Capítulo Sete

Por Matheus (MT)

O baile começou, e eu estava na beca, já que minha mulher estaria presente hoje. Sei que tô errado, que fico com umas outras por aí, mas o amor da minha vida é a Hannah, e ela sabe disso, só que não quer dar uma moral pra gente.

— Que cara é essa, mano? — Luizinho se aproxima e me entrega um copão de energético com vodka.

— Tava pensando na minha vida.

— Sua vida se chama Halu, mano. Vocês têm que se acertar logo pro bem de todos, ninguém aguenta mais esse chove-não-molha.

— Eu também não aguento, mas sua irmã não colabora — digo, dando um teco no baseado que ele me entrega.

— Quem não colabora é tu, que fica pegando essas outras aí, traiu ela e ainda arrumou uma filha.

— A filha é nossa — digo, ficando puto.

— A filha é tua. Minha irmã ama a Carlinha, mas ela não é mãe de verdade.

— Mas, se ela trata a Carlinha como filha, então ela é a mãe, e pronto. Foda-se o que os outros pensam. Mãe é quem cria, e a Halu faz isso muito bem, mesmo eu sendo vacilão.

Luizinho ia responder, mas o DJ diz que "a rainha chegou", e logo procuro Halu. Não demora muito até que eu vejo ela cheia de sorrisinhos pros outros caras. Tô com ciúme mesmo, vou ser sincero.

Ela e Macla começaram a dançar, e os marmanjos começaram a aplaudir, secando a bunda da minha mulher. Já vi que hoje vou ter que dar uns socos por aí. Quando o DJ trocou a música, vi o Mata rindo e dançando com ela. Ah, esse filho da puta perdeu a noção.

— Que porra é aquela? Esse vacilão quer morrer, só pode — digo pro Luizinho, que olha pra onde tô olhando.

— MT, chega de leve, cara. Tu sabe que a Halu odeia ser tratada como propriedade.

Falei pra ele relaxar, que ia chegar de boa. Ele também pediu pra maneirar nas gírias, mas que caralho, isso é difícil pra cacete. Aproveito que ela tava de costas, distraída, me aproximei e dei um safanão no Mata, que saiu correndo. Puxo ela pra mim, e ficamos conversando um tempão.

Dançamos juntinhos, e a safada ficou me provocando com aquele rabo gostoso que ela tem. Tentei me segurar, mas não resisti e puxei ela pra um beijo.

Puta que pariu, o beijo da minha loira continua igualzinho. Chupei sua língua, mas o que eu queria mesmo era tá chupando sua boca.

Macla, a empata-foda, levou minha loira pra longe, e fiquei puto. Então subi pro camarote, já emburrado, e o Carlinho tava rindo da minha cara.

— Vai se foder, babaca — digo pra ele, pegando uma bebida e varrendo o local com os olhos à procura da minha mulher. Um tempo depois, vejo que a Halu tá sozinha, então me aproximo dela e a puxo pra mim.

— Ai, que porra! Seja menos bruto. — Ela reclamou me dando uma cotovelada. 

— Sei que você gosta da minha brutalidade — rio pra ela, que revirou os olhos.

Sem pensar duas vezes, a beijo de novo, e ela correspondeu, o que me deixou bem  animado e excitado.

— Aê, meu casalzão da porra tá de volta, pro recalque das invejosas!

Assim que a Macla apareceu, a Halu se desgrudou de mim e aquilo me deixou puto. 

— Porra, Macla! Não fode, mano — digo emburrado, puxando minha loira.

— Macla, não precisa ficar gritando — Halu diz, irritada, mas não se afasta de mim, e isso, pelo menos, é bom sinal.

— Explano mesmo, sabe por quê? Essas recalcadas ficam tudo correndo atrás de tu porque tu dá papo pra elas. Só te falo uma coisa, Matheus: se tu fizer minha amiga sofrer de novo, arranco isso que tu chama de bola. — Macla estava me encarava com olhos mortais. 

Só vi a Macla assim uma vez, e foi quando ela descobriu que a Malu tinha transado e ficado grávida de mim.

— Perdeu a noção do perigo? Esqueceu que tá falando com um dos donos dessa porra toda — digo, apontando o dedo na cara dela.

— Dono por dono, minha amiga também é. E ela é mais da realeza que tu, seu palhaço — tenho que admitir que ela é igual à Halu, não baixa a cabeça.

— Vamos parar de dar showzinho pra esse povo. Vamos pro camarote, que hoje as bebidas vão ser por conta do Matheus.

Minha mina diz sorrindo pra mim, e eu fico que nem um idiota. Mando liberar só o melhor do melhor lá pra cima. A Bruna tentou subir, mas quando vi, mandei um dos seguranças botar ela pra descer.

— Estamos de bem agora? — pergunto dando um beijo em sua mão.

— Vamos com calma, Matheus. Um dia de cada vez. Temos muita coisa pra conversar, e aqui não é o momento. — Ela pediu olhando em meus olhos. 

— Tá bom, minha loira, você que manda e eu só obedeço como seu humilde servo. 

— Isso já é um bom caminho. — Ela riu animada. 

Sento no sofá e puxo ela pra sentar no meu colo.

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