certa distância da fazenda de Edward. Dante olha pelo retrovisor e nota que o carro com os seguranças de seu pai estava se aproximando. Então Vicenzo aproveita que Dante estava calmo para poder puxar conversa com ele. - Filho, por que você comprou esta fazenda? - Para poder cultivar meus próprios produtos e assim economizar dinheiro com o aluguel de terras. Também será o refúgio para ela, caso dê alguma merda. - Então será um esconderijo? - Para ela, sim. Já a máfia, não. Dante responde completamente sério, pois ainda não havia engolido as justificativas de seu pai e Vicenzo percebe isso. - Você ainda acha que tenho alguma participação na morte da mãe da menina? - Não quero discutir isso e
Passadas duas semanas, Dante ainda permanecia em sua fazenda. Ele ainda estava inquieto devido à ligação que Tiffany havia lhe dito sobre a aproximação de sua secretária com Jay ao ponto de isso tirar o seu sono. Neste momento, ele estava com Valentina no colo enquanto caminhava pelo jardim. A menina interagia bem com as flores enquanto Dante estava com a cabeça longe. "Ela não pode ter me esquecido assim tão rápido." Ele suspira enquanto pega o seu telefone. ----------------- Samantha estava no escritório comendo um sanduíche que Jay havia lhe dado. Ela havia se aproximado dele devido à investigação, mas até agora não havia descoberto nada. Da mesma forma que ela o investigava, Jay fazia o mesmo com a detetive. Ele ainda tinha esperança em conseguir algum tipo de informação para poder recuperar a empresa que era de seu pai. O pai de Jay era viciado em jogos de azar. Ele havia perdido tudo, inclusive a empresa que Dante havia comprado. O mafioso não fazia ideia do parent
Samantha pega o seu telefone e abre o aplicativo que poderia controlar o servidor. "Espero que essa porra esteja funcionando." Ela pensa enquanto mexe no aplicativo. O funcionário se aproxima ainda mais até que ele ouve o barulho de um servidor que começava a apitar sem parar. - Merda! Você tem que ver isso. O outro funcionário grita enquanto olha para o servidor que estava superaquecido. O funcionário que estava indo atrás de Samantha desiste de sua busca assim que percebe a gravidade da situação. Samantha mexe mais uma vez em seu telefone e outros servidores começam a apitar descontroladamente. A detetive aproveita a distração dos dois e retira os seus sapatos para poder sair sem fazer nenhum barulho. Ela consegue sair da sala e corre na direção das escadas. "Essa foi por pouco." Samantha pensa aliviada enquanto desce as escadas. Ela aproveita que o lugar não havia câmeras para poder dar uma olhada na queimadura em sua coxa direita. - Merda! Ela resmunga assim
No dia seguinte, Samantha estava se arrumando para poder ir trabalhar. Ela estava satisfeita por seu vírus estar funcionando perfeitamente e acreditava que ele abriria uma porta para que ela invadisse o sistema da casa de Dante. "Dante." Ela suspira enquanto pensa no mafioso. Fazia tempo que ela não o via, mas a maneira feia que ele a tratou pelo telefone reforçava ainda mais o que Miranda vivia dizendo sobre ele. - Isso nunca daria certo. Ela lamenta enquanto olha para o curativo em sua perna. Neste momento, Miranda abre um pouco a porta do quarto e entra dizendo: - Bom dia! Como está o seu ferimento? - Está doendo muito, mas logo passa. A detetive ajeita a sua saia. Miranda senta na cama dela a olhando. - Tem algo te incomodando? - O de sempre. Acho que vou pedir demissão da Savoia's Inc. e, antes que você fale alguma coisa, farei isso quando tiver acesso ao servidor na casa do Dante. Miranda levanta e vai até ela. - Eu não deveria ter te envolvido