DEZEMBRO DE 2062, PRESENTE...
O dia do resgate de Nicolau finalmente havia chegado e os vampiros estavam prontos para partirem, com exceção de Dominic, que foi forçado a ficar em casa cuidando de Emilly e seu irmão caçula Derick, que, ainda estava a dormir.
- Bom dia, estão indo viajar? – Perguntou Oliver, de seu jardim, ao ver toda a família carregando malas.
- Ah! Er... – Lilian não sabia como disfarçar, mas em breve, se tudo ocorresse como o planejado, haveria mais alguém em sua casa – Estamos indo buscar meu irmão – Ela sorriu.
- Você o encontrou? – Indagou Oliver, boquiaberto, parecia feliz, e sua expressão mostrava sinceridade – Que maravilh
DEZEMBRO DE 2062, PRESENTE...Um flash de luz cruzou a barreira mágica que cercava Hideaway, de longe se podia ver o claro que emitia no horizonte. À beira da praia havia uma garotinha, que, ao ver tal feito, arregalou os olhos. Seu nome era Alef. Embora estivesse curiosa, correu para dentro do mato e escondeu-se.Nas proximidades da barreira, Alma emergia das águas, já fazia um bom tempo que não usava tanta magia e por isso não conseguiu um bom pouso. Ficou a encarar a ilha, parecia igual, a mesma de quinhentos anos atrás, e se perguntava em que época viera parar.- Passado, presente ou futuro? – Ela sussurrou.- Não mudou nada – Disse Lilian a suas costas, também a encarar a ilha.<
DEZEMBRO DE 2062, PRESENTE…O céu estava estrelado, mal se notava as nuvens, e o vento soprava forte no terraço do hotel, o qual, os gêmeos Flowster estavam hospedados. Dylan encarava o horizonte quase sem piscar, na esperança, e desejando que Lilian retornasse o mais breve possível com seu pai.- Não precisa chorar, eles irão voltar, tenho certeza – Disse Dimitri aproximando-se da sacada.- Não estou chorando – Respondeu Dylan.- Claro que não estava, você jamais demonstraria sentimentos.Dylan virou-se a encará-lo confuso, afinal, seu irmão estava tentando consolá-lo ou julgá-lo. DEZEMBRO DE 2062, PRESENTE...Lilian estava decidida a retornar à Lalfheim, sem nem mesmo ter contatado antes sua família. Embora fosse contra, Alma seguiu seus planos e puseram Fay e Alef como servas no castelo.- Sinto muito pela sua irmã – Disse Alma – Mas de agora em diante... Bem... Eu prometo que irei tentar retornar e por ordem e paz na ilha.Alma não poderia fazer promessas, às quais, nem mesmo ela saberia se poderia cumprir. Não tinha o costume de dar esperanças falsas, mas tinha certeza que voltaria, só não sabia quando.Próxima a barreira, em um pequeno barco roubado da aldeia, Alma estendeu suas mãos canalizando toda a magia em si para localizar Nicolau. Ao 10-Reencontro
JANEIRO DE 2063, PRESENTE…Alma havia percorrido quase todo o globo terrestre, mas era a primeira vez que tocava os objetos e sentia o piso embaixo de seus pés. Aproveitou para explorar todas as sensações, inclusive provar várias comidas.- Minha nossa! Isso é quase magia! – Ela disse, após provar sorvete e sentir o cérebro congelar.- Vai devagar – Disse Lilian, aos risos.Aproveitaram para comprar mais roupas para Nicolau, embora tivessem decidido retornar à ilha, ainda tinham muito que fazer naquele mundo.- CARAMBA! EU SOU MUITO GATA! – Alma gritou no provador.- Que linguajar &eacut
JANEIRO DE 2063, PRESENTE...- Acorde.Uma voz na cabeça de Lilian a fez despertar. Estava confusa e ofegante. Os olhos inundados de lágrimas e o corpo tremendo. Levantou-se do carpete, onde estava a dormir com os demais e foi à cozinha procurar por água.Sensações estranhas tomavam conta de si. Tivera o sonho mais estranho que já teve em toda a sua vida. Parecia tão real, que Lilian ainda podia sentir as emoções transbordando, o medo e a aflição.Tomou um gole e suspirou, fechou os olhos e tentou recordar o que havia sonhado. Um mundo caótico, pessoas morrendo, Alma se despedindo.
FEVEREIRO DE 2063, PRESENTE...Os dias nunca haviam sido tão pacíficos para aquela família, e agora que estavam prestes a retornar a Hideaway, aproveitavam ao máximo os últimos dias em meio à civilização e tecnologia daquele mundo.Adiaram a viagem por mais uma semana. Agora que Alma não tinha mais a ajuda de Kharis para controlar sua magia, tinha que ter cuidado para não perder mais sangue e ficar fraca. A bruxa começava a sentir saudades de seu corpo espectral, e vez outra fazia piadas como a facilidade de sobreviver sem todas aquelas necessidades.Oliver ofereceu sua casa para os rapazes dormirem, ele tinha mais espaço, além de um quarto extra. E não hesitou em doar seu sangue para despertar Derick.
500 anos atrás...Os pulmões estavam inundados, aos poucos perdia a consciência. A agonia de estar perdendo de vista sua família o levava à loucura e, consequentemente, fazia com que engolisse ainda mais água. Por fim, quando não estava mais a se debater, o oceano o cuspiu.Foram horas para se recuperar e finalmente poder apreciar a vista de cima das águas. Dylan encontrava-se às margens da praia em algum lugar do mundo.Totalmente sozinho e perdido, ele observava os horizontes. O céu tomado por um imenso vermelho ainda incomodava seus olhos. Ficou encolhido embaixo de uma palmeira e esperou que a noite chegasse.Vagando sem rumo sobre as areias da praia ele ouviu vozes distantes. Temia um
Novembro de 1462A última lembrança de Nicolau era a de seus filhos apagando, um a um, tendo seus pulmões inundados e logo levados pelas águas. A magia expulsou a todos das profundezas do oceano, mas Nicolau logo os perdeu de vista quando se chocou contra a imensa barreira mágica que cercava o triângulo das bermudas. Seus corpos foram arrastados em direções opostas, totalmente desacordados, a família Flowster foi separada.Lilian despertou às margens de uma praia, em algum lugar, de um mundo totalmente diferente do que ela conhecia. A pouca luminosidade da noite favorecia seus olhos, que estavam desprotegidos sem suas lentes. Após vagar sem rumo, encontrou o vilarejo dos humanos. Mas não era o mesmo de Lalfheim, aquele vilarejo continha humanos felizes, bem vestidos e limpos. Lil