Mas eu não conseguia focar naquilo tudo e tentar buscar uma explicação plausível. Isso porque meu cérebro só tinha um pensamento: Chain Archambault Chalamet.Ele estacionou o carro num lugar que jamais imaginei: o Parque de Diversões de Azah. Engoli o choro, tentando ser forte e mirei-o. Seus olhos estavam simplesmente inexpressivos. E era a primeira vez que aquilo acontecia.Não havíamos trocado uma só palavra desde a saída da igreja, cada um imerso em seus próprios pensamentos.Chain fez menção de abrir a porta do carro e eu o puxei pela mão. Ele voltou, encarando-me mais uma vez, fazendo aquele velho frio na barriga durar mais tempo que o normal.Peguei sua mão e pus a aliança no dedo anelar dele. E nem sei exatamente qual foi minha intenção com aquilo... Mas não consegui impedir a lágrima que caiu sobre a aliança, que Chain levou na direção dos lábios e beijou, demoradamente, com os olhos nos meus.Limpou minhas bochechas com as costas das mãos e disse:— Sem choro, ok?Assenti, v
Senti as lágrimas rolando pelas minhas faces. Ainda assim abri o botão da calça dele e desci o zíper, sentindo-o completamente duro. Enquanto eu enrolava a saia do vestido, ele pegou meu rosto carinhosamente: — Tem certeza? — A única certeza que eu tenho na vida é que o amo, Chain Archambault Chalamet — falei, sentando-me sobre ele, deixando o vestido cair sobre nossas pernas e seu pau totalmente dentro de mim. — Ah, Liah... — Ele gemeu, puxando-me pela cintura com força. — Eu... — Não fale, Chain... Por favor, não abra sua boca a não ser para me beijar. E me foda... Me foda com toda sua força, meu amor! — implorei, fechando os olhos e passando meus braços em seu pescoço, esfregando o peito ao dele. As mãos de Chain desceram pela cintura, chegando a minha bunda, que apertou com força, fazendo-se entrar o mais profundamente possível na minha boceta. Levantei as pernas, colocando meus pés no banco, nossos movimentos sincronizados fazendo
— Prometa que nunca mais me fará sofrer, Chain... Que independente do que aconteça conosco, não tentará fazer com que eu deixe de amá-lo.— Eu prometo, meu amor.— Milano é meu pai — falei me sentindo estranha, como se tivesse que ouvir aquilo de mim mesma.— Vou tentar não entender que isso seja um aviso para lembrar do que eu sou.— Não, não é. Só estou tentando me acostumar com a ideia.Chain começou a rir.— Do que está rindo? — Olhei-o.— A exigência de Milano era ter um filho. E ele já tem.— Um filho... E os 30% de lucro na empresa?— Sim. E ele precisará comprovar com exames de DNA feitos em cinco laboratórios diferentes. Ou seja, não restará dúvida alguma de que vocês são pai e filha.&mdash
Senti tudo girar e se eu não fosse morrer, desmaiar era certo.— Olhe nos meus olhos, Liah! Você não vai ficar sem ar, não vai morrer... É só uma crise de ansiedade.— Eu estou sem ar... — falei com dificuldade. — Não sinto minhas mãos... Nem meus pés...Chain pegou minhas mãos e massageou-as com força, até que eu as sentisse novamente. Depois me abraçou, até que eu tivesse dor, tamanha a intensidade de seu toque.Percebendo que comecei a reagir, ele me soltou:— Agora respire bem fundo, encha seus pulmões e solte devagar... — Fez a respiração, esperando que eu repetisse.Assim o fiz, até que meu coração diminuísse os batimentos e a respiração normalizasse.— Eu exijo que você vá ao médico e comece a tomar remédios para conter as crises.— Eu...Vou.— Não, não vai. Só promete, mas não vai.— Eu...— Vou marcar e verificar se você foi. Senão terei que falar com o seu... Pai... — Coçou a cabeça, confuso.— Acha mesmo que vou olhar para Milano e chamá-lo de pai?— Por que não? Afinal, el
Vi Merliah chegando, com o vestido sujo, arrastando no chão. Os cabelos despenteados, os olhos avermelhados e os lábios inchados.Estava afastada de Chain, que não usava mais gravata. A camisa dele estava com os primeiros botões desabotoados e o blazer sobre os ombros de Merliah. A boca dele estava mais inchada do que a dela e tinha um pequeno ferimento. Era visível que tinha sido uma mordida.Meu coração acelerou e senti um frio na barriga. Sim, eles estavam ali. Mas mesmo depois de saberem a verdade, se beijaram... E de forma intensa.Deus, será que poderia me ajudar, uma vez na vida? É possível fazer com que estes dois entendam que não podem e não devem ficar juntos?Levantei e fui até minha filha. Antes que me aproximasse, ela deu um passo para trás.— Liah, por favor... — pedi, sabendo que todos nos observavam. — Podemos... Conversar só nós duas?— Eu não quero falar com você.— Me perdoe, minha filha... Por favor.— Não... Eu não perdoo. Você me mentiu por 21 anos.— Eu... Não q
A minha vida inteira eu sonhei com ele fazendo aquilo. E na minha imaginação, sequer estava ajoelhado. Não houve um dia em que não o amei. E jamais menti para minha filha sobre isto, deixando bem claro que o pai dela foi o único homem por quem me apaixonei de verdade.E agora o momento que tanto esperei havia chegado. E eu poderia dizer sim e ficar com ele, como quis por toda a vida, livrando minha mente, corpo e alma de toda dor daquele amor interrompido de forma abrupta.No entanto, ainda tinha muito rancor dentro de mim. Aqueles olhos verdes brilhantes tinham me deixado um vazio e uma tristeza sem igual.O que eu poderia querer mais do que um pedido de perdão? Nada. Talvez nosso tempo tivesse passado e o que nos ligasse agora fosse somente Liah... Ou o bebê que eu tinha no ventre. Ou seja, estaríamos unidos a vida inteira. Sendo que a criança que eu carregava não era minha de fato e talvez s
— Eu... Posso tocar... Por favor?— No contrato, assinei que jamais teríamos contato ou nos veríamos. Assim que o bebê nascer, o entregaria e pegaria o restante do dinheiro.— Você quer isso mesmo? O dinheiro? Foi sempre pelo dinheiro ou você se transformou nesta pessoa agora, Candy?— Duvida de mim novamente, Milano?— Do passado, não. Do presente, sim.— Sim, foi pelo dinheiro. Estávamos perdendo nossa casa e tudo que tínhamos. Vi esta gravidez como uma forma de receber uma boa quantia em pouco tempo e tentar resolver meus problemas. Até que começaram os enjoos matinais... — Sorri. — Eu não senti nada disso com Merliah. Tive uma gravidez tranquila da nossa primeira filha...— “Nossa primeira filha”... — Milano fechou os olhos e sorriu. — Pode dizer isso novamente, por favor?—
Voltei para casa no carro de Chain, sem ser contestada por Milano. No caminho, com mil palavras entaladas na garganta, eu não disse nenhuma delas. Chain, por sua vez, optou por calar-se também durante todo o trajeto.Minha vontade era gritar o quanto aquilo tudo estava me desestabilizando emocionalmente, tirando meu chão, acabando comigo. No entanto, me limitava a observar vez ou outra as mãos dele firmes no volante, sem deixar de pensar que não as teria nunca mais me tocando. E aquilo doía pra caralho. O sentimento era de que faltava um pedaço de mim. Sim, encontrei um pai, mas exatamente neste momento perdi o amor da minha vida.Talvez eu devesse focar em Milano e Candy, toda a história deles e o quanto eu fui afetada. Mas não consegui. Meu corpo e meu cérebro só tinham espaço para minha perda: Chain.Se eu tivesse coragem de não pensar em nada e aceitar a ideia dele de