Capítulo 04
Hotel California A Camareira do CEO Por fora se via um hotel bastante luxuoso, contava com uma estrutura feita em vidro e mármore de cima a baixo, vários andares. Subi os primeiros degraus, em direção a duas entradas com portas de vidro automáticas, que se abriam apenas com a aproximação da pessoa. Coisa de primeiro mundo. Na entrada havia uma linda mulher que segurava em sua mão alguns guias e informações sobre o hotel. — Bem vinda ao Hotel Califórnia. Espero que aproveite nosso guia onde oferecemos conforto aos nossos hóspedes e suítes de alta qualidade. — A moça falou sorridente e esbanjando simpatia. Achei ela um amor de pessoa. Ela usava um uniforme azul marinho com detalhes finos vermelhos, uniforme que compunha um blazer com botões dourados e uma calça comprida justa muito bem alinhada, em seu cabelo prendia um coque com uma rede vermelha detalhada e uma mecha de cabelos penteados na lateral que prendia atrás da orelha, usava uma maquiagem altamente magnífica, nos lábios um batom vermelho suave, uma sombra azul clara além de base e blush que realçava seu lindo rosto. Em sua orelha delicados brincos perolados. Trazia nos lábios um belo sorriso simpático. E nos pés um sabato preto e muito bem polidos de salto alto tipo "agulha" e bico fino. Imagino a dor que ela vai sentir no decorrer do dia. Peguei o guia com ela e entrei no grande hall. No panfleto dizia: Bem vindos ao Hotel Califórnia, uma estrutura que conta com mais de 300 apartamentos, sendo 50 com suítes, estamos abrindo as portas hoje para os primeiros hóspedes e uma degustação para o público californiano. Contrate um guia pessoal para um tour por entre alguns andares do hotel e aproveite o que nossa estrutura está a oferecer. “Acredito fortemente que esse conjunto de ações será de extrema importância, dando vida ao centro e atraindo milhares de pessoas e turistas de todo o País. Como empresário, sigo com o meu propósito de continuar trabalhando e construindo, sempre acreditando nesse estado: no seu potencial geográfico, no seu povo, na sua cultura, na sua beleza e nos seus talentos e vocação." "Este é o discurso do tão renomado empresário Eros Clarck, que não economizou para levantar essa estrutura magnífica." Ao entrar no enorme hall que estava repleto de pessoas, entre convidados e moradores, percebi um espaço enorme e amplo, de um lado ficava a bancada da recepção que contava com 4 recepcionista sendo dois homens e duas mulheres. Do lado oposto uma mesa repleta de comidas e bebidas e garçons transitando o tempo todo oferecendo shampanhe para as pessoas. No centro uma enorme escada que levava para os andares de cima e mais abaixo os elevadores tanto de um lado quanto do outro. Eu estava abismada com tanta beleza e riqueza daquele lugar, para se hospedar ali deveria custar uma fortuna, comecei a andar lentamente em direção as escadas deslumbrada com tudo aquilo. Quando subi os primeiros degraus alguém chamou minha atenção. — Ei senhorita, não pode subir aí, você precisa contratar um guia pessoal para fazer um tour pelas suítes, caso queira se hospedar é necessário fazer chekin na recepção. — Falou um rapaz muito simpático com uniforme de segurança. Eu estava tão abismada que nem reparei que estava subindo em direção as suítes. — Oh mil perdões. Acho que me distrai. Mais onde que posso contratar um guia pessoal? — perguntei curiosa. — É só ir até a recepção, e deixar seu nome em seguida seu guia irá até você para te mostrar o resto do lugar. — Respondeu o segurança educado. No momento eu não tinha nenhum interesse em conhecer os quartos, foi apenas um momento de distração, eu precisava mesmo de uma boa comida e água. — Muito obrigado pela sua atenção, e aquela mesa ali? Posso ver? — indaguei apontando para a mesa repleta de comida. — Sim senhorita, os comes e bebes estão livres para o público e convidados. Fique a vontade. — Ele respondeu. — Muito obrigado senhor. Tenha um ótimo trabalho. — Falei. Segui em direção a mesa, e o que tinha de comida e bebida ali, alimentava uma cidade inteira. A mesa estava repleta de comida de todos os tipos e gostos, peguei um prato de porcelana, e comecei a colocar um pouco de cada coisa, com a fome que estava iria até repetir. Peguei um refrigerante que estava em uma bacia de alumínio com gelo até a borda e sentei na mesa do pequeno restaurante que ali no interior. Sim tinha um restaurante e também uma área onde serviam o café e uma bancada ondem serviam bebidas como um bar. Enquanto eu comia vi um aglomerado de pessoas envolta de um homem, não consegui ver de longe o rosto, mais percebi que estava bem vestido, em um terno preto, uma calça social, uma camisa azul celeste, e uma gravata azul marinho, estava dando entrevistas e recebendo convidados. Eu já havia acabado de comer, curiosa me aproximei devagar da pessoa que estava chamando atenção, quando ouvir uma repórter falar: — Conte-nos senhor Clarck, de onde surgiu a ideia de investir nesse grande hotel aqui na Califórnia? — Estou seguindo um antigo sonho de meu pai, que era louco por essa cidade, ele desenhou este projeto enquanto eu ainda era pequeno, eu guardei tudo com muito carinho e cuidado. Quando assumi seu lugar na empresa me preparei durante anos para começar a levantar esse projeto magnífico. Que além de gerar empregos poderá atrair ainda mais turistas. Olhei novamente o guia em minhas mãos e a foto dele estava lá estampada, Eros Ckark o poderoso e renomado dono do Hotel Califórnia e de outras redes de hotéis espalhados pelo mundo. — Por favor, aproveitem a degustação de nossa cozinha, e obrigada a todos pelas presença em prestigiar este projetos. O homem tem a beleza dos deuses, ao me aproximar mais fixei nos seus olhos verdes e sedutores, uma pele morena da cor do pecado, barba bem feita, cabelos muito bem cortados e alinhados, de deixar qualquer mulher caidinha, o físico forte que realçava por baixo do terno, imaginei logo o que ele guardava por baixo da calça muito bem passada. Ele terminou de dar a entrevista e saiu, ao lado dele havia uma mulher que segurou seu braço decidida, uma mulher muito bem vestida e elegante, de cabelos pretos. Não vi seu rosto, mais se era alguma coisa dele, ela era uma mulher de pura sorte. Eles saíram pela porta automática e entraram na limosine que os aguardava do lado de fora, enquanto os fotógrafos davam vários clicks até o automóvel se afastar por completo.Eu permaneci no hotel até o anoitecer, vi pessoas chegando e se instalando, solicitando suítes de alto nível, vi os convidados indo embora sorrindo e falando bem do lugar recém inaugurado. Eu estava sentada em uma poltrona do Hall folheando uma revista, eu não estava pronta para ir embora, aquele lugar era bastante acolhedor, eu estava tendo algumas ideias absurdas, só estava tentando planejar com calma. Eu precisava muito um banho, e uma cama macia para passar a noite. Eu tive interesse de subir, mais como que eu iria entrar em algum quarto? E o mais importante, como eu iria passar pelos brutamontes que estava de guarda em cada porta de elevador e no pé da escada? — Olá, vi que a senhorita já está aqui a um tempo. Posso juda-la em algo? — Uma voz simpática me tirou os devaneios. — Oh, Não, perdoe-me, eu estou esperando meus pais, estão chegando para fazer chekin e solicitar uma suíte. Estamos de férias. — Falei, tentando agir naturalmente. — Mas já notei sua presença aqui desde o
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 06Meu nome é Eros Clarck, tenho 30 anos, sou o dono de uma rede de hotéis de luxo espalhados pelo mundo, recentemente inauguramos o Hotel Califórnia. Meu falecido pai deixou este projeto desenhado e ele me falava deste hotel, quando eu ainda era pequeno. Depois que meu pai faleceu por conta de um câncer de pulmão, o projeto foi pra gaveta, ao completar a maior idade assumi a empresa de papai, a mais famosa de Nova York a Services Clark Company, resolvi tira da gaveta o projeto e colocar em prática, cada detalhe daquele desenho sem tirar nem pôr. Foram 2 anos de trabalho, dia após dia a todo vapor, para entregar o mais luxuoso e aconchegante possivel. Na nossa família éramos meu irmão eu mamãe e papai. Eu estava cursando a faculdade quando meu pai faleceu por conta de um câncer de pulmão causado pelo cigarro, fiquei devastado, prometi a ele em sem velório que iria dar continuidade ao trabalho dele em geral, meu irmão por ser o caçula não
Capítulo 07Hotel California A Camareira do CeoJá se aproximava das 24 horas da estadia da suíte, ninguém da recepção me ligou para saber sobre os meus pais que supostamente estariam vindo, devem estar ocupados demais para reparar. Mais eu precisava de mais uma boa desculpa para tentar ficar mais tempo. Eu usufruir o máximo que eu pude do lugar, tomei um banho demorado de banheira, pedi serviço de quarto completo da melhor refeição durante o dia e dormi o máximo que eu pude. Acordei por volta das dezoito horas, já se aproxima o horário que entrei aqui ontem, e não sabia mais o que fazer. Eu estava a ponto de entrar em Pânico, iríamos ser jogados na rua eu e meu bebê que estava em meu ventre e eu já o amava infinitamente. — Fique tranquilo neném, mamãe vai fazer alguma coisa pra ajudar a gente. — Falei acariciando minha barriga, uma lágrima de tristeza escorreram pelas minhas faces. Quando derepente bateram a porta do meu quarto, com certeza era alguem da recepção, tarde demais,
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 8Ainda no elevador, Geraldo apertou o botão que levava para a cobertura."Apenas pessoas autorizadas"Dizia uma placa de acrílico com letras pretas cravejadas. Seguido por: "Eros Clarck"Geraldo deu duas batidas suaves na porta, fazendo com que o barulho na madeira maciça ecoasse por aquele espaço amplo. Aquele andar havia apenas 5 portas, imaginei que seria área VIP, pois as portas eram pretas com detalhes dourados. Ouvia-se uma voz grave por trás da porta que Geraldo havia batido que indicou para entrarmos, como num piscar de olhos eu estava indo direto ao chão duro de mármore, Geraldo em um solavanco me jogou de vez dentro da sala daquele homem com toda voracidade e ignorância. Elza correu até mim e me ajudou a levantar, seu olhar feroz para Geraldo em seguida foi de desprezo.— Seu arrogante, como pode tratar uma garota assim? — Elza exclamou. Geraldo continuou de pé na entrada da porta rindo vitorioso com a cena que estava vendo
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 09Eros respirou fundo, seu olhar se suavizando por um momento, como se considerasse minha história. Eu sabia que ele poderia ser um homem difícil de impressionar, mas havia uma centelha de algo humano por trás daquela fachada fria.— Você tem provas disso? — ele perguntou, mais calmo.— Não. — admiti. — Eles levaram tudo. Meu celular, minha carteira, até mesmo os documentos. Eu não tenho nada além das roupas que estou vestindo.Eros permaneceu em silêncio, pensativo. Eu podia sentir a tensão no ar, cada segundo se arrastando enquanto esperava sua resposta. Finalmente, ele se afastou, voltando para a cadeira atrás da sua escrivaninha e sentando-se com um suspiro.— O que você espera que eu faça, Beatrice? — ele perguntou, usando meu nome pela primeira vez sem sarcasmo.— Eu só preciso de uma chance. — supliquei. — Eu posso trabalhar para pagar minha estadia, posso fazer qualquer coisa. Apenas... não me mande embora. Eu não tenho para onde
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 10Sempre fui conhecido por minha frieza. No mundo dos negócios, a emoção é um luxo que não posso me permitir. No entanto, ao ver Beatrice pela primeira vez, algo dentro de mim mudou. Ela estava ali, limpando os corredores do hotel, e uma sensação estranha tomou conta de mim, como se um arrepio percorresse minha espinha.Havia algo nela que me atraía de maneira inexplicável. Os cabelos escuros, a forma como se movia, quase flutuando entre os hóspedes, sempre atenta e, ao mesmo tempo, distante. Mas o que realmente me atingiu foi o brilho de seus olhos. Aquela mistura de vulnerabilidade e força despertou em mim uma emoção que pensei ter enterrado há muito tempo.Com Suellen, tudo era previsível. Ela era perfeita para o papel que desempenhava em minha vida: elegante, ambiciosa e sempre ao meu lado em eventos sociais. Mas, ao olhar para Beatrice, percebi que nunca senti uma conexão verdadeira com Suellen. O que era essa sensação avassaladora
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 11Cada dia que passava, eu sentia uma tensão crescente ao redor de Eros. Ele sempre encontrava desculpas para falar comigo, pedindo favores e dicas de trabalho que, para mim, pareciam triviais. Era quase como se ele estivesse procurando uma maneira de ficar perto de mim, mas eu não sabia ao certo o que pensar.Eros. O nome dele se repetia em minha mente, trazendo um turbilhão de emoções contraditórias. Ele era meu chefe, o dono daquele hotel glamouroso. Mas, ao mesmo tempo, havia algo nele que despertava em mim uma atração inegável, algo que eu lutava para reprimir."Eu não posso me apaixonar," pensei, sentindo o peso da responsabilidade sobre meus ombros. "Preciso proteger meu bebê, acima de tudo."Naquela manhã, Sr. Clarck solicitou uma reunião com todas as camareiras. O salão presidencial precisava estar impecável para um coquetel particular com investidores e familiares. O evento era crucial para o hotel, e eu sabia que era uma oport
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 12A luz suave do hotel iluminava o saguão quando vi Clara entrar. Meu coração se encheu de alegria ao vê-la, e não consegui conter o sorriso.— Beatrice! — exclamou, correndo para me abraçar. — Estava morrendo de saudade!— Eu também! — respondi, sentindo a emoção tomar conta. — Como você está?— Melhor agora que estou aqui. Precisava te ver, você está linda! — ela disse, com um olhar preocupado.— Está difícil, mas estou tentando — murmurei.— E o bebê? — ela perguntou cochichando em meu ouvido. Olhei em volta e falei:— Vamos para meu quarto, aqui as paredes têm ouvidos.Levei Clara para o meu pequeno quarto no hotel, onde poderíamos conversar sem interrupções. Assim que entramos, ela olhou ao redor, observando o espaço aconchegante.— Aqui está bom para você? — Clara perguntou com um tom de preocupação.— Sim, é o suficiente. E é seguro — respondi, sentando na cama. — Preciso te contar uma coisa.Clara se sentou ao meu lado, prestando