— Que cursos são esses ? — De artes, preferi não por cursos como educação financeira ou engenharia, já que ainda são crianças. — Eu quero ver. — Claro, mas antes quero te mostrar o refeitório, estou morrendo de fome — Falou Edgar — O que acha Erasto? — Acho uma ideia ótima — Respondeu ele — Mas vou ter que me ausentar um pouco agora, você sabe como a parte administrativa é chata. — Sim, eu sei — Responde Edgar com um sorriso maior do que o seu rosto. — Podemos jantar juntos — Às palavras de Erasto me fizeram arquear as sobrancelhas por um momento e se dando conta ele completou — Nós três. — Vai ser ótimo — Falei, Erasto assentiu e olhou para Edgar. — É bom o ter de volta. Edgar assentiu e olhou para a frente, Erasto saiu nos deixando sozinhos, podia notar o rosto de Edgar vermelho como um morango, ele que era branco destacava ainda mais. Mordi os lábios evitando um sorriso. — O que foi? — Você está vermelho, sabia? — Aqui é muito quente. — Si
Edgar me guiou pelos corredores me levando até a última sala, a sala de esculturas. Quando chegamos havia muitas formas em gesso, comecei a olhar enquanto as crianças pareciam concentradas. Um homem veio em minha direção e disse algo que não entendi. — Desculpa, não falo a sua língua — Sorri sem graça, sabia que ele também não ia entender e olhei para Edgar — Edgar me ajude. Edgar parecia caminhar para longe, ele se virou para mim. — Posso ajudar? — Perguntou o homem à minha frente, ele era alto e robusto, tinha dreads na cabeça e um cavanhaque charmoso. O olhei surpresa. — Você fala a minha língua. — Sim, falo espanhol e portuques também. — Ele é poliglota — Disse Edgar se aproximando de nós — Me desculpem, acabei esquecendo de os apresentar, Bomani essa é Rosalina, Rosalina esse é Bomani. Ele ergueu a mão que apertei com um sorriso. — É um prazer Rosalina. — O prazer é meu, é muito bom alguém aqui fora Edgar me entender. Ele sorriu de volta. —
— Prove, por favor — Pediu Erasto — E seja sincera se não gostar. Olhei para Edgar e para Erasto, temia que não gostasse da comida, mas quando a botei em meus lábios automaticamente gostei. — Gostou? — Perguntou Edgar enquanto Erasto olhava ansioso. — Sim, é gostosa — Abri um sorriso e Erasto também sorriu — O que é? — Nyama, Choma, Braaivleis e Mechoui, o meu favorito. — É um nome bem grande, né? — Olhei para Edgar intrigada. — É tipo churrasco — Respondeu Edgar simplificando e Erasto riu, Edgar o olhou de cima a baixo — Eu não sabia dessa, que era sua comida favorita. — Acho que não sabe muitas coisas sobre mim. — É verdade, não sei. — Pergunte o que quiser e eu te direi. Olhei para eles animada, Edgar parecia desconcertado. — Você tem filhos? Erasto riu. — Não, mas pretendo ter. — Adotados ou seus? — Perguntei curiosa. — Adotados. Assenti. — Eu fiquei sabendo que gostou de Jafari, vi que passou um tempo com ele ontem. — É um me
Assim que botei os pés na casa senti meu peito afundar. Eu estava apreensiva em ver Damon e Anna, não estava preparada para isso, mas sabia que seria muito errado não ir ao casamento deles uma vez que eu mesma havia os juntado, tinha que aguentar toda a dor até o fim. Eu só não sabia que ia doer tanto. Enquanto Edgar dormiu no jatinho eu passei o voo inteiro me sentindo horrível, a tristeza parecia falar de cada poro do meu corpo e eu não sabia de onde vinham tantas lágrimas, mas aquele tempo de voo parecia ter sido para que eu sentisse um pouco mais a dor. — Já chegou? — Perguntou Renato descendo às escadas — Eu estava torcendo para que só voltasse mês que vem. — Você com certeza sentiria muito a minha falta — Falei. — Tanto quanto eu sinto de uma planta. O olhei de cara feia e então dei de cara com Damon que apareceu no corredor, percebi que estava o olhando por tempo demais e me voltei para Renato. — Renato não me estressa, por favor eu não estou de bom humor
— Rosa, que bom que você apareceu! Me ajude a convencer Damon de que ele precisa fazer uma despedida de solteiro — Disse Brad segurando Damon pela gola, olhei para Damon por um momento e então desviei os olhos — Rosa? Você está chorando? — Não — Falei me virando e subindo às escadas, olhei para Brad da escada do qual ele já começava a subir — Não me siga! Ele parou de andar e continuei, totalmente desestabilizada, não queria conversar com ninguém e nem mesmo prolongar aquele drama, ainda não sabia direito o que havia acontecido quando conversei com Anna, mas me sentia totalmente transtornada, havia concordado em aparecer mesmo no casamento? Agora, sentia o peso na consciência com a mesma intensidade que eu me sentia sufocar, eu precisava aparecer, fingir, sorrir e esperar que o dia acabasse assim como o jantar de ensaio hoje do qual para mim não fazia o menor sentido, ainda assim apareceria ao lado de Edgar. Não podia ser egoísta e criar um drama em cima de mim, entendi o q
Escureceu rápido. Eu ainda não estava preparada para levantar da cama, Lisa me ligava de uma em uma hora e me arrependi de ter contado tudo o que havia acontecido, agora, ela queria que eu fosse para a sua casa. Me levantei da cama me arrastando até o banheiro, ia cumprir com o que havia dito e ia no ensaio de jantar, mas logo após ia para a casa de Lisa nem um pouco a fim de ouvir mais algum funcionário falar com euforia sobre o casamento, afinal, esse era o assunto da casa. Me arrumei e botei um vestido creme simples um colar fino com um pingente pequeno de esmeralda combinando com os brincos delicados de esmeralda, prendi meu cabelo parcialmente deixando metade dele solto e jogado sobre os ombros, era um penteado simples e propício para a ocasião. Abri a porta para Edgar que estava como sempre, autentico, seus terno amarelo, a blusa preta simples combinando com as calças, os sapatos eram no mínimo peculiar e franzi o cenho, era estranho como a mistura de cor preto com
O jantar começou e tudo parecia tranquilo. — Não! — Ouvi a voz de Anna sobressair mais um pouco, ela pegou discretamente os legumes e botou no prato de Damon, olhei em volta e Brad fez uma careta rápida e discreta. — Não faça isso! — Pedi, eu mesma estava envergonhada. — Rosa você é um anjo, mas isso às vezes é irritante. O olhei surpresa e ele sorriu para mim. — Brad está certo — Enfatizou Thomas também falando baixo — Damon comendo legumes e ignorando as carnes? É ridículo! Olhei em volta, apesar deles falarem extremamente baixo e do som em volta da mesa, Anna e Damon estavam na nossa frente e me sentia desconfortável com a situação. — Concorda? — Perguntou Brad em um tom de voz mais alto para mim, meu rosto esquentar de vergonha — Só diga, sim ou não? — Sim. Ele assentiu e voltou para a comida feliz. — Sobre o que estão falando? — Perguntou Anna com um sorriso doce. — Da despedida de solteiro do seu noivo. — Eu já deixei claro que não quero — R
— Você está chegando? — Perguntei a Lisa pelo telefone. — Rosa pela décima vez, sim! — Eu vou chamar Edgar, parece que ele tem amigos e está bem entretido, talvez nem vá. — Vamos nos divertir por ele. Suspirei, estava tão cansada de tudo, desanimada, triste. — Eu espero que sim. — Precisa levantar esse ânimo. Era impossível uma vez que sentia que estava constantemente triste, era isso que o amor fazia, ele tinha o poder de te deixar radiante ou apagar o seu brilho completamente. — Onde está? — Estou dentro da mansão, não quis mais ficar e sorrir para todos estava cansada de fingir. — Sua vaca! Tomei um susto e me virei rápido vendo Anna vir em minha direção furiosa fiquei nervosa. — Rosa? Quem está aí? — Perguntou Lisa pelo telefone. — Depois eu te ligo! — Desliguei o telefone e olhei para os olhos de Anna. — Você é uma vagabunda! Damon aparece atrás dela, ele estava tão confuso quanto eu, totalmente tenso imaginando o pior eu me senti p