Diana RomanoDepois de algumas horas de viagem, percebi que estávamos em uma cidade grande. Talvez Roma, ou uma capital. Como o carro tinha diminuído a velocidade, me perguntei se seria possível abrir aquela porta e sair correndo. A resposta com certeza era não. Mas o desejo de tentar me perturbou. Eu queria simplesmente pular daquele carro e correr sem parar para qualquer lugar.O carro desceu por um declive e depois entrou em um túnel e logo adentrou uma grande construção. Como um museu, ou um grande convento, não sabia dizer. Acho que era a sede deles. A sede da Cosa Nostra. Só podia ser.Não conseguia parar de me perguntar porque estava ali. Se fosse apenas para algum tipo de apresentação, Luigi com certeza teria dito algo. Ele jamais teria me permitido passar por aquilo sem dizer qualquer coisa antes, mas se fosse o caso, quem estava fazendo isso? Se Matteo era o capo, então qual a justificativa de me levarem até ali? A verdade era que eu não sabia nem o que pensar.A porta do ca
Luigi RomanoJá cedo da mattina, ligo para Fabrizio, o deixando encarregado de dar continuidade a busca dos pais de Diana. Isabela tinha sido desmascarada, mas garantir força a família nunca era primordial. A posição de nossa família era muito cobiçada e não podíamos dar margem a questionamentos.Matteo também levantou cedo, como o de costume. Fizemos nossa corrida matinal e quando retornamos, fui para o quarto e ele seguiu para a academia. Matteo gostava de malhar logo cedo, já eu, antes de dormir. Dificilmente malhávamos juntos.Diana ainda estava dormindo. Pelo visto, minha fragolina gostava de acordar tarde. Tomei meu banho e antes de sair beijei seu rosto. Ela se encolheu preguiçosamente, mas não acordou.Não me agrada sair assim, mas precisava resolver uns assuntos antes de visitar a casa Ricci. A ideia de ter Diana ligada a eles em nada me agradava, não por tio Giuliano, mas por causa do número de machos da família, contudo tinha que admitir que ela realmente trazia traços mais
Isabela MattaroEu estava uma pilha de nervos. Desde que Luigi me devolveu por causa daquela baixinha golpista, minha vingança contra ela se tornou uma questão de honra. Eu jamais aceitaria perder para uma catita de beco sem nome._ E então? Eles se opuseram ao mandato do conselho? – Meu pai pergunta ao segurança e eu seguro os talheres ansiosa pela resposta._ Não senhor – O homem respondeu meio confuso._ Não? – Meu pai repete incrédulo – Está querendo dizer que eles não se opuseram a prisão dela?_ Foi o que aconteceu, senhor. Eles não fizeram nada. A senhora Romano foi presa e está a caminho da sede central de Roma._ Eles não são idiotas – Diz Macello, meu irmão mais velho – Luigi se faz de doido, mas sabe que não pode bater de frente com o conselho e por isso enfiou o rabo entre as pernas._ Confesso que por essa eu não esperava – Fala Luciano sorrindo – Sei lá. Por mais que fosse suicídio tentar impedir, ainda assim não deixa de ser humilhante a cunhada do capo ser levada. Isso
Luigi RomanoFui jogado na porra do carro como se fosse um saco de batatas. Meu telefone começou a tocar, mas minhas mãos estavam algemadas. Eu nunca perdoaria Matteo por uma covardia mesquinha como aquela.Diana estava sendo acusada. Aquilo significava que aquelas malditas gralhas tinha ido atrás dela e que agora ela cairia nas garras do esfomeado conselho.Xinguei todos os palavrões que me vieram a boca, enquanto me debatia tentando inutilmente me soltar daquelas algemas.Fungando com a boca contra o fundo do porta-malas, bati a cabeça repetidas vezes, em um acesso de pura fúria. Quando eu me soltasse daquela porcaria, nada e nem ninguém salvaria a pele de Matteo._ Me solta – Exijo assim que sou puxado para fora do porta-malas._ Só estamos obedecendo ordens – O infeliz ao meu lado fala na defensiva._ Matteo não vai salvar o seu rabo quando eu me soltar daqui. Nem o seu, nem os dos seus comparsas. Vou explodir a cabeça de cada um de vocês – garanto furioso e ele faz sinal para os
Matteo RomanoDeixei Luigi no galpão e antes de entrar no carro o celular tocou, era Isabela avisando que já estava pronta. Ordenei aos rapazes que redobrassem a vigilância. Luigi solto era sempre um perigo e na situação em que estávamos, um passo em falso e minha cabeça seria a primeira a rodar. Não que isso fizesse alguma diferença. Se eu caísse, minha casa inteira cairia. Era assim que as coisas funcionavam.Quando chego a mansão Mattaro, Augusto me recebe com um sorriso largo, um aperto de mão fervoroso e um beijo. Retribuo o sorriso com a mesma cordialidade. Macello e Luciano também aparecem e nos servem uma bebida. O clima da casa mudou completamente. Agora estão receptivos e sorridentes e Augusto pergunta sobre quando anunciaremos o noivado.Isabela chega na hora, cortando o assunto. Ela me lança um olhar diferente, como se fosse a primeira vez que tivesse realmente notando a minha presença e meu olhar pra ela também não é o mesmo. Antes eu a olhava como namorada de meu irmão,
Diana Romano Sentei naquela cadeira e meus olhos bateram de frente com os de Isabela. Eu nunca tinha sentido tanta raiva de uma mulher como eu sentia dela. Ela nem tinha feito nada, mas só de vê-la sentada ao lado de Luigi, o sangue do meu corpo ferveu.Voltei a olhar para Luigi e desta vez nossos olhos se encontraram. Meu coração saltou no peito, era como se só agora estivesse me vendo. Ele não sorriu, nem piscou, nem mesmo suavizou seu semblante. Estava sério e rígido.Eu também não suavizei o meu, nem demonstrei qualquer carência ou fraqueza. Estava com muita raiva dele. Uma raiva tão grande que parecia adormecer meu corpo. No fundo, uma parte de mim pedia paciência, sussurrando que ele me daria uma boa explicação para toda aquela palhaçada, por outro lado eu não queria me iludir, queria apenas odiá-lo e desprezá-lo.Seria possível que Isabela tivesse questionado a validade do nosso casamento? Ou feito algum tipo de exigência obrigando seu noivado a ser respeitado? Luigi disse que
Diana RomanoLuigi me apertava em seus braços como se eu pudesse escapar. Seus braços acariciavam minhas costas e cabelos. O cheiro dele era tão familiar e maravilhoso e seu corpo tão quente. Eu também não queria que ele se afastasse de mim nunca mais.Havia tantas coisas que precisávamos conversar, mas tudo o que eu queria era que ele continuasse ali, junto comigo._ Diana – Ouvi a voz de Matteo e me voltei na direção dele. Luigi se afastou um pouco, mas não tirou a mão de minha cintura – Como você está? – Ele perguntou e antes que eu pudesse dizer algo, se aproximou e beijou o meu rosto dos dois lados._ Eu estou bem – Garanti mais tranquila._ E meu sobrinho? – Ele me observou atento._ Está bem também. Obrigada – Agradeci um pouco envergonhada por minhas conclusões precipitadas a seu respeito._ Eu vou aguardá-la la fora – Matteo se retirou e Luna me abraçou beijando o meu rosto. Então tive que sair do cercadinho pois a fila de Romanos que aguardava era grande._ A cadelä vai ter
Luigi RomanoDiana estava terminando de se arrumar para sairmos quando meu celular vibrou.“Ano novo confirmado” - Li a mensagem e uma sensação de satisfação me preencheu._ Vamos – Ela sorriu me beijando. Olhei no relógio e ainda faltava quarenta minutos para a virada.Já estávamos chegando ao terraço quando o celular vibrou novamente.“Feliz ano novo” - Desliguei o display e as mensagens continuaram chegando, uma atrás da outra._ O que diabos você fez? – Matteo sussurrou perto do meu ouvido assim que Diana e eu nos unimos a eles no ambiente aberto. Diana seguiu ao lado de Kate e Fabrizio e Petta terminaram de me cercar._ Não sei do que estão falando – Me fiz de desentendido. Meu celular vibrou novamente e Matteo tomou o telefone e o apontando na minha cara, o desbloqueou, indo direto para as mensagens.“Feliz ano novo confirmado”.– Que porra você fez, Luigi? – Matteo rosnou agoniado e Fabrizio fez uma careta, enquanto Petta olhava para todos os lugares ao mesmo tempo, como se tem