O imperador Kripnor se inclui pra trás se apoiando no encontro estofado do trono. Algo não batia, não fazia sentindo em seus pensamentos, mas não era isso que tornava a ideia impossível. Só era uma jogada inusitada e calculada demais.
- Qual é o nome do soldado que está treinando Comandante Malcon? – Indagou o governante derrubando seus olhos afiados entre seus possíveis sucessores. “Enfim a havia uma lobo entre eles!” Foi o que suspirou em seu coração e o que trouxe um sutil sorriso em seus lábios. – Do que derrotou meu filho Garret? – Prosseguiu desviando seus olhos ao único negro na fila, do qual não tinha seu sangue, porém um dos poucos digno de sua total confiança. Só por isso não cogitava a ideia que perturbava sua mente, resistia a vontade de desvendar o segredo que, o fez, ou, poderia fazer, erguer sua espada conta alguém do seu sangue. Mas todos tinham o direito de ter seus segredos, inclusive ele, o rei.
O moreno deu um passo a frente,
Malcon preferia morrer a responder aquela pergunta, já estava pronto pra morrer mais a vida de Aylilins não seria a mesma depois que desse a repostas. Ele tentou resistir mais o encanto, a proibição da mentira, o obrigava a dizer a verdade não importando o quanto quisesse esconder as palavras em sua mente.- Responda! – Gritou o imperador sentindo a hesitação do seu melhor homem, e a sua lealdade sendo ameaçada pela ausência de palavras, e percebendo o silêncio cobrindo a sala do trono real, feito uma faísca em um celeiro de feno que rapidamente dava a luz a um apavorante incêndio. Kripnor se preparou para algo, pra ver o espetáculo que estava preste a acontecer bem a sua frente. – Vamos ver quanto tempo você vai aguentar antes se que a dor seja insuportável. – Continuou o governador-mor com um misto de coisas e de expressões presas no rosto. – Tormentis vincula! – Proferiu o ruivo dando o comando pra segunda etapa do encanto.Não de
Kripnor viu seu sobrinho se aproximar, pisar no primeiro degraus de marfim e automaticamente sua cabeça se inclinou ao lobo de olhos vermelhos, a furiosa estátua cinza capaz de matar qualquer homem como se não fosse nada. Uma espécie de pavor tornou conta dos seus pensamentos, nublou seus olhos por poucos instantes e quando as ires verdes se voltaram pra Ailyns só viram um punho vindo em direção ao rosto. Não houve tempo pra nada, só pra cair entre os degraus brancos. Foi rápido demais pra que reagisse, estava preocupado com outra coisa e o que temia aconteceu, como deveria acontecer.Por alguns instantes a visão do imperador ficou turva, só havia a confusão dourada do teto, o desfoque e os pontos escuros que preenchiam a visão. Kripnor esperou um aviso antes do ataque, qualquer ruído mínimo mais sabia que não haveria e tão pouco houve. A coroa foi jogada pra trás com o impacto, quicou na escada, deslizou pelos pés do Príncipe Callon e terminando o círculo que com
Os olhos de Orion abandonavam o tablado negro, onde uma gota de sangue congelava ao poucos manchando de vermelho o quadrado de pedra. Não parecia real mesmo tendo visto com seus próprios olhos, mesmo que os ossos da mão ainda sentissem a dor sem haver nem um corte, apenas a cicatriz recém formada. Era a melhor mentira que ganhava os tons claros da verdade, mas como a ilusão condensada no horizonte tinha que deixar que cada um encontrasse a verdade ou que acreditasse no que estava dispostos em seus olhos sendo uma ilusão ou não, cabiam a eles se apegar ou não a miragem que estava a diante. Mas ele sabia que o sol nunca nasceria com um fulgor resplandecente capaz de ofuscar e esquentar qualquer coisa, na verdade era apenas uma bola pálida que trazia alguma luz, entre as nuvens cinzas, brancas e negras, mais não calor. Só por isso voltou a fitar a mentor, os cabelos castanhos que adquiriram um tom negro na frágil luz do dia, os olhos densos escuros e a barba que cobria o rosto pouco angu
Assim que chegou o soldo ficou aposto se perfilando em uma linha reta ladeando as colunas centrais do cômodo, enquanto aguardavam ordens mais nem o comandante sabia porquê estava ali. Tudo que lhe foi informado era que sua presença estava sendo requisitada no quartel. - Descansar! – Ordenou o homem percorrendo a sala onde alguém certamente o esperava, ele só não sabia quem. Ao abrir a porta Raydon se deparou com um homem de baixa estatura, em sua sala, que por pouco não se confundia com um anão, tudo que faltava era uma longa barba trançada preenchendo o rosto enrugado e uma farta cabeleira preenchendo a cabeça calva. O comandante o reconheceu na hora os cabelos grisalhos apagando os fios loiros mel, os óculos despencando do nariz adunco roubavam a atenção dos olhos caramelados e desfocando o meio sorriso torto e a farda com tantas medalhas que quase não havia espaço para mais nada no uniforme em perfeito estado. - O que devo as honras general? – Questionou com o cenho franzido sabe
O cansaço tombava a maioria dos pensamentos, conforme o sol artificial preenchia as nuvens cinza com uma aquarela de cores, que sem pressa alguma despencava do monótono horizonte. O gramado molhando tingia de verde o solo infestado de mármores, de lápides e de pessoas que se foram e não puderam e que podem voltar dos braços gelados da morte.- Eu estou treinando ele. – Admitiu depois de alguns instantes em silêncio. – Como você disse Maid eu quebrei uma promessa. – Raydon respirou fundo, sentindo o metal gelado da armadura preenchendo as costas, o vazio e o eco das próprias palavras repercutindo nos tímpanos em meio a culpa. – Não me perdoem, mas não vou assistí-lo morrer, não vou visitá-lo aqui também. – Declarou sentindo a ausência apunhalando o peito, o coração batendo apertado por ver os nomes de seus
A Morte os abraçou com seu sorriso terno, em seus lábios indefinidos, os apertou com seus braços gelados e os tomou com sua lâmina curva, suja com o sangue que o herói não quis derramar.Foi depois que Beldnor se afastou rápido demais para as suas pernas atarracadas que Milner se aproximou da grande rocha, pôs suas mãos sobre ela e com um pequeno cântico denso fez o pedregulho revelar seus obscuros segredos. Assim que a última sílabas atravessou os lábios finos e pouco rosados, as vestes largas e amplamente soltas foram movidas e envolvida por um brilho esverdeado claro, deixando o tecido branco, azul e negro e seu bordado cinza desenhando ondas ao sabor do vento, enquanto a três cores fundiam os galhos, folhas e uma frondosa árvores no quimono, takkesa, esvoaçante. Os olhos verdes se tornaram tão negros quando a pedra a sua frente, a pele alva ganhava tons cinzas e os lábios vazios soltavam frases a princípio desconexas.Aos poucos o brilho e a
Olá, tudo bem? Desculpa dar essa sumida, eu prometo tentar não desaparecer assim de novo e concluir a historia o quanto antes. Aos que não conseguiram ler até aqui ser passar por alguns capítulos incompletos ou só com alguns parágrafos chave peço que releiam os dez a cinco capítulos anteriores, esse infelizmente era um erro do site que creio eu já foi resolvido. Quanto ao erros pequenos e grandes na minha escrita peço desculpa por eles, porém esse será um problema que levará mais tempo para ser resolvido mais será eu prometo. No mais espero que continuem apreciando a história e por favor indiquem aos seus amigos, grupos de leitores, familiares. Desde o primeiro capitulo eu agradeço por acreditarem e me acompanharem nesse grande sonho. Tenham uma ótima leitura. ------ Endy entrou pisando duro assim que ouviu a porta da frente da casa bater. Não era como se tivesse muito o que fazer além de ver Orion parado dentro de um circulo cheio de ru
Ela entrou no quarto correndo, jogou alguns vestidos sobre a cama e antes de pensar em qual deles usaria foi à frente do espelho. A garota ficou observando por alguns segundos os traços infantis do rosto que davam lugar à fisionomia elegante e requintada de uma mulher. Resgatou o pó de arroz junto de outros vidros de cosméticos, escovou o cabelo tão rápido quanto pode e passou um perfume suave de jasmim sob os ombros.- Nada melhor que o básico. - Disse por fim se encarando. - Mas poderia ficar melhor. - Confessou se virando pra cama.Nela peças de roupas se confundiam facilmente, como as várias cores de uma arco-ires sobre posto a outro, não tinha como saber o que pertencia a quê se não tirasse da pilha e depois deixasse no chão. Porém mais uma vez apelou para o que era prático e resgatou da bagunça um vestido cinza de renda florida, seguiu o concelho de Raydon que ainda repercutia em seus pensamentos e, vestiu uma meia calça preta e calçou um sapato negro, de salto bai