— Senhor Grestone, como posso ajudá-lo? — Pergunto encarando Christopher Grestone que me lança um olhar intimidador.
— Poderia começar me explicando o que quer com a minha filha. — Responde impassível.
— Receio que isso não seja da sua conta Grestone. — Christopher arqueia as sobrancelhas e me olhar desafiadoramente.
— Como é?
— Não sou obrigado a prestar contas ao senhor, muito menos sobre a minha vida pessoal, agora se puder me dar licença. — Falo passando por ele, mas logo sou detido.
— Eu não terminei de falar com você Cunning.
— Perdão senhor Grestone, eu não tenho mais nada para falar com o senhor. — Falo o encarando. — Agora tire suas mãos de mim.
Com movimentos rápidos, Christopher Grestone me pressiona contra a parede perdendo meu pescoço com o antebraço.
— Quando eu disser que ainda não acabei de falar, não vire as costas para mim. — Fala apertando meu pescoço. — Fique longe da minha filha Cunning, para o seu bem. — Sorrio em desafio e o empurrando para longe falo.
— O senhor pode ter certeza que eu vou encostar nela de todas as formas que eu conseguir. — Vejo ele cerrando o punho. — Uma coisa que você pode ter certeza, hoje a sua filha vai dormir na minha cama. — O soco me atingiu bem no queixo, sentir uma dor se espalhar. No extinto me desviei do outro soco que ele deferiu e o acertei com um no abdômen, me esquivei de outro e fui atingindo em cheio pelo outro. Com movimento rápidos, deferi uma série de socos que o fizeram tontear, mas ele balança a cabeça e volta a o ataque me acertando diversas vezes seguidas, avanço e o derrubo no chão começo a soca-lo, mas logo ele inverte e começa a me dar socos no rosto. Me defendo com os braços absorvendo os golpes.
— Que merda é essa? — Ouso a voz do meu pai. — Sai de cima do meu filho seu bastardo. — Meu pai acerta um soco bem no queixo do Grestone, que cai para trás.
— Levanta Spencer. — Meu pai me ajuda a levantar no mesmo tempo que Christopher Grestone levanta. — Quem você pensa que para encostar no meu filho Grestone?
— O seu filho está dando em cima da minha filha, eu quero ele longe dela entendeu? — Branda Grestone.
— Você acha que isso dá direito de encostar um dedo podre no meu filho? — Grita meu pai. — Sua filha e meu filho são adultos o bastante para saberem o que fazem, nem você e nem eu devemos nos meter nisso Grestone.
— Eu nunca vou permitir que um merdinha como o seu filho chegue perto da minha filha entendeu?
— Se você encostar no meu filho novamente, eu juro por deus que eu mato você. — Ouso o som de saltos batendo no chão e me viro para ver quem se aproxima, vejo Phoebe que para na hora e me encara assustada. Caminho até ela me afastando dos nossos pais.
— Meu deus Spencer, você está sangrando, que fez isso? — Pergunta Phoebe preocupada.
— Seu pai, ele mandou eu me afastar de você.
— Ele te bateu por causa disso?
— Sim. — Falo sentindo uma fisgada de dor quando Phoebe passa um lenço no corte no meu rosto. — Quantos lenços você tem nessa bolsa em?
— Alguns, mas para de falar, você tem que levar uns pontos nesse corte. — Phoebe pressiona o lenço sobre o corte e pede para eu segurar ele no lugar, faço o que ela pede e ela me puxa em direção a saída. Somos recebidos por milhares de flashes, sem dúvidas a manchetes dos jornais vai ser a especulação sobre o que aconteceu com o herdeiro das indústrias Cunning. Phoebe se afasta por um instante de mim e volta.
— Pedi o seu carro tudo bem? — Pergunta olhando para o meu rosto.
— Sim, você poderia dirigir?
— Claro. — Assim que Phoebe responde, o manobrista chega com o meu carro, eu entro no banco de caronas e Phoebe vai para o do motorista. — Você é a única pessoa que eu conheço que dirige um Bentley.
— Meu pai que me deu esse carro. — Falo com um sorriso. — Eu gosto dele.
— Nada contra meu pai me deu um Audi A3 vermelho quando fiz 21 anos.
— É um bom carro. — Falo analisando seu rosto. — Ele é um carro bem seguro.
— Eu odeio aquele carro. — Fala Phoebe olhando a rua a frente. — Eu odeio aquele maldito carro, eu odeio meu pai.
— Você não odeia o seu pai. — Percebo que os olhos de Phoebe se enchem de água. — Se você não gosta do carro é só falar.
— Spencer você não entende, meu pai é controlador demais, isso que ele fez com você é horrível. — Phoebe respira profundamente e mantem o olhar sobre a rua. — Eu queria fugir de tudo, as vezes me sinto em uma redoma, como se eu não tivesse escolha.
— Todos temos escolhas Phoe, se quiser, eu quebro essa redoma e torno você livre.
— Eu nunca vou ser livre Spencer, meu pai e meu irmão sempre vão me manter presa, todo mundo tem medo deles. — Phoebe faz uma curva e entra na emergência de algum hospital, eu toco sua mão e ela olha para mim com olhos ternos.
— Eu não tenho medo deles Phoebe, me deixa te livrar disso. — Me aproximo de Phoebe e ela sorri.
— Antes de me salva, você deve se salvar primeiro, vamos você ainda está sangrando. — Phoebe tira a chave da ignição e desce do carro fechando a porta, faço o mesmo e saio do carro, caminhamos até a recepção ao lado de Phoebe que segura minha mão, por um instante tenho certeza que Phoebe não quer me dar forças, mas recebe-las, aperto sua frágil mão e lhe dou a força que ela precisa.
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Depois de levar cinco pontos e tomar quase dois litros de soro, eu e Phoebe saímos da emergência morrendo de ri.
— Você viu como a enfermeira estava te olhando? — Phoebe fala sorrindo.
— Eu achei que ela ia me atacar a qualquer momento.
— Quando ela perguntou se você era casado e eu disse que era a sua esposa eu achei que ela ia me matar. — Phoebe abre a porta do motorista e pega sua bolsa.
— Você pensa que vai para onde?
— Pegar um táxi para ir para casa. — Phoebe fala um pouco surpresa. — Por que?
— Fica essa noite comigo, juro que não vou fazer nada, a não ser que você queira. — Falo com um sorriso de canto, Phoebe me olha e parece pensar, de repente o toque de um celular quebra o breve silêncio, Phoebe o tira de dentro da bolsa e olha para tela, ela joga o telefone no chão e o quebra com o salto do sapato, olha para mim e sorri, o que parece um sorriso verdadeiro.
— Vamos Spencer Cunning, hoje à noite é nossa. — Phoebe corre até o carro e entra no lado do passageiro, me sento no banco do motorista e vou em direção ao meu apartamento. Como Phoebe falou, hoje à noite é nossa e nem Christopher Grestone ou Gregory Cunning vai acabar com ela. Quando meu celular vibra no meu bolso eu nem olho para tela, abro a janela do carro e o taco na rua, olho para Phoebe e vejo o sorriso encantador que ela me oferece. Hoje à noite é apenas nossa e ela acaba de começar.
—Bem-vinda a minha casa.— Spencer abre a porta de um luxuoso apartamento para eu entrar, o interior do apartamento é bem decorado em tons de preto, verde, azul e cinza. Reparo nos móveis estilo vitoriano, tudo remete a um bom gosto, Spencer me guia até a sala de estar, um espaço aberto com um grande sofá de veludo azul marinho, as janelas possuem uma vista incrível da cidade, na parede vejo uma estante com uma televisão de tela plana e vários livros espalhados nos espaços, vejo alguns porta-retratos espalhados na estante que certamente é de mogno, no centro da sala tem uma mesinha de mogno também, onde algumas revistas disputam espaço com livros, jornais e alguns controles remotos. O Ambiente é organizado e bem rustico. — Essa é a sala, e logo aqui é a cozinha
Quando sai do banheiro, já tinha certeza que Phoebe iria me seguir, não demorou muito para escutar os passos dele atrás de mim no closet do meu quarto, continuei procurando algo para vestir enquanto ela se manteve em silêncio, podia ouvir sua respiração entrecortada e já podia imaginar a cara de poucos amigos que ela exibia. Calmamente escolhi uma cueca box azul e uma camisa branca, me vestir sem olhar para Phoebe, certamente ela ainda estaria nua e molhada, ia ser difícil me controlar nessa situação. Já havia sido difícil resistir a Phoebe no banho, imagina com ela pelada na minha frente. Quando me virei vi Phoebe parada na porta com as mãos ne cintura me olhando com um misto de ódio e desejo, os seios de Phoebe eram perfeitos, duros e empinados com mamilos rosados, desci
Quando acordei tinha consciente que já passava das uma da tarde, o cheiro de Spencer ainda estava no meu corpo e nos lençóis, me mexi na cama levando minhas mãos até o lugar vazio onde Spencer estava, olhei para o lado saindo da nuvem de sono que ainda me envolvia, e vi que Spencer não estava ali, me sentei na cama e olhei em volta, o quarto estava vazio, olhei para porta que levava ao banheiro e vi que ela estava aberta, relutantemente me levanto e caminho ainda nua até lá, mas vejo que Spencer não está lá, do mesmo jeito resolvo tomar um banho. Entro no banho e paro em frente ao balcão da pia, mas não gosto nada da imagem que vejo refletida no espelho. Olho para horrorizada para as marcas espalhadas pelo meu corpo, meus seios e pescoço estão cheios de marcas vermelhas de
Minha mãe está elegante como sempre em sua saia lápis preto com babados na barra, uma blusa de seda pérola e seu saltos 15 pretos provavelmente Chanel. Aperto a mão de Spencer que fica tenso no momento que vê minha mãe. — O que sua mãe está fazendo aqui? — Spencer me pergunta entre dentes. — Eu também gostaria de sabe.— Falo caminhando até ela.— Mãe, aconteceu alguma coisa?
—Pai? O que o senhor está fazendo aqui?— Pergunto me colocando de forma protetora na frente de Phoebe. — Eu que pergunto, o que você pensa que está fazendo Spencer?— Vejo o maxilar do meu pai se cerrar.— Spencer essa garota vai embora agora, e para o seu bem vocês não vão mais se ver. — Não!— Eu e Phoebe falamos juntos. — Isso está totalmente fora de cogitação.— Falo e
—Eu te amo.— Três palavras sussurradas no escuro, as três palavras que roubaram o meu coração de uma vez. Spencer ainda dormia ao meu lado como um anjo e eu apenas fiquei ali, parada pensando na noite anterior, no momento que Spencer falou aquelas palavras, eu quis abrir os olhos e disser que também o amava, mas era cedo demais, aquilo poderia não ser amor, não até ele saber sobre tudo. Depois de um tempo olhando para o teto, resolvi me levantar e fazer alguma coisa para o café da manhã, eram sete da manhã de domingo e eu estava praticamente nua, então abrir o armário de Spencer e peguei uma camiseta azul e a coloquei. Sai do quarto na ponta dos pés para não acordar Spencer, deixei a porta aberta e fui até a cozinha. Logo estava fazendo panquecas com bacon e
O sol de verão entra pela janela e bate em meu rosto, tento me mexer mais os braços deJaceainda me envolvem, me alinho aos braços fortes dele quando ele se mexe. — Bom dia minha Mel.— Diz com a voz ainda roca de sono. Me viro para ele e estendo minha mão para acariciar seu rosto. — Bom dia meu bombom.— BeijoJacesem me importar que esteja com mal hálito.Jaceé meu namorado a cinco anos e finalmente resolvemos nos casar. Ele é o homem da minha vida. Capítulo Treze: SpencerCunning. Gêmeos, eu vou ser pai de gêmeos. Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar que um do teria dois filhos de uma vez, ainda mais com Phoebe. — Isso é um milagre.— Murmura Melody.— O senhor tem certeza doutor? <Capítulo Treze: Spencer Cunning