- Você quer um motivo? - um som de tiro ecoa pela sala roubando a atenção de todos no cômodo, me viro e encontro Holga parada na sala de jantar com um revólver apontado para Raquel - eu te dou um: Lúcia, se lembra da mulher que você assassinou?
- Quem é essa garota? - Raquel debocha e aponta a arma para Holga. A garota não se intimida e segue se aproximando, com a arma mirando na loira azeda.
- Holga, por favor, não se meta nessa confusão, você é jovem demais... - Luigi tenta proteger a garota porém ela rapidamente o responde.
- E eu era jovem demais quando vi a minha mãe ser assassinada por essa vagabunda - Holga se volta para Raquel - se lembra quando matou uma pessoa inocente? Você não me viu porque eu estava escondida mas eu vi a sua cara, vi quando você atirou na minha mãe.
- Mari, cuide bem da Carolina, você sabe como ela é meio estabanada e desastrada - tia Maria, mãe de Carolina, praticamente me faz prometer que vou ficar do lado da Carolina para ela não fazer nada que coloque o bebê em risco.Inclusive, ela me disse para esconder os fones de ouvido e as caixas de som da minha amiga porque, segundo tia Maria, Carolina estava colocando músicas da Rihanna para o bebê ouvir dentro da barriga.Somente a doida da Carolina para colocar esse tipo de música para um bebe dentro da barriga ouvir.Após nos despedirmos com um longo abraço, tia Maria, Roberto e Sabrina embarcam no jatinho particular que Luigi emprestou e voam de volta para o Brasil. Assim como prometi á Carolina e planejei, irei ficar alguns dias em Roma para descansar desse corre-corre que está a minha vida ultimamente.- Vamos, tenho
- Cassandra, o que está fazendo aqui?! - não me dou conta da altura da minha voz até minha chefe colocar a mão na minha boca e me arrastar para dentro do curto túnel, onde ficava a passagem que encontrei.- Shhh... - ela me olha feio e quando digo que não vou gritar, Cassandra vai até onde o homem ficou caído no chão e pega o rádio que estava ligado e um dos homens que deveria trabalhar com ele falava algo em italiano que eu não conseguia entender.Cassandra responde em italiano imitando uma voz grossa e desligando o rádio, se voltando para mim ela ataca - o que você está fazendo aqui? Não estava trabalhando? - seus olhos estreitam.- Sim, na verdade estou trabalhando ainda - minto um pouco - o Marco Almeida era namorado da Carolina e tentou fugir com ela, mas conseguimos impedir o plano dele e Matteo conseguiu que a Interpol
- O caso da Carolina é grave - o médico anuncia e a tensão no corredor se tornar palpável - houve um deslocamento da placenta. Conversei com a médica dela, a Dra.Ellen, e não tem possibilidade da Carolina parir o bebê, ela ainda não completou nem a vigésima semana de gravidez e não é recomendável. O sangramento ainda não parou e temo que isso possa levar um dos dois á óbito.Assim que o médico diz aquelas palavras, sinto meu coração se afundar na caixa torácica. Não era possível que algo tão ruim possa acontecer com a minha amiga, tudo bem que no início ela nem queria ficar grávida porém quando o tempo passou e a barriga cresceu, ela desenvolveu um sentimento materno forte pelo bebê. Seria tão injusto tirar das suas mãos a benção de dar a luz á um fil
Acordo com a voz alta da megera da Cassandra, ela tinha entrado no quarto de Matteo e estava nos encarando desconfiada com um sobrancelha no alto. Passa dois segundos para eu acordar e me deparar com a situação embaraçosa e comprometedora em que Matteo e eu estávamos.O italiano tinha praticamente me obrigado a me deitar do seu lado na cama quando me pegou cochichando na cadeira de plástico que ficava no canto do quarto. Agora sob o olhar acusatório de Cassandra, pareceu uma péssima ideia ter aceitado sua proposta de dividia a cama. E se o médico ou a enfermeira entrasse no quarto e nos flagrasse? Que vergonha!- O que aconteceu? - pergunto saindo imediatamente da cama de hospital que dividi antes para um soneca com Matteo e Cassandra olha demoradamente para Matteo, se assegurando que ele ainda estava dormindo para me contar o motivo de estar aqui - Carolina piorou? Aconteceu alguma coi
Hoje faz uma semana que Luigi desapareceu e todos continuam fazendo o que pode para encontrá-lo, até mesmo Cassandra está ajudando e tentando unir forças com o Sr.Benacci porém sem sucesso. Enquanto isso, Carolina se finge de forte e mantém a esperança de que vamos encontrá-lo. Tivemos que levá-la para a casa da nonna porque a mesma queria continuar na mansão de Luigi, esperando ele voltar.Tanto eu como a Giulia e a Laura concordamos que não seria saudável ela ficar naquele lugar, depois de tudo o que aconteceu naquele dia trágico. Carolina então está agora morando na casa da nonna, sempre sendo vigiada para não fazer nenhuma besteira. Após aquele susto, assim que ela saiu do hospital o médico disse que ela precisava ficar em completo repouso.E em concordância de todos, eu fiquei morando lá também para d
- Carol, posso entrar? - Giulia pergunta assim como das outras vezes que veio me visitar. Forço um sorriso e digo a mesma resposta simpática "sim, claro".Giulia e Mariana estavam revezando para me vigiar, me sinto numa prisão sem poder sair além dos muros e seguranças que cercam essa propriedade.Maldita hora que concordei em vir para essa casa, ainda acredito que Luigi possa voltar para a mansão, eu deveria está lá esperando por ele.Porém preciso ficar em repouso absoluto depois do acidente com o meu bebê, acaricio minha barriga e continuo olhando para a janela que dava para o jardim. Fico várias horas do dia observando aquela área verde lá em baixo e imaginando como foi a infância de Luigi. Afinal, ele cresceu nessa casa e passou boa parte da infância brincando com os irmãos naquele jardim, até um dia conhecer as Ferraza...
- Pode entrar! - digo para a pessoa que estava batendo na porta, obviamente deveria ser Giulia me chamando para tomar café da manhã, notei que ontem de noite enquanto assaltava a geladeira que Mari tinha chegado tarde. Quando nos esbarramos no corredor, questionei onde ela havia ido, eu tinha quase certeza que Mariana estava escondendo algo de mim, algo sobre a busca por Luigi.Quando ela desconversou me repreendendo por estar de pé naquele horário assaltando a geladeira, tive certeza que se tratava de alguma nova pista, porém ela não me diria nem se eu insistisse. Mari e Matteo estavam pisando em ovos quando se tratava de revelar alguma nova pista, depois de dias e de tantas pistas falsas, a família estava quase se conformando que nunca mais veriam Luigi.Eles já haviam descartado sequestro porque ninguém ligou ou tentou contato para pedir dinheiro, então eles deram isso como vin
Sentada num dos bancos de ferro do jardim ao lado de Cassandra, observava os gêmeos brincando no playground com o polenguinho. Ele parecia mais feliz brincando com as crianças do que comigo infornada naquele quarto.Polenguinho era um filhote muito carinhoso e enérgico, ele brincava com os meninos durante todo o dia e durante as noites dormia comigo na cama. Ele deve ter se acostumado com os dias em que eu e Luigi estávamos brigados.- Cassandra, vou ser sincera com você - início nossa conversa enquanto encarava os irmãos de Luigi jogarem uma bola para o filhote de labrador buscar do outro lado do pequeno parquinho - não estou justificando o que você fez no passado e não estou perguntando o motivo por você ter abandonado Luigi quando ainda era pequeno. Se pedi para Mariana mandar uma mensagem para você, foi porque estou desesperada - viro meu rosto para encará-la - n&ati