As duas olharam sorrindo para nós uma última vez antes de sair. Cobri o rosto com as mãos, sentindo a vergonha me consumir.
一 Estou com tanta vergonha. - murmurei, minha voz abafada pelas mãos.
Christian se aproximou, tirando minhas mãos do rosto e as beijando. Ele olhou nos meus olhos e disse com ternura:
一 Você não precisa sentir vergonha de nada.
Abri a boca para dizer algo, mas fechei novamente, incapaz de encontrar as palavras. Ele se inclinou e deixou um selinho nos meus lábios.
一 Vamos logo para o interrogatório. - O chamei, tentando recuperar minha compostura.
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一 Acho melhor eu ficar no quarto de Alicia, se isso não for te incomodar.Ele me beijou suavemente. 一 Não vai me incomodar. Quero que você se sinta confortável em casa. A partir deste momento, ela também é sua.Senti meu rosto esquentar e ele sorriu, pegando as caixas e se dirigindo ao corredor. Segui-o até o quarto, onde ele colocou as caixas próximas à cama. Levei minhas malas até o armário, tentando me organizar. Olhei para ele, sentindo um misto de gratidão e incerteza.一 Obrigada por me dar esse espaço, Christian. - disse, minha voz suave. Ele se aproximou e me puxou pela cintura, colando nossos corpos. 一 Você não precisa agradecer. Eu me sinto mais tranquilo sabendo que você está aqui, onde é mais seguro.Assenti, ainda pensativa sobre tudo isso. A realidade da situação ainda me pesava, mas a presença de Christian trazia um certo alívio.Enquanto organizava minhas coisas no armário, ele continuou me observando, seus olhos cheios de preocupação e carinho. 一 Se precisar de q
Acordei no dia seguinte e me virei para olhar Christian, que ainda dormia ao meu lado. Fiquei observando-o por um tempo, admirando o quanto ele era bonito. Um leve rubor alcançou minhas bochechas ao lembrar da noite passada, de como meu corpo reagiu e gostou… Tinha tempo que eu não sentia esse tipo de prazer. 一 Se você continuar me encarando dessa forma, vou te tomar na cama e te beijar profundamente.Seus olhos ainda estavam fechados, mas havia a sombra de um sorriso em seus lábios.Corei, sorrindo, e ele abriu os olhos, me puxando para mais perto e cobrindo meu rosto e pescoço com uma série de beijos. 一 Você dormiu bem? - ele perguntou.Assenti, respondendo, 一 Sim, não tive nenhum pesadelo. Aliás, melhor do que qualquer outro dia.Christian beijou minha testa e olhou diretamente nos meus olhos, os seus brilhando com certa malícia. 一 A única solução para esses pesadelos acabarem é você dormir comigo todas as noites.Sorri, meio brincando, 一 Você está aproveitando da situação.一
一 Você está bem? Está com dor? Parece um pouco cabisbaixa.Forcei um sorriso. 一 Estou bem.Ele deixou um beijo suave em meus lábios. 一 Quer dar um tempo?Olhei surpresa. 一 Tenho muito trabalho a fazer.Christian segurou minha mão e me levou para uma pequena área no escritório, mais escondida com uma divisória, onde havia um sofá confortável e uma vista deslumbrante da cidade.Ele serviu duas taças de vinho e me entregou uma.Olhei para a bebida, fazendo uma careta, e ele sorriu.
Meu mundo desabou. Senti as lágrimas encherem meus olhos enquanto lutava para manter a calma.Olhei na direção de Christian, que estava ao telefone, e ele percebeu minha expressão. Encerrando a ligação rapidamente, ele se aproximou, a preocupação evidente em seus olhos.一 Max, eu vou falar com Christian e vou o quanto antes. - consegui dizer, minha voz trêmula. 一 Aguenta firme, tá? Eu já vou.Desliguei o telefone e me voltei para Christian, as lágrimas finalmente escapando.一 Ariel, o que aconteceu? - ele perguntou, sua voz cheia de preocupação.一 É
Saí do hospital procurando Christian, precisando de um momento de conforto fora daquele ambiente pesado.O encontrei do lado de fora, segurando o celular e com uma expressão séria no rosto. Ao me ver, ele guardou o celular e se aproximou.一 O que houve, Christian? Aconteceu alguma coisa? - perguntei, a preocupação nítida na minha voz.Ele balançou a cabeça, tentando esboçar um sorriso reconfortante. 一 Nada sério, Ariel. Só uma questão na empresa, mas eu ajudei Alicia a resolver.Me aproximei mais, envolvendo meus braços ao redor dele em um abraço apertado. O velório estava silencioso e sombrio, com a única companhia constante sendo a dor. Eu me sentia emocionalmente exausta e vulnerável, cercada por memórias e rostos que me lembravam do quanto minha mãe era amada.Foi quando o celular de Christian vibrou no bolso, interrompendo aquele momento.Ele pegou o telefone, e eu consegui ver o nome de um contato exibido na tela: G-1. Olhei para o celular e depois para ele, uma sensação de inquietação me dominando.Christian fez menção de se levantar, mas segurei seu braço.一 Por favor, não vá. - implorei, minha voz um sussurro de desespero.Cap.98 - Tiros
Eu fiquei ali por um tempo, tentando transmitir toda a minha força e amor para ele. As palavras do Dr. Lionnes ecoavam na minha mente, mas eu me recusava a perder a esperança.Saí da sala com o coração apertado, mas com uma pontada de esperança.Ao voltar para a sala de espera, vi Max e Alicia esperando ansiosamente.一 Ele vai ficar bem. - disse, mais para mim mesma do que para eles. 一 Ele precisa ficar bem.Alicia sorriu através das lágrimas e Max me abraçou novamente.***O tempo passou lentamente no hospital. Eu não queria sair dali, preferindo ficar perto de qualqu
Eu fiquei ali por um tempo, tentando transmitir toda a minha força e amor para ele. As palavras do Dr. Lionnes ecoavam na minha mente, mas eu me recusava a perder a esperança.Saí da sala com o coração apertado, mas com uma pontada de esperança.Ao voltar para a sala de espera, vi Max e Alicia esperando ansiosamente.一 Ele vai ficar bem. - disse, mais para mim mesma do que para eles. 一 Ele precisa ficar bem.Alicia sorriu através das lágrimas e Max me abraçou novamente.***O tempo passou lentamente no hosp