Sueli mãe de Maria Isabel pensa se deve ou não contar ao pai dela sobre a gravidez ou se obriga a filha a fazer um aborto, enquanto a situação na casa de Maria Isabel não está nada boa e em clima de guerra, o mesmo acontece no morro.A Operação policial no morro da farofinha no Rio de Janeiro, deixa dezoito mortos. O alvo da operação eram quadrilhas ligadas a uma das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro, envolvidas no tráfico de drogas e também no roubo de cargas e roubo de carros. Entre as vítimas, está uma mulher baleada em um carro e um policial atacado em uma base da polícia.Isso é o que falam na TV mas Buiu não sabe direito de onde vieram os primeiros tiros ainda acredita que não foi um de seus homens, pois ele tinha dado a ordem para não haver confronto. Antes das seis horas, o som da violência se espalhou pelo morro do farofinha. Rajadas ouvidas de longe, as balas traçantes saíam de armas de policiais e dos homens do morro, escondidos em casa ou nos becos da comunidade
Buiu estava com medo de uma possível invasão ao morro após o confronto com os policiais, ele estava achando que tinha alguns miliciano envolvido com traficante de outro morro para boicotar eles, agora que ele estava no comando de dois morros estava todo mundo com inveja e querendo tomar o que era dele.Buiu mandou o menino Paranóia avisar Inseto do perigo de invasão e desceu pelo beco do Jabuti em direção ao Cantão. Com Du à frente para sondar os perigos do caminho, seguiram em silêncio, atentos aos movimentos, ainda sem saber quem era o inimigo que os ameaçava. Se fossem os inimigos, quem atiraria primeiro? E se fossem os policiais, a tática seria de ataque ou de recuo?Os olheiros do Cantão viram com nitidez, e os que estavam no paredão do beco doJabuti confirmaram: um motoqueiro entrou na rua de acesso ao morro, chegou às proximidades da favela e retomou pelo mesmo caminho. Minutos depois três carros particulares fizeram o mesmo percurso da moto. Saíram da rua São Paulo, contornar
No dia seguinte Júlio vai sair da cadeia então se prepara para voltar para casa, quer fazer uma surpresa pra sua mãe assim que chegar lá, não teve mais notícias desde então se ela estava fazendo o tratamento médico com o dinheiro dado por Buiu ou nao, ele espera encontrar sua mãe em breve, então chega a hora e o carcereiro vem e chama para sair vai e abre a cela depois Júlio sai e vai andando no corredor enquanto os outros presos fazem zoada, ficam falando boa sorte parceiro e ele acena com a cabeça sorrindo, está muito feliz que vai para casa, nem acredita que vai sair desse inferno, Júlio não quer mais saber dessas coisas de vida do crime mas não consegue se sair dessa situação porque agora está devendo muito dinheiro para o dono do morro só pensa em chegar em casa e abraçar sua mãe, ela certamente não sabe que ele vai sair hoje da cadeia e Maria Izabel também não, pois já tem umas duas semanas que ninguém vem visitá-lo.Na mesma hora que Júlio está saindo da prisão, a guerra no mo
Júlio nem pensou direito, não queria de fato aconteceu mas somente quis cumprir a ordem que lhe foi dada afinal iria fazer o que? Ser morto por um dos meninos da facção? O que ele restava era seguir o embalo e cumprir o que estavam lhe mandando, chegou na antiga boca junto com o gordo e ficou espiando de longe pra ver se tinha algum policial mas não tinha, mandou o gordo ligar para alguns homens que iriam lhe ajudar na contenção porém eles tinha um problema, precisavam recrutar mais meninos para ajudar nessa tarefa pois os que tinham foram mortos e os outros estavam presos precisava dos meninos para fazer os corres, vender drogas, aviãozinho, descer no asfalto para fazer assalto e dinheiro.Lembrou do grupo de meninos que fizeram algumas entregas para Buiu e que eram menores de idade mas não era uma coisa muito habitual, chamava-se como turma do bolinha, na turma do bolinha tinha Zóio, era o apelido de um dos meninos que tinha aproximadamente 13 ou 14 anos ele fazia algumas entregas,
Michele era moradora do morro vizinho que tinha ido para o baile convidada por uma amiga que mora no morro da farofinha, a Isabela, ela tinha 18 anos, 1,65 de altura, peitos pequenos mas uma bunda enorme, cabelos pintados de loiro até a bunda, tinha pele branca, já tinha namorado alguns meninos do morro vizinho que faziam aviãozinho mas nunca tinha se envolvido com um traficante poderoso, queria ser a primeira dama, nascida e criada na favela sabia muito bem das coisas, não era nada inocente. No baile olhava para Júlio com maldade, rebolava para ele ver, colocava a língua pra fora da boca fazendo poses sensuais, comentava com sua amiga Isabela: amiga quero o dono do morro, hoje estou doidinha pra dar!As duas riam e ela não parava de encara-lo.Júlio percebeu a intenção da garota, também não conseguia parar de olhar para aquela nunca enorme, ela estava com um vestidinho preto bem curto, decote saliente, tinha menos seios do que Maria Isabel mas também era gostosa, pra não perder a pos
Maria isabel sempre preocupada com a hora para voltar para casa, está usando roupas folgadas como vestidos largos para esconder a barriga já está com quatro meses, mas dessa vez Júlio pede que ela fique e avisa a sua mãe que iria passar uns dias na casa da sua amiga Kiara, assim Maria Isabel concorda e manda uma mensagem para sua mãe pelo whats app e desliga o celular pois teme a resposta.Júlio: neguinha fique com minha mãe que eu vou precisar dar um pulo na boca.Maria isabel concorda e ele vai até a boca, chegando lá percebe algo estranho na produção de embalagem para cocaina, tinha colocado grupo de dois em dois reversando 24 horas por dias fazendo quatrocentos e cinquenta sacolés de 40 gramas de cocaina cada um sendo medidos e embalados pela dupla do plantão, porém o menino que estava responsável pela contagem diz que tem sacolé faltando.Os tribunais do Comando Vermelho eram, uma prática comum em várias favelas do Rio de Janeiro, mas nunca haviam sido aplicados no morro da Farof
Júlio e gordo escolheram um velho barraco de madeira de um único cômodo, para ampliar a produção e empacotamento das drogas, o que os obrigava a usar a cama e um banqueta pequena para sentar diante de uma mesa baixa, com menos de meio metro de altura. Os outros sentavam em latas de mantimentos e em pequenos montes de tijolos improvisados como bancos. Eram em média cinco endoladores, incluindo Nonô e Laranjeira. Sempre que a boca fazia um pedido, passavam a madrugada fazendo a pesagem e a separação de cada sacolé de cocaína. Vestiam-se apenas com bermudas, porque o ventilador barulhento, ligado em cima do guarda-roupa para não espalhar o pó de cima da mesa, não dava conta do calor e da sensação de abafamento no ar. Durante o dia, os meninos passarinho e Du eram os olheiros na varanda destelhada do barraco. E à noite, às vezes de madrugada, se revezavam na vigilância. Mantinham-se acordados à base de café preparado no fogão enferrujado, já sem porta no forno e com um vazamento no bico
O tribunal do crime continuava assíduo e vigilante pelo comando do gordo que a essa altura já se considerava um matador profissional, sendo sempre querendo competir com os morros vizinhos na parte de julgamento e a execução de pessoas, quase todos os dias ou pelo menos 3 vezes na semana tinha um caso para o tribunal do crime e o jogador era o gordo, que dificilmente perdoava ou deixava passar alguma coisa que os moradores viessem reclamar. Nesse dia Júlio tirou o dia para ficar na casa da sua mãe junto com Maria Isabel, sua barriga estava crescendo e não tiveram mais notícias do seu pai Fernando, pelo menos por enquanto.Uma pessoa gentil demais também podia desencadear a ira do matador Gordo, mesmo contra Clientes assíduos da boca, como aconteceu com um funcionário da empresa Furnas Centrais Elétricas, Doutor Educado. Um dos freqüentadores habituais do ponto do Cantão, o mais próximo do asfalto, ele ganhou o apelido de Educado devido a suas atitudes gentis, levadas ao exagero para os