Zara Miller Voltei ao trabalho como um robô, executando cada tarefa no piloto automático. As palavras de Brian ecoavam na minha cabeça, e eu mal conseguia me concentrar no que estava fazendo. Meus colegas percebiam meu nervosismo, mas ninguém ousava perguntar. Quando finalmente consegui uma pausa, fui para a sala de descanso, tentando controlar o tremor nas minhas mãos. Sentei-me em um canto, escondida, tentando pensar em um plano, mas tudo parecia uma neblina confusa e ameaçadora.Minutos depois, recebi uma notificação no meu celular. Uma mensagem de um número desconhecido. Meu coração afundou quando li:"Espero que esteja pensando bem, Zara. Não me faça esperar, minha futura esposa.Como será que as pessoas vão ver o doutor Alexander, já que ele se casou com uma esposa de aluguel?"Fechei os olhos, tentando conter o pânico. Brian estava mais perto do que eu imaginava, vigiando cada passo meu. Não tinha dúvida de que ele estava determinado a conseguir o que queria, e eu estava encurr
Alexander Muller Os lençóis macios estavam enrolados em nossas pernas, e o corpo de Zara estava quente e confortável contra o meu. Eu a observava dormir, suas respirações suaves e ritmadas, e por um momento, tudo parecia certo no mundo. A noite anterior havia sido intensa, não apenas pelo que fizemos fisicamente, mas pela conexão que se fortalecia cada vez mais entre nós. No entanto, o peso das palavras dela ainda ressoava na minha mente. Brian era uma ameaça, e eu sabia que não poderia ignorar isso.Dei um beijo suave na testa de Zara antes de sair da cama. Não queria acordá-la, especialmente em seu dia de folga. Precisava resolver isso sozinho. Vesti-me silenciosamente e saí de casa, determinado a confrontar o homem que ameaçava o que mais importava para mim.Cheguei ao hospital mais cedo do que o normal, o ar frio da manhã parecendo refletir a minha disposição para o que estava por vir. Passei pelos corredores sem olhar para ninguém, com um objetivo claro: Brian. Não pedi permissã
Alexander Muller Acordei ao lado de Zara, seus cabelos espalhados pelos travesseiros, e por um breve momento, esqueci de tudo. O mundo lá fora parecia distante, mas logo o toque insistente do meu celular me trouxe de volta à realidade. Atendi a ligação com um suspiro, já imaginando que nada de bom viria naquela ligação.— Alexander... — Era a voz de minha tia Helena, baixa e trêmula, algo que raramente acontecia. — Seu primo, Clark... Ele sofreu um acidente aéreo.Sentei-me na cama, sentindo o pânico subir pela minha espinha.— Como ele está? — Perguntei, minha voz tensa. Zara se mexeu ao meu lado, despertando com a minha inquietação.— Ele está em coma. Não sabemos o que vai acontecer... Você precisa vir para Cambridge. — As palavras da minha tia vieram carregadas de uma dor que eu conhecia bem, e o desespero na voz dela me fez sentir ainda mais impotente.Desliguei o telefone e passei a mão pelo rosto, tentando absorver a notícia. Antes que eu pudesse dizer algo, Zara se virou na c
Zara Miller Dois meses haviam se passado desde o acidente de Clark. O tempo parecia uma névoa densa, e a cada dia eu sentia mais o peso do que Alexander estava enfrentando. Ele tinha se mantido forte, mas eu podia ver o cansaço em seus olhos, o desgaste de tantas noites mal dormidas ao lado do primo no hospital.Eu estava na mansão dos pais dele, sentada na sala com Emma e Jack, enquanto conversávamos sobre coisas triviais. Emma tentava aliviar a tensão com histórias de infância de Alexander, e eu sorria, embora minha mente estivesse em outro lugar, sempre com ele.Alexander entrou na sala silenciosamente, seu olhar encontrou o meu imediatamente, e naquele momento, algo parecia diferente. Ele se aproximou de mim, sentando-se ao meu lado no sofá. Jack e Emma continuaram a conversar, mas eu sabia que Alexander tinha algo a dizer, algo importante. Ele olhou para mim por um longo tempo, como se estivesse buscando as palavras certas.— Zara, posso te perguntar uma coisa? — Ele começou, su
Zara Miller Os dias passavam lentamente. Alexander continuava visitando Clark no hospital, que ainda se recuperava lentamente do acidente, mas continuava em coma. Embora eu entendesse a importância disso, sua ausência começava a me afetar mais do que eu imaginava. Para manter minha mente ocupada, decidi cuidar dos detalhes da nossa nova casa.Fui até uma loja em busca de móveis que pudessem dar vida ao nosso novo lar. Enquanto explorava a loja, um homem que parecia vagamente familiar me cumprimentou. Eu não conseguia lembrar de onde o conhecia, mas sua face trazia uma sensação de déjà vu.— Eu sou o Harry — ele disse, me tirando dos pensamentos. — Lembro de você. Seu nome é Zara, não é?Depois de um momento de hesitação, me lembrei de onde o conhecia: ele era o homem que eu tinha encontrado no bar do hotel onde fiquei hospedada há um tempo.— Isso mesmo! — respondi, sorrindo.Harry parecia confortável e, após trocar algumas palavras com a vendedora, me convidou a conhecer as novas
Alexander Muller Eu estava na sala de espera do hospital, a cabeça cheia de preocupações por Clark, quando o celular vibrou em meu bolso. Atendi, sem prestar muita atenção, já acostumado às chamadas de rotina. Era um vendedor da loja de móveis que Zara tinha visitado.— Senhor, sua esposa deixou o carro na entrada da loja, mas ela não voltou para buscá-lo — disse o homem, com um tom hesitante.Minha mente ficou confusa. Como assim, ela deixou o carro e desapareceu? Eu tentei manter a calma e perguntei se ele sabia onde ela estava.— Não, senhor. Ela apenas deixou o carro e saiu a pé, não sabemos mais do que isso — respondeu o funcionário.Eu não pensei duas vezes. Desliguei o telefone, avisei à equipe médica que precisaria sair, e corri para a loja. Chegando lá, o funcionário apontou o carro de Zara no estacionamento, mas ela não estava por perto. Nada parecia fazer sentido.Peguei o carro e dirigi rápido até a mansão dos meus pais. Quando cheguei, encontrei minha tia Helena já prese
Alexander Muller As semanas após o confronto com Harry passaram como um borrão. Havia uma paz estranha que vinha ao estar com Zara, saber que ela estava segura. Harry havia sido preso, mas se enforcou na prisão e teve o que ele queria, sua própria morte. Agora, era hora de pensar no meu futuro, no que eu realmente queria da vida.Eu estava na minha casa com Zara, arrumando nosso lar ao lado dela, era algo que eu queria fazer ao lado dela.Eu estava me sentindo feliz e ela era tudo que me completava naquele momento, foi quando recebi uma ligação inesperada do diretor do hospital. Ele queria me ver em sua sala o mais rápido possível. Meu estômago revirou levemente; pensei que pudesse ter sido algo com o meu primo que estava em coma, parecia ser algo sério, mas não tinha ideia do que ele queria discutir.Tomei um banho com Zara e fomos juntos, prometi a ela que seria breve e ela também queria visitar o meu primo.Cheguei ao hospital e ao entrar no escritório do Dr. Roberto, fui recebid
Zara Miller Era um dia comum, mas meu coração estava leve. Eu estava no hospital, visitando o primo de Alexander, enquanto esperava ele sair da reunião e meus pensamentos sempre voltavam para Alexander. Ele havia passado por tanto nos últimos meses, e eu sabia que algo o estava inquietando, mas ainda não conseguia decifrar o que era.Quando saí do quarto, cruzei o corredor e me encontrei com Alexander. Ele parecia calmo, mas havia uma sombra de algo não dito em seu rosto. Caminhamos juntos pelo hospital, e a curiosidade começou a tomar conta de mim.— Está tudo bem? — perguntei, pegando sua mão enquanto caminhávamos em direção ao estacionamento.Alexander suspirou, apertando levemente meus dedos antes de falar.— O diretor do hospital me chamou hoje. Ele me ofereceu um cargo importante — ele disse, sem pressa, como se estivesse tentando escolher cuidadosamente cada palavra.Meu rosto se iluminou instantaneamente. Sabia o quanto ele merecia aquela oportunidade, o quanto ele se dedico