CAPÍTULO 1

"Eu seria complexo, seria descolado

Eles diriam que eu peguei todas antes de achar alguém para me comprometer

E não teria problema nenhum em eu fazer isso

Toda conquista que eu alcançasse faria você me achar ainda mais foda

Eu seria um líder destemido

Eu seria um tipo alfa

Porque se eu fosse um homem, então eu seria o cara

Como é se gabar sobre nadar em dólares e arranjar vadias e modelos?

E está tudo bem se você for mau

E tudo bem se você está com raiva

Se eu estivesse jogando meus dólares, me chamariam de vadia, não de fodão

Se eu fosse um homem, então eu seria o cara" -             The Man, Taylor Swift 

16/01

ARRASTO COM DIFICULDADE as malas para fora do quarto. Quatro malas de rodinhas, as rodas eram para facilitar! Não funciona. Quase não tenho ar quando chego a escada, e todas elas rolam pela escadaria, fazendo um barulho horrível enquanto meus lábios tremem pelo suspiro que dou com as mãos na cintura, vendo a cena.

Tropeço nos meus próprios pés nos últimos degraus e rolo igual as malas no chão. Todo dia isso! Quando estou de pé, a primeira coisa que vejo é meu pai, em seu enorme porte a minha frente com os braços cruzados e uma expressão nada amigável. 

— Onde vai com as malas, Stella? - Mordo os lábios com os olhos fechados, tomando coragem pela milésima vez, para passar pela mesma situação.

— Dessa vez, eu vou! - falo decidida, batendo o pé no chão enquanto ele muda a expressão para a marca registrada de todos os homens Salvatore.

— Não vai sair dessa casa até se casar. Já estávamos conversados sobre isso.

— Pai, tenho vinte um anos e sou uma mulher adulta. Eu vou embora viver sozinha! - Bato o pé no chão.

— Tente sair desta casa, Stella. - Eu encaro a porta, fazendo uma estratégia mental e rápida de passar correndo, desviar dos seguranças e entrar no carro, derrubar o portão e chegar do lado de fora. Vamos, Stella! Confie no seu potencial.

Olhando do meu pai para a porta, me preparo para correr e enquanto o faço, antes que eu chegue perto da porta, meu pai já está me segurando. 

— PAIII...- Me debato.

— Perdeu sua chance.

— O que é isso? - Minha sai da sala, olhando a cena com estranhamento e meu pai me coloca no chão.

— Ela quer ir embora de novo, Thiffany.

— É compreensível, ela já tem vinte dois anos. - pondera.

— Já disse que não, minha filha não vai sair desta casa enquanto não estiver casada.

— Vai deixar ela se casar? - Ela anda até ele, parando em sua frente e o olho no olho.

— Não. - Responde seguro.

— Quero que minha filha seja livre, Vicenzo. 

— Ela é. Não para sair da minha casa.

— Você é impossível. - Minha mãe balança a cabeça em negativo, enquanto eu fico ao lado dela balançando a cabeça em positivo a cada frase. 

—  O que está rolando? - Klaus desce da escada tragando seu cigarro e sua habitual camisa preta, calça skini da mesma cor, e coturnos. 

— Stella quer ir embora. - Minha mãe o conta, o fazendo revirar os olhos e dar meia volta, subindo de novos os degraus.

— Cara, de novo. - Ele revira o olhos, dando um sinal de desistência, subindo as escadas para voltar ao quarto. encaro meus pais em silêncio. Meu pai com os braços e a cara de desaprovação, e minha mãe tentando me dar o melhor olhar compressivo. 

Ela também não quer que eu vá, mas concorda que eu deveria poder viver sozinha, já tenho vinte e dois anos e quero ir embora de casa. Poder transar sem ser escondida! Bufo. 

Sou recebida na sala por Natacha Leone, ela está como sempre muito elegante, bonita e com a postura impecável, eu gostaria muito de andar com as costas tão retas, parece que eu levei mil pauladas na coluna quando ando perto dela. 

— Oi, Stella. - Sorri, vindo até mim me comprimentar com um beijo rápido na bochecha. Ela se tornou amiga da minha mãe, muito amiga, assim como é de minha tia Lizz, e pelo que conta a história, minha mãe tinha ciúme até de tia Death, e com Natacha não era diferente, mas agora se dão melhor do que nunca.

— Oi, vim falar com Gabriel..

— Ele está lá em cima. Vinho? - ergue a taça no ar, e eu nego com a cabeça. Álcool me deixa com tesão, e muito mais eufórica do que eu já sou, e se eu for transar com ele, quero fazer isso quieta. — Pode subir, sinta-se em casa. - sorri e eu Assinto, eu ando até às escadas, as subindo rápido de mais e caindo nos degrais, aí que inferno! E continuo achar que tenho dois pés esquerdos. Feia! Inútil! Burra! 

Esfrego meus joelhos que agora doem, mas não vão me impedir de ficar de joelhos pra chupar ele...

— Caiu da escada. - Ele constata assim que abre as portas pra mim, me olhando dos pés a cabeça, e demorou demais no meus joelhos. Eles são lindos, eu sei! 

— Doeu. - Resmungo.

Antes que eu consiga pensar, o que pode ser até demorado... minha mão seja puxada para dentro e a porta fechada. 

— Quero matar as saudades!- Pulo como dele de uma vez, e na mesma hora ele me segura. Ainda bem! O nosso beijo começa como sempre, rápido e empolgado, tem um encaixe perfeito, e eu já beijei muitas pessoas e sei como isso é bem raro.

— A gente se viu no começo da semana. - ri, me levando até a cama e eu Balanço a cabeça rapidamente. Aí, não dê desculpas, só me fode!

[...]

Com muita dificuldade, eu consigo fechar o último botão da minha camisa. Por que eles tem que ser sempre tão pequenos?!

— Estranho você estar aqui. - comenta, deitado na cama e tragando um cigarro de sabor, Klaus sempre diz que isso é coisa de fracote. Foda-se, é muito sexy.

— Por que?

— Essa é a época que você vai para Florença, as vezes com seu irmão ou atrás dela. - solta a fumaça pela boca e nariz. 

— Não sei se vou esse ano.

— E perder a oportunidade de brigar com o Bennaci? - ri nasalmente.

— Eu não gosto de brigar com ele... é inevitável mas eu sempre tento evitar... - ergo o dedo, mas ele o Abaixa, já estando levantado em frente a mim.

— Você gosta. E parece que é sempre um jeito de estar perto dele mesmo que pra brigar, você não evita tanto assim. - suas mãos envolvem minha cintura mas não me puxam para perto, o olho como se ele fosse o cara mais louco do mundo, e acho que é. 

Esse cigarro deve ter crack.

—Não! - Exclamo. Ele franze o rosto muito rápido e desfaz, descrente do que eu digo.

— Eu vou indo. - Meus lábios tocam rapidamente os dele em um beijo estalado, é um ritual, assim como nossas transas.

— Boa sorte. - abre a porta e fica apoiado nela para me dar passagem, o encaro por um segundo, ele é mais alto do que eu então tenho que erguer o queixo.

— Com o quê?

— Todo mundo sempre precisa de sorte.. Dá de ombros.

Eu dou um último sorriso antes de sair pelo corredor.

Eu gosto de vir aqui, de ver Gabriel como amigo e como amante. É um dos caras mais legais que eu conheço, e desde criança nos damos muito bem, muito diferente do Lorenzo sapo...por que eu estou pensando nele?! Eu e Gabriel combinamos de quê, se não nos apaixonarmos por ninguém, vamos nos casar. Seria um casamento muito bom para as duas partes, teríamos ménages, orgias, sexo incrível e acho que seríamos bem felizes. Já que o casamento na máfia é sempre uma obrigação, dessa vez eu fui inteligente e já resolvi o meu antecipadamente, assim não me casaria chorando.

— Tchau, Natacha.

— Até mais, Stella. - Ela acena.

Isso é semanal.

01/02

Abro a Caixa azul de madeira, jogando todas as camisinhas que tem dentro dela em cima da cama. Morango, maracujá, limão, eu não sabia que tinha florescentes também! Divertido, ah, uma de chocolate...

Levo um susto quando a porta é aberta e jogo meu corpo em cima da pilha de camisinha para esconde-las.

— Sou eu. - Klaus, revira os olhos para mim. Levo a mão ao peito de alívio, se fosse meu pai eu estava ferrada mas ele nunca entra sem bater. Enxerido, cerro os olhos para Klaus. — Não precisa esconder seu estoque...- ele inclina o corpo para o lado, para ver o monte.

— O que quer aqui?! - Fecho a cara.

— Vim avisar que estou caindo fora.

— Vai aonde, Klaus?

— Florença, vou para casa dos meus padrinhos, ver a Suzana e me livrar do nosso pai por um tempo.

— Brigaram de novo? - É sempre assim, meu pai cobra demais de Klaus, que ele seja responsável, atencioso e prudente para ser um bom capô, mas Klaus simplesmente não se interessa por isso. Ele vai nas missões que nos dão, e gosta, mas não quer ser detentor do poder absoluto da cossa nostra.

— Pergunta pra ele. - Anda até minha cama, empurrando meu corpo para o lado e pegando algumas das camisinhas. — Vou precisar disso.

— Não mais que eu. - Pego de sua mão.

— Você já tem muitas.  - puxa de volta.

— Porque eu preciso de muitas. - O faço novamente.

— Não precisa ficar jogando na minha cara o quanto você transa, eu já sei que minha irmã é uma vadia. 

— Só está com inveja porque transo mais que você e com mais gente do que você já transou a vida inteira.

— Você já transou com mais gente do que qualquer pessoa. - Seu celular é pescado do bolso, apontando a câmera do mesmo para as camisinhas, ele tira uma foto. — Vou levar essas, se tentar impedir ou contar para o pai que estou vazando, vou m****r a foto pra ele.

Bufo com força, fazendo meus lábios tremerem! 

— Quando vai voltar?

— Não sei, quando ele relaxar a ideia de tomar todo meu tempo para me explicar as obrigações de um Don e me m****r fazer trabalhos idiotas.

— Tá, mas eu não sei de nada! Você simplesmente sumiu sem avisar.

— Fechado. - Deixa um beijo em minha bochecha, indo para a porta e saindo do meu quarto.

— Essa noite vou levar a de chocolate - seguro o plástico laminado da camisinha e sorrio. 

Eu acho que sou ninfomaníaca, não é uma certeza, mas tudo indica que sim e bem, não é um defeito. E aos olhos da minha família, mais específicamente, meu pai, eu sou virgem...

Minha mãe sabe da minha vida sexual, que ela existe, não o quão profona promíscua é, ela não precisa saber de tudo. Mas Vicenzo Salvatore, não sabe de nada. Eu amo meu pai, e amo a imagem de doce e inocente que ele tem de mim e não vou quebrar isso, ninguém vai, ninguém tem coragem de fazer. Na verdade, o Klaus tem e quando ele descobriu " a vadia que sou" o papel de irmão possessivo já não coube mais a ele, e não restou nada além de aceitar. 

Acho que perdi a virgindade aos quinze, fiz uma pausa de um ano de inatividade sexual e acho compenso isso até hoje. Gosto de sexo selvagem, do tipo de rasgar os lençóis e pele do meu parceiro, mas também gosto do tipo lento e que aprecia cada penetrada, eu gosto de sexo a dois mas também não recuso um ménage. Gosto de caras magros, sarados, loiros, morenos e também tenho uma queda por ruivos. Já tive fodas fixas, mas também amo o sexo casual, tem sua magia. Gosto de BDSM, mas não recuso sexo baunilha, adoro o sexo em quatro paredes mas também adoro um vouyer, resumindo? Eu amo sexo. 

Em pleno século XXI, isso ainda é um tabu quando se trata da liberdade sexual de uma mulher, mas eu não ligo para o machismo das pessoas com relação a isso. A menos quando se trata do meu pai, ele não é o tipo conservador, ou não era, até me ter como filha, e por mais que eu quisesse ser a garotinha pura que ele pensa, a vida me deu muitas oportunidades de aproveitar e eu não sou de recusar.

Tudo começou com o professor de inglês, um homem de vinte e sete anos e tinha se formado há não muito tempo, eu achei ele gato e quando eu menos imaginei, estava debruçada de em sua mesa durante o intervalo enquanto o pau dele atingia o fundo da minha intimidade molhada. E depois disso, eu não era mais virgem, não foi nada romântico, mas foi quente e eu nunca fui de dar importância a virgindade, acho que superestimam demais um himen.

Depois disso foi o personal trainer, um dos meus seguranças, uns cinco colegas de classe, o diretor da escola, quatro amigos do meu irmão, alguns cara aleatórios de festas, o filho do Stefano Leone, Gabriel. aquele é inesquecível e repito sempre que posso, porque ele é LINDO! meu pai nunca descobriu, todo mundo tem medo dele, mesmo os que não fazem ideia de quem ele realmente é e do poder que tem, então ele nunca chegou a saber. Sigilo. É aquele ditado, é dando que se recebe.

Meu irmão encobre tudo que eu faço, não é de graça, ele me chantageia sempre que pode, mas somos muito unidos, além de melhores amigos. E Klaus, mesmo sendo homem e carregando consigo toda a liberdade sexual pública que quiser, não costuma usar ela, não muito bem... E acho que quando faz é para aliviar os pensamentos que vivem em Suzana, ninguém menos que a afilhada dos meus pais, filha dos Bennaci, irmã do meu pior inimigo E maior obsessão de Klaus. E agora que ele vai fugir para Florença, e eu só vou me sentar e esperar o escândalo que vai ser ele tentando tomar Suzana para si, mas isso não é problema meu.

10/2

—Stella, você vai atrás do seu irmão e vai trazê-lo de volta. - Meu pai diz em um tom sério, me fazendo engasgar com o suco de morango da taça. Ah, agora é problema meu sim! Os problemas de Klaus sempre acabam virando meus, e vice-versa. Maldição de gêmeos.

— Eu tenho escolha? - Junto as sobrancelhas.

Os dois negam com a cabeça depois de uma troca de olhar. 

Parece que eles lêem a mente um do outro, e eu e meu irmão temos a mesma conexão, mas acho que é por sermos gemêos, ou é coisa dos Salvatore. Vendo eles assim hoje, eu nem consigo acreditar em toda a história dos dois de amor e ódio, e de como meu pai comeu o pão que o diabo amassou e sambou para conquistar minha mãe. Uma mulher difícil, talvez seja por isso que eu sou tão fácil, para compensar o passado dela.

— Ele foi passar as férias na casa da Suzy, normal...- dou de ombros.

— Há dias, e não confio em seu irmão solto e fora de nossas vistas. Ele saberia se eu colocasse seguranças atrás dele, então cabe a você mantê-lo na linha. Sabe que te acho responsável. - Eu sorrio satisfeita com o olhar orgulhoso do meu pai. Acho que é uma aprovação que eu sempre busco, e ele sempre me dá. E faz o mesmo com Klaus, ele e minha mãe sempre aplaudem nossas vitórias, nunca menosprezam isso como nossa obrigação, como já vi muitos pais fazerem, e por isso eu e Klaus os amamos muito. Mas ele ainda gosta de ser o revoltado da família.

— Amanhã o jatinho sai às dez para te levar a Florença. Mande um beijo para Safira, e para a Suzy. - Minha mãe me informa. Eu faço que sim. Já faz alguns meses que vi Suzy, quando ela veio aqui, eu evito ir na casa dos Bennaci. Por causa dele. Nós passamos duas férias anuais lá, apenas, desde sempre, e eles vem até aqui quando necessário. E meu irmão adora isso, qualquer oportunidade de ver a Suzy, ele agarra. E qualquer oportunidade de evitar Lorenzo, eu agarro e me amarro, dou três voltas nela com a corda e me algemo. 

Lá vou eu, atrás do meu irmão.

Espero ansiosa pelo dia que meu pai vai desistir de fazer o Klaus uma versão sua contemporânea, meu irmão não tem vocação e nem vontade de se tornar o Don da cossa nostra, e por mais que meu pai odeie, ele vai acabar admitindo que meu irmão herdou a essência demoníaca do meu tio Eric. Karma. E quando isso acontecer eu vou ser Don da cossa nostra. Aí, agora seja! É mais fácil as vacas produzirem achocolatado pelas tetas. Nada de ambição, Stella! Faz mal para o coração, talvez o Buda tenha dito isso. Eu poderia ser capô, Klaus não iria se importar, mas a justificativa é de que ele é mais velho, dois minutos a mais que eu. Duvido que não tenha um machismo estrutural nisso. 

Estouro uma bolha de chiclete rosa que gruda em minha boca, e entro em uma tentativa horrenda de me livrar de massa grudenta presa em meus lábios.  

Diego, parado na escada do jatinho com os braços cruzados e as sobrancelhas arqueadas, ri de mim e da cena humilhante e lastimável que se passa bem a sua frente.  

— Já pode embarcar. - Avisa enquanto eu balanço a cabeça, tirando o último filete de chiclete preso em minha boca e o jogo no chão. porcaria! 

Passo a mão no vestido para me certificar de que estou ao menos descente. Diego pega  minhas malas azuis de rodinha ao meu lado, levando para dentro do avião e entro depois de dar um suspiro. Ele é um gato, mais do que isso, um felino maior, talvez um tigre.

Tem os cabelos castanhos escuros e sobrancelhas grossas, o queixo quadrado e o rosto marcante, os olhos castanhos cor de avelã e belos lábios carnudos, além disso é alto e tem o corpo bem definido. Ele é comissário de bordo da minha família  há alguns meses e nunca viajei sozinha com ele, e agora que seremos apenas eu, ele e o piloto....

Jogo meu corpo na poltrona, colocando os fones de ouvido e não demora para que o vôo decole. Fecho meus olhos, os apertando com força, eu odeio esse momento, odeio viajar de avião, e sempre sinto que ele vai cair e eu vou morrer. Suo frio pelo nervosismo, minha barriga gela e faz um arrepio correr pela minha espinha, eu nunca vou me acostumar com isso.

— Está bem, Senhorita Salvatore? - A voz de Diego chega a mim antes que eu o veja, ele está em pé ao meu lado na poltrona. Ao virar a cabeça para respondê-lo, dou de cara com seu pau marcado na calça preta, presa por um cinto de couro. Será que até o fim do vôo eu consigo fazer ele tirar esse cinto e bater com ele na minha bunda até eu sentir dor para sentar? 

— Stella! - Exclamo em um sussuro sem parar de encarar descaradamente seu pau que acredito eu que não está duro. Imagina quando estiver...

Levantou o olhar, ele está assustado pelo meu tom, ou pode estar estranhando a minha falta de vergonha na cara, muitas possibilidades...

— Pode me chamar só de Stella, Stella é meu nome. - Balanço a cabeça para cima e para baixo.

— Precisa que eu pegue um copo de água, Stella? algo para beber?  parece pálida. - Ele dá um ênfase erótico no meu nome, sua língua dando uma lenta volta do céu da boca. 

— Leite... - Sussuro, olhando para seu pau que, agora tenho a certeza de que está duro, bem maior do que agora pouco. Isso vai caber dentro de mim? Vou descobrir a resposta.

Diego enrola meus cabelos em sua mão, empurrando ainda mais seu pau na minha boca, investido repetidas vezes o movimento de penetração até o fundo da minha garganta, minha saliva molha sua ereção. Sinto meus olhos lacrimejarem, mas soboreio cada metida.

Minhas mãos seguraram seu membro grande, é grosso o suficiente para que minha mão consiga se fechar em sua largura. O masturbo, apertando-o em minha mãos e sentindo-o pulsar, as veias saltadas me fazem ter vontade de colocá-lo de volta a minha boca e suga-lo, e assim eu o faço, até que ele puxa meu cabelo para trás, depositando um forte tapa no lado direito da minha face, passo a língua nos lábios o dando meu melhor sorriso sacana. Voltando a chupa-lo.

Ele rasga o papel laminado, colocando a camisinha na ponta de seu pau e desenrolando a mesma até o início,  me virando bruscamente de costas, de maneira que minhas mãos fiquem apoiadas na pia branca do banheiro estreito. Ouço o barulho do couro sendo puxado do calça, minha pele arde quando o cinto se choca com a minha nádega, e a ardência se instala na outra repetidas vezes, até quem em um único movimento rápido ele me penetra com força.

— Cachorra! - Ele gema após dar uma forte estocada que me faz abrir a boca em O e o choque se torna um sorriso pelo prazer que me toma. 

— Me fode assim....ah - Rebolo em seu pau e ele aumenta a velocidade das investidas, torturando minha buceta que aperta seu pau e o mela mais com minha lubrificação. Largando o cinto no chão, ele sobe as mãos até meu pescoço, apertando a área e me enforcando com mais força a cada metida funda.

— Goza no meu pau...- Sua voz sai rouca em uma ordem e eu o faço, entrando quase em combustão quando atinjo o orgasmo, arfando. 

Ele me ampara em seus braços quando minhas pernas ficam trêmulas e moles como gelatina. Isso foi incrível, nota 7,5.

Florença, Itália 14:38

A luz do sol é refletida na água da enorme piscina da mansão Bennaci, os meus óculos escuros protegem minha visão não só dá luz como também da imagem caricata do diabo assando na churrasqueira natural.

Lorenzo está deitado na espreguiçadeira próximo a borda da piscina. Respiro fundo antes de ir até ele, ao seu lado está uma mesa coberta por um guarda sol e sobre a mesma há um copo com alguma bebida colorida e alguns cubos de gelo .

—Aí!- Chamo sua atenção em um grito  —imprestável. - estalo os dedos a frente de seu rosto. — Onde está meu irmão?

—Por favor, que seja um pesadelo e não a bruxa... - Sussura de olhos fechados,  ele os abre em seguida e fingi tomar um susto ao me ver. Aí como é idiota e infantil.

Retiro os óculos de sol do rosto, os segurando, assim ele pode ver claramente meu olhar descontente em ver a cara dele.

—Se você não responder a minha pergunta, vou transformar você em um sapo, já que ser um porco não é o suficiente pra você.

—Tá educada, hein minha filha? 

—Cadê meu irmão ? - pergunto entre dentes. — Eu não aguento mais ver a sua cara então fale para que eu possa tirar você do meu campo de vista.

—De baixo de mim que ele não está. Vai ver ele acordou um dia, percebeu que tem laços sanguíneos com você e fugiu. Até que ele foi brando, eu me mataria.

—É porque você não é digno dessa honra, um homem com você não aguentaria uma mulher como eu em nenhum grau de parentesco.

— Me diga onde esta á mulher. - Se levantando, ele olha por trás de mim com um sorriso provocador.

Eu grunho de ódio para ele e coloco de volta o óculos. Não vou deixar ele me irritar, não vou deixar ele me irritar....não vou deixar...

Repito isso como um mantra.

—Vou levar ele daqui e espero não voltar a te ver tão cedo.

—Se eu fosse você, aproveitava, não tem essa sorte todo o dia. - Aponta para seu peito nu, ele veste apenas um calção de banho. Meu olhar para em seu peitoral, correndo até o meio de suas pernas, aproveitando que os óculos escuros cobrem o rumo do meu olhar.

— Ter que te ver é a maior maldição da minha vida.

—A maldição da sua vida é ter que acordar e se olhar no espelho.

—Pelo menos eu tenho espelho em casa, eu sei que você quebrou todos daqui.

— Apesar de você ter espantado a luz do sol com a sua treva, eu vou fingir que não te vi. - Volto a se deitar, relaxando as costas na espreguiçadeira com um sorriso sarcástico de lado que faz meu sangue virar gelo.

— Você é um chato, não sei como pode ser filho da sua mãe. Na verdade não é biológico, eu sei que ela te adotou mas não sei como não devolveu.

—Adeus, bruxa. - Ergue a mão, a balançando no ar em um aceno enquanto eu rosno de raiva. Meu olhar vai direto para o copo cheio de gelo, e antes que eu possa me freiar eu jogo todo o líquido na sua cara.

— até, Sapo. - viro nos calcanhares indo para dentro da mansão a passos duros, meus saltos quase perfuram o chão a cada passo que dou movida pela força do ódio. Ainda bem que ele não viu quando eu escorreguei na borda da piscina e cai de bunda no chão.

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