— O que significa isso, Lila? — falou entredentes. — H-Haidar… — gaguejou sem se mover, piorando a situação dela.Haidar não estava acreditando em seus olhos ou que aquilo estivesse acontecendo. Mas tudo apontava para a verdade, seus pensamentos acelerados estavam certos, Lila tinha roupas que mostravam muito e escondia pouco, não era um pijama para dormir, além do quarto não ser seu. Se Samir havia saído daquela forma, era sinal de que ela não havia acendido nenhuma luz, ou seja, o acordou da forma errada.Colocou as mãos sobre a cabeça deu as costas para a irmã, sentia que explodiria a qualquer instante, agarrou os cabelos entre os dedos, ainda de costas. — Me diga qual era seu plano! — pediu se contendo para não soar ameaçadoramente. — Eu não achei que daria errado. — A resposta correta não existia. — Lila. Não me diga que estou pensando certo! — se voltou para ela, tirando as mão dos cabelos bagunçados para juntá-la em forma de pedido.Lila tinha o busto subindo e descendo de m
No dia seguinte, Haidar acordou cedo, depois de um banho, se vestiu apropriadamente para voltar para casa depois do café da manhã. Com o acontecimento da noite anterior, o príncipe decidiu que precisava dar um tempo à família, a Lila e a si mesmo, mas não antes de comunicar Khalil sobre o ocorrido.Assim que chegou à mesa, percebeu que todos os olhos se voltaram para ele, menos os de Lila e Samir, pois o tio não estava presente. — Luz da manhã a todos! — pediu benção a avó sentada na ponta da mesa.Todos o cumprimentarão. Haidar alertou a irmã com um olhar certeiro. — Sabe onde Samir está? — Aisha perguntou um preocupada. — Imagino que na casa dele, minha mãe. — não era grosseria por causa do tom usado. — Em que momento ele saiu de casa? Não vi. — Haidar olhou de soslaio para Lila. — O tio Samir não vai voltar para esta casa. Ele avisou hoje bem cedo, na verdade. — as palavras de Haidar deixaram Lila preocupada. — Por quê não? — Khalil perguntou ao filho. — É disso que preciso f
— Lila estará agora sob sua responsabilidade, não inteiramente, mas grande parte sim. — Ravi ficou confuso, no entanto, tentou a todo custo não demonstrar muito.O jovem de cabelos pretos, bem aparados, sempre com o penteado formal, olhos avelãs, sobrancelhas grossas, nariz semelhante ao do pai, assim como o formato do rosto, meio fino, mas os lábios mais grossos eram de Samia. Ravi significava “o sol”, por isso era muitas vezes, alguém com o jeito galanteador e encrenqueiro, mesmo sendo bastante responsável.Era alto como os pai, tendo quase um metro e oitenta, a altura de Samuel, ele ainda iria se desenvolver mais e talvez chegasse a acompanhar Haidar, com mais de um e oitenta e três. — Samuel, será que você aceita esse compromisso? — Samuel estava surpreso. — Meu amo, se esse é seu desejo… — Khalil o fitou como um aviso compreendido somente por ele. — Não poderia me sentir mais honrado, mas o soberano tem certeza que essa união está no tempo correto? — era uma pergunta sensata, d
— Jogando a culpa em outra pessoa, a qual não vemos mais a muito tempo… — ressaltou sua infantilidade.Khalil sabia bem da ausência de Zahraa mesmo depois de ter sido escolhida por Haidar para ser noiva dele, ela não a encorajaria a seguir com aquilo, caso Lila tivesse se aberto para ela e alguns dos poucos momentos que se viam em alguma parte da cidade.Lila reconheceu o que lhe foi apontado. Como a resposta dela foi o silêncio e a hesitação, o sheik continuou. — Você pensou em tudo mesmo? Em quantos anos ele se dedicou a trabalhar muito, para esperar você crescer? Tem certeza que foi isso que ele pensou? — não obteve resposta dela. — Quantos anos ele a conhece? — seu olhar desviou da filha para a mãe, dando-lhe um momento para falar. — A vida toda. Ele a pegou nos braços depois que nasceu. — Aisha respondeu a pergunta do marido olhando para a filha, essa passou para ela um olhar desconcertado e emocionado. — Ele a vê como o segundo pai. Ele a ama, sim, mas de um modo diferente de
Ravi deu as costas para Lila, sem se despedir desceu as escadas. A jovem ficou para trás, apenas assistindo o irmão de sua melhor amiga e agora prometido se afastar dela.Lila baixou os cantos das sobrancelhas, fazendo cara de choro. Aquele era o momento em que o irmão ou tio a amparava. Os olhos dela os procuraram, mas, como uma bomba, ela se lembrou de que os afastou da vida dela. Lila desceu as escadas lentamente, o coração destroçado, precisava se distrair. Quando percebeu já estava na mesa, onde havia alguns bolinhos de tâmaras, tomou o suco que encontrou garganta abaixo sem nenhuma elegância, sem se dar ao trabalho de sentar à mesa. Fingia ter algo forte dentro do copo. Após tomar o suco, colocou os dois bolinhos do tamanho de um salgado mediano na boca, ficando com as bochechas inchadas, sem conseguir mover muito o maxilar ou mandíbula. — Tome cuidado com isso. — ouviu a voz de sua avó, quase engasga. Apenas os olhos esbugalhados denunciaram sua falta de atenção por não perce
Pensando em executar o plano de desligar a luz do cômodo, ela olhou nos olhos de Haidar novamente, acreditou que ele não tinha notado nada, os dedos deslizaram silenciosamente até o objeto na parede, enquanto ambos mantinham o contato visual. — Não posso. — ela disse depois que apertou o interruptor, tudo ficou um breu, agradecia por ainda ter um objeto daqueles em lugar tão moderno.Haidar tentou segurá-la quando ela deslizou por baixo, ele conseguiu agarrar algo frágil, ouvindo o som óbvio de pano rasgando. — Oh! Não! — ouvi-a dizer, se virou para o lado, ficando de costas para a porta, deslizou seus dedos pelo tecido que havia rompido em sua mão, entendeu pela textura leve, ser o lenço que cobria o rosto dela. — Devo pedir desculpas? — a voz dele soou sorridente, enquanto Zahraa se chateou, queria agora mesmo sair dali, por isso caminhou na direção que acreditava ser a porta. — Ainda pergunta? — deu de cara com um muro. As mãos tateiam ali, o rosto esquentou quando sentiu a part
— Preciso. — foi sincera, ele poderia não entender agora, mas recordaria no futuro, então as palavras fariam sentido. — Está bem. — hesitou em tirar as mãos do corpo dela. Pensou em prendê-la para si.Zahraa sentiu a relutância dele, o espaço entre eles se fez presente, mas a voz dele continuava perto. — Quero beijá-la novamente. — confessou por mais vezes. — O momento talvez, não existe mais. — disse ela, procurando a maçaneta da porta do outro lado do corpo. — Existirá! — assegurou com convicção. Haidar não deixaria de procurá-la, ainda mais depois de comprovar que a atração sentida por ela não era somente quando a via no palco, era ainda mais forte depois do primeiro beijo. — Espera! — A mão dele pousou sobre aquela que estava na maçaneta. Os dedos dele apertaram com cuidado os dela, passando o calor da sua pele a dela. — Precisa encontrar seu lenço. — Zahraa gostou da preocupação dele. — Sim, mas… — ele a interrompeu gentilmente. Virando-a de modo que ficasse de frente para
“Não devo me precipitar apenas porque há histórias sobre estar chovendo no deserto.” olhou para cima, sem realmente observar a estrutura de concreto. “Seria o momento de abrir as portas?” Um sorriso deslizou pelos lábios dele, retirou as mãos dos bolsos, colocando uma no capô do carro atrás dele e outra no queixo, a quase barba ressurgindo perto dos lábios deixou a aparência dele mais jovem e consequentemente, mais belo. — Preso a sua própria fantasia? — ouviu alguém que conhecia bem, perguntar.O sorriso que tinha no rosto, somente cresceu, mirou os olhos da mulher loira se aproximando. — Não diria preso. — diz ele. Margaret previa desde o início os planos de Omar, por isso o observava desde então. — E o que considera? — indagou sem perder a compostura, parando a frente dele. — Libertação dos sonhos. — o sorriso dele só a incomodou ainda mais. — O que pretende fazer? — inquiriu ela. — Peço desculpas, mas não tem haver com a senhora. — Foi um tanto frio. O sorriso finalmente s