“Você está no meu sangue, você está nas minhas veias, você está na minha cabeça”

— Eu gostei, mas tá doendo. — digo olhando para a tatuagem.
— São só quatro letras, eu quem deveria estar reclamando. — reviro os olhos e volto a encará-lo.
Sorrio ao pensar que aqui poderia ser o nosso lugar. A melhor vista da cidade, do céu e ao mesmo tempo é bem escondido pelas árvores.
Aqui de cima podemos ver tudo, todas as luzes acendendo e apagando. Os carros passando rápido pelas rodovias lá embaixo. A escuridão do céu com inúmeras estrelas brilhantes.
— O que tá pensando? — questiona passando as mãos nos meus cabelos. Enquanto eu continuo deitada com a cabeça em seu peitoral.
— Ah, você sabe... — resmungo sentindo seus dedos se entrelaçando aos meus — Aqui poderia ser o nosso lugar.
— Pra fazer o que? — pergunta com um sorr
“Não diga, não ouse dizerUma simples respiração vai quebrá-loEntão cale a boca e me percorra como um rio”— Me solta, Noah! — digo em tom firme, mesmo desejando com todas as minhas forças que ele não faça isso.Sei que já estamos ferrados. Já passa das três da manhã e continuamos aqui... No escuro, em um lugar no meio do nada. Com nossos corações tão acelerados que ainda não sei se estou sentindo o dele ou o meu.Seu corpo me prensando contra essa árvore é o que me faz permanecer imóvel.Ele não tinha o direito de me fazer isso comigo depois que eu pedi para ir embora! Agora não quero mais... Ou talvez eu queira. Mas não vou ter a minha primeira vez escorada em uma árvore... E ainda mais com ele.— Não era isso que queria? — seus olhos parecem brilhar mesmo com pouca iluminação. Um sorriso malicioso e diabólico se ilumina em seu rosto. Cada vez que o conh
"Como nos apaixonamosMais intensamente do que uma bala poderia te atingir?"Bônus: Noah Thompson- Mais devagar... - pede em um sussurro. Permanecendo com os olhos fechados e suas unhas cravadas nas minhas costas.Diminuo o ritmo, fazendo com que nossos corpos faça menos barulho. Parando de se chocar um ao outro.Vejo Beatriz chegar ao clímax, ela solta um gemido alto no meu ouvido, arqueando as costas e se prendendo mais a mim.Sua respiração está quente e ofegante, os cabelos bagunçados, com alguns fios grudados em sua testa, junto a gotículas de suor. Fica perfeita desse jeito, com o rosto corado e algumas marcas vermelhas no pescoço. Só espero que não fique marcado, ou então estou morto.Quero terminar de fodê-la, mas sei que se fizesse isso iria acabar machucando-a. Ainda posso sentir suas pernas trêmulas, o coração batendo forte e a
“Sufoque esse amor até as veias começarem a estremecerUm último suspiro até as lágrimas começarem a secar”Não consigo colocar meus pensamentos em ordem. Não sei o que falar, o que pensar, como agir... Não sei mais nem como respirar.A morena no outro lado da sala parece querer avançar no irmão. Não a julgo, se eu estivesse no lugar dela estaria do mesmo jeito. Eles acham que não estou ouvindo nada, mas infelizmente, sim, eu estou.Meu peito sobe e desce sem ritmo, meu coração parece crescer aqui dentro, me sufocando lentamente.Sinto que tudo está por um fio, tudo pode desmoronar a partir do segundo em que sairmos daqui.Olho para a tatuagem em meu braço e engulo em seco, desviando o olhar para Noah, que resmungava alguma coisa sem levar o olhar para mim.— Que porra é essa no seu braço? — A garota altera a voz e agarra tão rá
“Mãos santas, elas me tornarão uma pecadora?”— O que vai fazer? — pergunto ao sentir Noah passando os braços ao redor das minhas pernas e me pegando no colo.— Te colocar na cama e inventar alguma coisa pra dizer a sua mãe — fala subindo os degraus, empurrando a porta do meu quarto e entrando.— Não precisa me tratar como um bebê ou qualquer coisa do tipo — digo me contradizendo ao não querer tirar meus braços ao redor de seu pescoço.— Não estou te tratando desse jeito, só quero ficar com você... Antes da sua mãe chegar, das nossas tentativas falhas pra explicações e... — faz uma pausa, entrando no banheiro e me colocando no chão. — Você sabe, eu não sou bom com mentiras.— Se eu bem me lembro, você sabe mentir melhor do que qualquer pessoa — falo sorrindo ao lembrar da vez em que a velha sociopata me queimou e ele mentiu para minha mãe, dizendo que tomamos ban
“Você me disse que estava prontoPara o maior, o grande saltoEu seria o seu último eterno amor”— E o que isso quer dizer? — questiono passando de leve meus dedos em seus lábios. Sentindo ele me apertar mais ao seu corpo, o contato ardente da sua pele com a minha.— Que eu estou disposto a tudo. Se quiser contar pra sua mãe...— Eu não posso — digo antes que ele conclua.— Então podemos continuar assim... — O interrompo novamente, lhe fazendo revirar os olhos.— Não podemos continuar assim. Não vou conseguir conviver com suas mudanças de atitudes e pensamentos — murmuro com sinceridade, mordendo meus lábios ao sentir seu polegar acariciando meu clitóris. Como vou focar em alguma coisa desse jeito? — Ou talvez podemos...Ele da uma risada pela minha mudança brusca de ideia.— Já temos uma tatuagem, então nem precisamos de aliança para
“Gritando a plenos pulmões por vocêNão tenho medo de enfrentar issoEu preciso de você mais do que queria”Acordo procurando por Noah, mas estou apenas com uma camiseta dele e os lençóis por cima de mim. Nem vestígios dele.Não acredito que dormimos com a porta aberta, foi até melhor ele ter saído antes da minha mãe chegar... Ele saiu, não foi?Calço minhas pantufas e desço as escadas com cautela, sentindo ainda a fraqueza do meu corpo. Sinto vontade de voltar a me deitar. Estou dolorida e com motivos... Mas nem sei onde está o meu "motivo" nessa hora. Só espero que ele não esteja com outra garota ou até mesmo se arrependendo de nós.Passo pela cozinha e escuto barulhos, o que me faz ir até lá suando frio.— Sinceramente, estou pronta para isso. Acho que Beatriz irá aceitar e não vai tentar me impedir de nada. — Ouço minha mãe e meu coração já se gela, imaginand
“Quando o sol brilhar, nós brilharemos juntosTe disse que estaria aqui para sempre”— Eu acabei tirando os olhos dela por alguns segundos, sabe como adolescentes agem em festas. — Minha mãe levanta as sobrancelhas e me encara.Sei que ela não desconfia nem um pouco de quem realmente fez isso. Mas também não quero ter que ficar de castigo e perder a privacidade que eu já não tenho.— Ok! Dessa vez eu vou deixar passar. Mas quero que você entenda a gravidade de ter uma tatuagem com o nome do seu tio — ela diz se arrumando no cadeira ao lado de Pablo. — O que as outras pessoas pensariam? Que eu sou uma mãe desnaturada que deixa a filha tatuar nome de homem. — Meu sistema nervoso implora para que eu comece a rir agora... Porque é exatamente isso que aconteceu. Mas que bom que ela não percebeu.— Certo, eu não vou mais fazer tatuagem alguma. Essa foi só... Um deslize — sorrio pa
“Agora que está chovendo mais do que nuncaSaiba que ainda teremos um ao outro”Estou me sentindo idiota, estúpida e incoerente. Não pareço estar no controle da situação, não que isso seja uma coisa horrível. Mas saber que Noah me tem nas mãos não me deixa tranquila. Saber que estou me atirando de cabeça para algo com um fim determinado, só me deixa com medo.Noah me deixa viciada em cada mínimo detalhe dele. Meu coração acelera e meu cérebro parece não pensar em mais nada que não seja ele.É estranho ter que chamá-lo de "tio" para que a minha mãe se sinta feliz. Porque assim, eu me sinto mal e desconfortável. Sei que Isabelle está certa, mas não consigo me desfazer dele.Principalmente agora que eu deveria estar lhe afastando, mas ao invés disso... Estou como uma idiota, observando com luxúria o trajeto perigoso que seus lábios fazem sobre meus seios.Sinto a ad