— Senhor Cunning a senhorita Lola está ao telefone. — Grace me informa pela terceira vez em menos de meia hora. Que merda, Lola foi um erro, se eu soubesse que ela era tão carente e que se apegaria rápido demais, eu nunca teria topado sair com ela.
— Fala para ela que estou na China e nunca mais vou voltar. — Digo de forma direta olhando os papéis sobre a mesa. — Meu pai Já chegou?
— O senhor Gregory ainda não chegou, mas ligou avisando que virá mais tarde hoje. — Grace olha a agenda e começa a me passar os compromissos do dia. — Senhor não se esqueça que amanhã tem um leilão das indústrias Berlin, esse leilão é de estrema importância.
— Obrigada Grace, já havia me esquecido disso. — Anoto no Black Berry todas as informações do leilão e volto minha atenção novamente para a mulher. — A minha prima já chegou?
— A Senhorita Vidal ainda não chegou senhor, talvez ela não venha a empresa hoje. — Grace me olha como estivesse se desculpando.
— Às vezes eu acredito que apenas eu trabalho corretamente nessa empresa, Melody nunca está e meu pai chega a ser mais relapso do que ela, poderia ligar para o Joshua e pedir para ele me encontrar na hora do almoço no Vip's ?
— Claro Spencer. — Grace suspira e logo sei que ela tem algo a dizer. — Spencer não cobre tanto eles, tenho certeza que confiam plenamente em você para não se preocuparem.
— Grace só você para me fazer me sentir feliz com tanto trabalho, obrigado pelo apoio. — Grace acena com a cabeça e sorrindo, sai da sala. Respiro fundo antes de voltar a olhar os papeis e continuo os lendo.
Estou tão preso no trabalho que não me dou conta até ser tarde demais.
— Spen você prometeu que ia me ligar, eu te liguei o final de semana inteiro, eu liguei para sua casa, liguei para cá e você não atendeu, eu fiz algo de errado? — Olho para mulher loira que está a minha frente.
Lola está com os cabelos arrumados a perfeição, ela escolheu um vestido colado que deixa seus grandiosos peitos apertados, ela está tentadora como sempre. Subo meu olhar para o rosto dela e reparo que seus olhos estão vermelhos, sua maquiagem borrada e seu rosto aparenta estar bem inchado.
— O que você está fazendo aqui? — Pergunto olhando para ela diretamente. — O que eu disse da última vez Lola?
— Eu sei, mas eu preciso de você. — Lola faz uma cara de choro eu por um instante eu até sinto pena, mas ela volta a falar. — Eu liguei e sua secretaria disse que você tinha viajado, eu precisava falar com você.
— Mas eu não preciso e não quero falar com você. — Coloco a folha que estava segurando na mesa e a encaro. — Lola eu quero que você saia da minha sala agora, eu te falei que não teríamos nada além de sexo, então saia da minha sala e não me ligue mais, ou terei que ir à justiça pedir uma medida cautelar contra você. — Lola estuda meu rosto com aparente confusão, ela leva um instante até perceber que falo sério.
— Você não pode fazer isso comigo, eu não sou uma garota de programa que você usa e descarta! — Grita Lola.
— Então pare de agir como uma, não irei mais te procurar e quero que faça a mesma coisa senhorita Teslam, agora saia do meu edifício ou serei obrigado a chamar a segurança. — Lola olha para mim com os olhos vidrados, vejo uma lágrima cair e em um instante sua bolsa está se chocando contra a minha cabeça e ela se vem até mim e começa a me agredir.
— Seu desgraçado! cretino do inferno! você me paga Cunning. — Seguro os braços de Lola e grito para que Grace chame a segurança. — Spencer me solta, eu vou te foder seu miserável! — Grita se debatendo. — Spencer me solte!
Os seguranças chegam e com dificuldade a tiram de cima de mim e levam Lola para fora, ela grita se debatendo e me xingando, Grace entra na sala e me olha horrorizada.
— O que foi Grace? — Pergunto olhando para mulher.
— Você está sagrando. — Grace aponta para um ponto na própria testa e eu imito a ação dela, quando desço a mão vejo que ela está cheia de sangue.
— Que merda! — Praguejo me levantando e vou direto ao banheiro, olho para o espelho e vejo a linha vermelha que cruza minha testa. — Maldita Lola! Grace! — Grito a secretária enquanto limpo a minha testa.
— Não precisa gritar, já estou aqui. — A mulher entra no banheiro com uma maleta de primeiros socorros na mão. Grace me olha e balança a cabeça em negativa, ela abre a maleta e começa a procurar algo ali dentro.
— Como aquela louca entrou no prédio? — Pergunto analisando a maleta juntamente com ela.
— Ela está registrada como visitante, foi dito que ela informou que tinha uma entrevista em uma das agências do prédio. — Grace acha o que procurava na maleta e começa a limpar o corte.
— Grace coloque a entrada dela como restrita, eu não quero aquela louca na Cunning Tower nunca mais. — Falo enquanto ela analisa o corte e decide que não é grave ao ponto de precisar de sutura. Grace passa um remédio e coloca um curativo sobre ele. Analiso o serviço dela e satisfeito tento arrumar meu cabelo da melhor maneira possível. — Grace poderia pegar outra camisa mim?
— Claro, já vou pegar. — Murmuro um agradecimento antes de sair da sala desfazendo o no da gravata.
Sempre que me pego diante do meu pai, tenho a sensação de que estou diante de um espelho, sinto que estou vendo uma imagem distorcida de mim. Um eu mais velho e mais experiente. Minha mãe sempre me diz o mesmo, ela diz ser assustadora a forma como somos fisicamente parecidos, olhos azuis e cabelos negros, ela diz que a única diferença é a personalidade. Meu pai me encara com uma fúria contida, sei que está pronto para falar sobre responsabilidade, mas eu não estou disposto a escutar outro sermão. Sorrio para o meu pai enquanto solto a gravata e vou para minha mesa.
— Pai, que bom velo tão cedo na empresa. — Digo de forma brincalhona. — Grace disse que você não chegaria nem tão cedo hoje.
— Quem era aquela moça que estava fazendo um escândalo na portaria? — Pergunta meu pai ignorando toda minha gentileza.
— Uma louca, olha o que ela fez. — Indico o curativo. — Eu já proibir a entrada dela no prédio.
— Como ela fez isso? — Pergunta meu pai se sentando de frente para mim.
— Ela tacou uma bolsa na minha cabeça, ele tem um braço bom para isso. — Murmuro tirando minha camisa, Grace entra na sala e me entrega a camisa limpa, ela sempre guarda uma muda de roupa no escritório, as vezes acho que ela faz isso para se tornar indispensável. Agradeço e ela sorri, fala algo com o meu pai e sai do escritório.
— Spencer o que eu te disse sobre ter uma mulher por noite? Você acha que sua mãe gostaria disso? — Meu pai questiona me olhando, ele me estuda antes de relaxar na cadeira.
— Pai não comece, o senhor fazia a mesma coisa, uma diferente por noite. — Comento o olhando com um sorriso torto. — O senhor sabe que é difícil ficar longe delas. — Coloco minha camisa rapidamente e volto a me ajeitar no meu lugar.
— Eu já fui assim até o dia que eu conheci sua mãe. — Percebo que meu pai vai começar o seu monólogo de perseguidor apaixonado. Reviro os olhos e o corto antes que ele comece.
— Cunning pode parando por aí, eu não vou me apaixonar e virar um stalker atrás de uma mulher. — Me pai me olha e sorri, vejo o brilho perigoso em seu olhar. — O que foi pai?
— Meu filho, um dia você vai encontrar aquela mulher que vai virar sua vida de cabeça para baixo, quando você a encontrar não vai achar tão ruim se um perseguidor. — Meu pai se levanta e mostra sua postura imponente. — Não se esqueça do leilão amanhã às vinte horas, será no Sky Doors, eu preciso de você lá, focado nos negócios que teremos que fazer. — Vejo meu pai sair e volto para o meu trabalho.
As dez horas vou para uma reunião sobre um novo projeto. Onze faço uma conferência com a filial de Seattle e ao meio dia saio para o almoço com Joshua. Saio da garagem da Cunning Tower e entro no trânsito louco de Nova York, incrivelmente ele hoje está fluindo. Passo pela quinta avenida, paro em um sinal fechado e espero a luz ficar verde, quando o sinal abre e eu vou avançar uma louca se taca na frente do carro que a atinge de forma fraca mais a lança no chão.
— Merda! — Grito batendo no volante, abro a porta do carro e desço rapidamente. — Você está louca? Não viu o sinal aberto? — Pergunto me apressando para ajudá-la.
— Você que está ficando louco cara, não me viu atravessando não? — Me questiona levantando, seguro seu braço para ajudá-la, mas ela o puxa e se vira para mim. — Você está maluco cara? Não encosta em mim. — Quando meu pai falou que um dia eu iria encontrar uma mulher que me faria querer persegui-la o tempo todo, eu não pensei que ela iria surgir tão rápido, solto o braço dela e encaro os profundos olhos acinzentados que me encaram de volta. Seu rosto e de uma beleza quase sobrenatural, sem dúvidas ela deve ser um flash de um sonho, uma deusa vinda de algum reino distante. — Você está me ouvido?
— Desculpe, eu não irei tocar em você, a não ser que me peça. — Olho seu rosto o gravando na minha memória, percebo que ela analisa meu rosto. — Qual o seu nome?
— Phoebe! Meu deus Phoebe o que aconteceu? Eu vi na hora que o carro te acertou, você está bem minha filha? — Uma senhora que aparenta ser mãe da agora identificada Phoebe, a arrasta do meio da rua para dentro de um salão de beleza. Fico olhando-a sumir dentro do salão, desligo minha mente de tudo a minha volta, apenas um pensamento me vem à mente.
Eu preciso ter aquela garota.
Volto a realidade quando as buzinas começam a tocar insistentemente, volto para o carro e sigo até o Vip's. Minha mente voa direto para aquele olhar voraz da deusa que caiu na minha do céu bem na minha frente. Eu precisava saber quem afinal era Phoebe.
Em transe, essa é a única maneira de descrever como eu me sinto. Meu devaneio e moreno, alto e com profundos e intensos olhos azuis. Quando o carro me jogou no chão eu não esperava que o próprio Apolo desceria do carro para me ajudar, ele usava um terno preto que destacava sua pele levemente bronzeada, junto com a camisa branca e a gravata em um tom escuro de azul, seus olhos pareciam safiras brilhantes. Aquele homem definitivamente me faria molhar a calcinha com apenas uma piscada. — Boa noite senhor, gostaria do que para beber?— Assim me recebe o barman — Um cosmopolita por favor.— Falo parando no balcão, sei que a deusa de olhos cinza vira atrás de mim, agora sei o nome dela, Phoebe, PhoebeGrestone. Se ela soubesse que esteve nos meus sonhos. — Aqui senhor.— O barman me entrega a bebida no momento que ela chega ao bar, parando a duas pessoas de mim. Sorrio e chamo o barman. Capítulo quatro: Spencer Cunning
—SenhorGrestone, como posso ajudá-lo?— Pergunto encarando ChristopherGrestoneque me lança um olhar intimidador. — Poderia começar me explicando o que quer com a minha filha.— Responde impassível. — Receio que isso não seja da sua contaGrestone.— Christopher arqueia as sobrancelhas e me olhar desafiadoramente. — Como é? —Bem-vinda a minha casa.— Spencer abre a porta de um luxuoso apartamento para eu entrar, o interior do apartamento é bem decorado em tons de preto, verde, azul e cinza. Reparo nos móveis estilo vitoriano, tudo remete a um bom gosto, Spencer me guia até a sala de estar, um espaço aberto com um grande sofá de veludo azul marinho, as janelas possuem uma vista incrível da cidade, na parede vejo uma estante com uma televisão de tela plana e vários livros espalhados nos espaços, vejo alguns porta-retratos espalhados na estante que certamente é de mogno, no centro da sala tem uma mesinha de mogno também, onde algumas revistas disputam espaço com livros, jornais e alguns controles remotos. O Ambiente é organizado e bem rustico. — Essa é a sala, e logo aqui é a cozinhaCapítulo Seis: Phoebe Grestone
Quando sai do banheiro, já tinha certeza que Phoebe iria me seguir, não demorou muito para escutar os passos dele atrás de mim no closet do meu quarto, continuei procurando algo para vestir enquanto ela se manteve em silêncio, podia ouvir sua respiração entrecortada e já podia imaginar a cara de poucos amigos que ela exibia. Calmamente escolhi uma cueca box azul e uma camisa branca, me vestir sem olhar para Phoebe, certamente ela ainda estaria nua e molhada, ia ser difícil me controlar nessa situação. Já havia sido difícil resistir a Phoebe no banho, imagina com ela pelada na minha frente. Quando me virei vi Phoebe parada na porta com as mãos ne cintura me olhando com um misto de ódio e desejo, os seios de Phoebe eram perfeitos, duros e empinados com mamilos rosados, desci
Quando acordei tinha consciente que já passava das uma da tarde, o cheiro de Spencer ainda estava no meu corpo e nos lençóis, me mexi na cama levando minhas mãos até o lugar vazio onde Spencer estava, olhei para o lado saindo da nuvem de sono que ainda me envolvia, e vi que Spencer não estava ali, me sentei na cama e olhei em volta, o quarto estava vazio, olhei para porta que levava ao banheiro e vi que ela estava aberta, relutantemente me levanto e caminho ainda nua até lá, mas vejo que Spencer não está lá, do mesmo jeito resolvo tomar um banho. Entro no banho e paro em frente ao balcão da pia, mas não gosto nada da imagem que vejo refletida no espelho. Olho para horrorizada para as marcas espalhadas pelo meu corpo, meus seios e pescoço estão cheios de marcas vermelhas de
Minha mãe está elegante como sempre em sua saia lápis preto com babados na barra, uma blusa de seda pérola e seu saltos 15 pretos provavelmente Chanel. Aperto a mão de Spencer que fica tenso no momento que vê minha mãe. — O que sua mãe está fazendo aqui? — Spencer me pergunta entre dentes. — Eu também gostaria de sabe.— Falo caminhando até ela.— Mãe, aconteceu alguma coisa?
—Pai? O que o senhor está fazendo aqui?— Pergunto me colocando de forma protetora na frente de Phoebe. — Eu que pergunto, o que você pensa que está fazendo Spencer?— Vejo o maxilar do meu pai se cerrar.— Spencer essa garota vai embora agora, e para o seu bem vocês não vão mais se ver. — Não!— Eu e Phoebe falamos juntos. — Isso está totalmente fora de cogitação.— Falo e