AlexandreO dia chegou. Os convidados foram hospedados no próprio castelo, assim como minha família.Até conheci a mulher que colocou Willow na minha vida. O nome dela é Bia. Não são exatamente amigas, mas colegas da pensão onde ela morava. Ela convidou algumas pessoas quando eu disse que mesmo que não levasse ninguém o avião seguiria com pessoas conhecidas da família, que era melhor ela levar pessoas que conhecia que André levar seus amigos de bebedeira.Ela levou duas meninas da pensão e um rapaz que namorava uma delas.O lugar estava um caos, assim como meu interior.― Calma, irmão. A noiva não vai fugir. Temos seguranças para garantir isso. ― Amanda me provoca o tempo todo.Eu não me acalmaria enquanto Willow não me dissesse sim no altar.Quando isso aconteceu? Quando uma transa no meu camarote da boate se tornou eu andando de um lado para o outro esperando uma mulher? Eu me tornei dependente do seu sim, do seu desejo, dela toda.― Não provoque seu irmão, Amanda. Devia ver como a
WillowDe todo o casamento, três palavras ficaram ecoando em minha cabeça: “eu te amo”. Foi tão bom ouvir Alexandre dizer isso. Ele não diria se não fosse real. É a personalidade dele. Então ele realmente sente o que disse. Nosso sexo casual se tornou oficialmente amor.Várias pessoas vieram nos cumprimentar e desejar felicidades. Não conheço quase ninguém, mas eles parecem realmente felizes com o casamento.― Se eu soubesse onde estaria hoje nunca que te deixaria sozinha naquela boate. Eu iria junto para tentar fisgar o gato. ― Bia comenta depois de desejar felicidades aos noivos.― Ainda não sei se te perdoo por me meter nessa enrascada ― brinco. Tudo me parece motivo para sorrir.Troco de vestido por algo mais confortável e volto para a festa. Alexandre avisou que queria ir logo, ansioso pela lua de mel.Ficamos um pouco entre os convidados.Observo seu pai conversando com alguns senhores, Antônio em um canto sozinho. André com duas mulheres e Amanda entre os seguranças. Ela sempre
AlexandreLogo que voltei de lua de mel, o caos se instalou.Antônio havia encontrado Sampaio. Ficou com ele em sua cobertura até eu voltar e ordenar como queria me livrar do canalha. Segundo ele, não quis me atrapalhar na lua de mel e até gostou de morar na cobertura do canalha por alguns dias. Teve ideias para mudar a decoração da sua casa.Ordenei que fosse considerado suicídio e deixei nas mãos dele.No dia seguinte a notícia se espalhava:“Jogador de basquete, suspeito de matar e esquartejar modelo grávida, comete suicídio após ficar dias isolados em sua residência. O corpo foi encontrado eletrocutado na banheira e perto dele uma carta confessando o crime que assustou a população. A polícia ainda vai investigar o ocorrido para descartar assassinato.”A polícia vai investigar e confirmar o suicídio. Se tem uma coisa que Antônio não deixa são rastros.Com essa pendência resolvida, fomos procurados por muitos, porém em sua maioria era busca por se livrar de testemunhas de seus crime
WillowDesde que fui morar com Alexandre que ele nunca me deixou sair de casa sem seguranças. Nem para ir até a padaria, coisa que eu nunca fazia. Quando acordava o café da manhã já estava na mesa e o mesmo acontecia no almoço e no jantar. Eu só não surtei por a Nina me deixar ajudar em algumas coisas. Agora isso mudou. Trabalhando vou ocupar melhor meu tempo.Depois de perceber que eu não desistiria, que gostei do trabalho, Alexandre comentou que eu poderia comprar roupas para o meu novo cargo. E quando eu reclamei de gastar o que não é meu, ele decidiu descontar no meu salário. Isso me animou. Estava me animando mais fácil desde o ultrassom onde vimos o pequeno Vitor. O meu garoto já conquistou os tios e o avô, o pai nem se fala.Sai de casa com o segurança e fui ao shopping. Quem não gosta de um look novo?Depois de escolher algumas peças legais para trabalhar e algumas para surpreender meu marido, minhas pernas já estavam doendo. Sentei em um banco no shopping e percebi que estava
WillowQuando cheguei em casa, meu marido já estava. Pela milésima vez ele via noticiários sobre a morte do jogador de basquete que esquartejou a mulher e jogou no lixo.Nem preciso perguntar para saber que o suicídio na banheira não foi exatamente um suicídio. Aprendi a entender que ele assiste esses jornais em busca de falhas em seus “serviços”.Ele desliga a TV assim que me vê entrar e vem me beijar. Toma as sacolas das minhas mãos, coloca na mesa de centro e me puxa para o sofá, onde começa uma deliciosa massagem. Minha barriga já aparece bastante, o que o deixa um pouco receoso de machucar o bebê e a mim. É o tempo todo perguntando se estou bem, se o bebê está bem, massageando meus ombros, meus pés, o sexo é quase uma luta, que sempre acabo vencendo. Não vou ficar meses sem transar depois de demorar tanto para descobrir algo tão gostoso. Tirando o sexo, eu já cansei de dizer que não precisa desse cuidado todo. Agora deixo ele com seus exageros.― Alexandre, foi você que deixou me
AlexandreSei que todos que entram no meu andar acham que já comi minha secretária, mas não. Nunca fodemos.Ela tem todo o perfil das mulheres que esquecem seu lugar. A começar pelo estilo. Sua roupa é para seduzir, não para trabalhar. Nem minha mulher vem para a empresa vestida assim.No horário de almoço, Willow decidiu ir com meu segurança comprar comida japonesa. Estava com desejo e quando falei que ele poderia buscar ela disse que estava com desejo de ir também. E como ela faz o que quer, foi.Ela está demorando, e eu já ia atrás quando Linda entra na minha sala sem bater. Deixei a porta aberta por causa de Willow.Olho para ela em seu vestido verde ousado demais. Minha expressão é uma interrogação diante da sua atitude.― Senhor, eu... ― parece não estar se sentindo bem. Chega perto de mim, escorregando no meu corpo como se fosse desmaiar.Antes que eu pudesse segurá-la, ela estava agarrada as minhas pernas, se levantando. Nunca vi ninguém desmaiar assim. Só pode ser louca.― Po
WillowNos sentamos no mesmo sofá onde nos beijamos pela primeira vez. Diferente daquela noite, eu estou com um vestido mais soltinho por causa da barriga. Alexandre de camisa branca de botões e calça preta. Tão lindo quanto naquela noite em que o conheci.― Se pudesse voltar no tempo, você nunca teria mandado seu segurança me arrastar até aqui ― comento olhando as pessoas na pista.― Mesmo se eu voltasse sabendo cada acontecimento posterior, eu teria feito o mesmo ― responde acompanhando meu olhar.Eu duvido. Ele pode me amar hoje, mas naquela noite só queria se divertir.― Foi só um comentário. Não precisa mentir para mim. Foi só um comentário. Sei que baguncei a sua vida.― Você rodou a minha vida tantas vezes que ela acabou caindo no lugar certo. Quem mais seria maluca de me aceitar de todas as formas que me apresento?― É o que mais tem, mulher querendo o meu lugar. Linda, Lavinia, e outras que nem sei. Você é cheio da grana, esqueceu? E tem um corpo maravilhoso.Enquanto falávam
WillowO tempo passou bem rápido, já estou no sétimo mês. Imensa é a palavra que me define.Parece que estou casada com Alexandre há anos. Conhecemos nossos defeitos, monstros no armário. Ele já fala abertamente sobre as coisas que sua família faz. O que me assusta às vezes, mas quando olho para os seus irmãos tudo que vejo é uma família que se ama e se protege, então só peço que não me dê detalhes e seguimos nossas vidas.Tem uma coisa que me cansa: é sempre ter seguranças me seguindo. Não acredito que vá acontecer nada. Pelo que parece, Ricardo já desistiu de mim e nem sei quem são os clientes de Alexandre. Por isso estou aqui, respirando um pouco nessa praça, depois de deixar Raul me procurando na loja de brinquedos.― Bom dia! ― olho a mulher pequena e loira que se sentou ao meu lado. Já a tinha visto na televisão. É uma grande defensora de crianças abandonadas. ― Você é Willow Rodrigues, não?Acho estranho ela me conhecer. Alguém tão famoso.― Sim ― respondo.― Jessica Prates ― e