Capítulo 04

Então ela completa os milímetros que faltava. Nosso beijo é calmo, como se eu tivesse medo de machuca-la, a boca dela é macia e doce, muito doce, ainda sem nos desgrudar eu à pego no colo, ele passa as mãos pelo meu cabelo. Por falta de ar nos separamos, ela fica me olhando nos olhos e respira pesadamente.

— vou levá-la pra casa. Ela assente.

O trajeto todo foi em silêncio, Mel estava olhando pela janela pensativa.

Ao chegarmos em frente a sua casa ficamos alguns minutos sem falar nada, pensando o que falar um para o outro, então ela vira pra mim e diz:

— Obrigado! Obrigado pela carona e obrigado por me defender.

Fico em silêncio, nesse momento só consigo pensar no nosso beijo.

Ela sai do carro e quando vai começar a anda eu a seguro pelo braço.

— Espera! Digo ainda a segurando.

Ficamos alguns minutos em silêncio, ouvindo a respiração um do outro, grudo meu corpo no dela e fico pensando no quanto é errado aquela aproximação, mas não consigo me afastar, meu corpo implorava por mais contato, ela deita sua cabeça em meu peito e eu começo a acariciar seus cabelos.

Tomando uma decisão sem pensar, apoio suas costas no meu carro e toco em seus braços desnudos, sinto meu corpo formigar, então olhando em seus olhos tomo coragem e digo:

— Quando te vi pela primeira vez, da janela daquele quarto... Eu aponto para o mesmo. Eu já sabia que isso ia acontecer.

— Isso o quê? Ela pergunta com a voz falha.

Coço a cabeça sem saber explicar o que estou sentindo.

— Eu não sei Mel, não sei explicar, só sei que desde aquele dia não consigo tirar você da minha mente, mas pretendo descobrir o que é.

— Como vai fazer isso. Ela diz agora olhando em meus olhos com uma intensidade sobrenatural.

Olho fixamente para os seus lábios e não precisava ser vidente para saber qual era a minha intenção.

— Acho que isso não é uma boa ideia, Jhon.

— Shiiii... As vezes nossa mente nos enche de receio então não vamos pensar muito. Digo pra ela.

Segurei sua cintura com uma mão e com a outra acariciei seu rosto, aproximei meu lábio do seu e ...

...

Melissa...

Depois que Jhon me defendeu e me trouxe pra casa, depois daquele beijo no meio do caminho o silêncio tomou o ambiente.

Fiquei tentando entender o que estava acontecendo comigo, nunca fui de me entregar daquela forma, eu simplesmente sentei no colo de um cara que só vi uma vez na vida!

Definitivamente eu tô surtada!

Saio de meus devaneios quando o carro para em frente a minha casa, ainda em silêncio eu espero ele dizer alguma coisa, mas o mesmo não diz nada, resolvo agradecer a carona e por ele me defender. Saio do carro e quando vou andar até a minha porta sinto ele me segurar pelo braço, nem vi ele saindo do carro.

Ficamos nos olhando por algum tempo, como se o tempo tivesse parado, nem me preocupei com os vizinhos, sempre tem um fofoqueiro que dorme tarde.

Senti o corpo dele grudar no meu, sua mão segurar minha cintura, a outra mão acariciar meu rosto então ele se curvou para alcançar meus lábios. Fechei os olhos quando estava perto demais, fui surpreendida com um beijo avassalador, cheio de desejo e de urgência, suas mãos agora percorriam todo o meu corpo, seios, costa, barriga até chegar em minha bunda onde ele apertou com força suficiente para deixar marca amanhã.

Ainda segurando minha bunda ele me puxa para mais perto de si me fazendo sentir sua ereção, gemi em sua boca com aquele contato. Nos separamos por falta de ar, ele me olhou profundamente demostrando todo tesão que estava sentindo e me pergunta:

— Diz que você é maior de idade menina? Diz!? Porque se você for maior eu te levo pra minha casa agora.

Eu fico sem saber o que dizer, fico pensativa e tensa, ele percebe e me solta, demostrando uma pequena frustração ele passa a mão no cabelo, fecha os olhos, respira fundo e me pergunta de novo:

— Quantos anos você tem Mel?

— 17. Digo sussurrando

Ele fica me olhando enquanto eu abaixo a cabeça e fico fitando meus pés.

Se aproximando de mim novamente  erguendo minha cabeça e me dá um selinho.

— Sabe que isso é errado, néh? Ele diz apontando para ele e eu.

Não digo nada só fico encarando ele, vou dizer o que se não temos nada e nem sei se vamos ter.

Voltamos a nós beijar só que agora um beijo calmo e cheio de significado, nos separamos e ele se despede.

— você precisa entrar... Precisa colocar gelo nesse rosto para não ficar roxo mais tarde.

Eu assinto e ele completa:

— Te vejo mais tarde no churrasco?

Balanço a cabeça afirmando e sigo o caminho de casa.

...

Sábado chega e com ela a minha ansiedade também, dia de ver aquele que mexe com meu coração.

Não consigo passar um minuto sem pensar no Jhon, aquele beijo, aquela proteção mexeu comigo. Passo o dia me cuidando, hidratação no cabelo, na pele, depilação, sobrancelha, unha...

As 16 horas começo a me arrumar, faço uma maquiagem para noite, faço uma escova bem feita, passo um batom chamativo, brincos, pulseiras, coloco meu vestido preto, um sapato scarpin e estou pronta.

Me olho no espelho e me sinto linda, nunca me arrumei tão bem quanto hoje.

Mamãe b**e na porta do meu quarto para dizer que já está pronta e ao me ver ele diz:

— você está ainda mais linda minha filha.

— Obrigado mãe. Eu respondo feliz da vida.

Papai quando me vê me abraça e diz que se algum cara me olhar ele leva preso, mamãe e eu rimos.

— Deixa de ser exagerado homem, nossa filha já é quase uma adulta e com certeza chama bastante atenção!

Papai fica de bico e resmungando que ainda sou a garotinha dele.

Quanto mais eu me aproximava da casa de Jhon mas nervosa eu fico, já de frente para a porta da casa papai toca a campainha e quando a porta é aberta ele aparece, ele fica em choque, paralisado me olhando, dou boa noite tirando ele do transe.

— Boa noite. Digo envergonhada com o olhar de Jhon em mim.

Jhon abre um sorriso e tosse levemente para desfaçar seu estado, aperta a mão de papai agradecendo sua presença e se apresentando, já que papai não o conhecia ainda.

Jhon abraça mamãe e diz que ela está linda.

Quando vem até mim, ele me abraça apertado e disfarçadamente gruda sua boca em meu ouvido e diz:

— Você está um espetáculo, não sei se vou me controlar.

Saio de seu abraço disfarçadamente e vamos indo até a parte de trás da casa onde fica a piscina e churrasqueira. Jhon pede licença e vai cumprimentar outras pessoas que chegam.

Vejo alguns vizinhos conversando e nos aproximamos deles, papai inicia uma conversa com o senhor Saimon e mamãe com sua esposa Hellen.

Fico observando tudo ao meu redor, depois de um tempo ali ouvindo a conversa dos adultos peço licença e aviso ao meus pais que vou ao banheiro.

Entro na casa e vou caminhando pelo local devagar e olhando tudo minuciosamente.

A casa é realmente muito grande e linda, subo as escadas e sigo um corredor, no final dele tem uma porta que suponho ser o banheiro.

Quando estou abrindo a porta sou agarrada por trás e puxada para um cômodo ao lado do banheiro que depois vejo que é um quarto,quando vou gritar ele coloca a boca em meu ouvido direito e diz:

— Calma princesa, sou eu.

Em um movimento rápido ele me vira, me colocando de frente para ele e me prensando contra a porta do quarto. Iniciamos um beijo cheio de desejo e tesão. Em meio aos beijos e mãos bobas Jhon diz o quanto eu estou linda e gostosa, ele cheira meu pescoço, coloca a mão por baixo do meu vestido e vai até meus seios, já tomada pelo desejo enlaço minhas pernas ao redor de sua cintura e começo a me esfregar nele, ele tranca a porta do quarto e caminha comigo até a cama sem parar de me beijar.

Já deitados na cama, Jhon por cima de mim, ele começa a levantar o meu vestido, naquele momento eu começo a ficar tensa e Jhon percebendo me olhar com o olhar estreito.

Eu era virgem, mal havia beijado na minha vida, só tinha dado um estalinho em um menino do colégio e isso já tem bastante tempo.

— Acho melhor eu parar aqui, temos que voltar para a festa se não vou fazer uma loucura. Diz ele ofegante.

Fico olhando em seus olhos tentando decifrar seus pensamentos. Será que ele está chateado por não ter transado com ele? Será que ele tah me achando muito infantil?

O pânico começa me atingir, tenho certeza que ele não vai querer mais saber de mim. Meus olhos ficam marejados, me levanto de cabeça baixa e começo a ajeitar meu vestido, ele se aproxima e levantando meu rosto diz:

— Ei, não fica assim! Está tudo bem, não estou chateado. Quero seu número, vamos nos falando.

Passo meu número para ele, trocamos mais alguns beijos e fui ao banheiro enquanto Jhon desceu.

Depois do que aconteceu no quarto resolvi ir embora, pra mim já deu. Inventei uma dor de cabeça aos meus pais e fui liberada.

Já em casa recebo uma mensagem de um número desconhecido.

Mensagem on.

— Oi princesa, sumiu da festa?

— Depois do que aconteceu não consegui mais ficar aí. Digo.

— Ok.

Ele demora um tempo para escrever de novo, mas volta a digitar.

— Posso te vê amanhã? Diz Jhon.

Fico pensando numa boa desculpa para dar aos meus pais, mas aceito de imediato.

— Claro!

Marcamos de nos encontrarmos duas ruas depois da nossa, às 10 hs.

Mensagem off...

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