Jhon... A nossa equipe de investigação nos mostrou possíveis locais onde os russos estariam com os repórteres, desloquei alguns da minha equipe para ficar de olho no local porém o forte bombardeio atingiu o local onde minha equipe estava, um de meus homens ficou gravemente ferido sendo levado as pressas para um hospital da cidade. Montamos uma fortaleza no hospital, ninguém entrava e ninguém saia, Luke o soldado atingido ficava em um quarto no subsolo do hospital porque o risco de bombardeio ali era enorme. Eu participava de missões o dia todo e no horário de descanso eu ia ficar com Luke no hospital, ele era minha responsabilidade e o medo dele não aguentar me tomava, eu prometi levar eles para casa sãs e salvos. Com toda confusão acabei esquecendo da ultra da Mel, vi que tinha ligações dela mas não estava com cabeça para conversar com ela, depois de dias conseguimos estabilizar Luke que agora sem perigo de morte estava sendo transferido para um hospital militar no país vizinho. R
Mel... Essa situação com o Jhon me deixou muito fragilizada, talvez seja os hormônios. Na minha última consulta com a obstetra minha pressão estava um pouco alta. Tenho conversado como Jhon todos os dias mas não contei sobre o quarto do bebê, vai ser uma surpresa quando ele voltar, também não contei a ele sobre minha pressão está alta, ele tem muitas preocupações não vou dar mais uma. Minhas conversas com ele é basicamente sobre o Dom e o bebê, ainda estou chateada com ele, sei que ele está em uma missão mas ele prometeu poxa!!Eu estou aqui sem saber se o meu marido, pai dos meus filhos vai voltar pra casa e a única forma de saber se ele está bem ou não é quando ele me liga ou envia mensagem. Jhon é muito protetor, acha que se guardar as coisas pra ele todos ficarão bem, mas as coisas não funcionam desse jeito, talvez seja por ele ser militar. Quando ele voltar teremos uma conversa séria! Estou na cama assistindo tv, estou sem sono e um pouco agoniada, já são por voltas das 23:00
Fellipe... Estou de plantão hoje a noite no hospital quando recebo uma ligação da beca, acho estranho a ligação por que já é tarde, atendo de imediato. — Oi gatinha, aconteceu algo? — Fellipe, dona Márcia me ligou pedindo para eu ficar com Dom, parece que Mel está perdendo sangue. Ela fala sem respirar e chorando. — Ei, calma gatinha, eles estão vindo pra cá? Ela diz que sim e eu me despeço dela. Ligo correndo para a obstetra dela que está em casa, ela mora no mesmo condomínio que o meu, que fica perto do hospital. Recebendo ordens dela eu preparo a equipe, enfermeiros, pediatra, instrumentistas e anestesista. Em pouco tempo a equipe já está com o centro cirúrgico organizado caso ela precise ter o bebê hoje, também preparamos a UTI neonatal e UTI adulta caso os dois precisem. Em aproximadamente 30 minutos depois da ligação de beca, Mel chega. Ela quer que eu salve a vida do bebê e não a dela, mas eu jamais faria essa escolha... Quem teria que escolher era o Jhon mais como ele es
Jhon... O dr explica toda a situação da Mel e quando está terminando de falar vejo Felipe passando pela recepção, saio em disparado em sua direção parando em sua frente, sua cara é de cansado na verdade de exausto, seus olhos estão vermelhos, em um gesto rápido lhe dou um abraço forte lhe pegando desprevenido, ele custa a retribuir o abraço mas retribui. Nós dois choramos abraçados ali naquela recepção, eu só conseguia dizer... — Obrigado, obrigado, obrigado! Você salvou minha mulher e minha filha, serei grato a ti para o resto da minha vida! Digo em soluços — Eu não fiz nada, quem fez o parto foi dra Mônica e seu esposo, o médico que estava falando com vocês. Ele diz me soltando. — Você não estava em missão? Ele pergunta meio confuso. — Concluímos a missão ontem e embarquei ontem mesmo, cheguei hoje e fiquei sabendo pelo vizinho o que aconteceu. E... Você fez muita coisa sim Fellipe! Você ter organizado toda equipe antes que a Dra Mônica chegasse foi excencial para ambas sobrevi
Mel... Tem coisas que acontecem na nossa vida que jamais imaginamos passar, no meu caso, eu jamais imaginei me envolver com um homem casado que dirá 16 anos mais velho que eu. Passei por cima de muita coisa inclusive dos meus princípios, mas a maior burrice que fiz foi ter tentado tirar a minha vida, isso sim eu me arrependo, do restante não. Ter engravidado cedo, ter sido abandonada, ter sofrido tudo que sofri só me transformou em uma mulher mais forte. Hoje eu sei que aconteça o que acontecer em minha vida, eu passo por cima, eu supero! Depois da minha alta eu e Jhon conversamos e um dos pontos mais importantes da conversa foi em não me esconder nada, por pior que seja a situação ele jamais poderá me poupar da situação, somos um casal e devemos resolver tudo como um casal, juntos! Ele foi condecorado pelo sucesso da missão e com isso não precisará mais ir em missão, a não ser se houver uma guerra. Eu fiquei eufórica com a informação. Beca e Fê aceitaram ser padrinhos da Maria
Fellipe...Acordo cedo e resolvo ir visitar Dom, sei que Mel vai estar no trabalho mas mesmo assim eu vou, estou morrendo de saudade do meu filho, eu sei que não sou pai de sangue, mas sou de coração e isso é o que importa. Chego em frente a casa da Mel e após estacionar meu carro, toco a campainha. Fico paralisado com quem eu vejo, ela também fica paralisada e por alguns segundos não sabemos o que falar um para o outro. — Posso ajudar? Ela pergunta com a voz meio trêmula. Ela me reconheceu, com certeza. — Oi, eu sou Fellipe... Não sei se a Mel falou de mim pra você? Digo meio sem graça, não sei se digo que sou o ex da Mel ou se sou um amigo, sinceramente não sei o que dizer. — Você lembra de mim neh? Eu tive que perguntar. Que merda ela faz na casa da Mel? Meu subconsciente pergunta. — Ah sim! Ela falou sobre o Dom ter dois pais e um deles se chamar Fellipe. — E sim, eu lembro de você... Afinal, aquele dia foi um dos maiores tocos que já levei na vida! Ela diz me dando passagem p
Continua...Passo a noite toda pensando nela, pensando em como vou me desculpar. Pensei em ir segunda na casa da Mel falar com ela, mas na segunda estarei de plantão, infelizmente vou ter que me segurar até terça, com muito custo consegui dormir. Meu domingo foi familiar, fui visitar mamãe que já estava quase me deserdando. Na terça me levanto por volta das 8 horas e me preparo para ir na casa da Mel, passei o domingo inteiro pensando em beca e a segunda foi difícil me concentrar no trabalho, não sei por que me importei tanto, mais saber que vou falar com ela me deixa mais aliviado. Toco a campainha e ela me atende, seu olhar era de surpresa mais ao mesmo tempo indiferente, ela já vai me dando passagem para que eu entre. — Dom está dormindo ainda, mas já já acorda. Ela diz fechando a porta. — Na verdade, eu queria falar com você. Digo parado de frente pra ela. — Quando eu disse que não ficaria com você se tivesse sobreo aquele dia, foi por que te acho muito nova, você tem cara de
A festa já começou e a casa está lotada de universitários doidos andando para todo o canto com garrafas de Heineken na mão, sinceramente minha paciência é zero para universitário, talvez seja por isso que eu ainda não entrei para a faculdade. Me aproximo de um grupo onde estão minhas irmãs, até que o papo é legal, eles falam sobre alguma viagem que eles fizeram nas férias passada e já estão planejando a próxima viagem. — Deixa eu apresentar essa daqui. Começa Renata e eu já a encaro de cara feia, ela com certeza vai querer me empurrar para algum dos meninos que estão ali. — Essa é minha irmã caçula, Rebeca mais podem chama-la de beca. Depois que todos me cumprimentaram eu resolvo me afastar do grupo, eu tinha virado o centro da conversa ali, perguntas como: Você faz faculdade de quê? Começaram a ser feitas e com o máximo de educação eu respondi, mais antes que as perguntas fossem mais invasivas resolvi me retirar. Não gosto de entrar nesse assunto da faculdade já que decidi não faz