01 de Abril de 2006
Os azuis a fitaram andar de um lado para o outro da piscina do hotel por trás das lentes escuras dos óculos, recolhendo os copos sobre as mesinhas. Lançou um olhar furtivo para os lados, assegurando-se que estavam quase sozinhos, a não ser por um casal de jovens dentro d'água, que se dedicavam a coisas mais promissoras que uma fofoca. Sorriu de canto, sorvendo o resto do martini e se ergueu, jogando a toalha branca sobre o ombro esquerdo. Tinha planos.
Ela continuou dando a volta na piscina, alcançando a entrada da cozinh
03 de abril de 2006O celular tocou insistente, o azul vagou pela tela de cristal líquido onde um número privado piscava incontido. Não decidira se abria ou não o flip. – Heilel – disse ao atender.– Monsieur Heilel – a voz soou sibilante no outro lado da linha.– Tecnicamente, se você discou para este n&uacu
11 de abril de 2006– Quero que conheça um lugar... – ele disse sem fitá-la, à mesa do café. – Eu? – sugeriu surpresa.– Sim, Le Havre. – Ele não precisou olhá-la para saber que sua expressão mudara. Esperava por isso. – Já ouviu falar?– Um pouco – respondeu baixo. Onde ele queria chegar com isso? Era o lugar que estivera com Miguel, mas er
20 de abril de 2006 – Por que me chamou aqui?Seus olhos relampejaram nos pretos.– Explique-me... – O moreno insistiu calmamente, sem desviar o olhar. – Tem algo a me dizer?Ele se sentou pacientemente na frente de Lilith, que trajava um terno preto casual, camisa branca dobrada nos punhos e lhe sorria com um copo de líquido vermelho na mão.– O que quer
29 de abril de 2006– Hisako-sama! – o moreno saudou-o, prestando-lhe uma curta reverência. – É uma honra conhecê-lo. – O prazer é meu – devolveu num sorriso mal disfarçado, o homem de cabelos levemente platinados. – Talvez deseje algo para beber... – Manteve um sorriso contornando-lhe os lábios. – Chá, vinho, whisky... Quem sabe um martini? Pretos brilh
13 de maio de 2006– Isso está estranho. – Ela tentou inutilmente fechar os botões do vestido salmão às suas costas, e descasou-os. Bufou e lançou uma careta para seu reflexo no espelho. – O que faria agora? – Suspirou desanimada. Havia espantado as duas mulheres que a ajudavam, porque elas simplesmente reclamavam que era impossível fazer um penteado decente naquele cabelo curto. Quem pediu ajuda para elas? Sentou-se na beira da cama emburrada. Tinha que fechar aquilo de alguma forma, mas faltavam menos de quinze minutos para o h
14 de maio de 2006– Bonjour – deixou no ar, vendo-a estreitar os olhos e colocar a palma da mão entre eles e a réstia de luz que invadia a suíte.– Que horas são?– Quase onze. – O louro sorriu-lhe com o jornal aberto. – Sabe falar o idioma japonês? – Ela se ergue
18 de maio de 2006– E então? – ele perguntou da porta, o ombro apoiado contra o beiral. Os braços cruzados sobre o peito e os cabelos pretos formando uma cortina lisa e perfeita, que dava aos seus traços uma beleza quase etérea. Os chocolates dela se abriram parcialmente e ele entrou no quarto, completando: – Dormiu bem?Ela desviou o olhar do dele, tentando se esconder atrás do lençol.– Mais do que deveria, eu acho...–
24 de maio de 2006– O que ainda quer de mim? – ele resfolegou, fitando o vai e vem dela do toillet.Os olhos semicerrados, a respiração num sopro abafado. Ela apenas balançou o exame á altura de seus olhos, entre lençóis de seda rubros. O sorriso no rosto dela, a careta, no dele.– Reze, anjinho... – Sorriu-lhe maliciosa. – Para que o teste dê positivo.– Último capítulo