Capítulo 65: A desconfiança MarcoMeses haviam se passado desde que Laura e eu nos mudamos para o palácio de Hassan. Era um lugar impressionante, um verdadeiro símbolo de poder e luxo, mas quanto mais tempo passávamos aqui, mais sentia que algo estava mudando entre nós. Laura, minha esposa, parecia cada vez mais distante, como se uma barreira invisível estivesse se erguendo entre nós.No começo, pensei que fosse apenas a adaptação ao novo ambiente. A vida no palácio era diferente de tudo o que estávamos acostumados, e Laura poderia estar se sentindo sobrecarregada. Mas, à medida que os dias se transformavam em semanas e as semanas em meses, a distância entre nós só aumentava. Havia momentos em que eu a pegava olhando para o horizonte, perdida em pensamentos, com uma expressão que eu não conseguia decifrar.Tentei ignorar, dizendo a mim mesmo que era apenas minha imaginação, que o ambiente opulento estava nos afetando de maneiras que não conseguia entender. Mas, à medida que o tempo p
Capítulo 66: Grávida de um mafiosoJúliaO jardim do palácio em Palermo sempre me trouxe uma sensação de paz. O aroma das flores, o som suave da água correndo na fonte, e o calor suave do sol da manhã me envolviam em um abraço acolhedor. Especialmente hoje, estava tomada por uma felicidade que irradiava de dentro para fora. Passei as mãos carinhosamente sobre meu ventre alto, sentindo os movimentos suaves da vida que crescia dentro de mim. Estava grávida de cinco meses, e cada dia trazia uma nova onda de emoção.Sempre sonhei com o momento de ser mãe novamente, e agora, esse sonho estava se tornando realidade. A gravidez trouxe um novo brilho aos meus dias, uma sensação de propósito e realização que eu não sentia há muito tempo. Hassan, com toda sua intensidade, estava feliz com a novidade, ele seria um pai presente e protetor.Enquanto caminhava pelo jardim, perdida em meus pensamentos e imaginando como seria a vida com o novo bebê, um movimento à distância chamou minha atenção. Leva
Capítulo 67: Verdade oculta HassanA casa estava em silêncio absoluto, com apenas o som distante dos funcionários em suas rotinas noturnas quebrando a calma. Havia me trancado no escritório, o ambiente acolhedor contrastava com o tumulto interno que eu enfrentava. À minha frente, uma garrafa de licor repousava, seu líquido âmbar refletindo as luzes tênues do ambiente. A cada gole, tentava afogar as memórias e a dor que me assombravam.Desde jovem descobri que não tinha a capacidade de gerar filhos. A infertilidade era um peso constante, um fardo que carregava com vergonha e desespero. Este conhecimento, em vez de me deter, foi uma fonte de constante frustração e raiva. Sempre desejei um legado verdadeiro, algo que fosse meu por sangue, mas esse desejo foi constantemente frustrado pela minha condição.Minha primeira esposa, aquela que eu mantinha ao meu lado com a expectativa de gerar um herdeiro, acabou me traindo de uma forma que nunca imaginei. Quando ela engravidou, a revelação fo
Capítulo 68: A máfia luxuriosaMateusA vida na máfia me transformou de maneiras que eu jamais imaginara. Cada dia se tornava mais difícil de distinguir do anterior, uma rotina de violência e intrigas que parecia não ter fim. A tensão no ar era palpável, um lembrete constante de que a lealdade a Hassan não aceitava falhas. Hoje, a missão envolvia eliminar um grupo de inimigos húngaros que representavam uma ameaça direta ao nosso domínio.Eu me preparei para a operação com uma frieza calculada. A missão era de extrema importância, e falhar não era uma opção. Havia algo de cruel na forma como a violência se tornara uma extensão natural da minha vida. As manhãs começavam cedo e os detalhes eram minuciosos. Cada movimento, cada estratégia, precisava ser precisa, pois sabíamos que nossos inimigos eram astutos e não deixariam espaço para erros.O planejamento da missão foi realizado em uma sala escura, onde as paredes pareciam absorver o desespero e o medo dos que ali estavam. Meus homens e
Capítulo 69: Dinâmica familiarJúliaO sol da manhã filtrava-se pelas janelas amplas da cozinha, lançando um brilho suave sobre as mesas dispostas para o café da manhã. O aroma do café recém-passado e das delícias matinais preenchia o ambiente, criando uma atmosfera acolhedora e familiar. Era um raro momento de tranquilidade que eu ansiava, uma pausa no turbilhão da vida que parecia não dar descanso.Thomaz e Catarine estavam sentados à mesa, ambos com suas pequenas travessas de comida, tentando encontrar conforto na refeição. A interação deles ainda era um pouco tensa, mas havia um vislumbre de esperança. A dinâmica familiar era complexa, mas tentava cultivar o sentido de união, mesmo com as dificuldades.Sinclair estava na cozinha, preparando mais chá e verificando a temperatura do café. Ele era uma presença constante e reconfortante, alguém em quem confiava profundamente. Seu olhar atento e seu jeito calmo eram um alívio em meio às tempestades emocionais que às vezes surgiam.Marco
Capítulo 70: Fora de controleMateusEu havia passado a noite em claro, martelando sobre a última missão e os problemas constantes que surgiam na minha vida. O palácio estava tranquilo, mas um sentimento de insatisfação me consumia. A vida continuava a me desafiar e, para ser honesto, eu não via um fim à vista para os meus problemas. Cada vez que pensava que havia encontrado um equilíbrio, algo novo surgia para me lembrar do caos que se desenrolava à minha volta.Foi quando eu saí para um breve passeio pela casa que, sem querer, me deparei com um cenário que me deixou completamente paralisado. A porta do quarto de Hassan estava entreaberta, e eu, distraído com meus próprios pensamentos, não percebi imediatamente o que estava acontecendo. O que vi me atingiu com a força de um soco no estômago.Lá estavam eles, Júlia e Hassan, em um ato de intimidade tão intenso que eu quase não consegui acreditar no que meus olhos estavam vendo. Cada gemido de prazer dela era como uma faca afiada, crav
Capítulo 71: Gravidez e suas alegriasJúliaO dia estava radiante, e o sol iluminava o mundo de uma maneira que fazia parecer que tudo estava perfeito. Estava ao lado de Hassan, caminhando pelo shopping, um lugar que se tornara quase um refúgio para nós. As lojas, com suas vitrines elegantes e vitrinas bem decoradas, davam um charme especial ao passeio. O calor do sol contrastava com a brisa fresca que entrava nas áreas cobertas do shopping, tornando o ambiente ainda mais agradável.Hassan estava ao meu lado, radiante, um sorriso constante em seu rosto. Ele parecia genuinamente feliz, e isso era algo que eu apreciei profundamente. Ele estava ansioso por mais um mês do pré-natal, e sua empolgação era evidente. O fato de que ele seria pai novamente trouxe uma nova energia para o nosso relacionamento, algo que não sabia que era possível até experimentá-lo.Nós passamos por várias lojas, e Hassan parecia gostar de mostrar as novidades, discutindo comigo sobre quais itens seriam melhores p
Capítulo 72: Dois chás de bebêsJúliaO dia estava radiante e cheio de expectativa no castelo de Hassan em Palermo. Hoje, o castelo estava dividido em dois mundos distintos, cada um preparando um chá de bebê: o meu e o de Helena. Embora ambos os eventos estivessem ocorrendo no mesmo espaço, as alas separadas do castelo criaram uma divisão que refletia a complexidade de nossas vidas.Enquanto eu organizava o chá de bebê para meus filhos, a sensação de realização e felicidade era palpável. Estava rodeada por amigos e familiares que vinham para celebrar a chegada de meus filhos. Thomaz e Catarine estavam por perto, brincando e se divertindo com as outras crianças. Eu observava-os com um sorriso no rosto, grata por cada momento de alegria que eles traziam.A preparação do chá de bebê foi um esforço coletivo. Decorações em tons suaves de azul e rosa adornavam a sala principal, criando um ambiente alegre e acolhedor. As mesas estavam repletas de delícias e pequenos presentes, e a atmosfera