A noite estava linda, com a lua alta no céu e uma brisa fresca que fazia os cabelos dançarem suavemente. Caminhar ao lado de Christian tinha um efeito quase surreal, como se o mundo ao nosso redor desacelerasse. Ele segurava minha mão firmemente, os dedos entrelaçados nos meus de uma forma que parecia tão natural, como se ele estivesse feito para estar ali, ao meu lado.
Enquanto conversávamos sobre qualquer coisa aleatória — ele estava me contando sobre uma viagem a Paris em que quase perdeu um voo por causa de um erro do motorista — notei os olhares das mulheres ao redor. Era impossível não perceber. Algumas lançavam olhares discretos, outras um pouco mais descarados, analisando cada detalhe dele. Alto, elegante, e com aquela postura de confiança que só Christian tinha.
O aroma do jantar começava a preencher a cozinha enquanto eu terminava de organizar tudo. O som do telefone de Christian vinha do escritório, e eu sabia exatamente com quem ele estava falando. Karen. Suspirei ao lembrar da última vez que a vi, há semanas, e agradeci silenciosamente por ela não ter feito mais aparições desde então. Era um alívio que não sabia que precisava.Christian apareceu na cozinha pouco tempo depois, a expressão no rosto dele confirmava o que eu já imaginava. Ele odiava essas conversas com a mãe, e o jeito como os ombros dele estavam tensos denunciava sua frustração. Mas ele não disse nada. Apenas me olhou por um momento e veio até mim, passando os braços pela minha cintura e beijando minha testa.— Está
(Christia)A luz suave do sol de domingo atravessava as cortinas, iluminando o quarto com um brilho acolhedor. Ariel dormia tranquilamente ao meu lado, os cabelos espalhados pelo travesseiro, o rosto sereno, como se o mundo inteiro estivesse em paz.Eu me inclinei para apoiar a cabeça na mão, observando cada detalhe dela. Era um hábito que eu não conseguia evitar. Ela era linda, especialmente nesses momentos de tranquilidade, quando parecia completamente relaxada e despreocupada.Hoje seria um dia só nosso. Nada de reuniões, relatórios ou problemas da empresa. Apenas Ariel e eu.Meu celular vibrou na mesa de cabeceira, quebrando o silêncio. Peguei o aparelho rapidamente para não incomod&aac
Quando chegamos a um pequeno parque, ele parou de repente e virou-se para mim.— Quando eu era criança, meu pai dizia que homens não podiam mostrar fraqueza. Que chorar ou sentir medo era inaceitável. — Ele respirou fundo, o olhar distante. — Acho que é por isso que levei tanto tempo para entender que sentir algo por você não era uma fraqueza, mas sim a coisa mais poderosa que já aconteceu comigo.Meu peito apertou ao ouvir aquelas palavras. Eu segurei suas mãos, apertando-as. — Você não precisa seguir as regras dele, Christian. Amar alguém não é fraqueza, é força. E eu amo você por inteiro, até mesmo as partes que você tenta esconder. 
Fui até ele, ajudando-o a tirar a camisa, sentindo o peso da sua recuperação. A cada movimento, ele parecia mais frágil, mais vulnerável, e aquilo me fazia querer protegê-lo ainda mais. Com as mãos suaves, eu o ajudei a se acomodar no sofá, cobrindo-o com uma manta macia. Ele olhou para mim, com um sorriso fraco, agradecendo em silêncio, sem dizer nada. Eu sabia que, no fundo, ele não gostava de ser cuidado, mas ele precisava disso e eu faria tudo o que fosse preciso para vê-lo bem de novo.— Você não precisa fazer isso. - ele disse, a voz rouca de cansaço, enquanto eu me sentava ao seu lado, pegando um copo de água e oferecendo a ele.— Eu sei, mas preciso. - respondi, tocando suavemente o rosto dele. &m
ArielO jatinho começava a descer suavemente enquanto eu olhava pela janela, absorvendo a vista que parecia saída de um quadro. As montanhas cobertas de neve, o reflexo do céu azul no lago cristalino, as pequenas casas espalhadas que pareciam pontos em uma tela.Um sorriso involuntário surgiu no meu rosto, e meu coração acelerou com a beleza ao meu redor. Peguei meu celular e tirei algumas fotos, querendo capturar aquele momento para mim.Quando me virei, vi Christian dormindo ao meu lado, sua expressão tranquila, completamente alheio à vista deslumbrante lá fora. Claro, ele provavelmente já estava acostumado a paisagens assim, pensei com um sorriso. Mas ainda assim, parecia quase um desperdício.
Chegar ao clube foi uma experiência surreal. Assim que Christian estacionou o carro e descemos, meus olhos mal podiam absorver o tamanho e o luxo daquele lugar. Cada detalhe parecia saído de um filme de Hollywood. A entrada imponente, as luzes que davam um toque glamoroso, o som abafado da música alta vindo do salão principal... Era como estar em outro mundo, onde tudo brilhava e exalava riqueza.Christian segurou minha mão com firmeza, entrelaçando nossos dedos, e sorriu para mim.— Pronta para conhecer um pouco mais do meu mundo? — ele perguntou.Eu assenti, sorrindo de volta. — Totalmente.Passamos pelo salão principal, onde pessoas bem vestidas dançavam ao som de uma músi
Nova YorkJunho, 16 Cheguei em casa e me joguei no sofá, sentindo uma vontade de chorar e gritar para todos ouvirem. A pressão no meu peito era insuportável. — Amiga, aconteceu alguma coisa? — Jéssica, minha melhor amiga, perguntou, se aproximando com a expressão preocupada. Levantei o rosto, vendo-a terminar de arrumar o cabelo antes de voltar ao trabalho.— Fui demitida. — A resposta saiu como um sussurro, quase um lamento.A expressão de curiosidade de Jéssica se transformou em susto. Ela calçou os saltos e se sentou ao meu lado no sofá, com um olhar preocupado.— Foi o seu chefe? — Ela perguntou, a voz tremendo. — Sim. — Respirei fundo, sentando-me. — Ele disse que se eu não cooperasse com ele, iria me demitir. E quando ele veio com aquelas mãos imundas na minha perna, eu não aguentei e gritei, chamando a atenção do escritório inteiro. — Ele tocou em você? — A raiva dela era nítida.— Não deu tempo. Eu levantei e saí. Mas ele me alcançou e disse uma coisa que eu já sabia.— O
ArielAssim que cheguei em casa, joguei minha bolsa em um canto e deixei-me cair no sofá. Teddy, meu pequeno furacão peludo, não perdeu tempo. Ele correu em minha direção, pulando em meus braços como se eu fosse sua maior alegria. — Oi, meu amor! — disse, envolvendo-o com carinho. — Sentiu saudades? Ele balançou o rabinho, cheio de entusiasmo, e começou a lamber meu braço, como se estivesse me dando boas-vindas depois de um longo dia. — Vamos dar uma volta, então? — sugeri, levantando-me.Com um pulo animado, Teddy desceu do meu colo e correu até o lugar onde guardo sua coleira. Peguei-a, colocando-a com cuidado em seu pescoço, enquanto ele se contorcia de alegria. Saímos para o parque ali perto do apartamento. O sol estava começando a se pôr, e o céu estava pintado de laranja e rosa. Enquanto caminhava, minha mente se distraiu e fui levada de volta a todas as dificuldades que passei desde que deixei Thomaz. A vida não tinha sido fácil, mas agora que eu tinha um novo emprego, eu