'– Oi mãe! Estava mesmo pensando na senhora. '– Oi filha! Como você está? — indaga num tom abatido.Eu nunca fui do tipo de levar os meus problemas para os meus pais, eu sempre os guardei para mim mesmo. Mesmo eles implorando que eu dissesse para que eles pudessem me ajudar.Eu sempre consegui esconder muito bem, os meus problemas deles.Agora.. já eles, por mais que eles tentassem disfarçar e esconder seus problemas de mim, eu sempre conseguia descobrir ou sentir que havia algo de errado com eles, o que fazia com que eles acabassem me contando de tanto eu persistir. E enquanto eu não arrumava algum jeito, alguma forma de ajudá-los, eu não me aquietava.E agora, nesse instante, por incrível que pareça, percebo pelo tom da sua voz nessa ligação, que há algo de errado. Mas que ela fará de tudo para esconder só para não me deixar preocupada, de cabeça quente.Mas enfim.. eu serei bem persistente.'– Mãe, eu estou muito bem, não se preocupe. Agora já você.. eu sei que não está. Então nã
Ao ouvir a minha voz, ela vira- se rapidamente.- Grace! - olha- me com os olhos inchados de tanto chorar - Você veio?!- Sim mãe, eu vim por você. - digo com os meus olhos cheios de lágrimas.Mas que depressa ela vem até mim e me abraça com ternura.- Eu senti tanta a sua falta meu amor.- Eu também, mamãe. - retribuo o abraço - Eu também.Consolamos uma a outra. Dividindo a dor por igual.- Mãe me perdoe por eu não estar aqui quando a senhora mais precisou. - choro em seu ombro - Desculpe-me por demorar tanto para vir.- Tudo bem filha. - diz num tom de compreensão - Esquece isso. Porque o que importa agora, é que você está aqui comigo e com seus irmãos.Mas alguns minutos abraçadas até ela se afastar de meus braços e começar a me apresentar para todos que estão na sala, na cozinha e no quintal.- Olha! Finalmente ela ressuscitou. - diz meu irmão do meio num tom sarcástico vindo em minha direção.- Oi, James. - Oi? - sorri abrindo os braços - Não, eu quero um forte abraço da minha
Já dentro do meu quarto..- Nossa, quantos posters. - olha admirada para a parede - Você também era fã dos 'Backstreet Boys', Grace? - indaga curiosa.- Eh, digamos que durante a minha adolescência eu curti demais esta banda, mas aí a gente cresce, amadurece e acaba meio que deixando essas coisas de lado. - suspiro levemente enquanto relembro de uma parte muito boa da minha adolescência - Por isso eu queria aproveitar que você está aqui comigo, para te pedir uma ajuda para tirar todos esses posters da parede, antes que meu marido suba até aqui e começa a debochar de mim.- E por que você acha que eu faria algo desse tipo com você, Grace? Sua atraente e cativante voz atrás de mim, acaba por me pegar de surpresa, fazendo os batimentos do meu coração acelerar.- Ahm.. eu vou deixa- los um pouco sozinhos e depois eu volto para te ajudar. - segura em meu ombro e sorri.- Ah, tá bom. - concordo.Ela, então, sai e encosta a porta.- E aí, por que você acha que eu debocharia de você? - indag
Enquanto caminho em direção a minha mãe para poder ampara- lá, ele vai ficar com os meus irmãos no fundo da sala.Ao olhar para o meu pai no caixão, algo que eu havia evitado desde a hora que eu cheguei, sinto parte do meu coração se quebrar, uma dor incomensurável.Lágrimas transbordam de meus olhos enquanto me debruço em seu corpo frio e rígido.- Pai.. por favor me perdoe por não ter vindo antes. Me perdoe por não ter cuidado de você como o senhor cuidou de mim. Me perdoe por não ter lhe retribuido todo o carinho e o amor que o senhor me deu. Me perdoe por não ter sido a filha que o senhor merecia. Me perdoe por não ter dito todos os dias o quanto eu te amava. Me perdoe!Enquanto as lágrimas escorrem abundantemente, sinto uma mão em meu ombro.O que me faz levantar para olhar.- Mãe.. eu falhei com ele. Eu falhei com o meu pai. Eu falhei com você.Desolada ela me puxa para um abraço forte e afetuoso.- Não meu amor, você não falhou com ninguém. - diz consolando-me - Você só estava
–' Boa noite, senhor Price.Sei que vou ser muito ousada no que vou lhe propor, mas lhe prometo que é por uma boa causa.Envio e já começo a digitar o que vou propor a ele, mas antes que eu possa lhe enviar a minha proposta, eis que já recebo uma mensagem dele.–' Boa noite, delícia.Você não acha que seria bem mais fácil fazer essa tal proposta pessoalmente. Eu estou sozinho aqui na mansão.Percebo pela mensagem que ele já está pensando naquilo.— Que pena senhor Price, mas desta vez eu vou decepciona-lo.Apago a mensagem que eu ia enviar e escrevo outra.–' Desculpe senhor Price, mas eu não estou em Los Angeles neste momento.Então, por isso, eu terei que fazer essa proposta por mensagem mesmo.Ele é tão bom em digitar que rapidamente ele me retorna com outra.–' Se você não está em Los Angeles, onde é que você está?— Olha, é não é que eu o deixei curioso. — risos — Mas que pena, porque ele vai ficar só na curiosidade. Pois eu não vou dizer onde eu realmente estou.–' ??? — cobra-
–' Antes de lhe dar uma resposta eu preciso que você me envie, por foto mesmo, o valor da dívida de hipoteca para eu analisar.–' Ok! — respondo rapidamente.Desço para o escritório para falar com meu irmão Ali.— Ali, posso entrar? — bato na porta duas vezes.— Claro, entre.Abro a porta e o vejo sentado com uma pasta de documentos na mão.— Eu vim ver se você achou os papéis da dívida da hipoteca da casa.— Ah, sim. São esses aqui. — estica o braço entregando - me o papel.Eu o pego e sento de frente a ele.— Esse aqui embaixo é o valor total? — indago.— Sim, e a data de até quando devemos pagar está grifada de amarelo.— Ok!Pego meu celular, tiro uma foto e já envio para o senhor Price.— Eh.. Grace, para quem você está enviando? — olha- me atentamente.— Para o meu chefe. — respondo sem hesitar — Ele é o único nesse momento que pode nos ajudar.— Ah, sim.Alguns segundos e já o vejo digitando.–' Ok, Grace. Pagarei essa dívida para você na segunda feira, assim que você chegar aq
— Grace, por acaso há algo que está te incomodando? — olha- me atentamente.— É que Nic.. eu tenho uma coisa para te falar e acho que talvez você fique um pouco desapontado comigo.— Que coisa? — indaga.— Hum.. é que eu vou..— Bom dia, filha! — entra na cozinha, interrompendo- me.— Ah, bom dia mãe. Ela se aproxima de mim e beija a minha testa.— Você está melhor, filha?— Sim mãe, eu já estou bem melhor. E a senhora?— Maravilhosa bem.— Que bom. Isso me deixa muito feliz. — sorrio para ela. Ela, então, senta- se na mesa e pega uma xícara de café.— Bom dia, Dominic!— Bom dia, senhora Lorna!Ao vê-los se tratarem pelo primeiro nome, eu fico um pouco apreensiva.— Nic, você disse seu nome verdadeiro a minha mãe? — sussurro no ouvido dele.— Mais ou menos. — sussurra no meu.— Como assim, mas ou menos?— Eu me apresentei a ela como Anthony Dominic e disse que prefiro ser chamado pelo meu segundo nome.— Ah, sim, entendi.Eu coloco a torrada em cima da mesa enquanto ele coloca o su
Minutos depois o celular vibra outra vez.–' Grace o que aconteceu?Estou tentando falar com você e não consigo.Me liga. 'Emma'— O que aconteceu? — suspiro indignada — É muita cara de pau dela me perguntar isso.Já não aguentando mais ficar me lamentando, eu me levanto, me troco e arrumo a minha mala, pois decido ir para o aeroporto mais cedo.— Quem sabe estando lá no aeroporto, eu não fique pensando tantas besteiras como estou pensando agora.— Mas filha, eu achei que você fosse ficar mais uns dias aqui com a gente, comigo. — indaga entristecida.— Eu sei mãe, eu também queria muito ficar, mas infelizmente eu preciso voltar, eu tenho que trabalhar, entende? — Sim filha, mas é claro. — olha-me com compreensão.— E a Amélia e os meninos, onde estão? — indago — Eu queria me despedir deles.— Estão trancados no escritório já a alguns minutos e me pediram para não incomodá-los.— Ah, sim, tudo bem. Depois eu falo com eles pelo telefone.Olho- a carinhosamente e em seguida a puxo para