Um barulho ao longe encheu os ouvidos de Hook fazendo-o abrir os olhos imediatamente. Instintivamente abraçou o pequeno corpo sobre o dele com mais força, ele mal conseguiu dormir mas ela estava num sono profundo.
Ele cheirou o ar mas nada além do aroma agradável da fêmea chegou até seu nariz, ele só ouvia o maldito barulho, longe, mas era alguma coisa que começava a preocupá-lo.
O dia estava começando a clarear. Ele baixou o rosto para examinar Abbie, suas características eram suaves, totalmente diferente das fêmeas espécies, ela não tinha nenhuma alteração na face e era perfeita.
Ele nunca imaginou que poderia achar uma humana tão bonita mas achava aquela. A sentia tão frágil em seus braços e depois do que contou a ele, tudo que queria era protegê-la.
Isto o paralisou durante longos segundos enquanto ele avaliava o sentimento. Indignou-se com o tipo de pensamento que estava tendo.
— Isso não pode estar acontecendo. De jeito nenhum! Ela é humana. — murmurou.
Seu corpo tencionou imediatamente quando ela se mexeu um pouco e sua coxa encostou na frente de sua calça. Fechou os olhos para se controlar mas tudo que apareceu na escuridão das pálpebras fechadas foi o rosto de Abbie. Voltou a abrí-los e o rosto dela estava lá em carne e osso, sentia-se incapaz de parar de olhar para ela naquele momento.
— Hmmm... Hook... — a voz suave balbuciou. Seu coração errou uma batida.
— Estou bem aqui. — respondeu, mas surpresa o atingiu quando notou que ela ainda dormia.
— Isso é bom... — balbuciou novamente.
Ela está sonhando? Comigo? Devo estar ficando louco.
O barulho que estava ouvindo há alguns minutos havia desaparecido, pensou também ser coisas de sua cabeça já que estava agindo irracionalmente desde que conheceu a humana. Mas iria ficar mais atento. Este não era ele. Ele não podia baixar a guarda assim.
Percebeu que talvez tenha ficado muito vulnerável durante a conversa dos dois na madrugada e estava na hora de voltar a ser racional. Uma vida de ódio não seria apagada em apenas uma noite.
Pensando desta forma tentou voltar a dormir.
Quando abriu os olhos uma hora mais tarde, não encontrou a humana deitada em seus braços como ele se lembrava antes de apagar. Se levantou rapidamente buscando o cheiro dela que vinha de um lugar próximo até que ouviu passos leves se aproximando.
O rosto sorridente dela apareceu e ele suspirou, sentindo-se ridiculamente aliviado em vê-la segura.
— Bom dia. — disse ela com um grande sorriso.
— Bom dia, aonde você foi?
— Fazer xixi.
Ele relaxou.
— Precisamos continuar andando. — disse ríspido.
— Talvez você também queira fazer. — ela olhou para a frente da calça dele.
Sua expressão tornou-se chocada, tinha um grande volume e ela imaginou instintivamente como deveria ser por baixo do pano que cobria. Suas bochechas ficaram quentes quando um formigamento incomum começou no meio de suas pernas. Ela também sentiu isso quando Hook lambeu sua pele do pulso.
Ele seguiu o olhar de Abbie e colocou as duas mãos para cobrir a visão dela, um pouco desconcertado.
— Eu entendo que homens acordem assim. — ela limpou a garganta — Vai lá, eu espero. Aqui nessa bolsa eu tenho pasta de dente e uma garrafinha com água, pode lavar a boca. Também tem álcool em gel em um potinho para higienizar as mãos.
Hook não disse nada, pegou a bolsa e apenas entrou dentro dos matos, abriu a calça e começou a urinar por longos segundos. Sentindo-se aliviado e não mais duro, ele voltou para onde estavam depois de lavar a boca e limpar as mãos.
— Gostaria de esclarecer uma coisa antes de irmos. — Hook falou.
— Claro, o que é?
— O que você acabou de ver na minha calça não era dirigido a você. Não tenho interesse sexual em você.
Aí.
— Não pensei nisso em momento algum desde que você não faz segredo nenhum sobre como odeia os humanos e que isso me inclui. — ela rolou os olhos mas por dentro algo se feriu.
Ela não sabia como ou o que era, mas sentiu.
— Vamos. — ele disse e começou a caminhar com passos apressados.
Abbie correu para acompanhá-lo sentindo o estranho silêncio que a estava incomodando. Ela não sabia qual a necessidade dele explicar que não estava interessado nela sexualmente sendo que já fazia uma ideia.
Ele queria machucar minha autoestima? Imbecil!
Pensou iludida que talvez pela proximidade deles na noite passada, Hook começaria a conversar com ela normalmente.
— Eu acho que quando a gente conversa, o tempo passa mais rápido e a gente cansa menos porque nos distraímos e nem notamos o tanto que andamos. — disse ela quebrando o gelo.
— Não estou afim de conversar agora. — falou rudemente.
Mas Abbie não era alguém que desistia fácil.
— Conte-me sobre você. — pediu em tom suave.
— Não. — rosnou.
— Por favor, você não cansa, mas eu sim, se você conversar comigo será melhor.
— Quero silêncio, Abbie. — seu coração acelerou pela forma como ele disse seu nome.
Abigail não estava olhando para o chão e sim para os matos que era preciso afastar para passar, então acabou tropeçando em uma raiz seca no chão, seu grito de surpresa foi ouvido por Hook que com seus reflexos a pegou antes que caísse no chão.
Ela sentiu a firmeza de duros braços pegando sua cintura fina talvez um pouco mais forte do que o necessário. A sensação de uma onda de choque percorrendo sua veia sanguínea onde ele tocou atingiu-a. Hook olhou para os olhos dela procurando dor mas não viu, então soltou-a lentamente.
— Preste atenção no caminho.
— Você poderia me deixar cair já que me odeia.
— São meus reflexos.
— Entendi. É automático ou foi treinado?
— Um pouco dos dois.
— Na Mercille?
— Sim mas me aperfeiçoei depois que sai.
Abbie engoliu uma vontade de sorrir, ele estava falando.
— Você tem amigos?
— Me dou bem com todo o meu povo mas tenho dois amigos em especial, Blade e Tyger. Tyger inclusive acabou de se casar com uma humana.
— Nossa, que legal! — Abbie não escondeu sua animação.
— Eu não acho. É um erro que espécies se envolvam de uma maneira romântica com seu tipo.
— Ah, já chega Hook. Pode ser errado para você, mas para eles não é, você tem que respeitar e guardar esse ódio para você porque nem todos os espécies nos odeiam, tenho certeza disso.
Ele engoliu em seco.
— Tem razão, nem todos, mas muitos apenas toleram, do jeito que eu estou tolerando você agora.
Ela abriu a boca para retrucar mas não encontrou palavras que demonstrassem sua indignação, então ficou em silêncio sentindo muita raiva do nova espécie idiota.
— Filho da mãe. — murmurou baixo mas ele ouviu.
— Tenho boa audição e não tenho uma mãe.
— Isso é um xingamento leve, não estou afirmando que você tem uma mãe embora eu pensasse que todo ser vivo nasceu de alguém que geralmente se chama mãe. — disse ela andando freneticamente rápido.
— Mas eu não tenho uma e gostaria que ficasse em silêncio. Preciso estar ciente do que está acontecendo a nossa volta.
Ela entendeu a situação e simplesmente fechou a boca.
Vários minutos mais tarde ela parou, cansada demais para continuar, agachou no chão e em seguida se jogou. O sol estava tão quente que não parecia ter caído aquela chuva a noite.
— Estamos perto? — ela perguntou — Será que pelo menos isso eu posso perguntar? — sussurrou em tom zombeteiro.
— A qualquer momento sairemos em frente as casas, precisamos montar um plano. — informou parando.
— Precisamos? Será que você vai ouvir o que eu tenho a falar?
— Está agindo como uma criança, Abigail.
— Eu odeio que me chamem assim. Prefiro Abbie!
— Ótimo, eu vou chamá-la assim a partir de agora, Abigail.
— Por que você está sendo tão filho da puta comigo?
— Vamos ao plano. — ignorou-a — Você vai aparecer primeiro e dizer que seu carro teve problema em um lugar próximo, vai contar quantas pessoas tem no lugar e perceber se tem más intenções ou não. Em seguida pede pra usar o telefone e liga para Homeland pelo número que irei lhe passar.
— Certo, você está ouvindo alguma coisa com sua super audição? Preciso saber de algo antes de aparecer?
— Não ouço nada. Tenha cuidado e não diga que estou aqui. — ele passou o número de Homeland e hesitou, olhando dentro dos olhos de Abbie — Se me trair...
— Eu nunca faria isso! — ela ficou brava, chateada que ele pensasse que ela fosse capaz de tal coisa — Se eu não voltar você pode saber que algo deu errado e eu dei minha própria vida antes que alguém pudesse colocar as mãos em você de novo para te fazer mal, Hook. Eu sei que não tenho culpa de nada do que te fizeram mas conheço um pouco da história. Salve a si mesmo se o pior acontecer, e se puder matar meu irmão Adam Ridley e o Markus Mason para mim, para vingar minha alma, meu espírito irá ser muito grato.
Antes que ele pudesse falar qualquer outra coisa, Abbie caminhou para frente deixando-o atordoado, chocado e balançado com suas palavras.
Em dois minutos Abbie estava de frente para uma cabana de madeira com muitas árvores por detrás. Ela olhou para o lado encontrando outras três cabanas muito perto uma das outras.Algo pareceu estranho, todas pareciam muito velhas e silenciosas. Se aproximou com cautela da mais próxima, a madeira rangendo debaixo de seus pés na medida que pisou na entrada para bater na porta. Três batidas e ninguém apareceu.— Olá! — gritou — Tem alguém aí? Estou perdida e preciso de ajuda. — bateu mais algumas vezes.Quando ninguém apareceu por mais alguns minutos, ela empurrou levemente a porta que não abriu, então ela empurrou mais forte, o ranger da dobradiça fez um arrepio passar pela espinha de Abbie.A garota olhou para dentro da cabana feita de troncos de árvore e não viu nada dentro além de poeira e uma lareira velha cheia de
Abbie notou que havia se passado aproximadamente uma hora desde que Hook saiu. Ainda estava chateada com o rude nova espécie e estava farta do jeito que ele estava a tratando, mas estava começando a se preocupar com a demora dele. Enquanto o esperava voltar, estava olhando as caixas procurando por algo que talvez fosse útil para eles.Encontrou um colchonete com estampa militar amarrado com um fio grosso e nas demais caixas só havia granadas cheias de poeiras e algo que ela reconheceu como armas pequenas desmontadas.Seu coração deu um salto quando de repente ouviu o barulho de um helicóptero. Respirou fundo tentando não entrar em pânico, queria pensando que talvez fosse apenas um helicóptero qualquer passando por lá, mas por precaução decidiu não colocar o rosto para fora.Alguns minutos se passaram e o barulho começou a ficar mais próximo, parecia mui
Hook correu até Abbie, com medo de machucá-la se curvou deslizando cuidadosamente os braços para pegá-la, erguendo-a e ajustando a cabeça dela para descansar em seu peito.Em seguida saiu com passos apressados em direção a outra cabana distante dos três homens mortos e do cheiro imundo deles. Entrou na próxima, se abaixou no chão e começou a examinar o corpo dela com o olhar, uma angustia desesperadora esmagava seu peito.Tentou esconder seu interesse nos montes macios e suaves de carne dentro do sutiã dela e o pequeno montinho contido no material fino cobrindo seu sexo. Ele examinou-a com fascinação, nunca tinha visto uma mulher com um corpo tão delicado e suavemente perfeito.Havia sangue em sua coxa junto com um corte não muito fundo. Ele limpou gentilmente com a própria mão antes de passar a língua em cima do ferimento. Se senti
Abigail ainda estava chateada que Hook continuasse pensando nela como a vilã que ela não era, seja lá o que houve com ele no passado foi tão ruim que o quebrou pra toda vida.Pensando por esse lado, ela sentiu compaixão. O mundo estava em dívidas com os novas espécies pelo inferno que alguns os fizeram passar. Ela teve apenas uma pequena amostra de tempo na mão daqueles homens e se Hook não tivesse chegado a tempo, sabe-se lá Deus qual seria seu destino.Mas Abbie se recusava a pagar por um erro que não cometeu. Ela queria mostrar para ele que ainda havia esperança, que nem todos os humanos iriam machucá-lo. Ela sabia que não tinha motivos para isso desde que o macho não estava disposto a deixar ela se aproximar emocionalmente mas seu coração ordenava que fizesse o contrário de manter distância.— Estou com sono, está a
Abbie decidiu se virar novamente e ficar de frente para Hook. Estendeu uma mão e tocou seu peito suavemente no mesmo local que raspou sem querer e ele se arrepiou. O macho quase ronronou, seu pênis pulsou ficando tão duro que quase doeu.Ele odiou que uma humana tivesse tanto poder sobre seu corpo e que com apenas um toque o deixava loucamente excitado.— Por que lhe incomoda tanto que eu toque você e sorria para você hein? — ela perguntou acariciando a pele bronzeada.— Pare. A deixarei dormir no frio caso contrário. — ela notou o ritmo de sua respiração aumentar.— Oh, não, por favor, você é tão quente... — ela implorou brincando.Abbie se aconchegou mais na frente dele, colando a cabeça em cima do coração acelerado e roçando a coxa na frente da calça apertada sentindo seu pau totalmente duro.
Hook decidiu que beijar Abbie era como levar uma descarga elétrica, chocante e poderoso, consumindo tudo nele. Ninguém nunca o fez responder dessa forma. Era extremamente intenso e por alguns minutos só queria esquecer tudo a sua volta, exceto Abbie.Não havia ternura no contato, só havia seus lábios e língua transformando aquele beijo em algo selvagem e apaixonante.As mãos que seguravam a bunda dela a puxou mais apertado contra o seus quadris. Sua ereção pressionou contra a calcinha dela através da calça. Doíam um pelo outro. Ela queria arrancar a camisa de Hook que vestia e sentir sua pele na dele.Hook apertava sua bunda com dedos quase cravando na carne macia. Ergueu-a um pouco mais para ajustar seu volume contra o centro dela. Abbie cravou as unhas em sua pele quando sentiu a pressão deliciosa em seu ponto sensível.Ela balançava os quadri
O olhar de Hook segurou o de Abbie no momento em que ele segurou a ponta do seu eixo e se dirigiu para o meio de suas coxas abertas. Ela sabia o que estava por vir e seu coração diaparou. A ponta do sexo dele pressionou contra sua entrada e ela gemeu quando ele empurrou contra ela.Seu corpo tencionou um pouco com a intrusão desconhecida mas ela estava muito molhada de sua boca, o que a fez estar pronta recebê-lo. Ele não conseguiu reprimir o grunhido arranhando sua garganta na medida que tomava alguns poucos centímetros dentro dela.Estava sendo espremido como nunca antes.Hook rosnou. Poderia ter sido um barulho assustador, mas acabou deixando Abbie mais excitada. Parecia mais animal que homem, lembrando-lhe que ele tinha uma pantera dentro dele.Ele a olhou procurando por dor ou medo mas só havia desejo lá na face angelical de Abbie. Não controlou a vontade que teve de beijar os lábio
Hook não conseguiu pregar os olhos. Estava preocupado com os acontecimentos a sua volta e se ressentia pelo que aconteceu com Abbie e temia outro ataque surpresa, precisava ficar atento.Seus ouvidos conseguiram captar um novo barulho, dessa vez seus cálculos batiam com o horário que Homeland provavelmente chegaria. Olhou para Abbie, não queria acordá-la quando parecia serena demais dormindo, mas precisava.Balançou o pequeno corpo levemente e logo ela abriu os olhos, tinha o sono leve desde sempre.— O resgate está chegando. — ele disse baixinho.Ele observou os olhos dela brilharem com lágrimas que não caíram.— Está sentindo dor? — ele perguntou ligeiramente preocupado.— Não. Nunca ouviu falar em choro de alívio? — ela se levantou do peito dele imediatamente sentindo o frio em sua pele.— Não.