Bonnibelle encontrou Avim caído inconsciente e quando tentava reanimá-lo, ouviu Ivana gritando. Imediatamente, foi correndo ao socorro dela.
A fogueira estava apagada, mas, mesmo estando escuro, Bonnibelle percebeu uma silhueta próxima a cova onde Ivana estava.— Ei, idiota? — Bonnibelle gritou, atraindo a atenção do estranho e puxou um revólver de sua cintura, disparando um tiro em direção ao estranho, que fugiu.Bonnibelle se aproximou da cova e ao perceber que o estranho tentara enterrar Ivana viva, saltou na cova e cavou a terra com as mãos. Felizmente, havia pouca terra e ela venceu tirá-la, abrindo o caixão. Ivana se levantou, chorando e agarrou Bonnibelle.— Está tudo bem. Eu acho que acertei ele. — Bonnibelle disse e ajudou Ivana a sair da cova.As duas foram até onde Avim estava e o despertaram. Avim contou que alguém o acertou com um tipo de bastão na cabeça, mas que ele não viu, já que fora atingido por costas. Os três voltaram e juntaram suas coisasAnzhelika foi correndo para o banheiro. Tirou suas luvas e encarou seu reflexo no espelho. Seu rosto estava vermelho, graças às lágrimas que não paravam de escorrer. Ela ligou a torneira e jogou um pouco de água em sua face. Nem percebeu que tinham duas garotas em um canto, posando para selfies, cheias de graça. Lana e Branka. Quando perceberam que era Anzhelika quem estava ali chorando, se aproximaram dela.— Anzhelika? O que houve? — Perguntou Lana.— Alguém machucou você, florzinha? — Perguntou Branka.— Foi o Abel… Ele… Na verdade, nem sei bem o que aconteceu. Só que ele surtou e me acusou de ter mexido nas coisas dele, mas não mexi. Eu juro! — Falou Anzhelika enxugando novas lágrimas que começavam a escorrer por seu rosto.— Ele machucou você? — Lana perguntou, nervosa. — Eu vou falar com ele. O que ele está pensando? Isso já perdeu a graça. Ele não pode mais continuar te culpando por tudo de ruim que acontece com ele.— Oh, Anzhelika. Está tudo bem, agora. — Dis
Após o almoço, Katya foi até seu quarto e arrumou suas coisas em uma bolsa. Depois foi até o quarto de Lana falar com ela. Entrou de mansinho e se aproximou da irmã mais velha com cara de cachorro sem dono.— Maninha, posso te pedir uma coisa?— O que você quiser, Katya. — Disse Lana, sorrindo.Como Dmitry dizia, Lana mimava muito Katya. A caçula sentou-se no colo de Lana e sorriu de forma meiga. Ela sabia bem como manipular a irmã.— Por favorzinho? Deixe-me passar a semana na casa da Nina? Temos de fazer um trabalho juntas e a mãe dela acha que seria melhor se eu ficasse lá. — Falou Katya.— Falou com o Dmitry? — Ela tinha certeza que não. Katya nunca pedia nada ao irmão, apenas o informava.Katya fez que não com a cabeça em resposta a Lana.— Tá. Eu… Falo com ele. — Disse Lana, mas o que menos queria era falar com ele.Tanto suas irmãs quanto ela própria, evitavam trocar mais que duas palavras com Dmitry. A casa parecia um cemitério quando ele estava
Abel aguardava ansioso pelas cópias que ele mesmo imprimia. Richard estava ao seu lado, com uma expressão preocupada estampada no rosto.— Você não acha que está exagerando? Por que fazer isso com a menina? — Falou Richard.— Anzhelika tem de aprender que comigo, ninguém brinca. — Falou Abel.— Só que você esquece que é parente dela e que se expô-la, estará expondo a si mesmo. — Falou Richard.— Eu não sou nada dessa louca! — Falou Abel com ódio.— Por que odeia tanto ela? O que ela te fez? — Perguntou Richard tentando entender.— Matou meus pais. — Falou Abel.|Antes…Abel, Talya e Anzhelika estavam passando as férias na casa de campo do avô.Todos os anos, Mattew gostava de reunir a família na casa onde criara os filhos e, assim, todos passavam as férias juntos. As crianças adoravam. Bem… Quase todas. Abel nunca fora muito com a cara de sua prima, Anzhelika. A achava frágil e inútil.Os pais de Daniel eram amigos da família Di Maur
Veronika estava sentada assistindo o show de Cherry Plum e bebendo enquanto esperava seu namorado que fora ao banheiro.— Posso te pagar uma bebida, gatinha? — Disse Artemy se aproximando dela. Ela virou-se e o olhou dos pés a cabeça com desprezo.— Mas será que você não pode ver uma garota sozinha? Vê se me erra. — Veronika virou-se, ignorando aquele babaca.— Você sabe que não é qualquer garota, não é? — Falou Artemy.— Você não tá vendo que estou ocupada? — Falou Veronika pegando seu celular e acessando um dos jogos de paquera que havia instalado.— Depois você joga seus joguinhos de menina… Vem se divertir com alguém de verdade, de carne e osso? — Falou Artemy.— Ei, cara? Você é surdo? NÃO! Eu tenho namorado!— Falou Veronika começando a perder a paciência.— É, mas não estou vendo seu namorado. — Falou Artemy— Atrás de você, imbecil! — Falou Abel.Artemy virou-se e tomou um soco de seu primo.— Nunca mais mexa com a minha garota! Tá entenden
Anastasiya convidou Katya para darem um passeio e as duas pegaram suas bicicletas e foram pedalando por uma trilha próxima a floresta. Apostaram corrida e Anastasiya ganhou por pouco. Elas voltaram pra casa, pedalando devagar e conversando pelo caminho.Anastasiya preparou um suco para as duas, quando chegaram e elas foram jogar baralho enquanto ouviam Melanie Martinez. Depois, elas assistiram Supernatural. Logo escureceu e Katya acabou ficando para o jantar.Katya tentou se aproximar de Lena, embora não se sentisse muito à vontade na presença dela. Lena a encarava de uma forma estranha, como se pudesse vê-la como ela realmente era, sem máscaras, sem disfarces. Aquilo era muito desconfortável. Apesar disso, Lena era educada, elegante e simpática. Estava sempre sorrindo e de bom humor. Dificilmente se alterava por algo. Parecia uma santa com paciência infinita.— E Merverine? Por que não de
Veronika decidiu dar um gelo em Abel por causa do que o mesmo disse a Dmitry.— Pô… Vai me ignorar mesmo, gatinha? — Falou Abel tentando fazer as pazes com Veronika.— Por que você disse aquilo? — Perguntou Veronika, chateada.Abel suspirou e virou o rosto.— Não é verdade, né? — Veronika disse.— Não. Claro que não. Houve um tempo que tive uma queda por ela, admito, mas… Ela nunca me deu bola. Preferiu o Daniel. — Falou Abel com certo ressentimento.— Sim. E por que ainda defende tanto ela? Não sei, mas… Talvez, o Daniel devesse fazer isso. Não acha? — Falou Veronika.Abel riu e disse:— Ah, por favor? Não me diga que está com ciúmes?Veronika fez biquinho e Abel a puxou para perto e a beijou.— Relaxe? Não tenho nenhuma fantasia com ela, até porque… Minha fantasia é você.— Não deveria ter ciúmes, mas pena… Ela parece ser muito infeliz vivendo com aquela desgraça que Deus pôs na terra e o diabo esqueceu de levar. — Veronika disse.— O Dmitry gos
Zelenoborskiy, Rússia. Verão de 2014Talya Di Maureova conseguiu convencer sua prima Anzhelika a vir passar as férias em sua casa. Apesar de não se dar muito bem com seu primo Abel, Anzhelika se entendia muito bem com Talya e as duas eram quase como irmãs.Abel convidou seus amigos, Veronika Redkina, Daniel Chernikov e Lana Aristova para acamparem com Talya, Anzhelika e ele.Anzhelika não se animou muito com a ideia de acampar. Qual a graça de dormir em uma barraca no meio do nada, se expondo ao risco de ser picada por insetos e, pior, acabar se tornando vítima de um serial killer?! Seria exagero se, anos antes, Zelenoborskiy não tivesse sido aterrorizada por um psicopata que se fantasiava como arlequim e era conhecido como Tordo (por causa de seu assobio que se assemelhava ao canto do pássaro). Tordo fez várias vítimas e, por causa dele, o parque itinerante Di Maureova se fechou, já que, pelo m
Daniel saiu de cima de Lana e ela virou-se para o outro lado, de costas para ele e cobriu-se. Ele se sentou e permaneceu absorto por um tempo até deitar-se e abraçá-la. Ela se afastou dele, chorando.— O que foi? Machuquei você?— Não. — Ela respondeu.— Se arrependeu?— Não. O problema não é você. Sou eu. — Disse ela, sentando-se.— Pode confiar em mim. Sabe disso. — Falou ele, sentando-se e tocando o ombro dela.— Quando disse que você não foi o primeiro, não menti. Queria ficar com você, de verdade. Acredite? Mas é sempre assim. Não consigo senti