- É o que? - pergunto de novo, vai que eu tenha escutado errado, minha audição deve ter dado defeito depois de tanto tempo ouvindo músicas da Rihanna com o fone de ouvido no último volume.
- Sou eu - ele repete, sua expressão séria me deixa preocupada. Luigi não parecia estar brincando ou me trolando com uma pegadinha.
Olho novamente para a fachada da casa caindo aos pedaços. A porta aberta revelando o interior escuro e misterioso. Era o tipo de casa que aparecia em programas de TV que reformavam imóveis para ganhar audiência.
- Meu anjo, você está bem? - imediatamente me aproximo dele, levando minha mão até sua testa e depois para o pescoço dele para checar sua temperatura, assim como fazem com crianças pequenas, e nada, sua temperatura estava normal - está sentindo algo diferente? Alguma dor? Voc&
- Pode parecer um clichê e um pouco brega, mas espero que você goste - Luigi se abaixa e pega algo debaixo da mesa, olhando para baixo encontro uma extensão de fios e tomadas, assim que ele conecta as tomadas, várias luzes iluminam a sala escura.Com a ajuda das luzes acesas eu conseguia enxergar o lugar com mais clareza, assim como conseguia ver nitidamente as fotografias de nós dois em cada canto que eu olhasse. Era como um santuário, como se eu estivesse dentro de um grande álbum com várias lembranças. Cada sorriso contido nas fotos emolduradas em quadros dourados, me fazia voltar ao tempo em que tudo ainda estava bem, em que Luigi e eu conseguíamos nos entender.Quando tudo era mais fácil...Admirada com tudo ao redor, as fotografias entravam em contraste com a casa em ruína e as luzes amarelas. Parecia uma exposição particular rú
- Eu sou sua e somente sua - me inclino para frente para continuar dizendo baixinho no seu ouvido - e isso não é nenhuma mentira. Sempre vou ser sua e de mais ninguém...Luigi não perde tempo em me puxar para unir nossas bocas em um beijo faminto. Sua língua invadindo minha boca e envolvendo a minha língua de uma maneira libidinosa. Provocando o céu da minha boca e me tirando o fôlego do pulmões.Passeio minha mão pelo seu cabelo, puxando com força os fios e entregando tudo de mim naquele beijo, naqueles lábios que ansiava tanto quando estava beijando Matteo. Deixo que minha mente dissipe os problemas a cada centímetro de zíper que Luigi abre do meu vestido. Quando o zíper chega ao seu fim, ele delicadamente vai descendo o vestido, liberando meus braços e meus seios.Desço da mesa com a sua ajuda, não me importa
- Não ganho nem um beijinho de boa noite por ter aceitado de bom grado você me abandonar? - Luigi brinca quando chegamos na porta do meu quarto. Ele veio o caminho todo para a mansão, investindo para que eu deixasse que ele me beijasse e eu já havia cedido em todos os seus pedidos anteriores.Dessa vez, faço doce até ele me roubar um beijo e eu não resistir ao correspondê-lo.- Quero possuir você na minha cama uma última vez, posso? - ele pergunta antes de levar suas mãos até o zíper do meu vestido e o puxando para baixo até que ficasse caído na entrada do quarto enquanto me direcionava para a cama.Ele não precisava de uma resposta para uma pergunta tão óbvia.Deixo que Luigi retire todas nossas roupas e aguardo ansiosa pelo próximo round e pelo próximo e pelo que virá depois.A
- O que ainda está fazendo aí sentada? - ela diz forçando um tom doce e inocente - temos que ir, eles estão esperando ansiosos para que o espetáculo comece. Tenho certeza que seu noivo e seu amante estão te esperando para o seu show, Carolina - seu tom naturalmente irritante volta e ela me ameaça colocando a arma na minha cabeça.Eu já tinha perdido a esperança, tudo o que eu queria era salvar o meu bebê, ele não tinha culpa de nada. E mesmo que eu leve um tiro na testa, tenho esperanças que os médicos consigam fazer uma cesariana e salvar ele. Mas para isso eu precisava que alguém aparecesse, alguém, qualquer pessoa!- Por que está fazendo isso, Raquel? - pergunto na intenção de ganhar tempo para, talvez, Luigi ou Matteo ou algum dos seguranças da mansão aparecesse e me salvasse - você n&ati
- Isso Matteo, conte a verdade já que essa covarde chorona não teve coragem de dizer que vocês são amantes - Raquel colocava mais lenha na fogueira enquanto eu chorava ao assistir aquela cena.- Eu menti para você, Luigi, mas Carolina e eu não somos amantes e aquele beijo foi culpa minha! Eu beijei ela á força - Matteo dizia para Luigi e o meu italiano gato avança na direção dele, lhe dandos golpes no rosto e no corpo entretanto o loiro do banheiro não levantava um dedo para se defender.Foi preciso Raquel pedir que os seus capangas interromperem a briga unilateral para que, como ela mesma falou, o show continuasse.A dor na minha barriga é tão intensa que não consigo mais ficar de pé, meus joelhos são os primeiros á ceder e encontrar o chão, logo minha bunda também.Matte
- Você quer um motivo? - um som de tiro ecoa pela sala roubando a atenção de todos no cômodo, me viro e encontro Holga parada na sala de jantar com um revólver apontado para Raquel - eu te dou um: Lúcia, se lembra da mulher que você assassinou?- Quem é essa garota? - Raquel debocha e aponta a arma para Holga. A garota não se intimida e segue se aproximando, com a arma mirando na loira azeda.- Holga, por favor, não se meta nessa confusão, você é jovem demais... - Luigi tenta proteger a garota porém ela rapidamente o responde.- E eu era jovem demais quando vi a minha mãe ser assassinada por essa vagabunda - Holga se volta para Raquel - se lembra quando matou uma pessoa inocente? Você não me viu porque eu estava escondida mas eu vi a sua cara, vi quando você atirou na minha mãe.
- Mari, cuide bem da Carolina, você sabe como ela é meio estabanada e desastrada - tia Maria, mãe de Carolina, praticamente me faz prometer que vou ficar do lado da Carolina para ela não fazer nada que coloque o bebê em risco.Inclusive, ela me disse para esconder os fones de ouvido e as caixas de som da minha amiga porque, segundo tia Maria, Carolina estava colocando músicas da Rihanna para o bebê ouvir dentro da barriga.Somente a doida da Carolina para colocar esse tipo de música para um bebe dentro da barriga ouvir.Após nos despedirmos com um longo abraço, tia Maria, Roberto e Sabrina embarcam no jatinho particular que Luigi emprestou e voam de volta para o Brasil. Assim como prometi á Carolina e planejei, irei ficar alguns dias em Roma para descansar desse corre-corre que está a minha vida ultimamente.- Vamos, tenho
- Cassandra, o que está fazendo aqui?! - não me dou conta da altura da minha voz até minha chefe colocar a mão na minha boca e me arrastar para dentro do curto túnel, onde ficava a passagem que encontrei.- Shhh... - ela me olha feio e quando digo que não vou gritar, Cassandra vai até onde o homem ficou caído no chão e pega o rádio que estava ligado e um dos homens que deveria trabalhar com ele falava algo em italiano que eu não conseguia entender.Cassandra responde em italiano imitando uma voz grossa e desligando o rádio, se voltando para mim ela ataca - o que você está fazendo aqui? Não estava trabalhando? - seus olhos estreitam.- Sim, na verdade estou trabalhando ainda - minto um pouco - o Marco Almeida era namorado da Carolina e tentou fugir com ela, mas conseguimos impedir o plano dele e Matteo conseguiu que a Interpol