- Eles não retomaram as terras?- perguntei.
- Eu não me lembro disso no tempo que estive em Creta, como deve imaginar eu não recebia muitas noticias em minha cela.
Não falamos mais depois disso, o silencio voltou a se instalar entre nós, mas não foi um silencio desagradável, foi natural.
Lentamente eu fui me deixando envolver pelo sono, mergulhando na inconsciência agradável, meu corpo foi se tornando pesado, em seguida se tornou leve e foi como se eu estivesse flutuando, eu queria um sono sem sonhos, porque eu não tinha sonhos, eu tinha pesadelos, terríveis pesadelos...
Eu voltei para a boate, ergui as mãos no rosto para bloquear a luz forte que me cegava, então uma musica começou a tocar, eu conhecia a musica, já tinha dan
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Nikolas riu da resposta de Ravi, caminhou até o homem que segurava um dos cavalos, um grande e musculoso e entregou algumas moedas nas mãos do dono dos cavalos, ele puxou seu cavalo com confiança, o cavalo prontamente o obedeceu. - Só não atrasem a viagem com toda essa delicadeza. - alfinetou e subiu no cavalo em um pulo veloz. Olhei para Ravi que pagava ao senhor grisalho pelo seu cavalo e se despedia, ele puxou a égua até nós e me estendeu a mão. Acredito que ele esquecia que eu tinha total capacidade de subir sozinha, quando eu disse que não sabia andar a cavalo não foi por medo de cair, e sim por medo de não guiar o animal corretamente e ele se assustar, e eu acabar por machuca-lo, ser vampira me tornou extremamente forte, mas não mais habilidosa do que antes, e uma força sobre-
- Temos que continuar, ou nunca chegaremos ao porto de Pireu. - resmungou o príncipe voltando do rio. Ele nos encarou impaciente e puxou seu cavalo de volta para a estrada. - Vamos. - disse Ravi para mim. - Depois vamos conversar. - o avisei. Seguimos de volta a estrada e montamos no cavalo, quando estávamos próximo do porto nos deparamos com uma jovem correndo completamente nua pela estrada, eu congelei em cima do cavalo com a cena que vi, ela era muito jovem, parecia ter quase minha idade, entre dezoito e dezesseis, eu tinha dezessete. Seu corpo estava coberto de arranhões, suas roupas pareciam ter sido rasgadas de seu corpo, porque havia sobrado restos de panos rasgados
O porto de Pireu estava cheio, várias pessoas vendiam coisas e outras compravam, conseguimos chegar antes do anoitecer, mas o ultimo barco já havia partido a pelo menos meia hora nos informou um dos funcionários dos barcos. Eu estava ciente de que nosso atraso era por minha causa, se eu não tivesse insistido para ir atrás da garota na mata teria chegado a tempo de pegar o ultimo barco, mas de todo caso eu não me arrependia da minha atitude, porque eu sabia como era estar assustada e sozinha. - O que faremos agora? - perguntei aos dois. - Vamos procurar um lugar para passar a noite aqui perto e partiremos no primeiro barco ao amanhecer. - disse Ravi. - É uma boa ideia. - concordou Nikolas.
A ruiva retornou com nosso jantar, em sua badeja a comida veio recém saída da cozinha, o aroma era delicioso, ela colocou nossos pratos a nossa frente, mas é claro que na vez de Nikolas ela fez uma verdadeira cena, colocou o seu prato a sua frente, mas quando foi se virar para ir embora fingiu se desequilibrar e Nikolas a segurou pela cintura a puxando para si. Ravi e eu ficamos parados olhando a cena constrangedora, a ruiva que havia se desequilibrado de modo tão teatral e Nikolas bancando o herói... eu estava ficando enjoada. - Como você foi rápido meu senhor. - ronronou a ruiva sem pressa para levantar de cima dele. - É melhor ficar mais atenta a partir de agora. - aconselhou ele a soltando. Mas a ruiva não se levantou, permane
Eu estava deitada na cama sem conseguir dormir, ficava pensando de maneira incessante nos acontecimentos das ultimas horas, eu não conseguia ver sentido em algumas pequenas coisas que aconteceram, por exemplo, aquele vampiro grandalhão estava pronto para brigar com o príncipe, no entanto na presença daquela mulher ele simplesmente recuou, essa era uma atitude que para mim agora parecia muito suspeita... Me levantei da cama e comecei a andar em círculos pelo quarto tentando encontrar uma resposta para essa pergunta, mas não encontrei nenhuma que fizesse sentido. O que levaria um vampiro subitamente acalmar seus ânimos na presença de uma frágil humana? Ainda mais se considerar que eles estava prestes a explodir, e no fim se contentou em nos fazer uma ameaça? ele não se intimidou de nós sermos três vampiros, mas desistiu ao ver Desdemona
Eu não podia acreditar nos meus olhos, embora eu soubesse que minha visão de vampira fosse perfeita, a cena que eu via ainda não parecia real, como uma ilusão, uma mentira.Só poderia ser uma miragem, vampiros também poderiam sofrer de choque? eu estava em choque?Fiquei paralisada olhando para o corpo inerte do vampiro, cujo o propósito de vida, havia mudado todo o meu caminho, ele estava deitado, completamente imóvel, pálido como um vampiro, a expressão vazia, os olhos fechados, sem revelar o azul intenso que tinham, completamente hipnotizantes.Ravi fechou a porta do quarto, eu não olhei para trás, mas sabia que ele havia feito isso, ele empurrou Olympia para o outro lado do quarto, eu o ouvi ordenar
Suas palavras embora sussurradas pareceram ecoar pelo quarto, eu não acreditava que as duas humanas encolhidas no canto pudessem ter ouvido, ele foi cuidadoso o suficiente para que suas palavras fossem ouvidas somente por mim, ainda assim quando de modo involuntário eu virei meu olhar para elas e vi suas expressões vacilarem, tive a sensação de que de alguma maneira elas sabiam.Mesmo que não pudessem ouvir, em seus corações elas nos temiam, e sabiam do que éramos capazes, mas resta a dúvida, eu era capaz de matar as duas caso ele não despertasse?Olhei para dentro de mim em busca dessa resposta, e me assustei quando percebi que era capaz.— Vamos esperar até o amanhecer, se você estiver falando a verdade não há o que temer
Eu fiquei paralisada olhando para o vampiro sobre a cama, ele piscou diversas vezes tentando focar a visão, presumi, então tentou se levantar mas gemeu como se sentisse dor, isso foi o gatilho para que eu saísse do torpor, eu avancei para perto dele sentando-se na cama e não resisti e o abracei.Ele ficou paralisado enquanto eu o apertava sem acreditar que ele havia despertado, então elas estavam falando a verdade.- O que está fazendo me apertando assim Nina? - perguntou ele confuso.Eu o soltei e Ravi se aproximou perguntando como ele se sentia.- Estranho, muito estranho. - quando ele disse essas palavras eu me lembrei do que ele havia dito antes de entrar no quarto, eram exatamente essas p