Capítulo Noventa e nove

Alexander Muller Meu pai, Jack, sempre foi um homem de poucas palavras, mas de muitas ações. Naquele momento, parado na minha frente, seu olhar dizia mais do que qualquer discurso poderia expressar. Ele estava ali, de novo, tentando me alcançar, tentando me puxar de volta para a vida. Seus olhos estavam cheios de algo entre a decepção e a esperança, como se esperasse uma explicação que eu não sabia se poderia dar.

— Alexander, sempre estive presente para você — disse ele, a voz firme mas com uma ternura que raramente deixava transparecer. — No dia em que você se declarou para a Anna, quando ela estava prestes a se casar com outro. Eu estava lá, observando de longe, torcendo para que você encontrasse a coragem que precisava. Quando você soube que seria pai, lembro de ver a alegria e o pavor em seus olhos. Quando lançou seus dois livros, eu estava na plateia, orgulhoso de cada palavra que
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