102. PESQUISAS INCERTAS

Esse comentário feriu mais do que Jarret estava disposto a admitir. Os dentes rangeram ao apertar a mandíbula, mas obrigou-se a manter-se firme.

—Não fazes ideia do que estás a falar —replicou—. Cristal e eu estamos destinados a casar. Há coisas que tu não entendes… coisas que nada têm a ver contigo. Por isso, se sabes alguma coisa útil, diz de uma vez. Muito bem, compro este carro se me disseres onde a deixaram.

Guido ergueu as sobrancelhas, fingindo surpresa, embora os seus gestos não parecessem levar Jarret a sério.

—Tens a certeza? Esse carro vale muito dinheiro —avisou, mas sem grande insistência.

—Posso dar-me a esse luxo —contestou Jarret com arrogância.

Jarret odiava ser tratado como um pedinte incapaz de pagar um carro. O pai tinha muito dinheiro, por isso isto não seria um grande gasto, pensou. Seria o seu presente de formatura e de casamento quando lhe dissessem alguma coisa. Comportara-se bem, portanto merecia-o.

—Muito bem, vou dizer-te —aceitou Guido, retoman
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