Diana RomanoFiquei olhando para a porta daquele consultório me perguntando se eu deveria ou não entrar ali, afinal tinha sido eu a falar do exame e se dissessem que eu estava mentido?Presa naquele dilema, vi a porta se abrir e Matteo sair puxando Isabela. Ela estava realmente furiosa, se debatendo e tentando se soltar. Fiquei até sem reação, diante da cena inusitada._ Foi você sua vagabunda – Ela falou vindo pra cima de mim. Aquilo foi tão inesperado e rápido que me pegou despreparada.Ela me jogou contra a parede e enfiando as duas mãos em meus cabelos me puxou para o chão, quase me derrubando de quatro no chão."Caramba!" - Eu não era de brigar, mas ali era bater ou apanhar.As mãos dela pareciam prestes a arrancarem meu couro cabeludo. De onde aquele demônio tirava tanta força? - Me perguntei com os olhos lacrimejando.Matteo veio para nos separar, mas eu a empurrei com toda a minha força, a derrubando no chão. A desgraçada chutou bem no meu estômago, me causando uma dor tão gra
Diana RomanoEstávamos na véspera do natal. A casa estava cheia e mesmo assim Luigi não deixou eu colocar o nariz para o lado de fora do quarto. As únicas que podiam entrar no meu quarto era Nona, Lolita e Angelina e para meu desespero, ninguém me deu qualquer apoio._ Luigi está certo – Disse Angelina em alto e bom som. Aquilo me deixou surpresa. Desde quando ela tinha se transformado em uma apoiadora de Luigi? A resposta não demorou a aparecer._ Seu marido conseguiu negociar a dívida que seu pai tinha com Alberto – Ela fala arrumando meu travesseiro. Estava tão amável que chegava a ser esquisito._ Isso é bom – Falei esperando que ela continuasse._ Na verdade, ele descobriu que Alberto estava engando o seu pai. Estava entregando dinheiro para o seu pai gastar nos próprios sites de jogos dele, então, Cesar não terá que pagar nada._ E Alberto aceitou isso de boa?_ E ele tinha que aceitar alguma coisa? Se estava nos enganando, ele tem é sorte de não o denunciarmos._ Que bom que de
Luigi RomanoAquilo só podia ser uma piada. Eu mal tinha me livrado de uma desgraça e já brotava outra. O que inferno aquela mulher estava fazendo ali? Não era possível que tivesse conseguido torrar todo aquele dinheiro em tão pouco tempo.A descarada é tão mansa que tem a audáciia de entrar de cabeça erguida, como se ainda fizesse parte da família. Giorgina reage imediatamente, correndo para os braços dela como se mais nada no mundo existisse. Depois sai correndo atrás de suas coisas como se houvesse alguma possibilidade de ir para algum lugar.Só de olhar para aquela mulher, meu sangue ferve. Ela e Louise eram duas vadias que não valiam os sapatos que pisavam. Olho para Matteo e tento não surtar. Se ele tivesse a postura que realmente precisava ter, ela não estaria aqui.Matteo e eu levantamos ao mesmo tempo. Pego Geovanna pelo braço e a puxo para fora da sala de jantar._ Continuem a ceia – Matteo fala vindo logo atrás de mim.Levo a maldita direto para o escritório e assim que ent
Diana RomanoDepois da festa de natal, quase todo mundo foi embora. A casa novamente voltava a normalidade e apesar de ter me divertido com a presença de todos, era muito bom poder voltar a rotina. Angelina e Cesar também foram embora. A única que permaneceu, foi Geovanna, a mãe de Giorgina.Apesar de meu pleno desagrado em relação a ela, decidi me manter distante e evitar aproximações desnecessárias até esclarecer melhor o seu caráter. Além disso, eu precisava desconstruir as barreiras que tinha criado contra ela. Fosse como fosse, Geovanna era a mãe de Giorgina e eu não podia interferir nisso._ Senhora Romano – Janne parou ao meu lado, seu cabelos pretos cacheados estavam rigorosamente presos em um coque.Eu estava na sala agendando visitas nos hospitais da cidade, onde logo começaria a trabalhar._ O que houve?_ A senhora Geovanna disse que não precisará mais dos meus serviços._ Ela te disse isso? – Perguntei surpresa._ Ela disse que agora que retornou, não precisará mais de me
Diana RomanoDepois de algumas horas de viagem, percebi que estávamos em uma cidade grande. Talvez Roma, ou uma capital. Como o carro tinha diminuído a velocidade, me perguntei se seria possível abrir aquela porta e sair correndo. A resposta com certeza era não. Mas o desejo de tentar me perturbou. Eu queria simplesmente pular daquele carro e correr sem parar para qualquer lugar.O carro desceu por um declive e depois entrou em um túnel e logo adentrou uma grande construção. Como um museu, ou um grande convento, não sabia dizer. Acho que era a sede deles. A sede da Cosa Nostra. Só podia ser.Não conseguia parar de me perguntar porque estava ali. Se fosse apenas para algum tipo de apresentação, Luigi com certeza teria dito algo. Ele jamais teria me permitido passar por aquilo sem dizer qualquer coisa antes, mas se fosse o caso, quem estava fazendo isso? Se Matteo era o capo, então qual a justificativa de me levarem até ali? A verdade era que eu não sabia nem o que pensar.A porta do ca
Luigi RomanoJá cedo da mattina, ligo para Fabrizio, o deixando encarregado de dar continuidade a busca dos pais de Diana. Isabela tinha sido desmascarada, mas garantir força a família nunca era primordial. A posição de nossa família era muito cobiçada e não podíamos dar margem a questionamentos.Matteo também levantou cedo, como o de costume. Fizemos nossa corrida matinal e quando retornamos, fui para o quarto e ele seguiu para a academia. Matteo gostava de malhar logo cedo, já eu, antes de dormir. Dificilmente malhávamos juntos.Diana ainda estava dormindo. Pelo visto, minha fragolina gostava de acordar tarde. Tomei meu banho e antes de sair beijei seu rosto. Ela se encolheu preguiçosamente, mas não acordou.Não me agrada sair assim, mas precisava resolver uns assuntos antes de visitar a casa Ricci. A ideia de ter Diana ligada a eles em nada me agradava, não por tio Giuliano, mas por causa do número de machos da família, contudo tinha que admitir que ela realmente trazia traços mais
Isabela MattaroEu estava uma pilha de nervos. Desde que Luigi me devolveu por causa daquela baixinha golpista, minha vingança contra ela se tornou uma questão de honra. Eu jamais aceitaria perder para uma catita de beco sem nome._ E então? Eles se opuseram ao mandato do conselho? – Meu pai pergunta ao segurança e eu seguro os talheres ansiosa pela resposta._ Não senhor – O homem respondeu meio confuso._ Não? – Meu pai repete incrédulo – Está querendo dizer que eles não se opuseram a prisão dela?_ Foi o que aconteceu, senhor. Eles não fizeram nada. A senhora Romano foi presa e está a caminho da sede central de Roma._ Eles não são idiotas – Diz Macello, meu irmão mais velho – Luigi se faz de doido, mas sabe que não pode bater de frente com o conselho e por isso enfiou o rabo entre as pernas._ Confesso que por essa eu não esperava – Fala Luciano sorrindo – Sei lá. Por mais que fosse suicídio tentar impedir, ainda assim não deixa de ser humilhante a cunhada do capo ser levada. Isso
Luigi RomanoFui jogado na porra do carro como se fosse um saco de batatas. Meu telefone começou a tocar, mas minhas mãos estavam algemadas. Eu nunca perdoaria Matteo por uma covardia mesquinha como aquela.Diana estava sendo acusada. Aquilo significava que aquelas malditas gralhas tinha ido atrás dela e que agora ela cairia nas garras do esfomeado conselho.Xinguei todos os palavrões que me vieram a boca, enquanto me debatia tentando inutilmente me soltar daquelas algemas.Fungando com a boca contra o fundo do porta-malas, bati a cabeça repetidas vezes, em um acesso de pura fúria. Quando eu me soltasse daquela porcaria, nada e nem ninguém salvaria a pele de Matteo._ Me solta – Exijo assim que sou puxado para fora do porta-malas._ Só estamos obedecendo ordens – O infeliz ao meu lado fala na defensiva._ Matteo não vai salvar o seu rabo quando eu me soltar daqui. Nem o seu, nem os dos seus comparsas. Vou explodir a cabeça de cada um de vocês – garanto furioso e ele faz sinal para os