Tia Stella ficou em silêncio por todo o caminho até nossa casa, percebi que ela estava nervosa, mas eu não sabia o que falar além de perguntar o por que ela tinha saído da igreja daquele modo e me levado consigo. Quando eu perguntei ela me mandou calar a boca, então resolvi fazer isso antes que minha tia me empurrasse para fora do carro em movimento.
Tive medo da reação dela, confesso. Aquela foi a primeira vez que eu vi minha tia daquele jeito. Quase descontrolada, mas sã o suficiente para chegar em casa sem bater em um poste.
- Preciso que faça algo pra mim, Megan - disse ela quando eu estava prestes a sair do carro. Fiquei feliz de ela estar falando comigo em seu tom normal.
- Pode falar.
- Eu quero que entre na casa, vá até o seu quarto e pegue suas coisas. Dinheiro, documentos, algumas roupas, fotos, se quiser, mas seja rápida - disse ela saindo do carro e batendo a porta. Segui ela até a porta da casa com o cenho franzido, sem entender nada do q
Entrei no carro e dei a partida. Saí com o carro da garagem sem problemas e comecei o caminho até o cemitério. O percurso durou apenas quinze minutos e tive que esperar Mason por mais oito minutos. Fiquei andando de um lado para o outro do lado do carro até ele chegar, cada minuto pareceram horas de espera. Eu temia que minha tia chegasse mais cedo do que o previsto e pegasse a casa vazia, sem minhas coisas no armário. Ela com certeza surtaria e viria atrás de mim. Mas ela não sabia onde eu estava, ou seja, ela iria até a casa da Sarah para ver se ela sabia onde eu estava. Ela iria atrás de mim por que não poderia me deixar pra trás. A fuga repentina da cidade era por minha causa. Por que alguém queria me tirar dela. Por alguma razão, Mason e a família dele estavam no meio dessa história. Minha tia conhecia ele e a mãe dele. Finalmente o carro de Mason apareceu no estacionamento do cemitério. Ele parou o carro do lado do meu e quando saiu do carro, veio para
Mason falou tão sério, sem desviar os olhos nem aparentar nervosismo, que eu não tinha outra opção a não ser acreditar nele e absorver todas as informações. Mas nada parecia certo. Minha mãe nunca me contara que tinha uma irmã. Adotiva ou não. Se isso era mesmo verdade, minha mãe tinha escondido isso de mim e da minha irmã. Esse tipo de coisa não se faz. Você não pode simplesmente esconder sua família, suas origens.- Por que ela nunca me disse que tinha uma irmã?- Acredite, Mary tinha seus motivos para fazer isso. Ela tinha que proteger você e sua irmã. Ainda tem muitas coisas que você não sabe, mas não cabe a mim contar. Se quiser eu posso te falar o que você quiser, responder as suas perguntas, se as respostas estiverem no meu alcance, claro.Em minha cabeça eu comecei a montar o quebra cab
“Finalmente, Megan sabe a verdade. Eu não queria ter contado a ela, era para a minha mãe ter feito isso. Tenho certeza de que ela vai brigar comigo quando souber, e eu não posso esconder dela que já contei para Megan, só a metade de toda a história, mas ainda assim, muita coisa. Megan ainda deve estar processando tudo o que eu contei a ela. Deve ser difícil para ela estar no meio disso tudo. No momento, Megan é como o centro do universo, e tudo está girando em torno dela agora.” Mason começou a subir a rua que levava a casa dos seus avós. Seus pensamentos iam e vinham. Ele estava preocupado com Megan, ela reagira tão bem à tudo o que ele contou que nem parecia que estava ouvindo. “Megan é uma garota forte, determinada, sabe o que quer. Sei que ela vai acabar escolhendo o certo por vontade própria. Minha mãe não é o tipo de pessoa que obriga as outras pessoas a fazerem o que ela quer. Minha mãe acredita no livre arbítrio. E ela nunca iria tirar i
Mason e Jason se entreolharam.- O que aconteceu aqui? - perguntou Jason ao irmão. - Eu estava no jardim atrás da casa quando ouvi os gritos.- Amélia e Miranda estavam brigando novamente. Vovó disse algo que não deveria e a nossa mãe surtou.Jason passou as mãos no rosto.- Você também ouviu os pedidos de socorro?Mason encarou seu irmão.- Achei que tinha sido só eu - comentou ele.- O que foi aquilo? Nunca vi nossa mãe fazer algo assim. Era como se ela estivesse empurrando os pensamentos de Miranda para fora da cabeça dela. Acho que Dominic ouviu também.- Mamãe sempre disse que os poderes dela estavam ficando mais fortes, mas eu não achava que seria tanto assim.- Você viu o rosto dela? - perguntou Jason com a expressão assustada no rosto. - Era como se tivessem colocado um demônio dentro
Depois de sair do cemitério, fui para casa da tia Stella onde eu planejava falar com ela e perguntar se tudo o que eu tinha conversado com Mason (depois de prometer a ela que ficaria longe dele) era verdade. Parte de mim queria que tudo o que eu soube naquela tarde fosse verdade. Eu não entendi o porquê desse sentimento, mas eu o tinha. Acho que por ter perdido toda a minha família, o que eu mais queria no momento era saber que eu não estava sozinha e que eu tinha com quem contar. Mason me fez acreditar nele e eu esperava que ele estivesse dizendo a verdade, pois se estivesse mentindo pra mim, além de ser um bom mentiroso, eu iria me vingar. Quando cheguei em casa, ela ainda estava vazia e não havia sinal de que minha tia tinha voltado enquanto eu estive fora. Meu celular vibrou no meu bolso e eu o peguei. Era uma mensagem de Stella. “Estou na casa da Jocelynn, os documentos ficam prontos daqui a duas horas, não saia de casa.” Mandei apenas um “Okay”
Os dois lados eram rodeados por árvores grandes e horripilantes que, com o ar fresco do fim de tarde, parecia se mover em uma dança lenta. Senti uma estranha sensação de estar sendo vigiada de perto enquanto o portão se fechava atrás de mim. Andei apenas alguns metros para longe do portão e então parei o carro e saí. Pensei que seria melhor que eu continuasse a pé até a casa onde eu esperava encontrar Mason me esperando pacientemente, mas aquela sensação de estar sendo vigiada apenas cresceu enquanto eu andava pela rua de cascalho. Olhei em volta para garantir que não havia ninguém entre as árvores me espionando, mas não consegui ver nada.Cheguei a ouvir sons de passos entre as árvores, mas quando olhei para onde vinha o som, não vi nada. Olhei ao longe e vi a casa branca. Ela não parecia estar abandonada, na verdade a casa parecia estar
Mason ficou me olhando, esperando um comentário ou qualquer reação. Mas a única reação que eu tive foi respirar fundo e processar tudo aquilo. Eu não sabia se acreditava ou não. Tudo estava estranho demais pra mim desde o momento em que eu conhecera Mason Collins, filho de um assassino de crianças. Mason não se parecia com um assassino, ele era... bom, eu acho. Não sabia como defini-lo em uma palavra pois não o conhecia muito bem ainda. Em todo caso, eu não podia confiar nele. Talvez eu acreditasse um pouco nele, mas como eu poderia saber se os homens que estavam do lado de fora da casa eram vampiros mesmo ou se estavam apenas fantasiados por ordem de Mason para me dar um susto? Bom, não tinha como saber qual era a verdade até alguém morder o meu pescoço e me drenar até me matar. Jason desceu as escadas e se juntou a nós no hall da casa com outras duas pessoas. Lembrei de Amélia tê-los chamado de Miranda e Dominic. Pela aparência cansada, a bengala que Dominic usava
Depois de pensar em um plano. Subimos para o primeiro andar novamente. Dominic estava lá nos esperando, Mason me explicara que ele havia sido ferido na semana anterior e ainda estava em recuperação, mas voltaria a andar normalmente em uma semana. Convenci Amélia a me dar uma arma e uma estaca de madeira e ela ainda me deu mais duas facas. Eu não estava tão pronta quanto eles, mas estava motivada. De alguma forma, eu mostraria aos Collins que eu poderia fazer parte da família deles. Miranda foi gentil comigo e me ensinou a segurar uma arma e a atirar, mas com a arma descarregada para garantir a sobrevivência das pessoas à minha volta, disse ela com uma risada. Eu tinha que admitir que estava nervosa e com medo. A cena que se desenrolava a minha volta era bizarra demais para ser verdade. Mesmo assim, ali estava eu, no hall da casa das pessoas que eu acabara de conhecer, prestes a matar um vampiro. A realidade, pela primeira vez, era pior que meus pesadelos. Em meus son