Nascido em Resende, no Rio de Janeiro, Romano Júnior,filho de Romano da Silva, Eletricista Predial, e de Maria Aparecida,dona de casa dedicada, procurava sempre estar presente nas atividades de ambospara aprender. Seu pai, torcedor roxo do Vasco da Gama; ele, apaixonado pelo Flamengo.Começou a trabalhar cedo, deixou que a vida se tornasse sua professora e,mesmo com a correria dos estudos e do trabalho, sempre arrumava um tempo paraescrever e se apaixonou pelo mundo das letras.Hoje, como eterno aprendiz, quer continuar aprimorando seus conhecimentos,acoplando com suas experiências para prosseguir, concretizando o sonho dese aprofundar no âmbito da grafia, de corpo e alma e fazer suaautorrealização surgir nas entrelinhas, com satisfação, tornando o ato de ler um prazer.
HISTÓRIA DE ESCRITOR©2020 Romano JúniorTodos os direitos reservadosAutor: Romano JúniorPreparação do Original e Revisão: Betti PellizzerDiagramação: Equipe Raredes (@raredes.editora)Capa: Ingrid Design (@ingridbratkoskgr)Imagens da capa: FreepikArte do miolo: Thom Milkovick; FreepikJ95hJÚNIOR, RomanoHistória de Escritor / Romano Júnior. Resende-RJ: 2020 – Publicação Independente.1 – Romance; 2 – Ficção; I. Título – II. AutorLivro EletrônicoCDD 869.93Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com lugares, pessoa
PrólogoCom muito amor, peguei a carta e senti o cheiro que ela exalava. Sentei-me em sua cama, e a sensação de tristeza tomou conta do meu coração. Senti um enorme buraco em meu peito, dois tipos de vazio: um em minha alma, o outro era inexplicável. É impressionante como o amor tem o poder positivo de transformar machistas e cabeças-duras em homens românticos que abrem portas e mandam flores. O amor tem a capacidade de fazer milagres, de transformar homens em seres especiais.O meu amor é um dos maiores exemplos disso. Lembrar dele é lembrar de lugares magníficos, de estrelas românticas e de uma pessoa que procurava pela perfeição, mesmo onde ela não existia.Meu coração derretido pulsava forte enquanto eu pensava no dia anterior. Ricardo tinha contado nossa história. Contou do jeito dele, aumentou algumas coisas, fingiu que
EnigmaNão sei o que acontece comigoPois estou, a cada dia, renovado.Lembro-me do dia em que era só minha amigaHoje é meu amor, a mulher pela qual estou apaixonado...Sei que nem sempre tenho forçasPara encarar as situações de frente,Mas quando penso que as soluções são escassas,É aí que me engano e crio asas, novamente...Quando você me disse que iria viajarConfesso que fiquei triste, totalmente indefeso, como uma criança.Contudo, o seu amor me fez acreditarQue nada é capaz de nos separar, nem mesmo a distância...Nada para mim é mais importanteQue ter você ao meu lado.Amor, te necessito a todo o momento, a todo instanteE tenho fé de que, em breve, esse dia será consumado...<
Ricardo, a história contada por terceiros.Tudo começou após o término do seu namoro, em junho de 2009, com a cidadã que ele afirmava ser a mulher de sua vida. Nessa época, trabalhávamos em uma montadora de automóveis, éramos os responsáveis pela área de produção. Nossa rotina semanal era bastante cansativa.Seu choque após perder Maria Fernanda havia se unido aos seus diferentes problemas, e isso lhe causava reações que, até aquele momento, não sabíamos que existiam, como não sabíamos de que modo aquilo o afetaria emocionalmente. Longe dela, ele vivia fases ora elevadas, ora nocivas; havia dias em que se encontrava educadamente; e outros dias, grosseiramente, sem motivos aparentes para tais oscilações. O cansaço físico e mental lhe havia causado transtornos neuroquímicos.
Um incandescente verão, no final de 2009 e início de 2010, dominou a cidade do Rio de Janeiro e o interior. Considero, com total convicção, que tal ano foi uns dos mais quentes dos últimos cem anos. Faltavam apenas três dias para a virada do ano, quando fomos visitar a cidade de Angra dos Reis com amigos e familiares. Pretendíamos que o novo ano sucedesse de dias melhores, de bem-querer e de serenidade para todos. Permanecia satisfatoriamente admirando as curiosidades na praia e conversando com Pedro, analisando em que fração da sua vida ele havia sido capaz de autorizar tantas páginas em branco e, concentrado nesse objetivo, assegurou-me que lutaria para que isso não se repetisse nunca mais.A animada noite do dia 31 de dezembro estava formidável. As homenagens, a combustão de fogos de artifício à beira-mar e o sorriso das pessoas ocasionaram uma noite magnífica. A
O dia estava abafado. O calor era tamanho que, depois do almoço, Pedro me ligou convidando-me para irmos a um popular ribeirão da cidade. Convidamos mais dois amigos, que convidaram não sei quantas pessoas. Uma dessas convidadas era Tânia.Ao chegarmos, notamos que o local estava tão lotado, que não havia vaga para estacionar. Resolvemos ir para outro ribeirão muito pouco frequentado, talvez porque ficasse muito longe. Aquele imenso rio e aquele mundo verde a perder de vista era tudo o que precisávamos. Depois de nadar por alguns minutos, Pedro se sentou em uma pedra para admirar a paisagem. Não demorou muito para o imprevisto acontecer:— Posso me sentar contigo? — perguntou Tânia para Pedro.Por saber de quem se tratava, meu primo queria ter dito não, mas como as pessoas estão em constante evolução, respondeu:— Fique à vontade.<
— Desculpe atrapalhar a conversa de vocês, hora do almoço — falou a enfermeira da casa de repouso. — E o que teremos de bom para hoje? — perguntou dona Maria. — Sopa de legumes — respondeu a enfermeira.A enfermeira Samanta era muito criticada na casa de repouso, não pelos funcionários, mas pelos demais pacientes. Ela tinha um carinho especial pelo Senhor Pedro e pela Dona Luciana. Ela sempre os ajudava em suas alimentações, principalmente ao Senhor Pedro que vivia em um quarto separado dos demais. Diariamente ela os levava para passearem pelo jardim coberto, onde existia mais de seiscentas espécies de rosas que eram vendidas para manter a casa de repouso, um lugar gratuito para os idosos. A enfermeira cuidava deles como se fosse uma filha cuidando de seus pais, e isso deixava a muitos de cabelos em pé, principalmente, o Senhor Baltazar. Ao
Na manhã seguinte, Pedro recebeu alta médica do hospital, eu e minha tia fomos buscá-lo. Era como se alguns quilos das centenas que haviam estado em suas costas o tivessem deixado.— Bom dia, querido, tudo bem? — perguntou minha tia, abraçando-o.— Bom dia, estou bem, e a senhora? — respondeu, enquanto retribuía aquele terno abraço materno.— Sabendo da sua alta, estou bem melhor.— Bom dia, Ricardo, tudo bem?— Bom dia, primo! Tudo bem, e contigo?— Estou bem melhor, graças a vocês.— Bom ouvir isso. Fiquei responsável em levar os objetos que vai precisar.— Obrigado, primo! Sempre serei grato pela sua ajuda.Após assinar uns documentos e receber um pequeno número de receitas médicas, Pedro foi orientado a voltar no décimo quarto dia e foi liberado. Caminhava aos pul