Capítulo 03
Hotel California A Camareira do Ceo Sai da praia em busca de um motel, eu sabia de uma rua que havia Vários motéis aqui perto. Nunca tinha estado lá, mais sabia por que Clara já havia me falado e ela já esteve lá uma vez com um namorado. A rua estava deserta. Não havia ninguém, apenas as luzes amarelas de alguns postes clarearam o lugar, deixando um ar de medo e inquietação. Bati na primeira porta de um motel, uma mulher carrancuda com cabelos despenteados abriu uma pequena portinha. — O que quer garota? — Ela perguntou grosseira. — Poderia me arranjar um quarto apenas por essa noite? Eu estou grávida não tenho pra onde ir. — Tem alguém com você menina? — ela perguntou áspera, novamente. — Não senhora, sou apenas eu. — eu já estava ficando assustada. — Desculpe menina, aqui só entra casais. — Obrigada senhora e me perdoe pelo incômodo. Resolvi sair dali rápido, por que eu já estava ficando assustada. Eu não quis perder meu tempo mais naquela rua, seria um caso perdido. Quando estou seguindo caminho para chegar a rua mais movimentada da Califórnia dois homens saem da esquina de outra rua escura. Meu coração palpitou é um calafrio percorreu pelo meu corpo, tentei me afastar o máximo possível deles, mais eles me cercaram. — Mais olha o que temos aqui, uma bonequinha perambulando pela noite californiana. — Falou um deles colocando a mão em meus cabelos. — Está a fim de um programinha a três bonequinha? — o outro falou com ironia. — Me deixem em paz por favor. — tentei escapar mais eles me seguraram pelo braço apertando-o com força. — Pra quê a pressa princesa, fica mais um pouco. A noite está apenas começando. — a voz do homem me dava arrepios, ele se aproximou e lambeu meu rosto deixando-me com nojo. Meu estômago embrulhou no mesmo instante e sem consegui me segurar vomitei na camisa do outro amigo dele. Naquele momento eu percebi que estava muito ferrada e me colocado em perigo. — Sua vadia dos inferno! Olha só o que você fez. Agora você vai pagar. Ele segurou meus braço com força fazendo-me encarar seu rosto que nesse momento estava cheios de ódio. — Por favor não me faça mal, eu estou grávida. — tentei me defender da melhor forma. — Droga, sua puta dos infernos. — ele vociferou. — Deixa pra lá cara, a mina "tá" grávida, deixa a garota ir. Não vale a pena. Eu senti o medo vindo do seu comparsa. No mesmo instante ele me jogou no chão. Com certeza eu vou perder meu bebê. Depois que me jogou no chão ele começou a me revistar procurando dinheiro ou alguma coisa de valor, abriu minha mala espalhando todas as minhas coisas no asfalto, abriu minha mochila também e jogou ela longe. — Isso não vai ficar assim. Vou levar esses presentinhos pra pagar o prejuízo que você deixou na minha camisa sua vadia de merda. — Ele tirou o celular do meu bolso e a carteira com o dinheiro que eu tinha pego com Clara. Enquanto eles se afastavam, eu apenas fiquei parada chorando. Levantei-me entre soluços e comecei a arrumar minhas coisas, nessas horas não passava ninguém na rua. Eu estava perdida agora sem meu celular e sem dinheiro, até mesmo o dinheiro que meu irmão havia me mandado eu havia perdido, por que eu não tinha o cartão do banco, fazia os pagamentos todos por transferência bancárias. Levantei apressada, e pedindo a Deus para não acontecer nada com meu bebê. Eu estava ainda mais perdida sem saber o que fazer, sem celular, sem dinheiro e sem esperanças. De repente me veio a ideia de ir até a boate em que Clara e eu fomos, eu precisava ao menos tentar encontrar Endrick e falar pra ele da gravidez, mesmo sabendo da possibilidade de ele não querer e pior ainda, de não encontrar ele. Chegando em The Valência Room, havia um aglomerado de pessoas querendo entrar aguardando sua vez. Ainda era uma hora da manhã, era nessas horas que a danceteria ficaria mais vibrante. Eu tentei entrar, mais fui barrada pelo segurança, tentei me enturmar com um trio de garotas, mais sem sucesso. — Se você tentar entrar de novo serei obrigado a chamar a polícia! — Falou o segurança brutamontes que ficava na porta. Pra não piorar a situação não insisti mais. Havia uma praça de frente a boate, sentei no banco e fiquei esperando, a fim de tentar reencontrar aquele homem com quem fiquei dois meses atrás. Eu estava exausta e com fome. Coloquei minha mochila no banco e e me deitei ali mesmo peguei no sono. Acordei-me as cinco da manhã com um burburinho de pessoas passando, o sol já estava clareando as ruas e as pessoas estava saindo da boate bêbadas e falando alto. — Droga, peguei no sono! — Esbravejei, agora não sei se Endrick saiu da boate ou simplesmente não veio. Meu estômago começava a dar sinais de fome. Eu precisava comer, tomar um banho, escovar os dentes. Como eu ia fazer? Eu não podia pegar o celular de alguém e ligar pro meu irmão por que não tenho o número dele decorado, o de Clara também não. Eu sabia o de mamãe, mais não, jamais eu ligaria pra ela. Peguei minhas coisas e resolvi sair dali. Depois de uma hora vagando nas ruas embaixo de um sol escaldante, eu já estava ficando tonta, eu já sabia dos riscos de ficar sem comer durante a gravidez principalmente no início. Eu não queria pedir nada a ninguém da rua, sentei-me em um canto da calçada pra descansar um pouco. Quando olhei do outro lado da avenida, uma movimentação de pessoas e carros a todo instante. Perguntei a uma moça que estava trabalhando em um restaurante. — O que está havendo ali? — Ha você não soube? É a inauguração de um Hotel, disseram que o dono é podre de rico e tem mais de 10 hotéis espalhados pelo mundo. Olha lá os carros, tudo de gente rica. — Ela respondeu crescendo seus olhos abismada. — Ha, e a inauguração é aberta ao público? Ou só para elite? — Perguntei curiosa. Pois sei que quando tem inauguração de algo importante aqui na cidade geralmente eles abrem ao público no primeiro dia. Se fosse o caso eu poderia ao menos comer e beber alguma coisa. — Eu soube que estava aberto ao público. Comes e bebes de graça. Eu só não vou lá por que não gosto de me misturar com essa gente podre de rico. — ela respondeu. Senti um fio de esperança, essa era minha chance.Capítulo 04 Hotel California A Camareira do CEO Por fora se via um hotel bastante luxuoso, contava com uma estrutura feita em vidro e mármore de cima a baixo, vários andares. Subi os primeiros degraus, em direção a duas entradas com portas de vidro automáticas, que se abriam apenas com a aproximação da pessoa. Coisa de primeiro mundo. Na entrada havia uma linda mulher que segurava em sua mão alguns guias e informações sobre o hotel. — Bem vinda ao Hotel Califórnia. Espero que aproveite nosso guia onde oferecemos conforto aos nossos hóspedes e suítes de alta qualidade. — A moça falou sorridente e esbanjando simpatia. Achei ela um amor de pessoa. Ela usava um uniforme azul marinho com detalhes finos vermelhos, uniforme que compunha um blazer com botões dourados e uma calça comprida justa muito bem alinhada, em seu cabelo prendia um coque com uma rede vermelha detalhada e uma mecha de cabelos penteados na lateral que prendia atrás da orelha, usava uma maquiagem altamente magní
Eu permaneci no hotel até o anoitecer, vi pessoas chegando e se instalando, solicitando suítes de alto nível, vi os convidados indo embora sorrindo e falando bem do lugar recém inaugurado. Eu estava sentada em uma poltrona do Hall folheando uma revista, eu não estava pronta para ir embora, aquele lugar era bastante acolhedor, eu estava tendo algumas ideias absurdas, só estava tentando planejar com calma. Eu precisava muito um banho, e uma cama macia para passar a noite. Eu tive interesse de subir, mais como que eu iria entrar em algum quarto? E o mais importante, como eu iria passar pelos brutamontes que estava de guarda em cada porta de elevador e no pé da escada? — Olá, vi que a senhorita já está aqui a um tempo. Posso juda-la em algo? — Uma voz simpática me tirou os devaneios. — Oh, Não, perdoe-me, eu estou esperando meus pais, estão chegando para fazer chekin e solicitar uma suíte. Estamos de férias. — Falei, tentando agir naturalmente. — Mas já notei sua presença aqui desde o
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 06Meu nome é Eros Clarck, tenho 30 anos, sou o dono de uma rede de hotéis de luxo espalhados pelo mundo, recentemente inauguramos o Hotel Califórnia. Meu falecido pai deixou este projeto desenhado e ele me falava deste hotel, quando eu ainda era pequeno. Depois que meu pai faleceu por conta de um câncer de pulmão, o projeto foi pra gaveta, ao completar a maior idade assumi a empresa de papai, a mais famosa de Nova York a Services Clark Company, resolvi tira da gaveta o projeto e colocar em prática, cada detalhe daquele desenho sem tirar nem pôr. Foram 2 anos de trabalho, dia após dia a todo vapor, para entregar o mais luxuoso e aconchegante possivel. Na nossa família éramos meu irmão eu mamãe e papai. Eu estava cursando a faculdade quando meu pai faleceu por conta de um câncer de pulmão causado pelo cigarro, fiquei devastado, prometi a ele em sem velório que iria dar continuidade ao trabalho dele em geral, meu irmão por ser o caçula não
Capítulo 07Hotel California A Camareira do CeoJá se aproximava das 24 horas da estadia da suíte, ninguém da recepção me ligou para saber sobre os meus pais que supostamente estariam vindo, devem estar ocupados demais para reparar. Mais eu precisava de mais uma boa desculpa para tentar ficar mais tempo. Eu usufruir o máximo que eu pude do lugar, tomei um banho demorado de banheira, pedi serviço de quarto completo da melhor refeição durante o dia e dormi o máximo que eu pude. Acordei por volta das dezoito horas, já se aproxima o horário que entrei aqui ontem, e não sabia mais o que fazer. Eu estava a ponto de entrar em Pânico, iríamos ser jogados na rua eu e meu bebê que estava em meu ventre e eu já o amava infinitamente. — Fique tranquilo neném, mamãe vai fazer alguma coisa pra ajudar a gente. — Falei acariciando minha barriga, uma lágrima de tristeza escorreram pelas minhas faces. Quando derepente bateram a porta do meu quarto, com certeza era alguem da recepção, tarde demais,
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 8 Ainda no elevador, Geraldo apertou o botão que levava para a cobertura. "Apenas pessoas autorizadas" Dizia uma placa de acrílico com letras pretas cravejadas. Seguido por: "Eros Clarck" George deu duas batidas suaves na porta, fazendo com que o barulho na madeira maciça ecoasse por aquele espaço amplo. Aquele andar havia apenas 5 portas, imaginei que seria área VIP, pois as portas eram pretas com detalhes dourados. Ouvia-se uma voz grave por trás da porta que George havia batido que indicou para entrarmos, como num piscar de olhos eu estava indo direto ao chão duro de mármore, Geraldo em um solavanco me jogou de vez dentro da sala daquele homem com toda voracidade e ignorância. Elza correu até mim e me ajudou a levantar, seu olhar feroz para Geraldo em seguida foi de desprezo. — Seu arrogante, como pode tratar uma garota assim? — Elza exclamou. George continuou de pé na entrada da porta rindo vitorioso com a cen
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 09Eros respirou fundo, seu olhar se suavizando por um momento, como se considerasse minha história. Eu sabia que ele poderia ser um homem difícil de impressionar, mas havia uma centelha de algo humano por trás daquela fachada fria.— Você tem provas disso? — ele perguntou, mais calmo.— Não. — admiti. — Eles levaram tudo. Meu celular, minha carteira, até mesmo os documentos. Eu não tenho nada além das roupas que estou vestindo.Eros permaneceu em silêncio, pensativo. Eu podia sentir a tensão no ar, cada segundo se arrastando enquanto esperava sua resposta. Finalmente, ele se afastou, voltando para a cadeira atrás da sua escrivaninha e sentando-se com um suspiro.— O que você espera que eu faça, Beatrice? — ele perguntou, usando meu nome pela primeira vez sem sarcasmo.— Eu só preciso de uma chance. — supliquei. — Eu posso trabalhar para pagar minha estadia, posso fazer qualquer coisa. Apenas... não me mande embora. Eu não tenho para onde
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 10Sempre fui conhecido por minha frieza. No mundo dos negócios, a emoção é um luxo que não posso me permitir. No entanto, ao ver Beatrice pela primeira vez, algo dentro de mim mudou. Ela estava ali, limpando os corredores do hotel, e uma sensação estranha tomou conta de mim, como se um arrepio percorresse minha espinha.Havia algo nela que me atraía de maneira inexplicável. Os cabelos escuros, a forma como se movia, quase flutuando entre os hóspedes, sempre atenta e, ao mesmo tempo, distante. Mas o que realmente me atingiu foi o brilho de seus olhos. Aquela mistura de vulnerabilidade e força despertou em mim uma emoção que pensei ter enterrado há muito tempo.Com Suellen, tudo era previsível. Ela era perfeita para o papel que desempenhava em minha vida: elegante, ambiciosa e sempre ao meu lado em eventos sociais. Mas, ao olhar para Beatrice, percebi que nunca senti uma conexão verdadeira com Suellen. O que era essa sensação avassaladora
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 11Cada dia que passava, eu sentia uma tensão crescente ao redor de Eros. Ele sempre encontrava desculpas para falar comigo, pedindo favores e dicas de trabalho que, para mim, pareciam triviais. Era quase como se ele estivesse procurando uma maneira de ficar perto de mim, mas eu não sabia ao certo o que pensar.Eros. O nome dele se repetia em minha mente, trazendo um turbilhão de emoções contraditórias. Ele era meu chefe, o dono daquele hotel glamouroso. Mas, ao mesmo tempo, havia algo nele que despertava em mim uma atração inegável, algo que eu lutava para reprimir."Eu não posso me apaixonar," pensei, sentindo o peso da responsabilidade sobre meus ombros. "Preciso proteger meu bebê, acima de tudo."Naquela manhã, Sr. Clarck solicitou uma reunião com todas as camareiras. O salão presidencial precisava estar impecável para um coquetel particular com investidores e familiares. O evento era crucial para o hotel, e eu sabia que era uma oport