- Que bom que você veio também - quebro o silêncio depois de tudo o que ela me contou que aconteceu no meio tempo em que ficamos separadas. Mari apesar de tudo, tinha vindo á Itália para me salvar daquele maluco psicopata e agora estávamos em outro quarto do hotel, conversando ou pelo menos tentando manter uma conversa normal á sós.
Eu precisava desse tempo, desse momento para dizer tudo o que queria. Eu queria me desculpar por ter sido uma amiga ruim e tão egoísta, queria dizer que conseguia entender o seu lado, a sua raiva e sua revolta. Queria abraçar ela e fofocar sobre os últimos acontecimentos na empresa, queria dizer a ela o quão horrível foi ficar longe dela, o quanto senti sua falta e o quanto eu preciso dela. Porém tudo isso pareceu ficar entalado na minha garganta e ter se transformado em um nó, a única coisa que sentia vontade de
- Está mais calma, agora? - pergunto e Carolina balança a cabeça com uma expressão séria - tem certeza que ainda não quer me matar? Ou me torturar? Ou me jogar de algum precipício? Ou me envenenar?...- Não, tenho quase certeza que não - ela diz sorrindo um pouco, mas dava para notar sua tensão. Ela precisava de um pouco mais de tempo para voltar ao eixo antes de fingir estar feliz com Luigi na frente da mãe e do padrasto e de todos que estam na galeria.Então, decido desviar um pouco o trajeto, não estávamos tão atrasados e o lugar em que vou levá-la não irá ser muito distante da cidade - aonde estamos indo? - ela pergunta quando eu viro numa estrada de barro e subo uma colina média.- Estou te levando para um lugar tranquilo, não precisar ficar com medo, eu não sou nenhum sequestrad
- Achei que você tinha se perdido no caminho - digo quando vejo que Matteo estava atrás de mim, encostado na parede com os braços cruzados.Estava tão focada na vista da cidade de Roma que nem ouvir quando ele chegou e entrou no quarto.Será que fazia muito tempo que estava ali parado?- É, acho que me perdi um pouco... - ele diz baixo como se fosse uma resposta para ser dita á si próprio. E dando passos lentos até chegar na sacada da suíte, onde eu estava em pé inclinada sobre a grade, ele imita a minha posição e iniciando o mesmo ritual que todos os homens usam para dispensar uma mulher - Mariana, eu queria falar com você sobre...- Por favor, não venha com esse papo de eu "ser boa demais pra você" ou "o problema não é você, sou eu" - sou direta. Quantas vezes tenho que repetir que não
- Filha você está linda! - minha mãe vem ao meu encontro quando me vê entrando na galeria e sussurra no meu ouvido durante o abraço - e atrasada, sabe quantas galinhas já deram em cima do seu noivo? Tive que ficar de olho para nenhuma se jogar nos braços dele. Meu genro é muito gentil, porém muito inocente.Inocente era tudo o que Luigi não era, gostaria de dizer isso para minha mãe porém ainda sou obrigada a deixar a imagem de noivo dedicado e honesto de Luigi intacta. Ela ainda não sabia que Luigi era o novo chefe da Máfia Benacci, continuava iludida pensando que ele era dono de hotéis famosos na Itália.Até parece que um dono de hotel vai ter uma mansão como aquela, toda vigiada por seguranças e câmeras com sensores...- Carolinazinha! Finalmente você chegou... - não, aind
- Não, isso não é verdade, eu devo estar vendo coisas. Impossível que Karina seja lésbica, eu vi o beijão que Luigi e ela deram naquela festa... - mesmo odiando relembrar aquela cena, para mim estava nítido naquela noite que os dois tinha um caso.Mas se tudo o que Luigi disse era a verdade? Que Karina estava com problemas no relacionamento e ele queria ajudar?Ajudar beijando ela na boca na frente da namorada? Pelo amor de Deus, Carolina! Não caía nessa cilada!Ponho minhas mãos debaixo da torneira da pia do banheiro feminino e o sensor ativa derramando água nas minhas mãos. Passo as mãos molhadas na nuca e na testa para ajudar no mal estar. Ainda continuo um pouco tonta, por causa da confusão que estava a minha cabeça.Estou começando á odiar festas, sempre tenho alguma surpresa desagradável durante ou depois
Minha mão desce pela costas largas do meu italiano gato, nossas bocas e línguas entrando em uma sintonia perfeita. O calor e tesão acumulado aumentando á cada pegada forte de Luigi no meu corpo. Minhas costas batem contra a parede e ele segura meu pescoço, inclinando a cabeça e aprofundando ainda mais o beijo.Me sinto tão dominada e rendida porém a voz da minha mãe me faz ter um susto.- Vão para um quarto vocês dois - a voz arrastada do encostado do Roberto nos interrompe e quando nos desvencilhamos fico tonta pelo calor que o meu corpo emana e minha mente não consegue formar um xingamento plausível para eu chamar com Roberto.- Carolina! No meio da rua? Vocês não tem medo de que a polícia flagrem vocês, não? - minha mãe nos repreende como se fossemos duas crianças que foram pêgos com a m&ati
- É o que? - pergunto de novo, vai que eu tenha escutado errado, minha audição deve ter dado defeito depois de tanto tempo ouvindo músicas da Rihanna com o fone de ouvido no último volume.- Sou eu - ele repete, sua expressão séria me deixa preocupada. Luigi não parecia estar brincando ou me trolando com uma pegadinha.Olho novamente para a fachada da casa caindo aos pedaços. A porta aberta revelando o interior escuro e misterioso. Era o tipo de casa que aparecia em programas de TV que reformavam imóveis para ganhar audiência.- Meu anjo, você está bem? - imediatamente me aproximo dele, levando minha mão até sua testa e depois para o pescoço dele para checar sua temperatura, assim como fazem com crianças pequenas, e nada, sua temperatura estava normal - está sentindo algo diferente? Alguma dor? Voc&
- Pode parecer um clichê e um pouco brega, mas espero que você goste - Luigi se abaixa e pega algo debaixo da mesa, olhando para baixo encontro uma extensão de fios e tomadas, assim que ele conecta as tomadas, várias luzes iluminam a sala escura.Com a ajuda das luzes acesas eu conseguia enxergar o lugar com mais clareza, assim como conseguia ver nitidamente as fotografias de nós dois em cada canto que eu olhasse. Era como um santuário, como se eu estivesse dentro de um grande álbum com várias lembranças. Cada sorriso contido nas fotos emolduradas em quadros dourados, me fazia voltar ao tempo em que tudo ainda estava bem, em que Luigi e eu conseguíamos nos entender.Quando tudo era mais fácil...Admirada com tudo ao redor, as fotografias entravam em contraste com a casa em ruína e as luzes amarelas. Parecia uma exposição particular rú
- Eu sou sua e somente sua - me inclino para frente para continuar dizendo baixinho no seu ouvido - e isso não é nenhuma mentira. Sempre vou ser sua e de mais ninguém...Luigi não perde tempo em me puxar para unir nossas bocas em um beijo faminto. Sua língua invadindo minha boca e envolvendo a minha língua de uma maneira libidinosa. Provocando o céu da minha boca e me tirando o fôlego do pulmões.Passeio minha mão pelo seu cabelo, puxando com força os fios e entregando tudo de mim naquele beijo, naqueles lábios que ansiava tanto quando estava beijando Matteo. Deixo que minha mente dissipe os problemas a cada centímetro de zíper que Luigi abre do meu vestido. Quando o zíper chega ao seu fim, ele delicadamente vai descendo o vestido, liberando meus braços e meus seios.Desço da mesa com a sua ajuda, não me importa