“Deixei um bilhete na cabeceira da minha cama
Dizendo para não repetir os erros de ontem
O que eu costumo fazer quando se trata de você”
— Bea, não podemos... — se afasta bruscamente me fazendo revirar os olhos. Eu sei que também deveria estar tentando me controlar... Mas eu sei o que eu quero.
— Por quê? Noah depois nós podemos esquecer isso, essa noite é só uma exceção. — me aproximo novamente dele, sentindo sua respiração acelerada.
Ele deve estar achando que sou alguma vagabunda que não respeita nem o próprio sangue... Talvez não esteja errado, porque eu o quero. Quero muito e não ligo para o que somos.
— Para com isso, por favor! — pede com a voz baixa quando toco em seu abdômen por baixo da camisa branca. Sei que não sou a única a querer isso. Posso ver o quanto ele está lutando para não se entregar.
Seus olhos estão fechados e seus dentes repuxando os lábios. Tent
”Não há inocência mais doce do que nosso suave pecado”Não consigo me mexer por conta do braço ainda envolta da minha cintura. Sorrio involuntariamente ao sentir sua respiração no meu pescoço.Minha vontade é levantar e olhar por tudo dentro desse quarto. Eu quero saber algo sobre ele. Por que se sente desconfortável com a família adotiva? Por que parece detestar cada troféu e medalhas dentro desse quarto? Ontem já descobri que ele fuma, o que mais vou descobrir com o tempo? Que ele tem uma namorada? São dúvidas demais.Eu já notei que ele tem noção das coisas, principalmente quando o assunto é nós... Se é que existe um nós.Eu quero perguntar tanta coisa para ele. Coisas idiotas, como o significado de cada tatuagem que ele tem, qual perfume ele usa... Qualquer coisa que faça eu me familiarizar mais com ele. Tentando apagar os sentimentos e desejos.Escuto as batidas na porta e fec
“Você sempre estará eternamente marcado na minha pele e no meu coração.”— É melhor pararmos com isso, antes que façamos algo errado. — sua voz sai baixa, quase não a ouço direito. Meu Deus, pra quê tanta relutância? Já fizemos algo errado, ele não consegue ver isso?— Sei o momento de parar. — digo rebolando em seu colo, sentindo sua respiração acelerar e ele soltar um gemido baixo, segurando em meu quadril.— Mas eu não sei, Bea, para com isso. Por favor! — pede ofegante em tom de súplica, segurando meu rosto e me fazendo olhá-lo. Posso ver o quanto está lutando contra isso, e o quanto eu estou sendo uma idiota ao tentar fazê-lo transar comigo.Não digo nada e abro a porta do carro, saindo dele e indo para dentro da minha casa.— Bea? Onde estava? — pergunta minha mãe me fazendo dar um sobressalto e arregalar os olhos.— Mãe, o que tá fazendo em casa? Não disse que iria sair com a
“Não quero passar a noite sozinhaAcho que preciso de você, e eu preciso”— Não vai ir assim, né? — ergo as sobrancelhas e olho para Noah pelo espelho.Dou de ombros e continuo passando o batom vermelho escuro nos meus lábios.— Qual é o problema? — Me viro para ele e observo minha própria roupa. Talvez eu tenha exagerado, mas essa roupa nem minha é. Foi a Manu que me emprestou, porque eu não tenho roupa ousada assim.Meu vestido vermelho de latex com um decote grande me deixa desconfortável. Ele é muito curto, decotado e apertado. Meus seios ficam bem a mostra, talvez eu tenha exagerado no visual.Já Noah está apenas com uma camisa preta e uma calça de moletom da mesma cor. Um tênis branco e o cabelo levemente bagunçado... Eu até diria que está perfeito, mas estou tentando me manter nos trilhos, e idolatrar ele não vai ajudar.— Eu já esti
“Agora sempre ficará gravado em mim, te levarei comigo para sempre.”— Sabe que não é bem assim. — reviro meus olhos e finalmente me viro para ele.— Eu odeio a sua bipolaridade! — esbravejo tentando me manter firme. Estou dizendo a verdade. Odeio quando Noah parece decidido e não se importa com nada, e depois de um segundo já volta a trás e desiste de qualquer coisa que tenhamos começado.— Eu odeio a sua insistência! Não consegue entender que eu simplesmente não posso tocar em você? — ele realmente ficou irritado com isso, suas palavras são sinceras demais para mostras qualquer tipo de brincadeira.— Por quê? Por que não podemos esquecer tudo isso depois? — questiono em tom de súplica. Eu sei da promessa que fiz a mim mesma, mas eu não consigo me controlar perto dele. Eu preciso dele, e eu não me importo mais, mesmo sabendo o quanto isso é errado.— Por Deus, Beatriz... Nã
“Você está no meu sangue, você está nas minhas veias, você está na minha cabeça”— Eu gostei, mas tá doendo. — digo olhando para a tatuagem.— São só quatro letras, eu quem deveria estar reclamando. — reviro os olhos e volto a encará-lo.Sorrio ao pensar que aqui poderia ser o nosso lugar. A melhor vista da cidade, do céu e ao mesmo tempo é bem escondido pelas árvores.Aqui de cima podemos ver tudo, todas as luzes acendendo e apagando. Os carros passando rápido pelas rodovias lá embaixo. A escuridão do céu com inúmeras estrelas brilhantes.— O que tá pensando? — questiona passando as mãos nos meus cabelos. Enquanto eu continuo deitada com a cabeça em seu peitoral.— Ah, você sabe... — resmungo sentindo seus dedos se entrelaçando aos meus — Aqui poderia ser o nosso lugar.— Pra fazer o que? — pergunta com um sorr
“Não diga, não ouse dizerUma simples respiração vai quebrá-loEntão cale a boca e me percorra como um rio”— Me solta, Noah! — digo em tom firme, mesmo desejando com todas as minhas forças que ele não faça isso.Sei que já estamos ferrados. Já passa das três da manhã e continuamos aqui... No escuro, em um lugar no meio do nada. Com nossos corações tão acelerados que ainda não sei se estou sentindo o dele ou o meu.Seu corpo me prensando contra essa árvore é o que me faz permanecer imóvel.Ele não tinha o direito de me fazer isso comigo depois que eu pedi para ir embora! Agora não quero mais... Ou talvez eu queira. Mas não vou ter a minha primeira vez escorada em uma árvore... E ainda mais com ele.— Não era isso que queria? — seus olhos parecem brilhar mesmo com pouca iluminação. Um sorriso malicioso e diabólico se ilumina em seu rosto. Cada vez que o conh
"Como nos apaixonamosMais intensamente do que uma bala poderia te atingir?"Bônus: Noah Thompson- Mais devagar... - pede em um sussurro. Permanecendo com os olhos fechados e suas unhas cravadas nas minhas costas.Diminuo o ritmo, fazendo com que nossos corpos faça menos barulho. Parando de se chocar um ao outro.Vejo Beatriz chegar ao clímax, ela solta um gemido alto no meu ouvido, arqueando as costas e se prendendo mais a mim.Sua respiração está quente e ofegante, os cabelos bagunçados, com alguns fios grudados em sua testa, junto a gotículas de suor. Fica perfeita desse jeito, com o rosto corado e algumas marcas vermelhas no pescoço. Só espero que não fique marcado, ou então estou morto.Quero terminar de fodê-la, mas sei que se fizesse isso iria acabar machucando-a. Ainda posso sentir suas pernas trêmulas, o coração batendo forte e a
“Sufoque esse amor até as veias começarem a estremecerUm último suspiro até as lágrimas começarem a secar”Não consigo colocar meus pensamentos em ordem. Não sei o que falar, o que pensar, como agir... Não sei mais nem como respirar.A morena no outro lado da sala parece querer avançar no irmão. Não a julgo, se eu estivesse no lugar dela estaria do mesmo jeito. Eles acham que não estou ouvindo nada, mas infelizmente, sim, eu estou.Meu peito sobe e desce sem ritmo, meu coração parece crescer aqui dentro, me sufocando lentamente.Sinto que tudo está por um fio, tudo pode desmoronar a partir do segundo em que sairmos daqui.Olho para a tatuagem em meu braço e engulo em seco, desviando o olhar para Noah, que resmungava alguma coisa sem levar o olhar para mim.— Que porra é essa no seu braço? — A garota altera a voz e agarra tão rá